Informações vinculadas à Análise Vertical e Horizontal da Indústria Correias:
Levantamento de Informações - Análise Vertical:
Contas Analisadas: Estoques; Duplicatas a Receber; Imobilizado; Fornecedores; Contas a
Pagar; Empréstimos Bancários; Patrimônio Líquido; Receita Líquida de Vendas; Custo dos
Produtos Vendidos; Despesas Operacionais e Lucro Líquido.
Estoques: 2003: 20,75%; 2004: 19,53% ; 2005: 18,69%.
Interpretação: No ano de 2003 a conta estoques representava 20,75% do total do Ativo da
Indústria Correias; em 2004 representava 19,53% em relação ao total do ativo e em 2005
teve sua representatividade em relação ao total do ativo em 18,69%. Isso representa que a
Indústria está diminuindo seus investimentos na conta estoques nos períodos analisados e,
está adotando uma política de gerenciamento de estoques fazendo com que seus estoques (de
MP e/ou produtos em elaboração e/ou produtos acabados) girem mais rápido. A diminuição
dos estoques vinculada ao aumento da receita bruta de vendas também pode representar que
a Indústria Correias está tendo uma demanda maior de seus produtos/serviços e isso
repercute em uma quantidade mínima de produtos em estoques.
Duplicatas a Receber: 2003: 27,14%; 2004: 23,52%; 2005: 25,66%.
Interpretação: No ano de 2003 a conta duplicatas a receber representava 27,14% em
relação ao total do ativo da empresa; em 2004 essa representatividade baixou para 23,52% e
finalmente em 2005 a conta duplicatas a receber representava 25,66% em relação ao total do
ativo da Indústria. Por estes dados é possível observar a diminuição das vendas a prazo que a
Indústria realizou em comparação ao ano base de análise. A diminuição pode estar vinculada a
uma diminuição do Prazo Médio de Cobrança de Duplicatas – PMC que representa o tempo que
a Indústria oferece a seus clientes para os mesmo realizarem o pagamento dos itens
adquiridos. A redução da representatividade da conta duplicatas a receber pode representar
também que os clientes quitaram suas duplicatas.
Imobilizado: 2003: 24,91%; 2004: 23,22%; 2005: 27,41%.
Interpretação: No ano de 2003 o imobilizado representava 24,91% em relação ao total do
ativo da empresa; em 2004 essa representatividade baixou para 23,22% e no ano de 2005 os
investimentos em imobilizado representavam 27,41% em relação ao total do ativo da Indústria
Correias. Partindo-se do pressuposto que o ativo imobilizado representa todos os direitos que
tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção da atividade da empresa, é
possível observar, inicialmente uma diminuição nos investimentos em imobilizado e já no ano
2005 a Indústria alavancou seus investimentos em modernização das suas instalações, compra
e/ou construção de novos prédios, busca de novos equipamentos destinados à atividade fim da
Indústria.
Fornecedores: 2003: 8,48%; 2004: 10,82%; 2005: 6,53%.
Interpretação: No ano de 2003 as obrigações junto a fornecedores representavam 8,48% em
relação ao total do passivo da Indústria; em 2004 as obrigações com fornecedores
aumentaram levemente passando a representara 10,82% sobre o total do passivo e, no ano
de 2005 a Indústria Correias conseguiu reduzir consideravelmente as obrigações com
fornecedores (representatividade de 6,53% em relação ao total do passivo). Isso denota que a
Indústria está alterando seus prazos de aquisição de matéria-prima, ou seja, mantém como
estratégia reduzir o Prazo Médio de Pagamento – PMP junto aos seus fornecedores. O PMP
representa o prazo que a Indústria consegue junto aos fornecedores para quitar os insumos
adquiridos. A estratégia pode trazer problemas à Industria se não manter controlado o PCP.
Contas a Pagar: 2003: 12,18%; 2004: 15,49%; 2005: 20,88%.
Interpretação: Em 2003 as contas a pagar representavam 12,18% em relação ao total do
passivo da empresa; em 2004 essa representatividade aumentou para 15,49% e no ano de
2005 os as contas a pagar representavam 20,88% em relação ao total do passivo da Indústria
Correias. Pelos dados levantados é possível observar um acréscimo das obrigações de “contas
a pagar” pela Indústria. A mesma está realizando novos compromissos necessitando de prazo
para cumprir com os novos investimentos. Talvez isso já seja reflexo da diminuição do PMP
citado anteriormente na análise da conta “fornecedores”. A diminuição dos prazos de
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pagamento repercute na falta de falta de capital de giro e na postergação das demais
obrigações que estiverem sendo realizadas.
Empréstimos Bancários: 2003: 0,00%; 2004: 0,00%; 2005: 0,00%.
Interpretação: Pode-se perceber pelos dados acima mencionados que a Indústria Correias
não financia seus investimentos com a obtenção de empréstimos bancários, pois o mesmo não
possui representatividade em relação ao total do passivo da Indústria Correias.
Patrimônio Líquido: 2003: 33,85%; 2004: 32,42%; 2005: 39,27%.
Interpretação: No ano de 2003 o patrimônio líquido representava 33,85% em relação ao
total do passivo da Indústria Correias; em 2004 essa representatividade levemente para
32,42% e em 2005 o patrimônio líquido representa 39,27% em relação ao total do passivo da
Indústria. Isso reflete as reservas de lucros ou os prejuízos acumulados, como também as
movimentações de reservas de capital da Indústria, por adição ou distribuição de lucros ou
dividendos. Identifica-se uma melhoria em 2005 pelo excelente resultado obtido pela empresa.
Como a estrutura de capital de uma empresa é formada pelas fontes de financiamento ou por
capital próprio ou capital de terceiros, observa-se que no caso da Indústria Correias, uma
parcela considerável de seus investimentos é financiada através do capital próprio, ou seja,
dessas reservas que a Indústria está conseguindo alcançar nos períodos analisado. Isso se
comprova também pela não representatividade da conta “empréstimos bancários” e
“financiamentos” em relação ao total do ativo.
Receita Líquida de Vendas: 2003: 83,60%; 2004: 79,73%; 2005: 78,88%.
Interpretação: Como é possível observar nos dados levantados pela análise vertical no ano
de 2003 a receita líquida de vendas representa 83,60% da receita bruta de vendas. No ano de
2004 baixou sua representatividade para 79,73% e em 2005 a receita líquida de vendas
representa 78,88% em relação a total da receita bruta de vendas. Pela análise observa-se que
a receita líquida está diminuindo sua representatividade em relação à receita bruta da
Indústria. Está diminuição da representatividade da receita líquida pode ser explicada por dois
fatores: ou por diminuição da receita bruta ou pelo aumento das deduções (vendas canceladas
representando as mercadorias devolvidas por estarem em desacordo com o pedido ou
abatimento no preço/desconto na tentativa de evitar devolução). No caso da Indústria Correias
a explicação se deve à segunda justificativa, ou seja, aumento das deduções (aumentaram de
16, 4% em 2003 para 21,12% em 2005).
CPV: 2003: 63,48%; 2004: 52,14%; 2005: 48,12%.
Interpretação: Em 2003 o CPV representa 63,48% da receita bruta de vendas; em 2004
diminuiu sua representatividade para 52,14% e no ano de 2005 passou a representar 48,12%
da receita bruta de vendas. Isso denota que a Indústria está conseguindo otimizar os custos
relacionados a produção de seus produtos/ou prestação de seus serviços como, matéria-prima,
mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação. De uma participação em 2003 sobre o
faturamento, ocorreu uma notável queda nos anos seguintes, o que privilegiou o lucro líquido
ao final dos respectivos exercícios. Fica evidente que quando menor o CPV/CMV/CSP associado
à redução de outros fatores que deduzem o lucro líquido melhor será o desempenho da
organização.
Despesas Operacionais: 2003: 15,07%; 2004: 17,37%; 2005: 13,12%.
Interpretação: Em relação as despesas operacionais observa-se que em 2003 as mesmas
representavam 15,07% na receita bruta de vendas; em 2004 representam 17,37% e em 2005
13,12% sobre o total da receita bruta de vendas. Houve, portanto, um acréscimo desfavorável
em 2004, mas uma excelente recuperação em 2005, motivada por uma análise mais detalhada
pela ocorrência de um excelente volume de receitas financeiras, o que colaborou para a
diminuição desta participação bem como de uma redução considerável nas despesas
comerciais. Na DRE as despesas operacionais representam as despesas de vendas, despesas
financeiras e as despesas administrativas que uma organização possui; bem como no caso da
Industria Correias, a depreciação de seus ativos tangíveis e as receitas financeiras.
Lucro Líquido: 2003: 3,47%; 2004: 4,30%; 2005: 11,09%.
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Interpretação: O Lucro Líquido da Indústria Correias representava em 2003 3,47% sobre a
receita bruta de vendas; em 2004 representa 4,30% sobre a receita bruta e em 2005
aumentou consideravelmente sua representatividade para 11,09%. Como conseqüência da
redução do CPV, das Despesas Operacionais, o lucro líquido teve uma excelente performance,
com um crescimento em relação à receita bruta de vendas, de forma excepcional.
Levantamento de Informações - Análise Horizontal:
Contas Analisadas: Estoques; Duplicatas a Receber; Imobilizado; Fornecedores; Contas a
Pagar; Empréstimos Bancários; Patrimônio Líquido; Receita Líquida de Vendas; Custo dos
Produtos Vendidos; Despesas Operacionais e Lucro Líquido.
Estoques: 2003: 100%; 2004: 130,22% ; 2005: 151,61%.
Interpretação: No ano de 2004 a conta estoques teve um crescimento de 30,22% em
relação ao ano base analisado (2003). Em 2005 também houve uma evolução da conta
estoques da empresa em um percentual de 51,61% em relação ao ano base. Observa-se então
que existe uma tendência de aumento da participação dos estoques ao longo dos três
exercícios sociais analisados.
Duplicatas a Receber: 2003: 100%; 2004: 119,85% ; 2005: 159,07%.
Interpretação: No ano de 2004 a conta duplicatas a receber teve um crescimento de 19,85%
em relação ao ano base analisado (2003). Em 2005 também houve uma evolução da conta
duplicatas empresa em um percentual de 59,07% em relação ao ano base. O crescimento
nesta conta praticamente acompanha a conta estoques, e é facilmente entendido, pois se os
estoques crescem é porque a demanda por faturamento realmente ocorreu.
Imobilizado: 2003: 100%; 2004: 128,92% ; 2005: 185,14%.
Interpretação: O Imobilizado da Indústria Correias aumentou 28,92% no ano de 2004 e
85,14% em 2005 em comparação ao ano de 2003. Os resultados evidenciam à necessidade de
melhoria e modernização no parque fabril pela qual a empresa está passando no período
analisado.
Fornecedores: 2003: 100%; 2004: 176,48% ; 2005: 129,68%.
Interpretação: As obrigações com fornecedores evoluíram 76,48% no ano de 2004 e 29,68%
em 2005 em comparação ao ano de 2003. Observa-se em 2005 que a evolução da conta
“fornecedores” foi bem menor que no ano anterior, não caracterizando uma tendência de
obrigações, uma vez que a Indústria está diminuindo seus débitos junto à compra de matériaprima e insumos comparando os períodos de 2004 e 2005.
Contas a Pagar: 2003:100%; 2004: 175,96%%; 2005: 288,48%.
Interpretação: As contas a pagar da Indústria Correias evoluíram 75,96% no ano de 2004 e
188,48% em 2005 em comparação ao ano de 2003. Os resultados evidenciam um percentual
de crescimento considerável de contas a pagar principalmente no ano de 2005 mostrando que
a Indústria está comprando a prazo e/ou postergando suas obrigações.
Empréstimos Bancários: 2003: 100%; 2004: -; 2005: -.
Interpretação: Pode-se perceber pelos dados da análise horizontal que a Indústria Correias
não apresenta evolução em relação a conta Empréstimos Bancários. Como salientado
anteriormente, a Indústria Correias não financia suas atividades e investimentos com recursos
de terceiros (empréstimos e financiamentos).
Patrimônio Líquido: 2003:100%; 2004: 132,46%; 2005: 195,16%.
Interpretação: O Patrimônio Líquido da Indústria Correias teve um acréscimo de 32,46% em
2004 e 95,16% em 2005 se comprado com o percentual do ano base. Ocorreu um aumento
significativo na evolução do patrimônio líquido da Indústria uma vez que mantém como
estratégia o financiamento de seus investimentos e operações com recursos próprios e está
conseguindo manter reservas de capital para sua sustentabilidade.
Receita Líquida de Vendas: 2003:100%; 2004: 117,24%%; 2005: 160,03%.
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27.03.2012
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Interpretação: A receita líquida de vendas evoluiu 17,24% em 2004 e 60,03% em 2005 em
comparação ao ano de 2003. Já a partir da análise da conta de receita líquida, observa-se que
se a Indústria conseguir manter estáveis suas despesas e custos, a mesma poderá ter um
resultado muito favorável em 2005.
CPV: 2003: 100,00%; 2004: 100,97%; 2005: 128,14%.
Interpretação: O CPV progrediu 0,97% no ano de 2004 comparativamente ao ano de 2003 e,
28,14% em 2005 tendo como ano base o de 2003. Denota certa falta de sincronia com o
faturamento da Indústria, em especial no ano de 2004. Observa-se também que em 2005 o
CPV ficou abaixo do crescimento do faturamento, o que é algo muito positivo.
Despesas Operacionais: 2003: 100,00%; 2004: 141,63%; 2005: 147,62%.
Interpretação: Evolução de 41,63% em 2004 e de 47,62% em 2005 comparativamente ao
ano de 2003. As despesas aumentaram mas em percentual menor que o aumento da receita
líquida de vendas.
Lucro Líquido: 2003: 100,00%; 2004: 152,19%; 2005: 541,18%.
Interpretação: Evolução de 52,19 em 2004 e de 441,18% em 2005 em comparação ao ano
de 2003. Seu resultado é uma conseqüência da expectativa que se criou ao verificarem-se as
contas anteriores. Cresce o faturamento, reduzem-se os custos e as despesas e, como
conseqüência o Lucro Líquido foi melhor em 2005.
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