O d i v a D PASTO R R E I D E I S RAE L Como Atingir o Topo sem Perder de Vista o Mais Importante 2 Samuel 8—12; 21; 23; 1 Crônicas 11:18–20; 23; 27 David Roper maioria dos livros na seção de autoajuda das livrarias parece falar sobre como ser bem-sucedido ou como superar o fracasso. Entre os títulos dessa natureza estão: A Fórmula do Sucesso Total, A Arte de Vencer, Nascido para Vencer, Você Pode Se Superar e O Sistema de Sucesso que nunca Falha. Tais livros falam sobre como vencer o estresse, o cansaço, a baixa auto-estima, a depressão, pessoas difíceis, a raiva, os abusos, o medo e a mágoa. Aparentemente, nenhum livro fala de como lidar com o sucesso. É grande a necessidade de orientação sobre como lidar com o sucesso. Quando ocorrem desastres à nossa volta, nós nos mostramos na nossa melhor forma. Basta um furacão devastar uma região, enchentes destruírem fazendas e moradias, incêndios consumirem um bairro, e corremos direto para cima das pessoas afetadas. Sacrificamos tempo, dinheiro e energia para lhes dar assistência. Mas é quando as coisas vão bem, que nos tornamos maníacos competitivos, agarrando-nos vorazmente às paredes que levam ao topo do sucesso, usando pessoas e, a seguir, descartando-as. Quando o sucesso chega, perdemos a perspectiva. Muitas vezes, reclamamos da situação econômica, mas ainda estamos em melhor condição do que muitos habitantes do planeta. Reclamamos de ter de trabalhar muito, mas temos mais tempo de lazer do que nossos pais tinham. Neste sentido, temos alcançado o topo do sucesso, embora muitos tenham perdido de vista o que é mais importante na vida. Como lidar com o sucesso? Ao verificarmos como Davi foi bem-sucedido, vamos reunir A algumas sugestões de como ser bem-sucedido sem perder a alma. Estudaremos os últimos dias de felicidade antes do pecado projetar uma sombra encobrindo os últimos anos de Davi. Daremos ênfase ao império que Davi estabeleceu. Não queremos subestimar a importância desses acontecimentos. Para os judeus, esses anos e o início do reinado de Salomão sempre serão “os anos dourados” de Israel. Ao mesmo tempo, não devemos superestimar a importância desses acontecimentos. Na maioria dos casos, a conquista de nações inteiras está narrada em poucos versículos, em contraste com capítulos inteiros dedicados a temas espirituais, como o transporte da arca para Jerusalém. A Bíblia sempre mantém esses assuntos em perspectiva. Todavia, um fato é incontestável: Davi foi bem-sucedido — como guerreiro, chefe de estado e rei. Ao revermos o registro de seus sucessos, observemos os fatores que o capacitaram — e capacitam a nós — a atingir o topo do sucesso, sem perder de vista o que é mais importante na vida. DAVI ATINGIU O TOPO Em 2 Samuel 8 a 10, a lista de realizações do rei Davi atinge um clímax. Esses capítulos armam o palco para os dias ruins que sobreviriam na vida de Davi. Um Império Estabelecido (2 Samuel 8; 21; 23; 1 Crônicas 11; 18; 20) A maior parte de 2 Samuel 8 é um resum das vitórias militares de Davi. Ao lermos essas vitórias, temos de nos lembrar de três fatos: 1) Davi estava cumprindo a promessa da terra 1 prometida dada a Abraão muitos anos atrás (Gênesis 15:18–21). 2) Davi estava concluindo o que Josué havia começado anos atrás (Josué 1:4; 21:43). 3) Davi estava estabelecendo a paz que Deus disse ser necessária antes que o templo fosse edificado. Em direção ao Oeste. A lista de vitórias militares começa com a Filístia, o constante inimigo de Israel (veja o mapa na página 51). “Depois disto1 , feriu Davi os filisteus e os sujeitou; e tomou de suas mãos as rédeas da metrópole2 [ou seja, Gate3 ]” (2 Samuel 8:1). As batalhas de Davi contra os filisteus foram inúmeras. Examinemos essas batalhas considerando-as como típicas das guerras que Davi lutou com as nações vizinhas. Já lemos um relato de duas batalhas decisivas contra essa nação, quando Davi foi coroado rei sobre todo o Israel (2 Samuel 5). No apêndice do final de 2 Samuel, encontramos diversos relatos breves dos combates travados com os filisteus4 . Segundo Samuel 21:15–22 fala de quatro batalhas em que quatro gigantes filisteus foram mortos, todos aparentemente parentes do famoso Golias. No primeiro caso, com o decorrer da batalha, Davi ficou cansado. (Imagino Davi murmurando: “Por que esta espada está parecendo mais pesada do que de costume? Por que será que não estou conseguindo me mexer tão rápido quanto antes? Será que estou ficando velho? Claro que não!”) Isbi-Benobe, um filisteu que “descendia dos gigantes” (v. 16), viu que Davi estava exausto e tentou fazer o nome matando o “Matador de Gigante”. Ele irrompeu em direção ao rei com uma lança de bronze maciço5 , afiada como uma navalha6 . Abisai — irmão de Joabe e parceiro no crime, aquele que estava sempre querendo matar alguém7 — viu o que se passava e correu em defesa de Davi. Desta vez ele não pediu permissão a Davi para matar o inimigo; ele simplesmente o matou. (Isto esclarece por que Davi o mantinha por perto, apesar dele ser uma constante dor de cabeça.) O fato deixou os homens de Davi apreensivos. Eles insistiram para que, na próxima batalha, ele ficasse em casa: “Nunca mais sairás conosco à peleja, para que não apagues a lâmpada de Israel” (21:17). A referência provavelmente é ao castiçal de ouro que ficava aceso no Santo dos Santos, a única iluminação para aquela câmara escura. Eles reconheciam que Davi era o maior 2 recurso nacional de Israel. Na segunda batalha, um soldado israelita matou outro “descendente dos gigantes” (v. 18). Na terceira batalha, um dos “valentes de Davi”8 matou um gigante que parecia ser um parente próximo de Golias 9 . Na quarta batalha, um gigante com seis dedos em cada mão e pé foi morto pelos sobrinhos de Davi (vv. 20, 21). Além disso, a maioria dos “feitos de valentia”, citados quando os “valentes de Davi” e suas façanhas são enumerados em 2 Samuel 23, ocorreram em batalhas com os filisteus. Por exemplo, certa vez, quando os israelitas estavam lutando com os filisteus, todos os israelitas recuaram, exceto um guerreiro. Ele se recusou a retirar-se e lutou “até lhe cansar a mão e ficar pegada à espada; naquele dia, o Senhor efetuou grande livramento” (v. 10). Em outra ocasião, quando todos os israelitas que lutavam contra os filisteus fugiram, só um soldado israelita permaneceu de pé, defendendo uma pequena área! Novamente “o Senhor efetuou grande livramento” (v. 12). Uma das histórias mais comoventes que lemos sobre a vida de Davi ocorreu durante um combate com os filisteus. Os filisteus haviam ocupado Belém, a cidade natal de Davi. Davi e seus homens estavam acampados do lado de fora da cidade. Enquanto pensava em Belém, ficou cheio de nostalgia e disse em voz alta: “Quem me dera beber água do poço que está junto à porta de Belém!” (2 Samuel 23:15). Não era um pedido; Davi simplesmente desejou poder beber novamente do velho poço, como fazia antes, nos velhos tempos de simplicidade. Todavia, Davi era tão amado pelos que o cercavam, que um desejo dele era para eles uma ordem. “Três valentes de Davi” abriram caminho lutando com os filisteus, tiraram água do poço, voltaram lutando novamente com os filisteus e, por fim, entregaram a água ao comandante deles. Vejo esses soldados se prostrando perante Davi, oferecendo-lhe um copo de água fresca cheio até a boca. As roupas deles deviam estar rasgadas e ensangüentadas; os corpos, cheios de ferimentos — tudo aquilo para trazer um copo d’água ao seu amado líder. Davi transbordou de emoção. Ele pegou o copo, mas recusou-se a beber aquela água que poderia ter custado as vidas de seus homens. Lentamente, despejou a água no chão em oferta a Jeová. E enquanto a terra sedenta absorvia a água, ele disse: “Longe de mim, ó Senhor, fazer tal coisa; beberia eu o sangue dos homens que lá foram com perigo de sua vida?” (v. 17). O tributo de Davi aos seus homens não foi esquecido tão rapidamente. Poderíamos citar outros exemplos de vitórias, ou livramentos, sobre os filisteus. Alistamos estes para observarmos as poucas palavras que foram utilizadas para resumi-los: “Depois disto, feriu Davi os filisteus e os sujeitou” (2 Samuel 8:1). Guarde isto enquanto fazemos um rápido vôo panorâmico sobre as vitórias de Davi contra outras nações. Sangue, suor e lágrimas encharcam cada versículo. Quanto ao estabelecimento do império de Davi, as palavras “feriu Davi os filisteus e os sujeitou” significam que Davi conquistou seus inimigos do lado oeste. Em direção ao Leste. Vemos em 2 Samuel 8:2 que Davi conquistou seus inimigos do leste: Também derrotou os moabitas; fê-los deitar em terra e os mediu: duas vezes um cordel, para os matar; uma vez um cordel, para os deixar com vida. Assim, ficaram os moabitas por servos de Davi e lhe pagavam tributo. Os moabitas eram descendentes de Ló, sobrinho de Abraão10 . Moabe consistia na campina devastada e nas cadeias desertas ao leste do sudeste do mar do Sal (Morto). O versículo 2 nos induz a perguntas que não podemos responder. Até onde vai o registro inspirado, o relacionamento de Davi com os moabitas era bom. Davi era bisneto de Rute, uma moabita11 . Ele confiara seus pais aos cuidados do rei de Moabe, quando virou fugitivo do rei Saul12 . Apesar disso, Davi tratou os moabitas derrotados com uma crueldade jamais demonstrada a nenhuma outra nação13 , executando dois terços deles14 . O que o impeliu a fazer isso? “Escritores judeus afirmam que a razão de sua severidade particular contra esse povo foi o fato de terem massacrado os pais e familiares de Davi, os quais ele havia… confiado ao rei de Moabe”15 . Talvez tenha sido esse o caso; talvez não. Como não sabemos a razão para Davi ter agido assim, embora sua atitude nos cause repulsa, não podemos dizer com certeza se Davi estava certo ou errado. Davi também derrotou os amonitas16 , os habitantes do deserto que viviam no leste do rio Jordão, logo ao norte de Moabe. Assim como os moabitas, os amonitas eram descendentes de Ló17 . Por isso, os inimigos de Israel que estavam ao leste foram logo subjugados. Em direção ao Norte. Voltemos agora as atenções para as vitórias de Davi no norte: “Também Hadadezer, filho de Reobe, rei de Zobá, foi derrotado por Davi, quando aquele foi restabelecer o seu domínio sobre o rio Eufrates” (2 Samuel 8:3). Zobá, que fazia parte da Síria, era um reino montanhoso ao norte de Damasco. Como o rei de Zobá estava lutando para reconquistar o território ao longo do rio Eufrates, Davi atacou o exército dele por detrás. Davi teve uma grande vitória, levando 21.700 prisioneiros18 . Ele também capturou muitos cavalos e carruagens19 . A vitória de Davi tão perto da capital deixou os siros20 de Damasco apreensivos, e eles correram para socorrer o rei de Zobá. Foi um erro que custou caro. Davi matou vinte e dois mil siros e os que sobreviveram tornaram-se escravos de Israel. Davi expandiu com êxito seu império para o norte, até o rio Eufrates. O final de 2 Samuel 8:6 enfatiza como Davi realizou essa proeza. Davi era um gênio militar; seus líderes, corajosos; seus homens, máquinas de combate; mas esses fatores isolados não foram responsáveis pelo seu notável sucesso, pois “o Senhor dava vitórias a Davi, por onde quer que ele ia” (grifo meu). Sublinhe essas palavras; elas são o tema desta seção da lição. Davi sabia Quem merecia o crédito. Ele tomou o espólio de suas vitórias e o levou para Jerusalém, inclusive escudos de ouro e enormes quantidades de bronze, e os “consagrou ao Senhor” (2 Samuel 8:11). Grande parte da pilhagem foi separada e reservada para o templo21 . A riqueza do mundo começou a transbordar dentro dos cofres de Davi. Quando o rei de Hamate22 ouviu que Davi havia derrotado seu antigo inimigo, o rei de Zobá, enviou presentes de prata, ouro e bronze para Davi23. Metais preciosos também procediam das nações que Davi conquistara: Síria, Moabe, Amom, Filístia, Amaleque 24 , Zobá. Tudo foi consagrado ao Senhor. (Mais tarde, Davi disse a Salomão que ele já tinha 100.000 talentos de ouro para o templo e 1.000.000 de talentos de prata25! Davi tinha um excedente nacional que equivaleria hoje a uns 100 bilhões de dólares!) Em direção ao Sul. Davi havia expandido seu império para o oeste, o leste e o norte. Agora, voltemos a atenção para o sul, para Edom. Segundo Samuel 8:13 diz: “Ganhou Davi renome, quando, ao voltar de ferir os siros, matou dezoito 3 mil homens no vale do Sal”26 . Como o vale de Sal era o sul do mar de Sal (Morto) e como a referência cruzada de 1 Crônicas 18:12 traz “edomitas”, a passagem provavelmente se refere aos edomitas, e não aos arameus (siros)27 . Derrotar os edomitas deu a Davi acesso ao Golfo de Ácaba e às rotas comerciais em direção ao sul. As palavras chaves desta seção aparecem de novo no fim de 2 Samuel 8:14: “E o Senhor dava vitórias a Davi, por onde quer que ia”. O Salmo 60 é um comentário sobre essa verdade. Foi escrito durante os primeiros estágios da batalha no vale de Sal28 . No tempo em que foi escrito, a batalha com Edom não estava indo bem. Ele começa com as palavras: “Ó Deus, tu nos rejeitaste e nos dispersaste; tens estado indignado; oh! Restabelece-nos!” (v. 1). Davi perguntou: “Quem me conduzirá à cidade fortificada? Quem me guiará até Edom?” (v. 9). Ele próprio respondeu sua indagação no final do salmo: “Em Deus faremos proezas, porque ele mesmo calca aos pés os nossos adversários” (v. 12). Davi nunca esqueceu Quem lhe dava a vitória. Um Reino Organizado (2 Samuel 8; 1 Crônicas 23—27) A última parte de 2 Samuel 8 resume o reinado de Davi: “Reinou, pois, Davi sobre todo o Israel; julgava e fazia justiça a todo o seu povo” (v. 15). Outros homens serviram como juízes, mas o rei era o tribunal de apelação final. Como representante de Deus, o rei devia ser imparcial e justo29 . Segundo Samuel 8:16–18 diz que Davi foi um administrador competente, que sabia como delegar autoridade. Joabe era encarregado do exército. Davi tinha um “registro” que o mantinha informado do que acontecia e era o seu arauto, comunicando ao povo os editos do rei. Zadoque e Aimeleque serviam como sumos sacerdotes. (Tudo indica que Israel teve dois sumo sacerdotes por um período: Zadoque inicialmente, no tabernáculo em Gibeão 30 , e Aimeleque provavelmente na arca em Jerusalém31 .) Um dos “valentes de Davi”32 era encarregado de seus guarda-costas pessoais — mercenários da ilha de Creta33 e da Filístia34 . Um secretário real era responsável por registrar e preservar os documentos oficiais. Davi também utilizou seus filhos no seu governo. Segundo Samuel 8:18 os denomina de “seus ministros” e 1 Crônicas 18:17, de “os primeiros ao lado do rei”35 . Se você quiser saber mais sobre o surpre- 4 endente organizador que Davi foi, leia 1 Crônicas 23 a 27. A maior parte do registro fala de sua organização dos levitas para o serviço religioso (capítulos 23—26), mas Davi também organizou as forças militares, de modo que sempre havia um exército permanente pronto para o combate (27:1–24). Como a agricultura era tão vital, ele também organizou os responsáveis pela terra (27:25–31). O registro encerra com uma lista de outros membros do pessoal de Davi, incluindo seus conselheiros e até um tutor real para os seus filhos (27:32–34). Homens de sucesso preocupamse com detalhes. Uma Promessa Cumprida (2 Samuel 9) Em 2 Samuel 9 temos “um dos episódios mais belos e comoventes de toda a vida de Davi”36 — um clímax compatível com a história da amizade entre Davi e Jônatas. Cerca de dez anos haviam se passado desde que Davi foi coroado rei sobre todo o Israel. Com o império estabelecido e próspero e o governo organizado e em pleno funcionamento, Davi teve tempo para refletir. Seus pensamentos concentraram-se num soldado valoroso, o príncipe de Israel que foi seu amigo, o único amor totalmente abnegado que ele conheceu — e lembrou-se de uma promessa que fez havia mais de duas décadas. Quando ele e o jovem príncipe estavam num campo, pouco antes de Davi fugir para salvar a própria vida, Jônatas fez seu único pedido: “Se eu, então, ainda viver [quando tu fores rei], porventura, não usarás para comigo da bondade do Senhor, para que não morra? Nem tampouco cortarás jamais da minha casa a tua bondade; nem ainda quando o Senhor desarraigar da terra todos os inimigos de Davi” (1 Samuel 20:14, 15). Davi tinha prometido sempre usar de bondade para com Jônatas e sua família (1 Samuel 20:17). Havia chegado o tempo de Davi cumprir seu voto. Ele não poderia ajudar Jônatas, pois o príncipe morrera sob a chuva de flechas lançadas pelos filisteus no monte Gilboa. Todavia, Davi poderia cumprir sua promessa a quaisquer parentes de Jônatas que ainda estivessem vivos. O problema era como encontrar tais pessoas. Uma vez que, geralmente, os reis orientais executavam de imediato os que eram, em potencial, seus rivais ao trono, os parentes de um rei deposto evitavam chamar a atenção a si mesmos. Davi, então, questionou: “Resta ainda, porventura, alguém da casa de Saul, para que use eu de bondade para com ele, por amor de Jônatas?” (2 Samuel 9:1). Davi tinha uma das próprias filhas de Saul em sua casa — Mical — mas, ainda que ela soubesse onde estava algum membro de sua família, não diria (ela não tolerava Davi). Finalmente, alguém localizou um antigo servo de Saul chamado Ziba, ao qual Davi perguntou: “Não há ainda alguém da casa de Saul para que use eu da bondade de Deus para com ele?” E Ziba respondeu: “Ainda há um filho de Jônatas, aleijado de ambos os pés” (2 Samuel 9:3)37 . O nome desse filho de Jônatas era Mefibosete (ou Meribaal38 ). Ele tinha cinco anos de idade quando seu pai e seu avô foram mortos39 . Quando sua babá ouviu que Saul e Jônatas estavam mortos, ela ficou apavorada — temendo que os filisteus ou o novo rei de Israel matassem a ambos. Ela agarrou Mefibosete no colo e correu — mas, na pressa, caiu. Ela pegou a criança e correu noite afora. Somente um tempo depois ela percebeu que os pezinhos do garoto estavam inchados e deformados. O menino ficou aleijado para sempre. O jovem Mefibosete encontrou refúgio na casa de um homem chamado Maquir40 , que vivia em Lo-Debar, uma cidade alojada no meio do território de Gileade, a leste do rio Jordão41 — longe da corte real de Davi. Nessa aldeia isolada, ele cresceu no anonimato, casou-se e teve um filho42 . Ele achava que todos haviam se esquecido dele. Mas, agora, estava prestes a sair do anonimato. E onde está? Perguntou-lhe o rei. Ziba lhe respondeu: Está na casa de Maquir, filho de Amiel 43 , em Lo-Debar. Então, mandou o rei Davi trazê-lo de Lo-Debar, da casa de Maquir, filho de Amiel (2 Samuel 9:4, 5). Não é difícil imaginar o medo e a ansiedade corroendo o coração de Mefibosete quando, cercada de guardas armados, a carruagem de Davi o levou para Jerusalém, a uns oitenta quilômetros de Lo-Debar. É verdade que Davi disse que queria mostrar-se “bondoso” para com ele, mas poderia ser uma cilada para se livrar dos rivais os rivais ao trono em potencial (uma cilada usada posteriormente pelo rei Herodes, quando disse aos magos para lhe contarem onde estava o menino Jesus, a fim de que ele fosse “adorálO”44 ). Talvez Mefibosete tivesse ouvido a respeito da amizade de seu pai com Davi e do voto que Davi fez; talvez não. De qualquer maneira, certamente ele não queria arriscar a vida por causa de uma promessa feita vinte anos atrás. Chegando ao palácio, Mefibosete mancou45 até a presença de Davi. O rei provavelmente fixou os olhos no jovem aleijado e amedrontado, em busca de alguma semelhança com o vistoso príncipe e soldado que fora seu amigo. Ele chamou Mefibosete46 . O jovem prostrou-se em terra perante o rei47 e respondeu: “Eis aqui teu servo!” (2 Samuel 9:6). Davi sentiu o medo na voz do jovem e, animando-o, garantiu-lhe: “Não temas, porque usarei de bondade para contigo, por amor de Jônatas, teu pai, e te restituirei todas as terras de Saul, teu pai, e tu comerás pão sempre à minha mesa” (2 Samuel 9:7). Por lei, quando Davi tornou-se rei todos os bens de Saul passaram para as posses dele. Davi não tinha nenhuma obrigação de restituir esses bens aos descendentes de Saul. Fazê-lo seria um ato de graça, uma expressão de amor pelo pai de Mefibosete, que ainda estava vivo no coração de Davi. Da noite para o dia, Mefibosete passou de objeto de caridade para um homem muito rico. Mas a maior honra foi ser convidado para morar no palácio real, ser tratado como um príncipe e restituir um lugar de proeminência e respeito. Mefibosete ficou desarmado. Mais uma vez ele se prostrou perante o rei e exclamou: “Quem é teu servo, para teres olhado para um cão morto48 tal como eu?” (2 Samuel 9:8). Para assegurar Mefibosete e provar que sua oferta era genuína, Davi chamou Ziba e fez dele mordomo das novas posses de Mefibosete49 . Logo Mefibosete e sua família mudaram-se para a capital do império. “Morava Mefibosete em Jerusalém, porquanto comia sempre à mesa do rei” (2 Samuel 9:13). Foi um ato de bondade que abençoou a vida de Mefibosete. Sem dúvida, isso abençoou Davi mais ainda. Vejo Davi à mesa de jantar, olhando para Mefibosete sentado ali, sorridente ao recordar os dias felizes em que ele e Jônatas percorriam os campos juntos 50 . A bondade tem um jeito de nos abençoar mais do que a quem demonstramos bondade. Uma Vitória Ganha (2 Samuel 10—12; 1 Crônicas 19; 20) A seção sobre os “bons dias” de Davi, 2 Samuel 1—10, encerra-se com uma nota de rodapé sobre um capítulo anterior. No capítulo 8, observou-se que “os filhos de Amom” pagavam 5 tributo a Davi (v. 12), mas nesse capítulo não há nenhum registro da derrota dos amonitas. Os capítulos 10 a 12 finalmente nos dão detalhes da guerra com os amonitas. Além disso, lemos no capítulo 8 que “Davi pôs guarnições na Síria de Damasco, e os siros [arameus] ficaram por servos de Davi e lhe pagavam tributo” (v. 6). O capítulo 8 fala de algumas das batalhas com os siros, mas o capítulo 10 conta o resto da história — detalhes sobre como e quando os siros foram finalmente subjugados. A ligação entre os capítulos 9 e 10 é o tema da bondade. Em ambos os capítulos, Davi tentou usar de bondade para com os filhos por amor dos pais deles. Enquanto no capítulo 9 o dom da bondade foi gratamente aceito, no capítulo 10 ele foi asperamente rejeitado. O capítulo 10 começa com as seguintes palavras: Depois disto51 , morreu o rei dos filhos de Amom, e seu filho Hanum reinou em seu lugar. Então, disse Davi: Usarei de bondade para com Hanum, filho de Naás, como seu pai usou de bondade para comigo (2 Samuel 10:1, 2a). Não sabemos que bondade o rei dos amonitas teve para com Davi. Talvez ele tenha sido bondoso para Davi durante os dias em que este fugia de Saul52 . De qualquer forma, Davi quis retribuir bondade com bondade. Davi enviou servos a Rabá53 , a capital de Amom, para expressar seus sentimentos por Hanum. Quando os servos chegaram a Rabá, porém, os filhos do rei o convenceram de que os homens de Davi não estavam lá para levar uma mensagem de misericórdia, mas sim para espionar. A resposta do rei dos amonitas foi um insulto duplo. “Tomou, então, Hanum os servos de Davi, e lhes rapou metade da barba, e lhes cortou metade das vestes até às nádegas, e os despediu” (2 Samuel 10:4). Embora alguns homens não usassem barba, em geral a barba de um homem simbolizava a sua masculinidade. Tirando metade da barba de cada um, o rei estava enviando a mensagem de que eles eram inferiores a homens. O segundo insulto foi cortar as vestes deles até às nádegas, deixando-os parcialmente desnudos. Era assim que se tratavam os prisioneiros de guerra54 . Desconcertados e humilhados, os servos de Davi voltaram. Davi ficou furioso, mas contevese até ficar sabendo que os amonitas estavam se preparando para guerrear — e que eles haviam 6 levantado mais trinta e três mil homens para lutar com eles55 (mais de dois terços deles eram siros 56 ). Imediatamente, Davi enviou Joabe e seus melhores soldados para o campo de batalha. Quando Joabe chegou a Rabá, descobriu que teria de lutar em duas frentes: os amonitas estavam defendendo a capital; as outras tropas estavam prontas para atacar vindo do campo. A derrota parecia uma possibilidade. Certamente foi o momento mais decisivo na vida de Joabe. Ele escolheu seus melhores homens para lutar contra os mercenários. O restante foi comandado por seu irmão Abisai, para lutar contra os amonitas. Depois, ele reuniu seus homens e deu as seguintes ordens: …Se os siros forem mais fortes do que eu, tu me virás em socorro; e, se os filhos de Amom forem mais fortes do que tu, eu irei ao teu socorro. Sê forte, pois; pelejemos varonilmente pelo nosso povo e pelas cidades de nosso Deus; e faça o Senhor o que bem lhe parecer (2 Samuel 10:11, 12). Foi um discurso inspirador, não típico de Joabe, um discurso do qual todo líder tem o que aprender. A necessidade de cooperação, coragem, preocupação com os outros e de complacência com a vontade de Deus são motivações poderosas. No encerramento do seu discurso, vejo Joabe baixar a cabeça por um instante. Depois, ouço os gritos dos homens ecoando pelas colinas. Finalmente, vejo fogo nos olhos deles enquanto partem para a batalha com todas as probabilidades contra eles — para a glória de Israel, para a glória de Deus. O Senhor deu a Joabe uma grande vitória naquele dia. Os siros espalharam-se; os amonitas recuaram para Rabá. O Senhor é com os que confiam nEle. Quando os siros derrotados se arrastaram de volta para a terra deles, os líderes siros57 ficaram furiosos. Os siros reuniram suas forças para uma grande ofensiva contra Israel, chegando a recrutar soldados das regiões dalém do rio Eufrates. Quando Davi foi informado de que o exército em massa estava se aproximando, ele sabia que as conseqüências seriam cruciais demais para confiar seus soldados a um outro líder. O próprio Davi “ajuntou a todo o Israel, passou o Jordão” (2 Samuel 10:17), para interceptar o exército siro. Mais uma vez Deus deu a Israel uma grande vitória. Quarenta e sete mil siros morreram, incluindo o comandante-chefe. Quando os siros viram “que foram vencidos, fizeram paz com Israel e o serviram; e temeram os siros de ainda socorrer aos filhos de Amom” (2 Samuel 10:19)58 . Isto ainda deixou sem solução a questão de Rabá, onde o exército amonita havia montado uma barricada. Na próxima primavera, assim que ficou possível viajar, Davi enviou Joabe para conquistar Rabá, enquanto ele mesmo ficou em Jerusalém59 . (Foi nessa circunstância que Davi pecou com Bate-Seba. Pularemos essa parte da história por enquanto. Seguiremos o exemplo do escritor de Crônicas, que, a seguir, termina o relato da história da guerra contra os amonitas60 .) Primeiramente, Joabe desferiu ataques diretos contra Rabá, mas não conseguiu romper os muros da cidade61 . Então, atacou e capturou as fortificações ao redor da fonte de água da cidade 62 . Tendo cortado o suprimento de água deles, Joabe sabia que, em uma questão de tempo, os habitantes se renderiam. Ele mandou chamar Davi: “Ajunta, pois, agora o resto do povo, e cerca a cidade, e toma-a, para não suceder que, tomando-a eu, se aclame sobre ela o meu nome” (2 Samuel 12:28)63 . Davi foi a Rabá e liderou o ataque final. Quando a cidade foi rendida, a coroa do rei de Amom foi colocada em Davi como indicação de que ele era o novo governante deles64 . Então, Davi… Trouxe também os seus habitantes, designandolhes trabalhos com serras, picaretas e machados, além da fabricação de tijolos. Davi fez assim com todas as cidades amonitas. Depois voltou com todo o seu exército para Jerusalém (2 Samuel 12:31; NVI)65 . Segundo o registro bíblico, esta foi a última grande insurreição de uma nação vizinha durante a vida de Davi. Tempos atrás, Deus prometera a Abraão: “À tua descendência dei esta terra, desde o rio do Egito até ao grande rio Eufrates” (Gênesis 15:18). Através de Davi, Deus finalmente cumpriu essa promessa. O império de Davi estendeu-se desde o rio do Egito66 no sul até o Eufrates no norte, desde o Grande Mar (Mediterrâneo) no oeste até a região da Transjordânia no leste67 . Davi governou sobre mais de quinze mil quilômetros quadrados. Cerca de noventa po cento das riquezas daquela região estavam sob o cetro de Davi. Deus deu ao menino pastor de Belém um sucesso muito além dos seus sonhos mais extravagantes. COMO OBTER SUCESSO SEM PERDER DE VISTA O QUE É REALMENTE IMPORTANTE Que lições estão implícitas na história da ascensão de Davi? Especificamente, como podemos ter sucesso sem perder de vista tudo o que é realmente importante — incluindo nossas almas? Ao analisar o sucesso de Davi, formulei cinco sugestões: 1) Não Se Esqueça do Seu Propósito O sucesso geralmente traz notoriedade e popularidade, as quais, por sua vez, provocam distração; esta, por sua vez, traz o fracasso. Os exemplos dessa cadeia são múltiplos: o astro de TV e cinema que não consegue lidar com a pressão do sucesso e destrói a carreira, voltando-se para o álcool e as drogas; o time esportivo que vence o campeonato nacional, depois, no ano seguinte, atravessa uma temporada terrível por causa de distrações; o político que se corrompe pelo poder que lhe é dado. Na próxima edição de A Verdade para Hoje, veremos que Davi distraiu-se, desviando-se do seu propósito — e o desastre resultante disso. Até esta altura, porém, temos visto Davi concentrado nos desafios que Deus lhe deu: representa-lO no trono, estabelecer o império e proteger a nação por meio da qual o Messias viria. Por ter-se mantido concentrado, Davi cumpriu esses desafios esplendidamente. Muito tem se falado a respeito do estabelecimento de alvos. Estabelecer alvos é algo que vale a pena desde que os alvos valham a pena. Temos de manter as prioridades bem nítidas: Deus primeiro, o próximo em segundo (sendo que a família está na frente) e nós mesmos por último68 . Todavia, uma vez estabelecidos os alvos, é fácil nos distrairmos, esquecendo em que consiste a vida. Temos de nos esforçar para não esquecer o que é realmente importante. Recordemos a famosa afirmação de Paulo: “…uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Filipenses 3:13, 14). Observemos a expressão “uma coisa faço”. Ele não disse “uma dúzia de coisas faço”, nem “mil coisas eu me meto a fazer”, mas “uma coisa faço”. Paulo era um indivíduo concentrado — concentrado em Cristo. Gaste tempo refletindo e orando para decidir 7 o que Deus quer que você faça com a sua vida. Não se esqueça desses alvos e propósitos. Permaneça concentrado. 2) Não Se Esqueça da Sua Dívida Se você já tem alcançado sucesso, não esqueça a dívida que você tem com quem tornou possível esse sucesso. Geralmente, pessoas bem sucedidas demoram muito para se lembrar das pessoas que as ajudaram a chegar aonde estão. Davi reconheceu as contribuições que os outros fizeram em prol do seu sucesso. Novamente, convém lembrarmos o “quadro de honra” que Davi apresentou em 2 Samuel 23, a lista dos “valentes” e seus feitos memoráveis. Acima de tudo, porém, Davi deu ao Senhor o crédito por suas vitórias. No Salmo 60, ele disse: “Em Deus faremos proezas, porque ele mesmo calca aos pés os nossos adversários” (v. 12; grifo meu). Davi mostrou sua consideração dedicando os ganhos de suas conquistas ao Senhor. Paulo foi outro indivíduo que reconheceu a contribuição tanto de pessoas como de Deus para a sua vida. Por exemplo, em Romanos 16 ele falou de Febe, dizendo: “tem sido protetora de muitos e de mim inclusive” (vv. 1, 2). Num capítulo anterior, Paulo disse que o Espírito de Deus “nos assiste em nossa fraqueza” (Romanos 8:26). Uma irmã piedosa ajudou Paulo, Deus ajudou Paulo e Paulo quis que nós soubéssemos dessas duas fontes de ajuda. Sempre que alcançarmos qualquer sucesso, por menor que seja, outros contribuíram para isso. Devemos reconhecer essa contribuição. Pode ser que nunca tenhamos a oportunidade de ficarmos no pódio durante uma entrega de premiações e dizermos: “Eu gostaria de agradecer a meus pais, meus professores, etc.”, mas podemos deixar que os responsáveis saibam como apreciamos o que fizeram por nós. Poucas palavras ditas pessoalmente ou por telefone, ou escritas num lembrete podem ser um tremendo encorajamento. Acima de tudo, temos de reconhecer que é Deus quem possibilita o sucesso. Quando alguém vence um grande evento atlético, invariavelmente lhe perguntam como conseguiu fazer aquilo. O vencedor, então, fala dos alvos ambiciosos que ele estabeleceu para si mesmo e do treinamento torturante a que se submeteu — como se estes fossem os fatores determinantes. Certamente, a auto-disciplina é um fato, mas 8 centenas de outros também estavam determinados e se submeteram a vigorosos programas de treinamento, sem, contudo, vencerem. Por que esse indivíduo venceu? Em primeiro e principal lugar, ele venceu porque Deus lhe deu talentos e capacidades únicos. Ele teve de desenvolvê-los, mas Deus lhe deu uma capacidade que não foi dada à maioria de nós. Quando temos sucesso em qualquer área — seja em ser aprovado num teste, formar uma equipe, concluir o ensino médio, conseguir um emprego, encontrar um namorado, comprar uma casa, ter um filho, ganhar uma promoção, restabelecer a saúde ou vencer uma corrida de cem metros nas Olimpíadas — vamos reconhecer que foi o Senhor quem tornou isso possível. “Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não pode existir variação ou sombra de mudança” (Tiago 1:17). Pode ser que não tenhamos a oportunidade de expressar esses agradecimentos em cadeia nacional — como um jogador de futebol que se prostra perante os torcedores após marcar um gol — mas podemos erguer a voz em agradecimento a Deus e contar aos outros como Ele tem sido bondoso conosco. Além disso, como Davi, podemos dedicar tudo o que temos e tudo o que somos Àquele que nos deu todas as coisas. 3) Não Se Esqueça de Seus Compromissos Quando muitos atingem o topo, facilmente esquecem promessas que fizeram e compromissos que assumiram. Um homem pode achar que a mulher com ele se casou quando passava por momentos difíceis é, agora, um transtorno — do qual deve se libertar. Um acordo feito com uma pessoa num negócio pode parecer caro demais para ser cumprido — sendo ignorado com a seguinte justificativa: “Nós nunca assinamos nada”. Quando Davi finalmente chegou ao ponto em que ele tinha condições para isso, ele cumpriu um pedido feito uns vinte anos atrás. Considerando-se como Davi foi tratado por Saul, muitos não o culpariam se ele se esquecesse da sua promessa. Apesar disso, Davi olhou com respeito para aquela promessa como sendo um voto sagrado, feito na presença do Senhor69 , não devendo ser quebrado. Sendo assim, ele procurou pelo filho de Jônatas e o tratou honrosamente. Todos nós já assumimos compromissos. Muitos de nós somos cristãos e nos comprometemos a viver para o Senhor, quando confessamos nossa fé e fomos batizados. Muitos de nós assumimos o compromisso por toda a vida de “amar, honrar e cuidar” de uma esposa ou esposo70 . Provavelmente, assumimos outros compromissos também. Aqui Números 30:2 é digno de consideração: “Quando um homem fizer voto ao Senhor ou juramento para obrigar-se a alguma abstinência, não violará a sua palavra; segundo tudo o que prometeu, fará”. Não podemos manter nossa integridade se não cumprimos nossos compromissos. 4) Não Se Esqueça de que o Sucesso É Passageiro Você pode ser “alguém” um dia e “ninguém” no dia seguinte. Pode ter um milhão de dólares num dia e nenhum centavo no dia seguinte. Pode ser presidente de uma grande empresa um dia e zelador no dia seguinte. Pode ser saudável num dia e estar numa U.T.I. no dia seguinte. Pode ser um pai ou mãe orgulhoso hoje e amanhã estar decepcionado com um filho. Nem os melhores permanecem no topo do sucesso para sempre. O campeão envelhece e é nocauteado. A Miss Universo de 2003 é substituída pela Miss Universo de 2004. As maiores sensações de hoje são substituídas pelos novos e atraentes astros de amanhã. O sucesso era algo com que Davi constantemente tinha de lutar, e não algo que ele colocava numa caixa de troféu para usufruir pelo resto da vida. Os povos que ele conquistava reerguiamse e tornavam a importuná-lo. Certos planos não davam certo e tinham de ser refeitos. Como veremos na próxima edição deste periódico, um momento de imprudência — em poucos minutos de lascívia desenfreada — derrubou Davi do pináculo e encheu sua vida de dores de cabeça. O sucesso, tal qual a própria vida, é “como neblina que aparece por instante e logo se dissipa” (Tiago 4:14). Se o Senhor achar por bem dar-lhe uma dose de sucesso na vida, aproveite-a enquanto pode, mas mantenha a visão correta das coisas para que, quando o sucesso escapar pela janela, você não seja tentado a pular pela mesma janela. Lembre-se de que, no final, o único sucesso que realmente importa será ouvir Deus dizer: “Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mateus 25:21). 5) Não Se Esqueça da Sua Vulnerabilidade Não posso encerrar esta lição sem dar uma prévia do acontecimento que anulou, da noite para o dia, o sucesso de Davi. Certo palestrante71 , observou uma vez que a maioria das pessoas bem sucedidas caem por causa de um destes quatro fatores: “ouro”, “ócio”, “sexo” ou “ego”. O ouro não foi uma grande tentação para Davi, mas os demais fatores quase o levaram à ruína. Davi era um homem apaixonado. Isso era elogiável quando ele estava louvando o Senhor, lutando as batalhas do Senhor ou fazendo planos impetuosos para o futuro. Todavia, essa força se transformou em fraqueza no que diz respeito a mulheres bonitas. Certo dia, quando o ócio, a tentação sexual e o egoísmo convergiram Davi caiu com uma pancada que repercutiu por todo o reino. Davi não estava ciente o bastante de sua vulnerabilidade, ou se estava, não tomou as devidas precauções para proteger-se. Tiago admoestou: “Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça” (Tiago 1:14; grifo meu). Cada um de nós está vulnerável. Cada um de nós tem seus próprios pontos de fraqueza. Minhas fraquezas não são necessariamente as suas, nem as suas as minhas. Cada um precisa estar ciente de suas fraquezas para que possa evitar situações de tentação. Uma coisa é certa: o diabo conhece nossos pontos fracos e se esforçará ao máximo para explorá-los. Se você ainda não fez isto, faça uma avaliação séria da sua alma para descobrir quais são os seus pontos de vulnerabilidade; depois, determine como evitar a tentação nesses pontos. CONCLUSÃO O que falamos não se refere somente àqueles que ganham medalhas de ouro, são promovidos aos mais altos salários ou têm uma foto na capa de uma revista famosa. O fato de estarmos aqui hoje, de termos roupas para nos vestir e estarmos respirando proclama que, num sentido, Deus nos tem concedido sucesso. Aprendamos com o sucesso de Davi: por um lado, a dar glória a Deus e, por outro lado, a evitar as ciladas que o sucesso pode trazer. Jesus certa vez desafiou Seus discípulos com esta pergunta: “Pois que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mateus 16:26a). Não creio que estaremos cometendo uma injustiça com essa passagem, se ampliarmos 9 a pergunta de Jesus: que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro, e perder o seu casamento? Que aproveitará a mulher se ganhar o mundo inteiro e perder os seus próprios filhos? Que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder o seu caráter? Que aproveitará a mulher se ganhar o mundo inteiro e perder sua influência para o bem? A resposta para todas estas perguntas é a mesma: não aproveitará nada. Se você perder o que é mais importante, pode ser o maior sucesso do mundo e, ao mesmo tempo, o maior fracasso. NOTAS SOBRE O SERMÃO A história de Mefibosete é comovente; ela pode ser usada como base para uma lição sobre como superar deficiências — e como deve ser nossa atitude para com os deficientes físicos. Essa história também pode ser usada para ensinar uma lição sobre salvação pela graça. Compare o tratamento de Davi para com o rapaz (não pelo valor pessoal dele, mas por causa do que Jônatas fizera) com o tratamento de Deus para conosco (não pelo nosso valor pessoal, mas por causa do que Jesus fez). O leitor astuto notará uma relação entre os quatro fatores expostos nesta lição e os quatro fatores demonstrados no discurso de Joabe, em 2 Samuel 10 (“cooperação”, “coragem”, “preocupação” e “complacência”). Esse discurso poderia ser o texto para um sermão poderoso que motivasse a congregação a agir e vencer. Muitos dos salmos serviriam como boas lições suplementares. Procure os salmos de “vitória” ou “livramento” de Davi. Alguns pensam que o Salmo 18 foi escrito quando o rei de Hamate foi até Davi (observe especialmente os versículos 43 a 45). O Salmo 60 tem relação direta com esta lição. 1 As palavras de abertura do capítulo 8 provavelmente não são uma referência cronológica, mas uma expressão com efeito de gancho para a mudança para um novo tópico. 2 A ERC traduz o hebraico literalmente: “E sucedeu, depois disso, que Davi feriu os filisteus e os sujeitou; e Davi tomou a Metegue-Amá [que é o freio da cidade-mãe] das mãos dos filisteus”. Por isso, Davi “feriu o freio [controle] da cidade mãe” [principal]. “Mãe” ainda é usado hoje num sentido de “principal” ou “maior” naquela parte do mundo: “a mãe de todas as guerras”. 3 O escritor de Crônicas nos diz que “a cidade mãe” é Gate: “Depois disto, feriu Davi os filisteus e os humilhou; tomou a Gate e suas aldeias das mãos dos filisteus” (1 Crônicas 18:1). 10 4 Só podemos especular quando esses combates ocorreram. Alguns pensam que as quatro batalhas de 2 Samuel 21 ocorreram enquanto Davi fugia de Saul ou durante os sete anos e meio em que ele reinou sobre Judá somente — i.e., antes das batalhas decisivas de 2 Samuel 5 e as palavras definitivas de 2 Samuel 8:1. Outros pensam que eles ocorreram mais tarde na vida de Davi, quando os filisteus continuavam transtornando Israel de tempos em tempos — o que ajudaria a explicar por que Davi ficou “mui fatigado” (2 Samuel 21:15). 5 Essa lança não era tão grande quanto a de Golias, mas a ponta dela ainda pesava mais do que uma marreta! 6 Era uma “armadura nova” (2 Samuel 21:16). 7 1 Samuel 26:6–9; 2 Samuel 16:8, 9; 19:21. 8 2 Samuel 23:24. 9 Segundo Samuel 21:19 diz que o nome do gigante era Golias; 2 Crônicas 20:5 diz que o nome dele era Lami, irmão de Golias. A ERC presume que “irmão de” foi acidentalmente ocultado do texto de 2 Samuel e o insere. É possível, porém, que “Golias” fosse um nome de família ou um título e Lami fosse “um” Golias que tinha um irmão que era “o” Golias. Alguns, supondo que não seria outra pessoa diferente de Davi que matou um gigante chamado Golias, sugerem que “Elanã” era outro nome para Davi. Isto parece pouco provável uma vez que o pai de Elanã se chamava Jair (1 Crônicas 20:5) e é alistado entre os valentes de Davi (2 Samuel 23:24). Este incidente aparentemente ocorreu muito depois do duelo entre Davi e Golias. 10 Os moabitas vieram a existir como resultado de incesto (cf. Gênesis 19:37). 11 Rute 4:17–22. 12 1 Samuel 22:3, 4. 13 Possivelmente, uma exceção era os amonitas (veja as observações sobre 2 Samuel 12:31 mais tarde). 14 O texto é obscuro quanto a se tratarem de dois terços de soldados, de homens ou do total da população. 15 Robert Jamieson, A. R. Fausset e David Brown, Commentary on the Whole Bible (“Comentário de Toda a Bíblia”), ed. rev.. Grand Rapids, Mich.: Zondervan Publishing Co., 1961, p. 233. 16 Observe 2 Samuel 8:12. Segundo Samuel 10—12 dá os detalhes da vitória de Davi sobre os amonitas. 17 Os amonitas também vieram a existir como resultado de incesto (cf. Gênesis 19:38). 18 Quando as passagens paralelas em Crônicas são lidas, há variações de números, nomes, etc. Foram usados métodos de contagem diferentes? Foram usados nomes diferentes para as mesmas pessoas e locais? Um ou outro texto foi acidentalmente alterado no decorrer dos anos? Não podemos responder essas perguntas. Para os propósitos deste estudo, usaremos em geral as figuras e designações citadas em 2 Samuel. 19 Ele “capturava” os cavalos cortando-lhes os tendões inferiores das pernas traseiras, deixando-os incapacitados para o combate. Nos dias atuais, em que há direitos para os animais, isto soa cruel, mas era melhor do que matá-los. Para Davi eles tinham pouca utilidade (Deus disse que o rei não deveria “multiplicar para si cavalos” [Deuteronômio 17:16], além disso as carruagens não eram eficazes nas terras montanhosas de Israel), e ele não queria que o inimigo as utilizasse novamente num combate. Davi reservou cavalos suficientes para cem carruagens; não sabemos por que (veja as próprias palavras de Davi em Salmo 20:7). Provavelmente, ele violou o espírito de Deuteronômio 17:16 agindo assim. (Talvez tenha sido assim que Absalão adquiriu sua carruagem e cavalos [2 Samuel 15:1]; conforme os registros, Absalão foi o primeiro membro da família real a usar uma carruagem.) 20 A NVI, que se aproxima mais do texto original, traz “arameus” no lugar de “siros”. O termo “arameus” geralmente se referia aos siros. Os súditos do reino de Zobá também eram arameus, ou siros (veja 2 Samuel 10:6). 21 Veja 1 Crônicas 18:8; 26:26ss.; 1 Reis 7:5; 2 Crônicas 5:1. 22 Hamate localizava-se cerca de 150 quilômetros ao norte de Damasco. 23 Isto indica que o rei de Hamate fez uma aliança com Davi, colocando-se em sujeição ao governo de Davi. 24 Davi derrotara anteriormente os amalequitas (1 Samuel 30). 25 1 Crônicas 22:14. 26 As observações no início do Salmo 60 atribuem a vitória a Joabe. O escritor de Crônicas atribuiu a vitória a Abisai, irmão de Joabe (1 Crônicas 18:12). Isto preocupa alguns, mas o exército de Davi lutou com Joabe no comando, e Abisai aparentemente conduziu o ataque que decidiu a vitória. 27 A Septuaginta, a versão Siríaca e onze manuscritos hebraicos trazem “edomitas” em 2 Samuel 8:13. 28 Veja as observações antes do salmo. 29 Anote isto. Este foi o ponto de ataque de Absalão para ganhar o coração do povo (Leia “Aquilo que o Homem Semear”, na próxima edição desta série). 30 1 Crônicas 16:39. Mais tarde, Zadoque ficou responsável pela arca (2 Samuel 15:24–29). De acordo com 1 Crônicas 6:3–8, 50–53, Zadoque era um descendente direto de Arão (veja também 1 Crônicas 24:3). 31 Aimelque também era descendente de Arão, mas através de uma linhagem diferente. Há certa confusão quando a 2 Samuel 8:17 ser “Aimeleque, filho de Abiatar” ou “Abiatar, filho de Aimeleque”. Abiatar, filho de Aimeleque, juntou-se a Davi no deserto depois que Saul massacrou os sacerdotes (1 Samuel 22:20). Desse momento em diante, Zadoque e Abiatar são alistados como sacerdotes (2 Samuel 17:15; 20:25). É possível que o Abiatar que foi até Davi tivesse um filho chamado Aimeleque, que, por sua vez, tinha um filho chamado Abiatar, sendo que todos os três serviram como sumo sacerdotes. Também é possível que Abiatar seja um nome alternativo para Aimeleque. Não temos informações suficientes para definir a questão. 32 2 Samuel 23:20–23. 33 Os mercenários de Creta eram queretitas. 34 Os mercenários da Filístia eram peletitas. Davi pode ter recrutado guardas estrangeiros para evitar rivalidade tribal. 35 O original hebraico em 2 Samuel 8:18 diz que os filhos de Davi eram “sacerdotes”. Visto que não eram da tribo de Levi e que o escritor de Crônicas de fato usou um termo diferente de “sacerdote”, eles não eram sacerdotes no sentido comum. A ERC diz que eles eram “príncipes” em 2 Samuel 8:18. A New International Version (somente na versão inglesa) diz “conselheiros reais”. 36 Burton Coffman, Commentary on Second Samuel (“Comentário de Segundo Samuel”). Abilene, Tex.: ACU Press, 1992, p. 114. 37 Se os acontecimentos de 2 Samuel 21 ocorreram depois de 2 Samuel 9, outros descendentes de Saul também ainda estavam vivos (observe 2 Samuel 21:8). Ziba talvez conhecesse a afirmação original de Davi, “para que eu use de bondade por amor de Jônatas”, e tenha mencionado somente a descendência de Jônatas. 38 Veja 1 Crônicas 8:34. O significado de “Meri-baal” (ou “Merib-baal”) é incerto; muito depende de “Baal” significar simplesmente “Senhor” ou se referir ao deus pagão. Para se evitar o uso da palavra “Baal”, o escritor de 1 e 2 Samuel pode ter substituído a palavra hebraica por “vergonha” de citá-la (veja as observações anteriores sobre o nome “Isbosete”). “Mefibosete” significa “aquele que dissemina vergonha”. 39 Veja 2 Samuel 4:4. 40 Maquir, evidentemente, era um apoiador leal de Saul e de sua casa. Depois da bondade demonstrada por Davi para com Mefibosete, Maquir tornou-se um partidário e apoiador de Davi (2 Samuel 17:27–29). 41 A localização exata de Lo-Debar é desconhecida. Alguns pensam que ficava a cerca de trinta quilômetros ao norte do noroeste de Maanaim, que servira de capital para Isbosete. 42 O filho de Mefibosete chamava-se Mica (2 Samuel 9:12). Os descendentes de Mica se tornaram proeminentes em Israel (veja 1 Crônicas 8:34–40; 9:40–44). 43 Uma vez que o pai de Bate-Seba também é chamado de Amiel em 1 Crônicas 3:5, existem especulações quanto a ser este o mesmo Amiel e serem Maquir e Bate-Seba irmãos — de modo que Maquir teria se tornado, posteriormente, cunhado de Davi. 44 Mateus 2:8. 45 Talvez Mefibosete tenha sido carregado. 46 Davi disse o nome dele (2 Samuel 9:6). Como Mefibosete devia ter sido anunciado, presumo que isso significa que Davi não tinha certeza se ele era realmente filho de Jônatas. 47 Prostrar-se com o rosto em terra era a maneira normal de apresentar-se perante um membro da realeza. 48 Referir-se a si mesmo como um cão era uma expressão de auto-depreciação. Davi usara o mesmo termo para descrever-se a Saul (1 Samuel 24:14). 49 2 Samuel 9:9–11. À luz de acontecimentos subseqüentes (2 Samuel 16:1–4), creio que Ziba concordou com relutância. 50 A história de Mefibosete ainda não chegara ao fim. Em algum momento, Davi lhe pouparia a vida (2 Samuel 21:7, 8). E Mefibosete reaparece na história quando Davi foge de Absalão (2 Samuel 16:1–4; 19:24–30). 51 Provavelmente, esta é mais uma expressão com efeito de gancho do que um indicador cronológico. 52 Como Naás era inimigo de Saul (1 Samuel 11:1–11), talvez ele tenha se mostrado bondoso para com Davi, como um meio de opor-se a Saul. 53 Rabá era “a cidade” mencionada em 2 Samuel 10:3. Rabá ficava a leste do rio Jordão, cerca de trinta e cinco quilômetros a leste de Jericó. Hoje é conhecida como Amã, a capital da Jordânia. 54 Veja Isaías 20:4. 55 O escritor de Crônicas diz que o preço dessa contratação foi “mil talentos de prata” (1 Crônicas 19:6) — perto de dez milhões de dólares! 56 As outras nações mencionadas, Maacá e Tobe, eram vizinhas de Amom. 57 Hadadezer, rei de Zobá, foi um dos primeiros instigadores (2 Samuel 10:16, 19). Já vimos Davi derrotar Hadadezer no capítulo 8 (vv. 3, 5, 7–10). Não temos informações suficientes para ter certeza da relação, se é que existe, entre as batalhas mencionadas no capítulo 8 e as mencionadas no capítulo 10. Alguns pensam que as batalhas do capítulo10 ocorreram antes; alguns pensam que eles participaram da mesma guerra. 58 Isto certamente está relacionado com 2 Samuel 8:6, que diz que “os siros [ou arameus] ficaram por servos de Davi e lhe pagavam tributo”. 59 2 Samuel 11:1. 60 1 Crônicas 20:1–3. 61 2 Samuel 11:1, 17–24. 62 2 Samuel 12:27. A ERC e a ERAB dizem “a cidade das águas”; a NVI diz “reservatórios de água”. 63 Geralmente, os espólios de uma cidade pertenciam a 11 quem a conquistou. Neste incidente, vemos a lealdade impetuosa de Joabe a Davi mesmo após Davi desfavorecê-lo. 64 O termo traduzido por “o rei” também poderia se referir ao deus amonita. Como um talento de ouro pesava de 45 a 50 quilos, muitos pensam que a coroa estava na cabeça de um ídolo. Talvez estivesse, mas tenhamos em mente que tais coroas eram mais para exibição do que para uso. (Nota: Essa coroa valeria, hoje, no mínimo, uns duzentos e cinqüenta mil dólares!) 65 Essa tradução é fiel ao original, mas deixa em aberto a questão dos amonitas estarem trabalhando como escravos ou estarem sendo torturados. Como, mais tarde, um membro da família real de Amom ajudou Davi (2 Samuel 17:27), não creio que Davi os tenha torturado. Todavia, considerando o tratamento que Davi deus aos moabitas (primos dos amonitas) e o insulto que seus homens sofreram pelo rei de Amom, existe a possibilidade de que Davi tenha torturado os amonitas. 66 Esse rio do Egito não era o Nilo. Veja o mapa na página 51. 67 Veja 1 Reis 4:21–24. 68 Mateus 22:37, 38; 6:33. 69 O voto de Davi foi feito na presença do Senhor (veja 1 Samuel 20:16, 17). 70 Veja Mateus 19:3–9. 71 Esse palestrante é mencionado, mas seu nome não, in Charles R. Swindoll, David: A Man After God’s Own Heart (“Davi: Um Homem Segundo o Coração de Deus”). Fullerton, Calif.: Insight for Living, 1988, p. 80. ©Copyright 2004, 2006 by A Verdade para Hoje TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 12