Leite
Boletim de tendências
FEVEREIRO | 2014
Confinamento de vacas leiteiras
As principais vantagens e cuidados desta técnica de produção
Um dos sistemas que tem despertado interesse dos bovinocultores de leite é o sistema de confinamento total,
chamado Free-stall e quando bem planejado e administrado gera grande lucratividade. Esse sistema cresce
no Brasil e no mundo, principalmente onde há limitações climáticas para a criação ao ar livre. Devido ao alto
custo das terras, a necessidade de aumento de produtividade e obtenção de escala de produção, foram intensificados os investimentos em confinamentos de vacas leiteiras.
Início das atividades
O sistema Free-stall
Alimentação
Praticada no Brasil a partir
dos anos 80 superior a
outros sistemas da época
as vacas ficam em instalações sem acesso à pastagem, livres para exercícios
e descansos
fornecida no cocho, assim os animais tendem a
ter alta produção devido a
menor perda de energia na
locomoção
Vantagens
Custo operacional econômico, fácil mecanização,
animais se exercitam regularmente, alta flexibilidade
para organizar diferentes
manejos de alimentação
Desvantagens
Custo de construção alto,
menor atenção individual,
maior competição entre
animais e falta de limpeza
na hora do manejo
Fonte: Alexandre Porto de Araújo. Estudo comparativo de diferentes sistemas de instalações para produção de leite tipo B, com ênfase nos índices de conforto térmico e na caracterização econômica (2001)
1
Sistemas de produção de leite
Suas diferenças e particularidades
Relatório do SIS
Acesse o relatório sobre
Leite à base de Pasto (2012)
e confira mais sobre os benefícios desta técnica
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Pa
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Sis
As vacas ficam ao ar livre a maior parte do tempo, retornando
apenas para a ordenha e os animais obtêm seu alimento da pastagem.
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Os animais têm acesso ao pasto, mas recebem grande parte da alimentação no cocho,
geralmente ficam parte do dia estabuladas e parte do dia na pastagem.
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As vacas ficam permanentemente em instalações onde é oferecida
toda a alimentação no cocho.
2
44%
dos 100 maiores criadores
de gado leiteiro do Brasil
possuem o sistema de
confinamento.
Fonte: Site Revista Rural (2009)
Sistema de confinamento
A importância dos cuidados com a instalação e animais
As áreas de confinamento têm por objetivo aumentar o rendimento da mão de obra, oferecer aos animais
boas condições sanitárias e proteger contra extremos climáticos. É importante salientar que no sistema confinado há uma maior concentração de animais e, portanto, maior facilidade na proliferação de doenças, que
devem ser rapidamente detectadas e combatidas, prevendo:
O local para a construção
Temperatura do ambiente
Cuidados com os animais
A cama dos animais deve ser
forrada de capim seco, maravalha, borracha ou areia para
evitar a proliferação de fungos
e bactérias. Quanto a construção do estábulo, o posicionamento do galpão deve ser no
sentido norte/sul, para que no
início da manhã e no final da
tarde seja proporcionada boa
insolação dentro da instalação e ao meio-dia, período
de maior calor, haja proteção
contra o sol escaldante.
Pensar na instalação de ventiladores e aspersores de água
para minimizar a temperatura.
Por exemplo, no caso de vacas
da raça holandesa, o nível
máximo de calor suportado
antes do estresse termico é de
15ºC. O excesso de umidade
também pode gerar umedecimento das camas dos animais
e doenças como mastite. Veja
mais no relatório do SIS –
Bem- Estar Animal (2013).
No sistema de confinamento
as vacas andam pouco, ficam
apenas sobre o concreto,
esterco e umidade, evitando o
desgaste natural dos mesmos.
Diante disto, é importante o
casqueamento periódico dos
animais e a atenção na dieta
dos animais que também influencia na saúde dos cascos.
Caso de sucesso
Família Egewarth – Itapiranga SC
Aumento 20 para 30 litros - Após a adoção do sistema “Free-Stall”
800 vacas da raça Holandesa - Produzem mais de 2.400 litros de leite por dia
Fonte: Folha do Oeste. Produtividade, custo e lucro na produção de leite (2010)
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AÇÕES
RECOMENDADAS
Dentre as vantagens do produtor utilizar o Free-stall está o controle de fatores climáticos adversos como alta umidade, elevada temperatura e insolação direta, com a possibilidade de controlar
100% do que o animal come;
Antes de qualquer investimento deve-se procurar um profissional da área de sua confiança, pois
sempre que há necessidade de grande capital imobilizado. Deve-se avaliar o tempo de amortização que pode ser limitante. No caso do Free-stall o investimento em instalações pode ser
superior a R$ 2.000,00 por cabeça. Você também pode procurar órgãos federais e estaduais que
trabalham com orientação técnica como a Embrapa e Epagri;
Quando o pequeno negócio optar pelo Free-stall é relevante observar que ele deve ser usado
para animais de médio e alto potencial produtivo, com média acima de 25 quilos de leite diário,
porque o custo da produção não justifica uma produção animal abaixo de 20 quilos de leite.
Leite
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fevereiro | 2014
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Gestor do Projeto: Douglas Luís Três
Conteudista: Jonas Ramon
SEBRAE Santa Catarina
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Parque Tecnológico Alfa - João Paulo
CEP: 88030000 - Florianópolis – SC
Telefone: 48 3221 0800
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