CONHECIMENTO e COMPORTAMENTO NA
EVOLUÇÃO DA ESPÉCIE HUMANA
MITOS FUNDANTES:
Criação, Mahabarata, Gênesis, Big Bang 13-14x109
Terra
4,6x109
Vida
3,8x109
PALEONTOLOGIA:
Formas complexas de vida (Ediacara):
550x106
Hominídeos
5-6 x106
Homo Sapiens/Neanderthals
150.000 anos
a.P.
Homo sapiens sapiens
40.000 anos a.P.
Bipedismo
Pedra lascada – dimensões
Arremesso – força, movimento
Agricultura/pecuária
Indústria
Informática.
E O FUTURO?
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Australopithecus afarensis
ca.5106 a.P.
Homo habilis
(ca.2,5106 a.P.)
A.africanus
Paranthropus
aethiopicus
PEDRA LASCADA
para descarnar
Homo ergaster
(ca.1,5106 a.P.)
P.robustus P.boisei
(extintos ca.106
a.P.)
[primeiro grande êxodo da África]
?
Homo erectus
(Java, China 800.000 a.P.)
heidelbergensis
(extinto ca.40.000 a.P.)
Homo
(Velho Mundo,ca.600.000 a.P.)
Homo floresiensis
(Java/Bali, 95cm de altura)
(extinto ca 18.000 a.P.)
LANÇA
FOGO
Linguagem
Homo neanderthalensis
(Eurasia, ca.200.000 a.P.)
(extinto ca.50.000 a.P.)
Homo sapiens
(todo o Planeta, ca.150.000 a.P.)
SINAIS (ca.77.000 a.P., África)
Pensamento abstrato
HOMO SAPIENS SAPIENS
(todo o Planeta, ca.40.000 a.P)
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MITOS FUNDANTES
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Sementes para agricultura
(ca. 13.000 a.P.)
Ver: A Guerra do Fogo, dir: Jean-Jacques Annaud, 1981
Bíblia Sagrada, Gênesis 4,2
A NATUREZA HUMANA É CARACTERIZADA
PELA BUSCA PERMANENTE
DE SOBREVIVÊNCIA E DE TRANSCENDÊNCIA
NA BUSCA DA SOBREVIVÊNCIA, desenvolvem-se os meios
de lidar com o ambiente mais imediato, que fornece o ar, a
água, os alimentos, o outro, e tudo o que é necessário para a
sobrevivência do indivíduo e da espécie. São as maneiras e
estilos de COMPORTAMENTO e o CONHECIMENTO
individual e coletivo, o que inclui COMUNICAÇÃO e, nas
espécies humanas, TÉCNICAS e LINGUAGEM.
NA BUSCA DA TRANSCENDÊNCIA, as espécies homo
desenvolvem a percepção de passado, presente e futuro, e
meios para explicar o seu encadeamento e os fatos e
fenômenos. Esses meios são as technés [ARTES e
TÉCNICAS], que evoluem como memória, individual e
coletiva, representações do real [MODELOS], elaborações
sobre essas representações [IMAGENS], sistemas de
explicações sobre as origens e a criação [MITOS e
MISTÉRIOS] e tentativas de saber o futuro [ARTES
DIVINATÓRIAS]. Na memória, nos mitos e nos mistérios
estão a HISTÓRIA e as TRADIÇÕES, que incluem as
RELIGIÕES e os SISTEMAS DE VALORES. Os modelos
resultam nas (etno)MATEMÁTICAS e a resposta aos mitos e
mistérios se associam às imagens e se organizam como
ARTES, das quais as artes divinatórias dão origem a
SISTEMAS DE EXPLICAÇÕES e de CONHECIMENTOS, como
a astrologia, os oráculos, a lógica, o I Ching, a numerologia e
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as CIÊNCIAS, em geral, através das quais se procura
antecipar o que pode acontecer.
Ubiratan D’Ambrosio
A PRÉ-HISTÓRIA
(paleontologia)
Homo habilis: Pedra lascada (ca. 2x106)
Homo erectus:
arremeso, fogo, linguagem (ca. 5x105)
Homo sapiens: Sinais em cavernas
(Blombos, África do Sul, ca. 77.000 a.P.)
Homo sapiens sapiens:
Ciclo menstrual (ca. 20.000 a.P.)
Agricultura, pecuária (ca.13.000 a.P.)
ORGANIZAÇÂO EM COMUNIDADES e
EM SOCIEDADES
CIVILIZAÇÕES
Conceito de civilização:
Um conjunto de sociedades com
1 - uma ocupação ordenada de espaço;
2 - uma percepção de tempo (passado,
presente, futuro encadeados);
3 - uma cultura dominante, incluindo língua,
religião, uma cosmovisão e um repertório de
costumes, técnicas e valores;
4 - um sistema político estruturado.
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Helio Jaguaribe: Um Estudo Crítico da História, 2 vols.,
Editora Paz e Terra, São Paulo, 2002.
AS GRANDES CIVILIZAÇÕES DA EURASIA
No 3° Milênio a.C.
*EGITO (Rio Nilo)
*BABILÔNIA (Mesopotâmia:
Rios Tigre e Eufrates)
Índia (Rio Indo)
No 2° Milênio a.C.
Etruscos
Mar Egeu
Tróia (final do 2° Milênio a.C.)
Lung-shan (Rios Huang e Yang-Tse)
*ISRAEL (Moisés, Êxodo ca 1.250 a.C.)
No 1° Milênio a.C.
*GRÉCIA
Índia, Pérsia, China
*ROMA
*AS GRANDES CIVILIZAÇÕES MEDITERRÂNEAS.
AS GRANDES CIVILIZAÇÕES PRÉ-COLOMBIANAS:
AZTECAS:
Principais divindades:
Huitziloposchtli (deus da guerra e do sol)
Quetzalcoatl (deus da sabedoria, aprendizagem)
MAIAS: Meso-America, apogeu 300900
Escrita, matemática, astronomia.
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INCAS: Andes, engenharia, agricultura, quipus.
CIVILIZAÇÕES NORTE AMERICANAS E AMAZÔNICAS.
GRÉCIA
AS ORIGENS E OS MITOS:
Tróia (final do 2° Milênio a.C.)
Homero (séc. 8 a.C.): Ilíada, Odisséia.
A HISTÓRIA:
Tales , Pitágoras (séc. 6 a.C.)
ESCRITA (século 5. a.C.):
Teatro: Ésquilo, Eurípedes, Sófocles
Arquitetura: Fídias, Política: Péricles (Atenas)
História: Heródoto [história ‘universal”; matemática
do Egito e da Babilônia, entre outras]
Saúde: Hipócrates [a formação do profissional]
A FILOSOFIA:
Sócrates, Platão e Aristóteles (séc. 4 a.C.)
ALEXANDRE (356-323 a.C.)
APOGEU DA IMPÉRIO GREGO (século IV a.C.)
ARTES MÉDICAS
HIPÓCRATES (ca460 a.C.- ca377a.C.)
Corpus Hippocraticum
observação, humores, ética
DIOSCÓRIDES, o Pedanio, séc.1
De materia medica
farmacologia, botânica
Claudio GALENO (ca131,Pérgamo - ca201)
dissecação em animais
sistema nervoso e cardíaco e humores
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MATEMÁTICA
Euclides (ca300 a.C.): Elementos
Arquimedes (ca287-212 a.C.): engenharia
Apolonio (ca262-ca180 a.C.): Cônicas
ROMA
ETRUSCOS: séc 13 a.C., apogeu séc.8 a.C.
ROMANOS: Enéias, herói troiano, escapou da destruição
de Tróia, fundou Lavinium(Roma)
Publius Vergilius Maro (70-19 a.C.): Eneida.
APOGEU DO IMPÉRIO ROMANO (séc. III a.C.)
CONQUISTAS: Gaius Julius César (100-44 a.C.)
GRAMÁTICA: Marcus Terencius Varro (116-27 a.C.)
POLÍTICA: Marcus Tullius Cícero (106-43 a.C.)
HISTÓRIA NATURAL: Lucrécio (ca95-55 a.C.)
ARQUITETURA
Marcus Vitruvius Pollio, séc. 1 a.C.: De Architectura
Livro I: Cap.1 Educação do arquiteto: reconhecimento do
conhecimento grego; importância da educação
clássica: Lucrecio, Cícero, Varro;
Cap.2 Conceito de arquitetura.
Livro II: A cidade, preocupação com o bem-estar
da população, princípios ecológicos.
Livro III: Matemática/aritmética (cap.1,p.73)
Livro V: Harmonia (cap.4,p.139)
Livro VI: Universalidade da matemática, pouca importância à
recompensa material (#5).
Livro IX: Conhecimento matemático grego, valorização do
intelectual, teorema de Pitágoras, episódio de “eureka” de
Arquimedes.
Livro X: Responsabilidade civil do profissional.
Vitrúvio: Da Arquitetura (séc. 1 a.C.), intr. Júlio R. Katinsky,
trad.Marco Aurélio Lagonegro, Hucitec, São Paulo, 1999.
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CRISTO e o APOSTOLADO
REBELIÃO DE BAR KOKHBA e EXPULSÃO DOS
JUDEUS DE JERUSALÉM e SUA DISPERSÃO PELO
IMPÉRIO ROMANO: 132.
A CULTURA GREGA NO IMPÉRIO
ROMANO
Academia de Alexandria:
Diofante ca325-ca405 , Hipácia ca370-415.
A importância de São Paulo.
As bases filosóficas da sexualidade cristã.
O IMPÉRIO ROMANO E O CRISTIANISMO
Diocleciano (ca245-316):
em 285, cisão nos Império Romano, com dois
imperadores: no Ocidente (ROMA) e no Oriente
(BIZÂNCIO).
Constantino (ca280-337): torna-se único Imperador, dá
liberdade e posições políticas para o Clero cristão,
324; muda o nome de Bizâncio para
CONSTANTINOPLA.
O Concílio Ecumênico de Nicéia, 325, estabelece os
Evangelhos de Mateus, Lucas, Marcos e João como
fundamentos da fé cristã.
Juliano (331-363): tentativa de oficializar o paganismo.
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Teodosio (ca346-395): oficializa o Cristianismo.
A FORMAÇÃO DA EUROPA:
O DECLÍNIO DE ROMA E OS BÁRBAROS.
GODOS e VÂNDALOS: povos Germânico, no Báltico.
VISIGODOS: Ocupam Dácia (România), saqueiam de
Roma (410), estabelecem-se na Espanha (415).
VÂNDALOS: Atravessam a Gália e a Espanha e se
estabelecem no Norte da África; atacam Roma em 455.
476: reconhecido como a Queda do Império Romano do
Ocidente, quando o chefe germânico Odoacer depõe
Rômulo Augústulo e reconhece Zeno de Constantinopla
como único Imperador. O Império do Oriente se mantém.
OSTROGODOS: Teodorico depõe Odoacer em 497 e
estabelece um Reino, reconhecido pelo Imperador do
Oriente, e instala sua capital em Ravena.
FLORESCIMENTO DO IMPÉRIO BIZANTINO
Especificidades da cultura cristã-helênica.
Universidade Imperial de Constantinopla (330).
Reorganizada em 863 por Leo, matemático e
educador (inventor do telégrafo luminoso).
Filosofia: comentário dos textos gregos.
Incompatibilidade entre a fé cristã e a cultura helênica:
ortodoxia dos monges bizantinos.
Arte: Mosaicos e tapeçaria.
Arquitetura.
Tecnologia: “fogo grego” (séc.VII), resistência aos árabes.
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1054: GRANDE CISMA: O Papa
Leo IX fecha as igrejas de rito
grego. Estabelece-se a IGREJA
CRISTÃ ORTODOXA, que não
reconhece o poder papal.
ALTA IDADE MÉDIA NO OCIDENTE
Santo Agostinho (354-430): conversão em 386 (Confissões, 397)
obra maior: A Cidade de Deus (413-426).
Ver Santo Agostinho, col. Os Pensadores, trad.J.O.Santos, SJ e
A.A.de Pina, SJ, Nova Cultural, São Paulo, 1999:
Livro VII: O Professor (rejeição da Filosofia grega,
principalmente Aristóteles; adoção não-explícita do
neoplatonismo)
Livro X, Cap.12, (sobre a natureza dos números e
das dimensões).
EDUCAÇÃO:
Trivium: Gramática, Retórica e Dialética.
Quadrivium: Aritmética, Música, Geometria, Astronomia.
Martianus Mineus Felix Cappela, ca400: O casamento
de Filologia (=aprendizagem) e de Mercúrio
(=eloqüência), sete livros sobre as disciplinas do trivium
e do quadrivium.
Anicius Manlius Severinus Boécio (480-524):
Consolações da Filosofia, os Institvtio do quadrivium.
IMPORTÂNCIA
DOS
MOSTEIROS:
São Bento (ca480-547): Regras dos Mosteiros.
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CIENTISTAS DA IGREJA
Santo ISIDORO, de Sevilha (ca560-636):
Etimologias (programa educacional)
Liber IV: De Medicina.
1.1. Medicina é aquilo que ou
protege ou restaura a saúde do
corpo: trata de doenças e de
ferimentos.
5.3. Todas as doenças resultam de
quatro humores: sangue, bílis
amarela, bílis negra e fleuma.
Pessoas saudáveis são
mantidas por eles e os doentes
sofrem deles.
De Natura Rerum (tratado de Cosmologia)
Ciências Naturais (1° capítulo do Gênesis)
Sergio Nobre: Isidoro de Sevilla e a História da Matemática
presente em sua Enciclopédia Etimológica (séc. VII), em Elementos
Historiográficos da Matemática Presentes em Enciclopédias
Universais, Dissertação Acadêmica de Livre-Docência,
IGCEx/UNESP, Rio Claro, 2000; pp.58-75.
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Santo Beda, o Venerável (ca672-735): inglês, doutor da
Igreja, tratados de gramática, música, ciências
naturais, História Eclesiástica dos Povos Anglicanos;
números e contagem do tempo, contagem nos dedos.
Alcuíno de York, ou Albino (ca735-804): assessor de
Carlos Magno, supervisor das reformas educacional e
eclesiástica; promoveu estudo dos clássicos e
escrita.
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