Ciências da Saúde / Psicologia / Psicologia Hospitalar
ASPECTOS PSICOLÓGICOS DE PACIENTES A SEREM SUBMETIDOS À CIRURGIA OCULAR MUTILADORA
Jullie Rodrigues de Lima dos Santos Sá
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Curso de Psicologia - Universidade Salvador – UNIFACS
Gabriela Neves Santos Actis
Curso de Psicologia - Universidade Salvador – UNIFACS
Roberta Ferrari Marback
Profa. Dra./ Orientadora - Depto. de Ciências da Saúde - UNIFACS
Eduardo Ferrari Marback
Depto. de Oftalmologia - UFBA
INTRODUÇÃO
Um procedimento cirúrgico geralmente desencadeia conteúdos ansiogênicos, que tendem a paralisar ou auxiliar o
paciente no enfrentamento da situação. Quando se trata de uma cirurgia ocular mutiladora e as limitações que esta
impõe, esperam-se altos níveis de depressão, ansiedade e desesperança nestes pacientes. Sendo assim, o objetivo do
presente estudo é avaliar os aspectos psicológicos (depressão, ansiedade e desesperança) de pacientes a serem
submetidos à cirurgia ocular mutiladora, tendo em vista a pouca produção literária relacionada ao tema e à possibilidade
de elaboração de planos terapêuticos voltados para uma melhor recuperação e adaptação destes indivíduos.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa de campo na qual estão sendo realizadas entrevistas semi-estruturadas com pacientes a
serem submetidos à cirurgia ocular mutiladora (enucleação, evisceração e exenteração), internados no Hospital
Universitário Professor Edgard Santos (HUPES), em Salvador – BA. Os instrumentos utilizados são o questionário
sociodemográfico, desenvolvido para conhecer o perfil da amostra estudada, os Inventários de Ansiedade, Depressão e
Desesperança de Beck (BAI, BDI e BHS, respectivamente). O estudo foi submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa da
Instituição e aprovado.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Desde o início da coleta de dados (março/2012) até o momento, 12 (doze) pacientes foram entrevistados, sendo que
dois destes se negaram a participar da pesquisa e o outro apresentou déficit cognitivo para responder aos instrumentos
da pesquisa, por isso foi excluído. Dentre os nove entrevistados, 5 eram homens (55,5%) e 4 eram mulheres (44,5%), os
quais apresentaram idades variadas, porém a maioria (55,5%) possuía entre 61 anos e 80 anos de idade. Corroborando
com o estudo publicado, no momento pré-cirúrgico, foram observados índices baixos de depressão e ansiedade, visto
que tanto a dificuldade de entrar em contato com as limitações impostas pela mutilação quanto às informações
prestadas sobre o procedimento cirúrgico podem ter colaborado para estes resultados. No que se refere aos escores de
desesperança, baixos níveis foram encontrados e podem ser considerados fatores significativos, pois puderam
demonstrar a expectativa positiva que estes pacientes possuíam em relação ao procedimento cirúrgico e aos aspectos
relacionados à recuperação.
CONCLUSÃO
Apesar de este estudo encontrar-se em andamento, já foi possível perceber a importância do acompanhamento
psicológico para estes pacientes, tanto no pré como no pós-cirúrgico, visto que trabalhar questões relacionadas às
expectativas e possibilidades após procedimento cirúrgico podem contribuir para uma melhor recuperação e adaptação
destes pacientes após a mutilação ocular.
Instituição de fomento: Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq
Trabalho de Iniciação Científica
Palavras-chave: Psicologia, Oftalmologia, Cirurgia Mutiladora
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Julie Rodrigues de Lima Santos Sá