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ILCT é uma publicação técnico-científica criada em 1946, originalmente com o nome FELCTIANO. Em setembro de 1958, o seu
nome foi alterado para o atual.
Este exemplar sobreviveu e é um dos nossos portais para o passado, o que representa uma riqueza de história, cultura e
conhecimento. Marcas e anotações no volume original aparecerão neste arquivo, um lembrete da longa jornada desta
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X!). Semana do Lacticinista
- O Prof.
Carlos Alberto Lott diretor dO
L L. C. T. agradece ao estudante Luiz Alberto Guimarães Franco a
oferta de uma flâmula da Escola Nacional de Veterinária.
digitalizado por
arvoredoleite.org
SETEMBRO/OUTUBRO
2
PARA
Ex-Felciiano,
'
SUlINOOSTRIA UE
A
Galeria de Lacticinistas Ilustres
Rel'ultado dt' 70 ,mOi
no campo da ,.ngenharil
aplit-ada aol' Iftli(·ílliolJ.
PalOteurizlI e resfria "
leite 1101 cin'nito f�('hnclo
a divClr!lRII teml'c'rllturall.
COMPRESSOR ASTRA
De dois a quatro
(',liodro!J.
Dr :l.OOO
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1.000.000 Kul/',ora.
".,lOnllmrnto com polia
Il
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Olonl 81/8S· R io de Janeiro - Rua Flor ncí Ó
A reu. 828 - S150
Paulo _ Rua Tupínombós �64 Belo Horizonte - Av Julio ele Castilho s. 30 -Porto Alegre\
(,
Rua Holteld �99 Juiz de Fóra - Rua Dr Mur i i. 249/253 Curitiba
Matriz'
Ruo Teótilo
�\
c
digitalizado por
arvoredoleite.org
-
SETEMBRO/OUTUBRO
4
Ex Felctiano
-
SETEMBRO/OUTUBRO
Ex Felctiano
5
Discurso Pronuncia do Pelo' Professor Carlos Al­
berto Lott, . Diretor do I. L. C. T.,
Otto Frensel, Felctiano de Escól
�
Nosso
dêste
homenageado
ano,
Sr.
otto Frensel, é figura das mais repre­
sentativas do cenário lacticinista brH,�i­
leiro. Diretor do Boletim do Leite, dire­
tor da Sociedade Nacional de Agricultu­
ra, além de muitos outros titulos ligacl;)s
à indústria de lacticínios, vamos focali­
zar, apenas, suas ativIdades relaciona­
das com o Instituto de La .cticínios "Can­
di do Tostes" .
Desde 1 943 que nos acostumamos c om
a presença do Sr. otto Frensel em tô­
das as promoções do Instituto. Nas fe.:;­
tas de calouros, nas festas de formatll­
ra, na's de aniversario do Diretor Se­
bastião Sena Ferreira de Andrade, ou de
fundação do Instituto, sempre sua pre:,
s ença amiga constituía motivo dt} .:jatis·­
fação para todos seus admiradores e para
os estudantes, que, em breve,
também
passa vam para o rol de seu s amigos.
Aspera Ad Astra ( 3 � Semana) ; Discur­
Co�
. A. P � ov a, d . e . Red,l1 t� se,
.
;;n:ic ' ç'Qes
i d 'sãp� :ijartlpho,
'
DiVerS S (�� )� elnana) ; Disc1J� s p"A Si�
"
'
tuação;: da Ca; eína n o Brá�ii,' 'sel�ç��s
d e Marlt.ei�a:"
Lembr n: �
�
�5�
Lacticipist�s IYIundiai�. - 2� >Série
S emana.) ;
Discuts9,:'�Viagen S;LacticirÚs­
tas, Par';qtl(�/"$se··produzteité·?:;!·t6�·:Se­
mana ) ;
Discurso, Seleções Lacticinistas
Mundiais - 3� Série, Aspectos Lactici­
nistas, Os Lacticínios no Vale do Itajaí
Discurso, Seleções Lacti-
( 7� S emana ) ;
. cinistas Mundiais - 4� Série, A longa
Jornada dos Lacticínios Brasileiros, Ati­
vidades do sindicato da indústria de lac­
ticínios e produtos derivados do Rio de
Janeiro, Produção e importaç' ã o de leite
em pó no Brasil" Viagens lacticini,:";t.a'3:
dêmico do I. L. C. T., que traz o seu no­
me, oferece, anualmente, valiosos volu­
Seleções lacticínistas mundiais - 5� Série ( 9� S emana) ; Discurso, Seleções lac­
mana do Lacticinista, Fatos a respeito
do "Boletim do Leite", Situação da in­
em 1950, que vem colaborando sem inter- .
rupção
no certame
já
incorporado
�o
calendário lacticinista nacional, compa­
recendo a todos e apresentando num:ero­
SOs trabalhos abordando os mais varia­
dos aspectos econômicos da indústria de
lacticínios : A Margarina
( 1 0- Semana ) ;
Discurso, Associação Brasileira de Lacti­
cinistas, Ma.is um Tabú Leiteiro, O Pro­
blema Lacticinista Bras,ileiro, O Dever
do Produtor de Leite ( 2� Semana) ; Per
instante,
oficialmente,
Antes que se inicie o programa curri­
cular técnico pré-estabelecido, devemos,
ao ensêjo dêstes dois lustros de ativida­
des em prol dos lacticínios pátrios, for­
agradecimentos e as
mular os nossos
boãs vindas aos participantes de nosso
convênio. Refiramos, em primeiro lu­
gar, ao Exmo. Sr. Governador do Esta­
do que, mercê das responsabilidades que
sàmente sua aprovação, como o aplauso
( 8� Semana) ;
to técnico daqueles que tiveram a feliz
a 1 � Semana do Lacticinista,
neste
abertos os trabalhos da x� SEMANA DO
LATICINISTA.
n as Riksforening, Odilon Duarte Braga,
paradoxal
ticinistas mundiais - 6� série, a 9� Se­
Desde
Com j usta satisfação a Diretoria do
Instituto de Laticínios "Cândido Tostes"
declara,
dústria manteigueira em Minas Gerais
( 10� Semana ) .
Em outro local desta revista transcre­
vemos um artigo publicado na Revista
dos C riadores, lido p elo Dl'. Jose
AssIs
Ribeiro no Auditoriom do I. L. C. T., por
ocasião da lo� Semana do Lacticinista,
homenagem ao Sr. otto Frense:
11â.
co­
memoração de 40 anos de bons serviços
prestados. aos lacticínios 'brasileiros.
que ,a Semana do Lacticinista, tem não
e a atenção devidos.
Ao exmo. sr. Secretário da Agricultu­
ra, a quem devemos, uma série honrosa
,de
benefícios
ao
Instituto
e
que nos
prestigia diuturnamente, na consecu�ão
de quaisquer empreendimentos apensos
à indústria lacticinista. O Instituto mui­
to lhe deve, por isso que o Dr. Álvaro
Marcílio sempre terá seu nome inscrito
no quadro de honra de nossos benemé­
ritos, como gravado nos corações do clã
desta casa, que lhe reconhece a·j ustiça
de muitas mercê::>.
Ao Exmos. Srs. Dr. Carnejro Filho e
otto Frensel, que nunca deixaram re­
legada a um dis creto esquecimento a Se­
mana do Lacticinista, e que trazem, com
religiosidade
obj etiva, ' precisa
cooperação
e a
,constante. Amigos que são do Instituto,
o a têm na Capital, sempre se fêz 'aqui
representar, dando atestado conciso de
Pernambuco
mes sôbre lacticínios para aprimoramen­
idéia de homenageá-lo .
uma
Meus Senhores,
Discurso, Importação de .Leite desnatado
em pó e de manteiga, Svenska Mej erier­
pa trono da Biblioteca do Diretório Aca­
por ocasião da Instalação da xa. SEMANA DO lACTICINISTA
so, A Decadência. do C onsumo Mundial
envaidecedora
para
de
felctianos
coração,
estendemos
um
especial abraç'o de acolhida e um mui­
to obrigado pela presença.
À DIPOA que, c omo órgão
governa­
mental, pí'estigiou-nos em tôdas as oca­
siões
e
que ,jamais descuróu em trazer,
para enlêvo dos partícipes, uma preciG­
sa e instrutiva aj uda, através conferên­
cias de nomr:ada, pelos seus competen­
tes técnicos .
Aos
Senhores
produtores,
alunos
Industriais, 'té.cnicos,
e
outros
interessa­
dos, que constituem a razão de ser da
Semana,
nossas
cordiais
boas
vindas.
A todos, oferecemos a modéstia de nos­
sos préstimos mas a legitimidade da sin­
eera disposição com que o fazemos.
Meu s Senhores: a indústria de lacti­
cínios brasileira, atingirudo um Índic.e
hodierna­
de incontestável progresso,
mente, é um esbôço positivo de seu as­
soberbamento em futuro próximo. Não
se ignora que o Brasil disputa notável
posição COm os maiores cria dores de bo­
Releva notar
vino s do mundo inteiro.
que, de cêrca de 65 milhões de c abeça
em 1 956 avançou o Brasil para 70 mi­
lhões em 1 957, com vaticínios prováveis
de cêrca de 80 milhões para o fim dês­
te ano. "Isto é muito significativo para
nós, considerando que somos o 49 país
do mundo em número de bovinos, sendo
o 19 pôsto de criador ocupado pela ín­
dia que, todavia, muito pouco útiliza seu
de aproximadamente
imenso rebanho
170 milhões, ligada que está à proibição
de seu consumo de c.arne·.
nós,
digitalizado por
( Continua na página 3 2 )
arvoredoleite.org
SETEMBRO/OUTUBRO
6
x�
S:ErdANA
DO
Ex-Feldiano
SETEI\1BRO/OUTUBRO
Ex -Felctiano
LACT!Ci:NISTA
Xi!-
Discurso do Sr. Otto Frensel
Senhores Membros da Mesa!
Minhas Senhoras!
l\ieus Senhores!
E meus amigos felctianos!
Eis que aqui nos encontramos pe[a
décima vez, para continuarmos a trilha
que nos foi traçada pelo nosso inesque­
cível amigo SebastiãO' Sena Ferreira de
Andrade, ao instituir em 1 950 a 1 � Se­
mana elo Lacticinista. Sej am, pois, para
êle os nossos primeiros pensamentos de
homenagem e saudade .
Nas solenidades inaugurais passadas,
expressamos nossa apreensão por não
saber como modificar os têrmos, sempre
os mesmos, de nossas primeiras pal�vras.
Desta vez, contudo, fomos melhor inspi­
rados, pois, em vez de repetí-las, reco-­
mendamos a sua leitura nos anais d as
passadas semanas do lacticinista . . .
S entimo-nos felizes e honrados por
têrmos merecido novamente a represen­
Sociedade
taç'ão de nossa benemérita
Nacional de Agricultura, bem como dos
Sindicatos da Indústria de Lacticínios e
Produtos Derivados do Rio de Janeiro e
nos Estados de Minas Gerais e Pernam­
buco' cumprindo-nos encarecer a repre­
sentação dêsse último Estado que, assim,
aqui comparece pela primeira vez.
Como nossas contribuições trouxemos
os seguintes trabalhos:
1 - A IX:;L Semana do Lacticinista
tra ta-se de uma reportagem sôbre a Se­
mana do Lacticinista anterior, cuj o teôr
110S parece oportuno para o andamento
dos trabalhos da presente Semana do
Lacticinista;
2 - Fatos a respeito do "BOLETIM
DO LEITE" - naturalmente não passa
de um apêlo, J ustificado, entretanto, di­
ante do que vai ser exposto;
3 - Seleções Lacticinistas Mundiais
- 6� Série - continuação do noticiário
que temos apresentado nas Semanas do
Lacticinista anteriores;
SEMANA
DO
LACTICINISTA
Selecões
Situação da Indústria Manteguei4
ra em Minas Gerais - palpitante docu­
mentação da difícii situação que essa
principal atividade lacticinista mineira
e mesmo brasileira está atravessand o, ao
,mesmo tempo em que re-apresentamos
Os �antigos, já quadragenário s e acacia­
nos conselhos para a sua solução.
.
.
Lacticinistas
6i!- Série
Não t emos dúvida alguma de que no
correr de mais esta Semana do Lacti­
cinista serão apresentados trabalhos in­
teressantes e valioso::>. Apesar das co­
nhecidas dificuldades, os lacticínios bra­
sileiros estão em f'r anco progresso, mas,
em muitos setores continuam
necessi­
tando, e com urgência, uma compreen­
são exata de sua verdadeira fil1alidade.
Continuam
irrê�11ediàvelmente
errados
aquêles que não querem ou não podem
convencer-se de que somente a boa qua­
lidade compensa, pois, tal como o crime,
a má qua.1idade não comp ensa. O maio�
inimigo da boa qualidade é a falta d,:,
organização. A maior ou menor higiene,
como o tempo e a temperatura, são fa­
tôres
decisivos
para a boa
qualidade,
não só da ma téria prima, ma s também
do produto final. Não adianta querer
contornar esta verdade, nem com quí­
mica e nem com "conversa". Como já
assinalamos, a compreensão dessa verdade vai a um en ta ndo cada vez mais e
é o motivo do progresso constante, embo­
ra lento, de acôrdo com a nossa enor­
me
extensão territorial,
8.0
qual
com
tanta satisfação podem os assistir Em a�­
guns setores .
Neste sentido vão, como sempl'e os
nossos melhores votos e com isso os de
merecido êxito dessa nóssa X'?·- Semana
do Lacticinista e de felicidade pessoal
de todos os seus participantes .
Mundiais
otto FrenseI
Diretor do Boletim do Leite
Infelizmente persistem tôdas as di­
ficuldades, agravadas mesmo, que assi­
nalamos na introdução à 5� Série des­
tas seleções.' Assim, em obecliência ao
pensamento que expressamos em nos.,.
sas palavras anteriores, resolvemos não
recomendando aos interes­
repetí-Ias,
sados de relerem o que a respeito escre­
vemos naquela série anterior.
AJ L'otícia . s que resolvemos selecionar
para a presente série, com limite em de­
zembro do a!10 passado, são a s seguin­
tes: .
1 - Continua aumentando na Al8:!11'l­
nha o uso da armazenagem de creme,
em lugar de manteiga. Movimento ini­
ciado há quatro anos, está em pleno de­
senvolvimento. O creme deve ter 40-43%
de
gordura,
ser
pasteurizado a 9295%9C, resfriado + 89C e congelado rà­
pidamente. a - 12 a - 14°C. Como emba­
lagem demonstrou ser mais apropriada a
de papel pergaminho com cam8 da de
film·e plástico externaménte. O produto
tratado drcssa Inaneira, pod� ser g·uar­
dado durante meses e dê!e se fabrica
manteiga extra, de acôrdo com as mais
rigorosas- exigências. C om êste processo
e majs as manipulaç'ões técnicas adicio­
nais,
consegue-se
fabricar
manteiga
com tôdas a s características de frescu­
ra. ( 1 )
2 - Como quase todos o s países grau ...
des produto::es de manteiga, também a
Suécia teve crescente estoque de man­
teiga nos últimos anos. A causa não re­
side apenas no a umel1to da r>rodução
em si, mas também numa acentuada di­
minuicão do consumo interno, em vir. tude d o elevado preço para o· consumi­
dor e consequente preferênca dêste pa­
ra um produto mais barato : a marga­
r-ina. Em princípio procurou-se enfren­
tar a situação com a subvenção da ex­
portação para a Inglaterra. Diante das
reclamações de outros p a jses, fornece­
da Inglaterra, êste
dores tradicionais
sitltema teve que ser abandonado. Bai­
xou-se, então, o preç' o da manteiga para
o consumidor local em cêrca de 30 % .
Os resultados foram os melhores pos­
dveis, pois, o consumo teve tal aumen­
to que não somente se esgotaram ràpi­
damente os excedentes, como se man­
teve um consumo suficientemente eleva­
do para evitar novos excedentes . Tal
aumento no consumo correu, natural­
mente, por conta da margarina a qual,
concorrer com os novos
não podendo
teve que iniciar
preços da mç:mteiga,
uma formidável campanha de publici-'
dade, a fim de atender, mas só ligeira­
mente, os efeitos citados . ( 1 )
3 - Acaba d e ser introduzido n a Ale-·
manha u in novo áetergente para a de­
sinfE'ção a frio dos carros-tanques. ÊS­
te produto é empregado, depois dos tan­
ques terem sido enxaguados cuidado­
f:amente com água, retirando qualquer
resto de leite. O referido detergente é
evaporado dentro do tanque, formando­
se uma neblina que escorre pelas pare­
Emprega-se para um
des do mesmo.
tanque de 5.000 a 10.000 litros, apenas
5 a 10 ml, diluídos em um litro de água.
Mesmo em seu estado concentrado
êste produto não é corrosivo.
Pesquizas de colí em
. 1 e 0,1 ml foram
negativos . ( 1 )
_
digitalizado por
arvoredoleite.org
SETEMBRO/OUTUBRO
8
Os técnico s do Instituto de Lac­
ticínios do Sul da Aleman ha (Weihen s­
traba.lli:? con­
aprese:q.taram
tephan)
cludente, demonstr ando que o leIte so­
fre influência decisiva pelo grau de
tempsrat ura a que fôr resfriado , após a
'
ordenha.
Todos os demais fa tôres, como a es­
pera de condução , tempo de transpor­
te. e demora na plataform a,. represen­
tam 'apenas influência insignificante.
Somando os diversos resultados, resul­
ta no têrmo médio de todos os exames,
um fator médio' de aumento de tempe­
ratur á� o qual naquela zona foi encon­
trado -em 1°C.
Êste fator foi comprova do por outros
exames de contrôle da temperatur a do
lei te em tôdas as instâncias. A relaçã?
dar resultante, permite mesmo consta­
tar se um leite foi resfriado ou não. Co­
nhecendo o tempo do transporte, é fácil
constatar a temperatur a que o leite te­
ve no ponto da coleta. (1)
4
-
5
O Governador do Estado de Wis­
consin terra do leite dos Estados Uni­
dos, r � ssalta em recente relatório o b� ­
nefício para a saúde humana, consegUI­
do com um novo filtro para cigarros,
provido de queijo em pó, como matéria
filtrante. Pesquiza s científicas nos E. U.
A. comprovaram que o filtro para ci­
garro, provido de material fnt �'ante de
queij o em pó, absorve 30% maIS de al­
catrão que qualquer outro tipo de filtro,
reduzindo também a ação prejudicial da
nicotina. (1) .
-
C omo pedra do queij o é désigna­
da uma formação cristalina, que apa­
rece durante a armazena<gem do queij o.
Perto da casca a formação é mais acen­
tuada, diminuindo para o interior. Esta
pedra se forma em queijos velhos (por
exemplo suíço de mais de 1 0 meses) .
6
�
-
meiras se
bumina e
( Ca. 60 %
ponentes'
dos. (1)
Já foi apresentado nos, E stados Uni­
dos um leite> desidratado, " denominado
"Instant Milk", isto é, leite que se dis­
solve instantâneam ente, tanto -em meio
líquido frio, como quente. E' um produ :
to que ouvimos dizer será lançado aqUI
no Brasil brevemente, p or uma nova
emprêsa de leite desidratado que se está
instalando . (2)
Enquanto, como vimos ( n9 2) a
Suécia consegue superar o seu excesso
de manteiga, quem se encontra as ,vol­
tas com êle, imaginem, é o país do ex­
tremo Norte Europeu, a Finlândia. O que
muita gente ignora é que a Finlândia,
com o seu consumo de 60.000 toneladas
anuais, quase o dobro da produção con­
tI'olada do Brasil, possui o maior "per
capita", não só da Europa, mas do mun­
d o, com nada menos de 14,6 Kg. (2)
9
Um· n ovo enzima, denominado
BROMELAINA, acaba de ser isolado nos
E stados Unidos do s resíduos do abacaxi, ,
excedentes nas grandes fábricas em San
José na Califórnia . Entre os seus múlti­
plos emprêgos, êste e'n zima é favorável
à fabricação do queij o.
-
10
-
-
sita de albumina animal e não há albu­
mina mais saudável e assimilável do que
a albumina do leite. E' a verdadeira "ri­
cota" . A Sociedade Alemã de Alimen�
taç'ão determinou as seguintes mínimas:
. . . . . .
anos
. . . . . .
. . . . .
. .. . . .
. . . . . .
. . . . . .
. . . . . .
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
'
.. .
...
. . .
. . .
. . .
. . .
. .
. ..
"
.
12
Um método 'de resfriamento a
baixa temperatura permitiu a elabora­
ção de um novo método de conservação
de leite fresco durante 18 meses, segun­
do ,estudo no Instituto de Pesquizas Lac­
ticinistas em Schinfield na Inglaterra.
O processo consta de cinco fases princi­
pais. Primeiro a pasteurizaç'ão. A seguir
um tratamento supersônico, enchimento
logo a seguir em depósitos de material
-
PAÍS
8
Na Holanda acaba de ser cons­
ti'uído o primeiro tanque para transpor­
te de leite, em matéria plástica. E' di­
vidido em três . secções e comporta um
total de 1 7.725 litros. O s- e u pêso total com'
todos os acessórios, inclusive escada de
Mesmo queij os menores podem apre- . acesso, guincho, etc., é de apenas 1.520
sentar tais pedr as. A forma destas pe­
Kg. (2)
dra s é esférica e a coloração branca ou
11
O trabalhador intelectual neces­
amarelada. A c onsistência é como cêra
ou quebradiça nos queij os muito velhos. '
Com o tempo a pedra perde humidade,
e a proporção de fósforo para o cálcio
diminui ( de 0,46 para 0,37). Esta p edra
é composta de uma mistura de maté­
rias orgânicas e inorgânicas. Das pri-
adultos até 65 anos . .
adulto com mais de 65
crianças até 6 meses .
crianças de 7-12 mese s
crianças de 1-6 anos
crianças de 7-9 anos
crianças de 10-14 anos
j ovens de 1 5-18 anos . .
enco"ntram principalmente al­
das outras fosfato de cálcio
das cinzas) . Os demais c om­
ainda não foram determina­
Após o tr,e mendo sucesso nos E .
7
U. A. e agora também em outros países
do café solúvel, os consumidores exi­
gem, cada vez mais, outros prOdutos
nas mesmas condições, entre êles o leite
em pó .
SETEMBRO/OUTUBRO
Ex-Felctiano
Ex -Felctiano
Alemanha Ocidental '"
França . . . . . . . . . . . . . . . .
Itália . . .. .. . . . . . . . . .. .
Bélgica . . . .. . . . . . . . . ' . .
Holanda . . . . . . . . .. . . . . .
TOTAL e média . . . . .
.
2,5
2,0
1,8
1,5
plástico que são htcrados por processo
quente. Nestes depósitos o le.ite é resfria­
do a' 15° C. Todo o processo não dura
mais de u ma hora. O leite é con servado
a 12°C. (2)
Na média dos anos de 1954 a 1956 os
países, componentes do mercado comum
europeu, dispunham dos seguintes reba­
nhos e produções:
Produção
% média
LEITE!RAS'
por vaca
gordura
2.957
2.030
1.800
3.550
3.910
3,62
3,7
3,6
3,36
3,72
16.989
18.230
7.940
3.445
5.800
2.430
3,6
52 . 404
e dia
milhares
5.693
8.963
4.400
977
1.489
21.522
-
O Instituto
quizas Lacticinistas
de c oncluir estudos
no da conveniência
do leite da ordenha
manhã seguinte� As
seguin,tes:
grama por kg pêso
idem
idem
idem
idem
idem
idem'
idem (2).
1
1 ,2
3,5
3,0
VACAS
13
A fim de enfrentar a cre scente
produção d e manteiga, que se verifica
em todos os países lacticinistas, a ÁUs­
tria resolveu aumentar A PORCENTA­
GEM DE GORDURA do leite de consu­
mo para 3,6%. Estuda-se também a con­
veniência 'do aumento da porcentagem
de gordura da própria manteiga de con­
sumo.
14
9
Estadual para Pesda Noruega, acaba
detalhados em tôr­
ou não da mistura
da tarde com o da
conclusões foram as
a) o leite da tarde e o da manhã, so­
mente podem ser misturados, quando
fôr atendida devidamente a neces­
'cidade do resfriamento e da higiene
do leite ;
b) a mistura do leite da tarde com o da
manhã seguinte, somente é permis­
sível, quando,ántes de sua remessa
Produção
1.000
.
toneladas
(2)
a usina ou fábrica,
1) ambos sej am da melhor qualidade;
2) o leite da manhã sej a fresco e envia­
do no mesmo dia ao estabelel!imento;
3) o -leite da tarde tenha sido resfriado,
imediatamente
após a ordenha
temperatura inferior a 10°C;
a
4) o leite da manhã, antes de ser mis- "
turado com o leite d a tarde anterior
tenha sido resfriado o mais possível ;
ou a mistura de leite sej a conserva­
do em "'conservador frigorífico ;
5) a temperatura externa sej a baixa e
sej am empregadas proteções, revesti­
das com Chapa de alumínio, cuj o re­
flexo evite a ação do calor ambiente.
E note-se que se trata da Noruega um
país muito frio. (2)
15
A última novidade em matéria
de propaganda do leite, naturalmente,
nos Estado s Unidos, é a reprodução nas
garrafas do leite, em forma de nítida
g!avação de autógrafos de artistas d o
digitalizado por
-
arvoredoleite.org
10
Ex-Felct�ano
SETEMBRO/OUTUBRO
cinema, de "disc-jockeys", etc. Há gran­
de yariedade para satisfazer todos os
fãs-clubes . . . (2)
16 - E' muito grande o consu:no de
sôro de manteiga no E. U: A. Com o seu
crescrnte consumo, alim entaram os pro­
blemas do fornecimento 'aos
grandes
centros consumidores, Í10tadamente du­
rante o verão .
Recomendado pela classe , médica, além
de Sf.r efetivamente
um · refrigerante
muito agradável ·e eficiente. o' sôro d e
manteiga se tornou uma d a s b ebidas
prr.dil eta s nos E . U. A. Estas exigências
do consumo, produziram um produto de
alta qualidade, pasteurizado, homogeni­
zado, adicionado de culturas seleciona­
das e batido. segundo um processo in..:
teiramehte novo. (2)
1 7 ;- O leite gotej ante do vasilhame,
d� a côrdo com a lei, é considerado . pro­
duto impróprio para o consumo. Pode ser
dado ao consumo animal, após pasteu­
rização apropriada. Os prej uízos, repre­
sentados pelo leite gotej ante, podem ser
reduzidos, assim, em 20 %. Trata-se de
um produto alta. m ente valioso para a
criação de bezerros. (3)
18
No Instituto de Pesquizas Lacticjnistas de Alnarp, Suécia, estão sen­
do efetuadas pesquizas altamente im­
portantes com relação as bactérias psi­
crofilas, isto é, amantes. do frio, que se
encontram cada vez mais no leite en­
garrafado, pasteurizado, armazenado sob
baixa temperatura. (3)
SETEJYLBRO/OUTUBRO
11
Ex - Felctiano
trabalho, necessário p ara aquisição de
um litro .de leite, bem 'como o preço do
litro de leite em 22 países. Gomo base
serviu a remuneração de um chauffeur
de auto- caminhão.
Tal
trabalho foi
apresentado ao XIV. Congresso Inter­
nacional de Lacticínios, Roma, por es­
tudiosos indianos.
O seguinte quadro
mostra o tempo de trabalho, necessário
para aquisição de um litro de leite:
AiIganistão . . . . . . . . . . . .
Alemanha Ocidental
Austrália " . . . . . . . . . . . . .
Burma . . . . . . . . . . . . . . . "
C anadá . . . . . . . . . . . . . . "
Ceilão . " " . . . . . . . . . . . . . "
Dinamarca . . . . . . . . . . . .
Egito . . . . . . . " . . . " . . . " . .
Estados Unidos
Filipina s . " . . . . . . . . . . . .
França . . . . . . . . " . . . . . . .
Holanda
Índia . ... . . . . . . . . . . . . . . .
Indonésia . . . . . . . . . . . . .
rnglaterra
Iraque . . . . . . . . . . . ... . . . .
Itália . . . . . . . . . . . . . . . . .
Japão . . . . . . . . . .. . . . . . . .
Suécia . . . . . . . . . . . . . . . . .
Nova Zelândia . . . . . . . . .
Suíça . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Tailândia . . . . . . . . . . . . . .
o
o
•
•
o
•
•
•
•
E o Brasil?
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
horas
minutos
O
O
O
2
O
36
30
9
1
1
7
1
•
O
O
O
•
O
O
•
8
10
10
12
45
7
O
4
O
1
O
O
O
O
O
1
15
15
O
20
20
52
45
9
9
10
50
(3)'
19
O crescent e excedente de leite
d3snata do, preocupa cada vez mais os
· produtorE'·s de leite, na Alemanha. Em­
bora sej am enormes as quantidades de­
volvidas pelas indústrias aos produtores
para o seu criatório, êste já não conse­
gue· consumí-Io. Sugere-se, então, uma
série de medidas no' sentido de conseguir
um aumento no consumo humano, sob
as mais variadas formas que, de fato, .o
leite desnatado permite. Como se vê, um
2.s-:unto antigo, sempre nOovo. (3)
21
600 varegistas de leite em Berlim,
resolveram suj eitar-se a "um contrôle
particular voluntário do comércio do lei­
te". Apesar do transporte a longa dis­
tância, pois, quase 90 % do leite é for-i
necido de zonas distantes a 400 km.,
mesmo em j u nho de 1957, COm as suas
temperaturas
extremamente
elevadas,
verificou-se em apenas 2% do leite exa­
minado uma acidês a.cima de 18° D e
d efeitos, c Oomo paladar' ácido, "velho ".
etc. Isso é atribuído a 'segunda pasteu­
rização a qual o leite é suj eito, após
sua chegada em Berlim. (3)
20
Interessante demonstração, apresenta a participação porce ntual na re­
muneração, gasto pelo leite 1)01.' uma fa­
mília de 3 pessoas, o consumo "m leite
"per capita" da populaç'ão, o te.'l1po de
22
PrOlongadas experiméntações demonstraram a imperiosa necessidade ' da'
pasteurizaç'ão do leite, destinado a fa­
bricação de queij o, a fim de evitar uma
possível transmIssão da brucelose.
Constatou-se que e m queij os, infeccio­
nados co� quatro tipos diferentes de
brucelas num total de 10'.000 germes por
ml, houve as seguintes sobreVIventes.
. Emmental e Gruyere .
Tilsit . . . . . . . . . . . . . . .
Camembert . . . :. . .. ..
'
6 dias
15 dias
57 dias
(3)
15
23 . - Também na Tcheco-Slovaquia
cresce o emprêgo do transporte de leite
em carro-tanque. Para o enchiinento. do
. tanque, �proveita-se o vácuo, produzi­
do pelo motor d o veículo. Para êste efei­
to o carburador normal é modificado de
tal maneira que a sua câmara de pul­
verização é . ligada a tubulação de aspi­
ração do tanque .
Por meio da válvula., acionada do lu­
gar do chauffeur, é interrompida a en­
trada de ar externo, produzindo o mo­
tor, então, o vácuo necessário no tan­
que. Válvulas especiais evitam que o vá­
cuo nãó possa ultrapassar determinado
máximo, a fim de que o motor s empre
receba o volume de ar, necessário para
, o seu funcionamento e o tanque não se­
j a· deformado. Pela formação do vácuo,
pode ser sugado o leite de qualquer tan­
que, colocado em nível baixo e até mes­
mo do vasilhame de transporte. Cons­
truiu-se' tanques em posição transversal,
a prova de vácuo, com aparador de. on­
das, que permitem melhor aproveita­
mento, diminuem batida do leite e faci­
litam a limpeza. (3)
24 - A eficiência das máquinas ' de la­
var
garrafas
pode ' s er
aumentada,
quando:
a) se separa de início garrafas avaria­
das ou excessivamente suj as ;
b) se controla o tempo de contato das
garrafas 'com as� soluções, s ua tem­
peratura e c oncentração ;
c ) se regula com precisão a ·quantidade
,e pressão da água durante oos pro­
cessos de enxaguamento, escovamen­
to e pulverização ;
d) se controla a concentraç'ão da solu­
ção de cloro, 'evéiltualmente empre.
gada. (3)
25 - A última novidade em matéria
de queijo fundido, é o tamanho, deno­
minado "cocktail" que é fornecido em
atrativas caixas de cartolina, contendo 24
peças de 5 g. cada uma. Foi lançado- na
Bélgica' por ocasião da última reunião
da Federação Internacional de La.cti­
cínios. (3)
26 - Até na 'Espanha se recomenda
cautela com o uso da margarina. Discu­
te-,se sua digestibilidade e toxidez. Re­
comenda-se a manteiga, como a melhor
gordura para o corpo humano. Mesmo
margarina feita ou adicionada de' gor­
duras animais,
deve
ser considerada '
muito inferior a manteiga. (3)
27
Está obtendo crescente sucesso,
não só na Alemarlha, mas, ,em outros
países um pão dietético, . denomina,do
"pão de lactose", inventOo de um padei­
ro alemão. Êste p ão é recomendado es­
pecialmente para os cardíacos, encon­
trando-se entre os seus
consumidores
personalidades que o consomem tam­
bém pOor ser denominado o ."pÃO DA
SAÚDE". Êle também é especialmeúte
recomendável para. diabéticos, doentes
do aparelho digestivo, etc. (3)
28 - Nos E . U. A. obtêm grande su­
cesso conj untos de pulverizaç'ão
para
limpeza dos carros-tanques, os
quais
pulverizam sob pressão água quente e
soluções
deEinfetantes. A descarga
e
limpeza é efetuada em salões em fOor­
ma de túneis, provido de rampas inter­
nas .
No teto se encontram conjuntos de
limpeza que podem ser deslocados para
cima ou para os lados, possuindo tu­
bulações, ligadas aos dispositivos de mis­
t:urar água c om vapor e depósitos 'para
preparo de soluções desinfetantes. (3)
29 - Antes de
encerrarmos, aí vai
uma piadinha para desopilar :
\
'
Um menino eLa cidade, visitando pela
primeira vez uma fazenda durante as
férias de Páscoa, e encontrando- se com
a primeira vaca : então você é que for­
nece tanta cousa boa : leite, manteiga,
queij o, etc., p ois, não lhe devia custar
muito mais, pondo também alguns ovos
·d e Páscoa . . .
30
e, com ponto final, p0r incrível
que p areça, está-se
apelando' para o
trabalhador alemão para ' que trabalhe
digitalizado por
arvoredoleite.org
SETEMBRO/OUTUBRO
12
menos e aprenda a arte de descansar,
pois do contrário o Govêrno de Bonn se
verá obrigaqo a tomar severas medidas
neste sentido, isto é, contra essa . verda­
deira doença nacio nal . . . Honni ' soit
qui mal y p ense . . . (3)
Assim não deve admirar que apenas
estej amos receb endo gratis as ' seguintes
revistas 'e j ornáis :
Alemanha
Hs Postaux, as despez as, m'!1itas vêzes,
ultrapass;:tm o valor do livro, mormente,
quando êle nos foi ofert ado.
'
. . .. . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . .. .
. . . . . . . . . . . . '.'
Est�dos Unidos . . . . . . ' . ..
França
. . . . . . . . . .. . . . . .
Inglaterra . . . . . . . . . . . ..
Austrália
Espanha
Itália
Suécia
.
�
. . . . .. .. .. . . .. . . ..
1-
13
__
RO
___________
·
x� SEMANA DO LACTICINISTA
Alguns Erros Cometido
, s
1
2
3
4
�
é por falta ou por e:x:cesso, porém� cons­
tante .
2.
2
A
preocupação
permanente
em
dinunuir o êrro, tem l evado os ho.;.
mens a aprimorarem.' cada vez. mais
os instrumentos de· medida ou a modifi­
cação das técnicas adotadas nos traba­
lhos inerentes à profissão e, as obser­
vações constantes, a prática adquiridà,
via de regra, concorrem favoràvelmente
por· atenuarem a incidência' dos. erros.
Esta é, sem dúvida, a meta ,e stabelecida
por todos aqúêles que s. e dispõem a uma
aproximação tão maior quanto possível,
do real .
2·
1
2
1
- Deutsche lVIolkerei Zeitung'
- Molkerei und Kaeserei Zeitung
- Die Milchwirtscha,ft
Tambo Y Chacra.
MELHOR COALHO
Dr. Jonas Bomtempo
Prof,essor do I. L. C. T.
Cometemos erros na realização de tô­
das as medidas; daí a conclusão de que
errar 'é humano. Somente os sêres hu­
manos, porque são dotados de racioc ­
nio, podem perceber o êrro e, se POSSl­
vel, diminuí-lo, sem contudo chegar ao
valor exato, no verdadeiro sentido, da
grandeza. S e atentarmos para a natu­
reza dos erros frequentemente cometi­
dos, podemos Classificá-los em sistemá­
ticos e acidentais. Sistemáticos são os
erros constantes, oriundos de defeitos
dos órgãos sensitivos do operador, dos
instrumentos empregados na avaliação
das coisas ou técnica errônea permanen­
te. São acidentais aquêles influenciados
por co ndições exteriores d<? meio ou pela
falta momentânea de atenção do ope­
rador . O certo é que ao executarmos
qualquer trabalho, somos '�omo que pe­
ç'as extremamente vulneráveis aos ata­
ques frequentes e naturais dêste ele­
mento que teima em nos seguir por to­
dos os caminhos, o êrro. Conscientes de
nossas falhas procuramos os m,e ios ca­
pazes, ditados p elo bom senso, de' modo
que a influência do êrro sej a cada vez
menor ou, no fim, impossível de ser per­
cebida por outros. O emprêgo das mé­
dias, nos seus mais variados aspectos,
não é mais que uma operação Com va­
lores supostos errados, para a obtenção
de um único que, apezar de errôneo, o
!
EM Pó
D E
FABRI
A' venda na CIA.
e em todas as casas do ramo
elA.
4
o u sejam 19 revistas de 9 países. Di­
ante do que j á dissemos, nada mais te­
mos p ar a c omentar.
'�H A L 'A "
o
"0
SETE'MBRO/OUT
Ex-Felctiano
UB_
----�
�=------------ -------�--
Argentina .............. ' 4
Como . declaram os na IX� Semana do
Lactkinista, anterior, continu a baixan­
,
do o número de revistas e livros que re­
cebemo s do Exterio r .
Não há dinheiro que chegue. Livros
com que somos presen teados , são devol­
vi<:Ios ou apreen didos, como contra ban­
do, por falta de licep.ç a de impor tação
.
Quand o conseguimos retirá -los do Col­
Ex-Felctiano
S'ASTOS
RIO DE JANEmO -Rua Teófilo Oton
i, 81
SÃO PAULO -Rua Florêncio de Abreu
, 828
BELO HORIZONTE -Rua Tupinamb
ás, 364
JUIZ DE FORA � Rua Halfeld, 399
CURITIBA· - Rua Dr. Murici, "'o�. ?A!}/?��
PORTO ALEGRE -Av. Julio de
30
Cas�os,
As considerações .apresenta' d as são ge­
neralizadas, incidem em todos Os seto­
res de nossas atividades e cabe ' a cada
um toma r o seu quinhão.
Destaquemos entre os trabalhos co­
muns de uma fábrica
de lacticínios,
aquêle executado com caráter de roti­
na, às vêzes com alguma pressa e apon­
temos nêle uma série de imperfeições "
indicando, de acôrdo com as n<?ssas ob­
servaç'ões, meios de se diminuírem as
falhas. Cuidemos pois da dosagem de
gordura do leite, segundo o método Ger­
CAÇÃQDINA
ber. Como preliminar lembremos que é
o método
oficial de determinação
FABIO de
gordura do leite, no Brasil.
Consideremos também que muitas de
nossas indústrias d e lacticínios adotam
'
o sistema de compra do leite pelo seu
teôr gorduroso e que êle é, ainda, o pon­
to básico para o estabelecimento de pa­
dronização d e nossos produtos indus­
trializados. Pois b em, o' analista ao exe­
'
cutar o �omuníssimo trabalho, de deter­
minação da gordura p elo método cita­
do, ·está suj eito a um grande número
de erros de execução. Apontemos .os pri­
meiros :
-
a) Temperatur� do leite :
Quando
se pipetam 11 ml de leite é .preciso le­
var em consideração que, ordinàriamen­
te essas peças, . as pipetas são arferidas à
20°C, portanto só ' a esta temperatura
digitalizado por
arvoredoleite.org
1
SETEMBRO/OUTUBRO
14
do leite, estão. em condiç ões de . medir
11 ml. A não ser nos casos de leIte ge­
lado, poucos , se preocupa-m
assini em. todos os -casos a medIda sera
falha . .
As pipetas
b ) Referência ao traço :
quand o destinadas à medida de leite,
sendo ' êle uma. substância opa.ca, tr �­
zem gravada a observaç'âo : X I?l de l e I­
te à yOe. Isto significa que a pIpeta pa­
ra medida de água ou soluçõe s trans­
parentes, tem o- ponto de referência· di­
ferente daquele para líquidos opacos.
Pará o leite, em pipetas especiais para
leite, a referência é feita mantendo o
plano que passa p elo ôlho do operador
perpendicularmente às paredes da pi­
p eta tomando-5e para referência, no
traco indicado o nível superior alcan­
çado , nunca n'a base- da curvatura a
por isto
percepção ;
qual é de . difícil
mesmo não é tomada para referência,
na. graduação das pipetas .
Tôda pic) Pipetas descalibradas :
p eta antes de ser posta em ' uso deve
ser téstada. O modo mais prático con­
siste em compará-la com uma outra j á
provada o u contra buretas com certifica­
do de aferição. A não observação dêste
item, poderá levar o operador a cometer
. um êrro sistemático, às vêzes com pre­
j uízos apreciáveis para a indústria em
que exerce suas atividades.
O bÔj o das
d) Forma das pipetas:
pipetas de 11 ml para leite deve termi­
nar em forma cônica, quanto mais alon­
gada, melhor . ' As que possuem a base
<;lo bÔj o em forma· de calota esférica sem. pre retêm um pouco do leite medido,
que não se escôa pelo bico, fàcilmente;
a não ser que o operador disto se aper. ceba e possa melhorar, com perda de
tempo, uma condição importantíssima
no caso, mudando-lhe a posição que é
de 45° em relaç'âo ao plano horizontal
pela bôca do butirômetro,
que passa
quando colocado verticalmente.
-
As melhores pi­
-e) Bico da. pipeta :
petas são aquelas de ponta b em fina,
p ouco mais de 1 mm� Isto . se explica,
considerando que o contato do leite c om
o ácido, j á existente nos butirômetros,
deve ser suave, de modo a evitar qual­
quer reação com parte do leite apenas;
-
Ex-Felctiano
a não ser a natural coagulação da
prÍmeira camada de contato. As pip etas
de ponta grossa , 'exigem do. operador
muito cuidado no esvaziamento e bast'a
um pequeno descuido para que um j ato
mais forte de leite atravesse a c amada
de contato, formada de leite precipita­
do resultando o grave inconveniente da
re � cão com p arte do leite . . Daí vem a
quei ma da gordura. Esta questão de bi­
co das pipetas tem preocupado de tal
maneira os analistas d e leite, a ponto
de se construir um suporte de madeira
ou metálico, ' onde a extremidade oposta
se descansa durante o esvasiamento e,
estado, o
enquanto permanece neste
analista, para não perder tempo, prepa­
ra uma outra para o butirômetro seguin­
te, podendo usar nesta ope'r �ção duas
.
ou três pipetas ,
f)
Eliminacão do
i
leite
remanescente
E' uma operação
necessária e não se faz soprando na
bôca da pipeta, basta uma compressão
no b Ôj o. com uma das mãos, a esquerda,
enquanto o dedo indicador da mão di­
reita veda-lhe completamente a bôca..
Nunca se deve esquecer que após o es­
vaziamento n ão poderá existir nenhum
leite remanescente, a não ser aquêle na­
turalmente aderido à s paredes internas,
porção esta já existente antes da medi­
da, pois ao executá-la, cumpre ao ana­
lista fazer-lhe uma ' lavagem com o
próprio leite a ser analizado, despre­
zando a quantidade usada neste mister.
Esta operação arrasta gôtas de água
aderida na parte interna e substitue a
porção do leite que lá ficará após o
esvaziamento .
no bico da p peta :
-
g) Eliminação do leite aderido nas
partes externas da ponta da pipeta : -
Antes de transportar p ara o butirôme­
tro o l eite cuidadosamente medido, é
necessário retirar o l eite aderido no ex­
terior da pipeta, p ara isso o a nalista de­
ve estar munido de uma toalha de tra­
balho. O leite aí retido correrá também
para o butirômetro ou' se espalb a p�la
rôsca prej udicando-lhe o vedamento
com a rolha de borracha, umidecendo-a.
Desta feita, além de aumentar o volu­
me de leite em relação ' ao estabeleci­
do, dificulta a operação . subsequente,
com risco d e perigo p ara, o próprio ope-
I
I
!
SETE,MERO/OUTUBRO
Ex-Felctiano
15
fat �, p equena, relativamente aos dois
com o muito
rador, j á que o fechamento d o butirô­
.
outro s ingredientes, a sua má qualidade
metro . não sendo energicamente execu­
tado, quando d a homogenizaç'ão, a rô­
pode ser causa de' êrro constante na de­
terminação da gordura, 'por causa, prin­
lha poderá ser expulsa. Êste inconveni­
cipalm�pt�, do éter amílico que o acom­
quando o
ente ocorre frequentemente
panha como imp'ureza ou se forma du­
trabalho é realizado p or principiantes,
rante a reação; por isso é imprescindí­
ainda não afeitos à s malícias que sO,em
vel o emprêgo 'do álcool amílico livre de
existir em tôdas as tarefas desta natu­
éter e introduzir os' reagentes na ordem
reza.
seguinte: á�ido sulfúrico, leite e álcool
h) Modo de transvasar o leite da pipe­
amílico. O éter amílico' existente como
O leite deve cor­
ta ao b:utirômetro :
impureza ou sendo produto de reaçao;
rer p el a p arede interna do butirômetro,
será, lido no butirômetro como gordura,
sem tocar a rôsca -e alcançar mansa­
o que falsifica o resultado. A ausência
mente o ácido, formando a já citada ca­
de éter no álcool em questão pOde ser
mada de isolamento. Logo que esta se ' provada tomando-se . 20 ml de solução
'
forme ' o 'esvaziamento da pipeta pode­
de ácido sulfúrico em água, com densi­
'
rá ser mais rápido. Êste é o momento e m
dade 1 ,5 1 0 ; aj untando-lhe 2ml do álcool
q u e a operação s e conduz p o r si mesma,
amílico, tudo em tubo de ensaio.
bastando apoiar a pipeta em suporte
Após a centrifugação de 4 a 5 minu­
próprio, formando com o butirômetro na
não deverá
tos, com 800/1000 r.p.m.
vertical, um ângulo de 45°, aproximada­
aparecer nenhuma camada de aspecto
mente. A não observação dêste detalhe
gorduroso; -a 'mistura sendo aquecida à
inutiliza a prova, conforme explicação
BOoe durante 30 minutso ·e novamente
anterior.
levada à centrifugação não poderá ainda
apresentar ' camada de gordura na sutE' c ausa de êrro grave na determina-:­
perfície .
ção da gordura do leite o emprêgo dos
-
-
reagentes em con , d ições
Assim o ácido sulfúrico
inadequadas.
deve ser testado por densimetro especial
ou pesa ácidos ,e a densidade exigida
é de 1 ,820 8r 1 ,825 à 1 5oe . O ácido fraco
não consegue dissolver completamente
as proteínas do leite formando emulsão
com a gordura. A côr da mistura será
de tonalidade mais clara, aproximando
do rosa, quando a obtida
com ácido
próprio para o fim é chocolate. Se, pelo
contrário, a concentração de ácido é
maior obtém-se, após a homogenização,
mistura muito escura, quase negra, de­
monstrando que ao invés de emulsionar
a gordura, queimou-a parcialmente. Em
ambos os casos a prova será falsa. Já
tivemos oportunidade de orientar uma
usina que sofrera condenaç'ões sucessi­
vas do leite enviado ao Rio, porque usa­
"a na determina�ão de gordura do lei­
te a ser padronizado, um ácido, cuj a
densidade era bem superior à 1 ,825.
Nunca se deverá descuidar também do
álCOol amílico usado nesta prova, cuj a
finalidade é destruir a. emulsão da gor­
dura p elo abaixamento da tensão super­
ficial. Embora lisado em quantidade
Quando o álcool amílico é adicionado
sôbre o ácido nota-se, depOis de alguns
mInutos, o aparecimento de coloração
pardacenta, que se intensifica na zona
de c ontato, isto demonstra o desenvol­
vimento de alguma reação, tanto que,
dando continuidade à prova, a gordura
terá coloração diferente, podendo-se ob­
servar a formação de um disco na base
o que dificulta a fixação da zona de se­
paração da gordura e solução ácida .
A densidade do álcool amílico, na ver­
dade mistura do álcool de cadeia nor­
mal e o iso-amílico , com percentage m
de um e outro, conforme a substância
usada na 'fermentação, é de 0,814/0,8 1 6 ,
c o m valor ótimo de 0,81 5 . E ' comum o
emprêgo do .álcool -amílico colorido de
verde ou ve:rmelho, sem prej uízo para
a prova. Já tomadas em consideração - as
precauçõe s para a medida do leite e o
respectivo transvase para o butirômetr o
e anotadas as condições que ácido e ál­
cool devem atender, tendo como escôpo
diminuir sempre a possibilidad e de êrro
na determinaçã:> da gordura, impõe-se­
nos agor a voltar tôda atenção para a
leitura, propriamente dita, da gOrdura
digitalizado por
arvoredoleite.org
1
e
Ex
�=_ _ _
SET�RO/OUTUBRO,
__
_
____
_
�1�6______
na escal a dos butirômetros após centrif uo n ria. Anota­
, gação e imersã o em banh. : �
remos muitas falhas ordInarIamente so­
metida s ' e consid erando a soma das In­
logo concll,l iremos
fluênc ias negati vas,
que, embora constit ua um trabal �� �o­
mum da rotina nas usinas de lactlC �nIOs,
a determinação de gordura podera ser
operação vicia,d �; cheia de' êrro.
I
Não preten demos criticar o métod o,
apena s o tomam os como exe �pl �, por
ser mais conhe cido e impre scIpdIve } .a
adoçã o de uma técnic a tão rp.aIs prOXIma da perfeit a quant o po �s Iv.el. Apo �­
'
tarem os como f�lhas prlnCIpaIs na leI­
tes:
seguin
as
a,
gordur
tura da
"
__
vas devem ser rápidas 'e corretas . Rápi- .
,
das porque, resfrian do-se o conteud o do
ac
ento
b Ôj o, resulta um abaixam
�ntua­
do na coluna, já que o volume dele em
relação àquela é muito maior; corre­
tas sim o operado r procura rá conser­
var o a arelho sempre na vertical � fa­
zer as duas leituras em plano horIzon­
tal em relação a vista. P ara isto êle des­
l oca o butirôm etro diante dos olhos de
modo a consegu ir a posição convenie nte
da leitura.' Feita a leitura na parte su­
perior base do menisco , é conveniente
ler u�a segunda vez no plano infer �or,
porqu e êste pode ter se deslocad o, e o
p
que se , chama prova da constância
plano inferior.
do "
1) Contra ção da coluna da _ gord�ra:
Esta operaçã o é considerada das mais
Logo que os butirô;netros sao ret�ra­
importantes, já que sendo mal' ex �cuta­
dos do banho maria a 65°C para leItu­
da será causa de êrro. O certo e que,
ra a cam , a da
'retardando -se um pouco no acêrto dos
sofre uma contração em virtude do res­
planos, verificaç ão de segunda leitura
friam,ento e o volume será me�or do' etc. mais alguns segundos serão decor­
que o real. :í1:ste é um êrro inevit�vel,
rid �s e a consequ ência é o resfriamen­
adotan do-se o ' sistema comum de leItu­
to e contração, já consi,derados
ra. Só poderá ser corrigid o, fazendo -se
riormente causa de êrro .
a leitura com os butirômetros dentro d o
No caso reco­
4) Erros paralaxe:
próprio banho termo- regulad o.
mendado das duas leituras é impresci n­
Ao se
2) Deslocamento da gordura:
dível que o operador desloqu e para bai­
retirar os butirôm etros do banho para
xo o butirôme tro, de modo que a segun­
a leitura é necessár io ajustar a zona
da leitura sej a feita em plano normal
de separaçã o da gordura e' solução �ci­
ao eixo da escal a ; não se proceden do
da, com uma divisão principal da es­
assim ela será em plano Oblíquo, advin­
cala. Isto se consegue' afrouxando ou
do daí o êrro de paralaxe por c ausa da
comprim indo a rôlha. De qualquer m �­
mudança de direção. dos raios !u ,:nino­
neira, uma película gorduros a adere aS
sos, q1:lando incidem _nesta pO �Içao, ,pa
paredes da escala, prinCipalmente quan­
superfíc ie de sep�raç' a o de dOIS meIOS
do se faz descer a coluna. Esta não se
diferente s. Vê-se assim a base do me­
unirá imediatam ente ao todo e a conse­
nisco em p osição irreal.
quência será um êrro para menos. :í1:ste
5) Projeçã o da gordura no apêndice:
inconveniente pode ser atenuado ado­
Não adotand o a té.cnica de ajustar o
tando-se a técnica de aj ustar o limite
de separaç ão da . gor
plano
zero,
ponto
no
de separação da gordura
_
antes da apllcaça o do banho,
ácida
ção
antes do banho. Com aplicação dêste, a
ecut �da po �:
x
e,
ser
deverá
esta operação
tendência da coluna. graxa é subir.
teriorme nte. Além dos inconven Ientes Ja
Decorrido o tempo considerado satis­
citados de aderênci a de película gordu­
fatório para o equilíbrio de temperatu­
rosa às paredes da escala, há �inda .a
ra , retiram-se os buitrômetros do ba­
possibili dade de, por uma torçao maIS
nho e, apenas ,fixando a rôlha, fazem­
enérgica da rôlha, parte da, gO :,du :-a ser
se duas leituras, uma n'a base e outra
proj etada até o apêndice , que nao e gr �­
na curvatura do menIsco, a sua diferen­
duado. O seu r etôrno ao campo de leI­
ça, em relação ao ponto zer �, dará a
tura somente será obtido depois de nova
percentagem de gordura do l elte.
imersão no b anho. Não se aper , c ebendo
,evidentem en3)Fuga da coluna gor.durosa, duran- ' esta falha a leitura será,
inconmesmo
O
menos.'
,
ara
p
errada
As duas leituras sucessi- te,
te a leitura.
-
-
-
-
-
I:
I
Ex-Felctiano
SETEMBRO/OUTUBRO
------
veniente pode ocorrer no momento em,
que os butirômetros são depositados no
centrifugador, p ara isso ao colocá-los
nos respectivos tubos é necessário man­
tê-los p or alguns instantes em posição
inclinada a fim de que a porção da mis­
tura, p or ventura ex�s.tente no, apêndice,
desç'a p ela 'escala.
6) Não aplicação do banho maria: Não se deve prescindir nurica desta con­
dição. Imediatamente depois da, homo":
genização, o ccMor resultante da reaçã'O
pode ' levar a mistura à temperatura su­
perior à 65°C, durante a c entrifugação
porém, não dispondo os centri.f ugado­
res de mantás aquec,edoras, o que é, o
mais comum, a mistura sei resfria. A lei­
tura sendo feita nestas condições é ir­
r:eal p elos motivos apontados anterior­
si
ainda
e por
fuga a
mente de deslocamento,
de gordur
mais, pela ausêl1ci� de temperatura de
equilíbrio. Oomo se poderá observar, os
butirômetros são aferidos à temperatu­
ra de 65°C , à esta temperatura é que a
leitura deve ser feita, logo não se dis­
pensa de modo algum o uso do banho.
7) . Falta
de
precisão
na leitura:,
-
-F l
_
17
Pien consta do seguinte : os butirôme­
tros são mantidos em banho maria elé­
trico termo regulado, o qual é providO
plástica .
de duas j anelas de matéria
Uma lanterna ilumina intensamente os
butirômetros, im�rsos no banho. A ima­
gem das escalas formada em espelho in­
clinado a 45°; é transmitida a uma pla­
ca despolida, horizontal, no escuro ; on­
de s e consegue a imagem com aument'1
'de três vêzes. Sôbre esta placa despolida
há um fio de retículo, móvel, capaz d e '
se ajustar ná zona -de separação da gor­
dur a ; um outro' fio, montad)l em nova
placa superposta, -pode s e ajustar à base
do ménisco.
O inter valo então estabel:ecido entre
um e outro, é ajustável à escala, partin­
do do zero ; 'segundo afirmação do idea­
lizador, é possível conseguir leituras com
mesma , '
de gordura, ao
aproximaçao de 0,01 %
mesmo tempo em que muitas das cau­
sas de êrro assinaladas anteriormente,
são eliminada,s .
Segundo observáção de Pien, basean­
do em inúmeras provas executadas ' p elo
método · usual, em comparação com os
-resultados obtidos no aparelho, chegou
êle à seguinte conclusão:
ante­
As leituras a ôlho nú só permitem apro­
ximação d e meia divisão da escala, o
a) A leitura a ôlho nú deficitária de
que equivale à 0,5g de gordura por li­
0,1 a 0,3g por litro em 50 % dos casos.
tro de leite ; em geral não se
exige
b) Em 25 % dos casos a leitura à vis­
maior aproximação nas condições ordi­
ta desarmada é- excedente de 0,1 à 0,2
nárias de trabalh o ; no entanto alguns
grama por litro .
recursos têm sido empregados com a fi­
IC) -Em 25 % das análises há concor­
nalidade de aumentar a aproximação
dância nos resultados.
da leitura no processo Gerber, de modo
d) Em condições melhoradas de tra­
a torná-lo mais preciso, a ponto de
balho, com butirômetros de precisão e
igualar, em precisão, aos mais sensíveis
calibrados, O s resultados são sensivel­
métodos ponderais. O emprêgo de lente
mente melhorados, o que garante ao mé­
melhora um pouco, aumentando o es­
todo Gerber a mesma precisão dos pro­
paço das divisões da escala, mas outras
cessos ponderais.
dura e solu­
causas 'de êrro não são eliminadas p elo
Não tivemos com as nossa modesta
seu emprêgo puro e Simples.
Alguns
palestra a intenção de tornar complica­
aparelhos têm sido imaginados, visan­
do um trabalho corriqueiro no.s
do todos êles o melhorame nto das c on­
tórios, apenas pensamos despertar a­
dições Idé 'trabalho, permitindo a leitu­
atenção de quem o executa diàriamente,
ra com os butirômetros imersos em ba­
às vêzes em grande número, advertin­
nho maria e aumento de escala. Infe­
do-o das inúmeras
possibilidades
de
lizmente ainda não nos chegou às mãos
êrro
a
que
está
sujeito .
Confor­
nenhum aparelho dêste gênero, mas se­
ta -nos sobremodo imaginar, "que estas
gundo descriçã() de J. Pien, da peça p or
Simples observações venham concorrer
êle mesmo idealizad a, cremos na melho­
para melhoria, no sentido do aprimoraria considerá vel de trabalho, quando s e , menta da té�nica de dosagem da gordu­
desej a resultado mais próximo d o real.
ra p el o método ácido b utirométric o de
Em síntese, o aparelho descrito por Jea n
Gerbe'r.
digitalizado por
arvoredoleite.org
SETEMBRO/OUTUBRO
18
x�
Ex-Felctiano
------
SEMANA
DO
, transporte corresponde,
em médi�, a
1 5 % do custo da produção. Onde é feito
em caminhão, o preç'o médio de Cr$ 1 ,0'0'
por litro, da fazenda à fábrica ou ao
pôsto de recebimento .
LACTICINISTA
Geografia Leiteira · do Brasil
1
•
ano Cr$ 2.20'0' a Cr$ 2.695,0'0' na Argeni­
na rende $ 2.80'0' mn ( ou selam Gr$ . .
4 . 480',0' 0' ) !
Muita vaca, muito trabalho , e pouco
leite - A produção média por vaca por
ano é de 980' litros, ou sej am 2,0'8 litros
por dia, quantidades
excessivamente
baixas numa · comparação com a média
de rebanho de qualquer país leiteiro.
Uma série de razões explica e�ta baixa
produtividade"
em
consequência
da
qual o rebanho é numeroso; maiores as'
despesas de manutenção mais cara a
mão de obra ( enquánto um retireiro no
Brasil tira 46.9 litros p or dia, seu colega
Dl'. José Assis Ribeiro
em qualquer p aís leiteiro tira 1 0'0' ) , e as­
Inspetor da DIPOA
sim mais alto o custo da produção. Re­
- Area� Rebanho. Rarefação da produ­
centes estudos na Argentina revelam cus­
ção. Heterogeneidade.' Estatística. Au­
to de produção de leite na base de $ 2,67,
mentos anuais em volume ( 10 % ) e em
(Cr$ 4,27) , No Brasil, dado o alto valor
valor,. (20 % ) . Distribuição da produção
das terras e a baixa produtividade dos
por Estado. Produção média por quilôrebanhos, o custo médio nas zonas de
metro . quadrado. Fatôres limitantes.
, maior produção (S. Paulo, Minas e 'Rio)
é Cr$ 6,31 aumentando nitidamente nas
Calcula-se que dos 10'7,5 milhões de
regiões menos propícia, onde a venda do
hectares de pastos naturais e artificiais
leite,
p ara ser econômica, tem de ser a
do Brasil, lO' a 12 milhões sej am ocupa­
preços altos.
dos pelo rebanho leiteiro nacional, no
Muito capim, poucas leguminosas e
qual se contam, aproximadamente 5 mi­
baixa capacidade - de suporte - estas as
lhões de vacas em lactaç'ão, cuj a pro­
características
das nossas ' pastagens,
dução total em 1 958 se estima em 4 bi­
justamente as comuns em clima tropi­
lhões de litros de leite.
cal. Dada a pobreza das pastagens, a ca­
Êstes dados nos levam às seguintes
oacir �de' de Supol't,e ( área por vaca lei­
conclusões :
teira) é a de 2 a 2,2 hectares por cabe­
- Pouco leite em muita área - a:
ça. E' que, em geral, são aproveitadas
produção por hectare por ano é de 40'0' a
para pastos terras exauridas em várias
490' litros, ou sej am, 1 , 1 0' a 1 ,34 litros
culturas, principalmente café. Terras
por hectare p or dia - uma da s menores
quase imprestáveis são destinadas a p as­
do mundo ! A Argentina com seus 6 mi­
tos sem preparo prévio. Daí as grandes
lhões de hectares destinados a gado lei­
áreas vasias de que resultam ' rarefação
teiro produz 6 bilhões de litros por ano,
da produção - fazendas leiteiras mui-.
a média de 1 .0'0'0' litros por hectares por
to grandes ( e m extensão) e muito dis­
ano, ou sej am, 2,8 litros por hectares
tantes entre si - e, o que é pior - alto
por dia. Esta uma das, razões por 'que, . custo do transporte' das fontes de pro­
na Argentina, a produção de leite é uma
dução aos centros de · industrializacão ou
de consumo. Longas distâncias à serem
das atividade s rurais mais lucrativas, no
vencidas p ercorrendo-se más ,estradas,
dizer dos "tambores" embora o preço do
e;m veículos de altos preços (caminhões)
' leite ao produtor sej a $2;8 mn (Çr$ 4,48
movidos a combustíveis , ,ainda mais ca:"
ao câmbio atual ) . Assim, enquanto n o
ros (óleo ou gasolina) . Admit"e-se que o
Brasil u m hectare rende, em leite por
�.
�
De um modo geral, nossas vacas . ocu­
pam o dobro da área exigida por uma
boa leiteira, e produzem, no máximo,
3D % do que deveriam' produzir econô'
micamente .
A grande extensão territorial do País
( 8 .5 1 1 .0'0'0' Km2) , sua posição geegráfica
(equatorial e tropical) e as irregularida­
des dos terrenos ( elevações montanho­
sas de até mais de mil metros) propor­
cionam g�ande; variedade de climas,
' dando em consequência diferentes condições de criação de gadO leiteiro. Assim,
Estados
Produção litros
(*)
a produçáo de leite excassa ou quase
inexisténte no Norte (Amazonas, Pará e
Territórios - região equatorial) , apI e ­
senta alguma incidência . n o Nordeste
( área leiteira de Alagoas � Jacaré d03
Homens, Batalhas, de Pernambuco - S
Bento do Una, Bom ConselhlJ d a Pal'aí­
ba - Carris ; do Rio Grande do Norte
Caic ó ; do Ceará , - Quixeramobim,
Quixada) ; intensifica-se no Leste alcan­
çando boa produção, em Minas e a má­
xima no Estado do Rio, para dimhllür
um pouco ao Sul, desde S. Paulo até o
Rio Grande, diminuição esta que se in­
tensifica em Goiás para quase desalla­
recer em Mato Grosso na região Cenko
Oeste. . '
�
A atual produção por Estado admite":
se a seguinte :
Superfície kmg.
Minas Gerais . . . . . . . . . . 1 . 60'0' . 0'0'0' . 0'0'0'
São Paulo . . . . . . . . . . . . . �. 1 . 30'0' . 0'0'0' . 0'0'0'
420' . 0'0'0' . 0'0'0'
Rio Grande do Sul . . . . .
270' . 0'0'0' . 0'0'0'
Goiás . . . . . . . . . . . . . . : . .
. R. de Janeiro e Dist. Fed.
255 . 0'0'0' . 0'0'0'
190' . 0'0'0' . 0'0'0'
Bahia . . . . . . . . . . . . . .
170' . 0'0'0' . 00'0'
.
Santa Catarina . . . . .
Paraná . . . . . . . . . ; . . . .
165 , 0'0'0' . 0'0'0'
NORDESTE . . . . . . . . . . . .
40'0 , 0'0'0' . 0'0'0'
NORTE . . . . . . . . . . . . . . . .
1 5 . 0'0'0' . 0'0'0
1 1 5 . 0'0'0' . 0'0'0'
OUTROS ESTADOS . . . .
(*)
estimativa para 1958 ,
581 . 975
247 . 223
282 . 480'
622 . 463
43 . 944
,563 . 762
94 . 367
20'1 . 288
967 . 70'4
3 . 540' . 0'32
1 . 269 . 792
.
.
.
.
.
. .
.
.
19
SETEMBRO/OUTUBRO
Ex-Felctiano
.
.
A h eterogeneidade das condições de
produç'ão de leite n as várias zonas do
País se define na litragem obtida por
kinq e p or ano - tanto menor quanto
\
Litros X kmq X ano
2 . 750'
5 . 258
1 . 485 .
433
5 . '8 O'2i
336
1 . 80'1
819,5
413
4,2
90'
menos evoluída a respectiva zona. , To­
mando-se por base a produção atual de
leite, aceita-se a seguinte classificação :
Interior, nas zona'S de industrialização se
identificam núcleos . e zonas de produção
5 . 80'2
de leite, tais como : as áreas leiteiras nor­
5 . 258
destinas ( onde contradizendo uma série
2 . 750'
de conceitos consagrados pela zootécnica
1 . 80'1
clássica Jazendeiros conseguiram acei­
1 . 485
tável produção de leite em ambiente
855
, quente, sêco e sem pastagens) ; o Sul da
8 1 9 ,5
Bahia, o Sul do Espírito Santo; todo o
433
Estado
do' Rio e Distrito Federal ; as
336
regiões central, ' leste, oeste e Sul de Mi­
90'
nas, além do ' Triângulo Mineiro, o Sul
de Goiás ; todo o Estado de S. Paulo ; o
A ' produção leiteira se estende p or to_o
Norte do Paraná (a partir de Castro on­
do o Brasil, com mais incidência nas re­
de se encontram as cooperativas .de cria­
giões de maior população. Na orla do
dores holandêses
de Carambeí e Cas­
Atlântico, nos arredores de tôdas as Ca­
trolândia) ; o Vale do Itaj aí, em Santa
pitais estaduais (bacias leiteiras) e no
Catarina e tôda a zona setentrional do
Estados
Litros de lei.te X\ kmq X ano
, Estado do Rio e Distrito Federal
São Paulo . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Minas Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . .
S anta Catarina ' . . . . . . . . . . . . . . .
Rio Grande do Sul . . . . . . . . . . .
Espírito Santo . . . , ' . . . . . . . . . . . .
Paraná . . . . . . . . . . . . . . " . . . . . . .
Goiás . . . . : . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
'Bahia
. . . :(. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Outros Estados . . . . . . . . . . . . . .
.
.
.
.
.
digitalizado por
arvoredoleite.org
20
SETElVIBiRO/OUTUBRO
Rio Grandê do Sul, inclusive os arredo­
res de Pôrto Alegre de Pelotas, etc. Em
algumas destas zonas leiteiras s e encon­
tram organizaç'ões que se equiparam 'c om
o que haj a de mais moderno ,nos países�
mais lacticinistas do mundo. Assim se
apresentam as granjas , l eiteiras tipo A
e os estábulos tipo B nos arredores de
Campinás; as grandes fazendas leiteiras
de Pitangueiras, de Lins de Calciolân­
dia ; as, granj as cooperativas de holan- '
dêses Holambra, Carambeí e Castrolan­
dia ; as grandes fáibricas de leites deshi­
dratados em S. Paulo , . no Rio e em Mi­
nas ( iguais as maior,es e melhores do
mundo) ; as grandes fábricas , de quei­
j os e manteiga em S. Paulo, Minas Pa­
raná, Santa Catarina, etc. , - isso ao lado
das muito bem organizadas u-sinas de
pasteurização de leite de S. Paulo, de
B. Horizonte, do Dist. Federal, de Pôrto
Alegre, de Curitiba, de Pelotas, de C am­
pinas, etc. O nível técnico
dos nossos
grandes estabelecimentos de Ú lCticínios '
j á é bastante alto e a alta qualidade dos
produtos põe nossa indústria leiteira no
mesmo nível da dos países mais adian­
tados neste particular ,
FATÕRES LIMITANTES DA NOSSA
PRODUÇÃO DE LEITE
As condições g'erais do Brasil não são
as ideais para criação de gado leiteiro,
nem para produção de leite em alta es-'
cala, nem para industrialização. Estas
atiyidades sempre encontrarão grandes
obstáculos em nosso meio alguns resul­
tantes das nossas c onciições físico-gráfi­
cas e outros; do nosso sub-desenvolvi­
mento .
No grupo das fatôres negativos à pro­
dução de leite podem ser citados os se­
guir�.tes : '
1 - Falta de tradição, em nosso meio
rural, para alta produç'ão de leite. E '
ponto pacífico nos estudos de produção
leiteira não serem os latinos os povos
mais produtores e mais consumidores de
leite. A característica de bon" produto­
res de leite e bons consumidores de lac ­
ticínios ca;be aos arianos, mormente os
do norte-el,lropeu, Inglaterra, Suíça Ho­
landa, os ' norte-americanos, os ' Rustra­
lianos, e tc. Como tõda nossa formação
--'---Ex-Felctiano
-
é latina, isso explica a origem do pri­
meiro fator, limitante .Nosso homem do
campo não tem vocação para criação
de gado leiteiro. Os núcelos de criação
de gado leiteiro de dinamal'queses, n o
Sul de Minas, de holandêses em São '
Paulo e Paraná e de alemães em sàn­
ta C atarina e a exçelência do gado por
êles criado provam esta asserção. Re­
conhecendo esta
deficiência do nosso
criador comum, aí está a oportunidade
das grandes organizaç'ões industriais Nestlé, -Polenghi, Vigor,
Sociedade de
Lacticínios Cal das e outras em ' executa­
rem planos çle serviç'os de assistência téc..;,
nica, agronômica e veterinária aos pro­
dutores de l eite, completando assim a,
atuação dos órgãos
técnicos ' oficiais '
'
( quase sempre faltas de recursos ) .
2 - Adaptação de gado leiteiro ao s
trópicos - E' sabido que as regiões gran­
des produtoras de leite são a s de clima
temperado, ' d e 10 a 1 5°C, terras planas,
ricas em leguminosas forrageiras e de
agricultura intensiva. Em nenhum país
tropical
ou
sub-tropical .. se encontra
grande produção de leite, isso pelo sIm­
ples fato de os animais ao se adapta­
rem às regiões quentes, a primeira rea­
São que apresentam é a da redução de
alimentação ( comem menos ou tornam­
se frugais) , e, em consequência, vem a
segunda reação
redução da prOdução
de leite, de carne ou de lã. Por certo
que a zootécnlca, a bromatologia, a
agrostologi a e outras ciências dentro de
alguns anos indicarão os animais e as
forragens, capazes de manter . alta pro­
dução econômica nos trópicos. Por en­
quanto, há somente casos ' individuais
ou de pequenos lotes
capazes de, em
condições especlals, prOduzir leite em
grande quantidade, porém, raras vêzes
econômicamente . E' que a ' função e a
aptidão leiteiras são características de
baixa heritabilidade, .isto é, são exi­
gentes em condições de ambiente para
sua manifestação , razão por que vacas
. que deveriam s er altamente leiteiras em
seu país de origem nerp. sempre o são
em nossas condições.
3 - Oruzamento com raças não , lei:..
teiras - p ara aumento de rusticidade.
A fim de enfrentar a agressividade
normal dos trópicos contra a delicadeza
Ex-Felcttano
SETEMBRO/OUTUBRO
21
va particular, não participando os po­
d'Os gadOS de alta produção, geralmente
faltas de resistência ( ou de rusticidade)
deres públicos ativamente nas medidas
pratica-se o cruzamento absorvente de
de profilaxia, por .falta de recursos.
tradicionais raças leiteiras (Holandêsa,
6 - Fatôres diversos :
Jersey, Guernsey, Schwyz) com animais
falta de estrubeleciment os indus­
de raça não leiteira já adaptados' ao
triais - nas zonas próprias à produção
nosso ' meio (Zcbú, Caracú, Crioulo ) . A
onde se instalem fábricas de lacticínios
maior resistência ao meio é adquirida
absorvendo volumes de matéria prima
mediante' perda ou redução , da função
a preç'os convenientes, imediatamente a
ou aptidão leiteira. Cêrca de 50 % dos
criação de gado leiteiro se intensifica
rebanhos , nacionais têm sangue europeu,
e a produção de leite aumenta. As re­
sendo que a Holandêsa é a mais difun­
giões de maior progresso na produção
dida, vindo depois a Schwyz, a 'Jersey e
são as em que existem bons estabeleci­
a Guernsey, Ayrshire,
�imental, Nor­
de lacticínios. Daí as razões por
mentos
mando e 'Outras têm diminuta. ou ne­
que O s poderes públicos devem facilitar
nhuma participação. Apesar de grande
a instalação de novas ,fáJbricas e amplia­
incidência do sangue europeu leiteiro, a
ção das atuais, proporcionando , além do
produtividade do nosso rebanho é bai­
mais, câmbio pre:ferencial para impor­
xa. Como surgem casos de produção ex­
tação de maquinaria .
cepcional ( em torneios, c'Ontrole e con­
cursos leiteiros) é possível que a 'zoote­
--:" dificuldades cambiais para impor­
nia ,determine, em breve, as condições
tação de reprodutores - êste um deta­
de obtenção de plantéis leiteiros de pro- ' lhe importantíssimo. A. corrida aos re­
duçã'O econômica ,
produtores de raças leiteiras é cada vez
maior. Daí a oportunidade da insistên­
4 - Deficiência de alimentação
cia j unto' aos poderes públicos quanto
proteínas e sais minerais.
a facilidade de importação e de conces­
As pastagens das regiões tropicais são , são de érédito (financiament o) ,
reconhecidamente p obres em legumino­
' - falta de meios de transporte sas ( proteínas) e as terras pobres em
produção de leite e fabricação de lacti­
sais minerais (principalmente os de cál­
cínios só podem ser atividades direta­
cio) ; Daí a necessidade de preparo das
mente ligadas aos meios de transportes
terras ( calagem) e cultivo de variedades
rápidos, eficientes e baratos, tanto en­
forrageiras leguminosas, bem como su­
tre os centros de produção e os estabe­
plementação de rações - detalhes êstes
lecimentos industriais ou de beneficia­
que raramente são observados em nos­
mento, como entre êstes e os centros de
sas fazendas.
Sendo pobres as nossas
consumo, O s maiores índices zooténicos
pastagens, e, nossas vacas leiteiras se
de produção lelteira se encontram nas
alimentando pouco - aí estão duas fôr­
regiões
bem
servidas de transporte .
ças ' negativas agindo num mesmo- senti­
Também o êxito das. ' grandes fábricas
.
do para baixar o índice de produtividade lacticínios depende da existência d e
de .
boas estradas de penetração (para trans­
�
parasitária
5 - Grande infestação
(bernes, carraptos e bicheiras) e gran­
de incidência de doenças infecto-conta­
giosas ( aftosa, tuberculose, brucelose,
piroplasmoses, etc.) . Pode-se admitir que
estas doenças reduzem, no mínimo, 1 0 %
a produção anual de leite, o u sej am 490
milhões de litros que, na base d e Cr$
5,00 atingem 2 bilhões 250 milhões de
cruzeiros ! quanti!;l. que aplicada no com­
bate as zoonoses faria aumentar sensi­
velmente nossa produção leiteira. Por
enquanto o combate à estas doenças, tem
sido quase e:Xclusivamente por iniciati-
porte diário do leite das fazendas à pla­
taforma) .
i!:ste ponto é fragílimo em
nosso meio, onde predominam estradas
péSSimas entre as fazendas leiteiras e
as fábricas de lacticínios .
Aumento da produção
Apesar da incidência de' tantos fatô­
res negativos, nossa produção de leite
tem aumentado gradativamente, na ba­
se de , 10% ao . ano, mostrando, de um
lado, um grande trabalho do nosso ho­
mem rural, e , de outro, a possibilidade
de produção econômica mesmo · em am-
digitalizado por
/
arvoredoleite.org
Ex -Felctiailo
SETEMBRO/OUTUBRO
22
x�
biente desfavorável. E' possível que, em
sej a o Brasil o maior
clima tropical,
produtor de leite e lacticínios ! Faltam­
nos dados a respeito; entretanto, cüm­
para,ndo nossa produçào com ' a de paí­
ses na mesma posição geográfica em re­
lação ao equador e , os trópicos, o Bra­
sil se coloca em ótima situaçao.
Por enquanto se verifica aumento de
produção mais ' p or aumento vegetativo
do reba,nho, decorrente de aumento de
número de vacas em lactação, do que da
melhoria das condições da exploração
leiteira. Esta melhoria existiria se ao
aumento da produção não corresponds ..
aumento do rebanhc.
se proporcional
Das 3 . 460 . 000 vacas existente em 1 950
com produç'ão de 2,4 bilhões de litros.
passou-se para 5 milhões de vacas, en�
1 958, com produção de 4,9 bilhões de li­
tros de l eite. O grande interêsse que s e
verifica, no momento; por todo o Esta­
do de S . Paulo, do , Rio, dó Sul de Minas,
da Zona da ' Mata, no Norte do Paraná
Sul do Espírito Santo, etc., pela intensi �
ficação da produção de leite se deve à
queda do café. Tôdas estas regiões são
tradicionalmente produtoras de café . COm
a queda do valor e das vendas dêstes e
'
com a necessidade de racionalizacão d �
sua cultura, grandes área s de cafezais
foram abandonadas, servindo para pas­
tagens. Daí o se admitir um a,umento de
' 15 % na produção de leite de 1 958 sôbrE
o ano anterior. Enquanto o aumento de
volumes de leite se faz na média ,de 1 0 % ,
o aumento d o s e u valor e m cruzeiros Se
faz na média de 20 % , desnível êste de­
vido ' à inflação. Êntretanto, o aumento
do valor da produção leiteira tem de sel.'
feito por aumento dos volumes (litra­
gem) e não por aumento de número de
vacas ou do preço de venda do produto.
O aumento da produç'ão tem que obj e­
diminuição do custo, a fim de
tivar
proporcionar maIOres lucros aos produ­
'
tores sem elevação dos preços de vEm­
da. Isso só se consegue pela racionali··
zação da produção, obtendo-se mais lei­
te com menos vacas e menos terras, po­
rém, com mais culturas forrageiras.
Produção de leite no período de
Leite - litros
Ano
1950/58,
Val�r em Cl'$
1950 - 2 . 419 . 766 . 000 - 2 . 485 . 232 . 200,00
1951 -;- 2 . '4 85 . 232 . 200 - 4 . 683 . 309 . 010,00
1952 - 2 . 982 . 6 10 . 950 - 6 . 387 , 21 5 . 9�5,OO
1953 - 3 . 280 . 000 . 000 - 8 . 1 54 . 000 . 000,00
1954 - 3 . 550 . 000 . 000 - 1 0 . 074 . 000 . 000,00
1 3 326 . 846 . 000,00
1 955 - 3 . 866 . 407 . 000
1 956 - 4 . 1 14 . 750 , '000 - 17 . 624 . 541 . 000,00
, 1 957 - 4 . 274 . 482 . 000 - 20 . 200 . 738 . 000,00
4 . 900 . 000 . 000 - 29 . 400 . 000 . 000,00
1 958
Em resum'o , se observa ser o sub-de­
senvolvimento o rator mais importan­
te na limitação da nossa produção . lei­
teira, positivando, em nosso meio, o fa­
to de observação mundial, pelo qual um
povo é tanto mais desenvolvido e maioS
civilizado , quanto maior sua produçào de
leite é maior seu consumo de lacticínios
�
Construções Civis, Rurais e Industriais - Entrepostos
Fábrica de Laticínios - Uzinas de Beneficiamento de Leite
Projétos e Execuções
Newton de
•
V a ra iba
Mirando
Residencia ·
Esc' itorio
Rua Marechal Deodoro, 4 1 2
R u a Barão R ibeiro de S á , 3 1 5
d e)
.Iul
SETEMBRO/OUTUBRO
1:2 .
J.
SEMANA
DO
23
"
--------��-
Ex-Felctiano
LACTICINISTA
Vanta'g ens da Limpeza na 'Indústria do Leite
Dl'. Milton Aragão Gomes
Inspetor da DIPOA
E' fator principal para o êxito finan­
ceiro da indústria leiteira a qualidade
, dos produtos e para a alta qualidade
dêstes prndutos é essencial a boa higie­
ne e limpeza do estabelecimento.
Se alguns industriais obtêm bom pro­
veito dos ,métodos de limpeza de que
dispõem, outros p erdem estas vantagens
por não saberem aproveitá-las
1:stes métodos de limpeza são fatô­
res fundamentais p ara perfeita higiene
de aparelhagem e do estabelecimento,
para a boa qualidade dos produtos, e,
principalmente, quando ela é econômica
e -feita conscíentemente.
aparelhagelTI.
como
C ompreende-se
limpa e higiêp.ica, quando é apresenta­
da livre de impuridades, assim como de
bactérias, porque a limpeza ' significa
isenta de contaminação .
Quando uma peça de maou!nári::1 é
bem limpa e pelo mínimo custo, define­
se por economia de limpeza, �FJl'que não
só inclui o preço do material higieniza­
dor como também o do vapo ': utilizado,
da água, da mão de obra. Geralmente
a mão de obra é o mais caro dentre to­
dos .
A gara:ptia . dos utensílios e aparelhos
está no cuidado dispensado para a sua
conservação, i'sto é, a sua maior durabi­
lidade de uso .
A inversão de capital em um estabe­
lecimento de lacticínios é muito grande,
e, portanto, a sua aparelhagem deve ser
conservada pelo maior tempo possível.
Quando se quer apresentar um ' pro­
duto de boa ,' qualidade no mercado, não
é suficiente a higiene dos estabelecimen­
tos, mas é preciso também a das . fa­
zendas, granj as, retiros e estábulos.
Na verdade, são os produtos responsá­
veis p ela qualidade do leite e os estabe­
lecimentos de lacticínios pela sua sani­
dade, p orque êstes arcam com as perdas,
, se o leite recebido fôr de má qualidade.
Êles devem ter o maior interêsse nos
trabalhos de ordenha .
O contínuo aperfeiçoamento dos mé­
todos e do aparelhamento dos lacticí-
nios, concorre para o completo desapa­
recimento dos seus antiquados proces:­
sos de lavagem,.
iSeria ideal se os pródutores possuis­
sem depQsitos para o leite com , tempe­
ratura acondicionada para manter a vi­
da do produto, locais de ordenha apro­
priadOS e limpos e ' máquinas ordenhadorM .
Os compnstos destinados à limpeza
das máquinas e utensílios são ' variados
e apromoradam2nte preparados, tornan­
do-se vasto campo de experiências
constantemente aperfeiçoada,s, facilitan­
do os trabalhos de remoção das impu­
ridades, prnporcionando uma melhor e
mais rápida limpeza: Os fabricantes, es­
tudam constantemente O s removedores
de resíduos, isto é, os detergentes, os
produtos orgânicos, ' e os compostos de
cloro, como o cloreto d e cálcio, hipo­
clorito de cálcio e sódio, para mais apro­
fundarem na sua variadíssima aplica­
ção .
A higienizaç'ão efetiva e eficiente é
coisa de gra�de importância para os
produtores de leite, e par?" os estabeleci­
mentos manipulador,es. Lamentàvelmen­
te, o grande número de recomendações
propagandas sôbre a eficiência dos
e
diferentes detergentes e outros prpdutos
higienizadore s têm criado bastante con- '
fusão. Isto é mais lastimável porque da
efetividade da higienização depende a
reputação dos produtores de leite; e da
indústria leiteira, assim como da quali­
dade de seus prOdutos e, além de tudo,
a saúde do consumidor.
Agora e&tá sendo apresentado no mer­
processo que, segundo
cado um novo
::eus fabricán tes, marca uma nova épo­
ca no contrôle bacteriológico. S egundo
dados apresen tados pela fábrica, os pro­
dutos higienizadores positivamente lim­
pam e esterilizam os úberes das vacas,
as mãos do s operários, todo o maquiná­
'rio, : as latas, os tanques no qual se ar­
mazen'a e transpnrta o leite, todos os
utensílios de pasteurização e fábrica de
derivados.
digitalizado por
'
arvoredoleite.org
24
SETEMBRO/OUTUBRO
-------
Como parte dêste novo processo, as
substâncias químicas germicidas ativas,
amoníaco
especialmente os compostos
quàternários e os de cloretOs de alquil­
lanril-piridinio, se estabilizam em ma­
téria orgânica completa, ( substâncias de­
divadas de ovos frescos) que contêm
quase todos os elementos runticatiôni­
cos desej áveis para obter uma reação
completa .
Tentam também o uso do iôdo dissol­
vido em água .
Todos êsses compostos apresentam
' seus méritos e quando usados em for­
mas apropriaÇlas produzem completo e
surpreendente resultado na limpeza da
aparelhagem e utensílios .
Além dos melhoramentos das substân­
muitos
tem havido
cias detergentes,
aperfeiçoamentos no maquinismo, c om
metais mais resistentes e de maior du­
rabilidade. :Êlstes não só permitem fácil
manuseio, como facultam melhor lim­
peza. Com todos êstes elementos a qua­
lidade do leite vai tendo ascendentes
melhoramen tos.
Os produtores, as autoridade s sanitá­
rias e os estabelecimentos de lacticínios
devem-se esforçar para a melhor quali­
dade do leite. Só assim serão apresen­
tados produtos qúe satisfaçam o consu­
midor .
Apesar de todo o progresso em rela­
ç'ão ao l eite, ainda muito se , pode fazer
para a sua melhoria .
Não é oferecer aos produtores todos
Os elementos necessários para uma e'fi­
ciente produção, e sim apresentá-los
num programa educativo, métodos apro­
priados de limpeza, . pois êles se interes­
sam sempre pela administração de suas
fazendas, pelos cuidados e criação dos
seus rebanhos e nas medidas sanitárias
a serem usadas. Necessitam recordar e
ter sempre presente a importância em
prodUZir bom leite e econômicamente.
E' de imperiosa necessidade a união
dos prOdutores em sociedades, promove­
rem c ong·ressos lacticinistas, di\Stribui­
rem folhetos educativos.
Geralmente, a limpeza dos estabeleci­
mentos está ac�ma da limpeza dos l o­
cais de ordenhas, porque devem possuir
pessoal mais treinado no mistér e' com
Ex-Felctiano
Ex-Felctiano
melhores possibilidades para receber um
certo gráu de especialização, p ois dis­
põe de temp o p ara as instruções sôbre
os métodos sanitários e higiênicos a se'
rem aplicados na Ílldústria .
Os vasilhames e as máquinas lavadou­
muito breve passarão à
ras de latas,
devido ao aparecimento dos
história,
tanques de transportes, porém, enquan-:
to isto não acontece, a lavagem das la­
tas é um trabalho importante nos' estabelecimentos .
E' de grande significação as condi­
ções , mecânicas da máquina de , l avar
latas, porque qual;quer irregularidade no
seu funcionament o, má limpez'a de- suas
peças, prej udicaria a limpeza e higieni­
zação dêste vasilhame.
A causa mais comum de latas mal la­
vadas é. o deficiente contrô}e da soluç'ão
do detergente. Embora sej a preparada
com a concentração necessária, ela se
debiilta devido a diluição com a, água
da prelavagem, continuada.
A prática demonstra que o enxagua­
mento final com esterilizantes, apresen­
ta a lata com cheirü agradável, com bai­
xa contagem bacteriana e perfeitamente
isen ta de corrosão .
A lavadoura de garrafas é outra má­
quina frequentemente descuidada. Suas
condições mecânicas devem ser perfei­
tas, visto que lava vasilhame que retor­
an­
na ao consumidor e qualquer estado
.
ti-higiênico dá má impressão.
A concentraç ão da solução ,de deter­
gente é muito importante embora sua
concentração não descreça tão ràpida­
mente como na lavadoura de latas, é
'
necessário revisá-la periodicamente.
Convém exi'stir uma pessoa responsá­
vel para fazer esta revisão e se encarre­
, gar de manter a solução dentro da con­
todo o temcentração desej ada durante
.
po de trabalho .
prático usar desinfetantes para a
esterilização das garrafas, eliminando a
contaminação bacteriana e assegurando
a qualidade do leite .
E'
O l eite sendo manipulado em tubula..,
ções, é imp,e rioso que estas sej am desar­
madas e lavadas, do mesmo modo que os
demais utensílios, de forma que não
p erca tempo p ara realizá-la.
SETEMBRO/OUTUBRO
25
----------�------------------------��
A solução de detergente fria não dá
tão bom resultado quanto a ' quente na
realização dos trabalhos de limpeza
conseguidO bons resultados
Tem-se
éom o emprêgo de detergentes clorados
que proporcionam uma superfície lisa e
brllhante de aço inoxidável.
Aqui devo avivar nos v'o ssos espíritos
que os cientistas inglêses opinam que
nem todos , os aços inoxidáveis são resis­
tentes igualmente à corrosão lática.
Muitas destas resistências à corrosão
se deve a uma camada delgada de óxi­
dos insolúveis, assim. é que a aparelha­
gem de aço inoxidável deve ser prote­
g a contra tudo que p ossa penetrár
'
"
nesta c amada.
ij
Geralm,ente, os tanques para arma­
zenamerito, recepção e de transporte de
leite são lavados manualmente e usam,
para fiacilitar o s erviç'o, excesso de solu­
ção desinfetant'e e de detergentes. Após
êste ' trabalho é preciso enxaguar bem
cOJ;U água limpa p ara aliminar as par­
tículas desta-s substâncias limpadouras
e evitar a formação de películas dêstes
elementos que formam na superfíCie do
recipiente .
São limpàs por circulação, os pasteu­
rizadores, termo-permutadores ' tubula­
res, aquecedores de placas e outros apa­
rlhos térmicos para leites.
Os aparelhos ou peças de aço inoxi­
dável devem ser expostos ao oxigênio
para retirar a película formada na sua
superfície, deixando-os abertos duran­
te a noite para também secarem .
Os recipientes são comumentes aber­
tos e empilhados, como pasteurizadores,
desnatadeiras, tinas de queij os e que- são
de difícil limpeza. ' Para esta limpeza
usam-se detergel)tes especiais com uma
conveniente temperatura para uma boa
higienização.
Para evitar o manuseio na limpeza,
existem as escovas elétricas para esfre­
gar os recipientes usados na indústria
de l eite .
As peças dos aparelhas, após desmon"- ,
são enxaguadas , e em seguida
tagem,
mergulhada-s em ' solução detergente, agi­
tando a solução p or certo tempo para
'
limpá-las .
Há nos estabele'cimentos, muitos ou-
tros obj etos assim como pisos, paredes,
exteriores da aparelhagem que devem
ser limpos, com detergente� apropriados
e p or empregados capazes de fazer uma
boa higienização com economia de tem­
po e de , dinheiro .
O c ontrôle de custo da limpeza ' é de
grande importância, porém muitos es-,
tabelecimentos não têm a menor idéia
do que gastam em substâncias deter­
gentes e trabalho de limpeza.
Os fabricantes dos detergentes p odem
fazer o estudo do estabelecimento e cal­
cular a quantidade necessária desta su­
bstância para um trabalho de li:qlpeza,
podendo, mesmo, aj udar a educar o pes­
soal no uso dêstes compostos, reduzir
sua quantidade e diminuir a , mão de
obra na limpeza. ,
Para se conseguir um melhor estudo,
é aconselhado solicitar de vários fabir­
cantes o fornecimento de idênticos es­
tudos .
Os encarregados dos estabelecimentos
de lacticínios devem estar atentos e te­
rem bons conheGimentos sôbre o assun­
to, porque se bem que, em alguns casos,
consegue-se reduzir o custo de deter­
gentes, com isto pode aumentar a mão
de obra. Um dos' melhores métodos para
controlar o uso de detergentes em um
estabelecimento é pesá-los e fazer pe­
quenos embrulhos no almoxarifado.
Outro processo é preparar em uma sec­
ção única tôda a solução de detergente
necessária, distribuindo-a entre o pes­
soal encarregado do seu uso.
muito incons­
Estas soluções sendo
tantes é preciso revisá-las periodicamen­
te para assegurar a sua concentração
apropriada. O próprio ,empregado, sen­
do inteligente, pod� aprender fàcilmen­
te a revisão das concentrações das so­
luções das substâncias. Isto evitará que
estas soluções sej am usadas demasiada­
mente e ajudará reduzir o seu custo.
Finalmente, para uma adequada lim­
peza e higiene do estabelecimento de
forma ativa e econômcia, deve-se dispor
de material e métodos de limpesas aproI
priados .
E' evidente que o pessoal dos estabe­
le'dmentos nem sempre está em condi­
ções de aproveitar as vantagens com­
pletas que' se podem obter com êstes
materiais e métodos.
digitalizado por
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26
SETEMBRO/OUTUBRO
La�tícínístas prestam .Homenagem
Ex-Felctiano
à
Otto
SETEMBRO/OUTUBRO
Ex Felctiano
Frensel
melhor ,publicação especializada no gê­
timos sabem das dificuldades com que
cultura, onde é sócio titular d9, 30� ca­
deira, cujo patrono é Sá For ées
o
-fundador da indústria leiteira nacional.
Em 1 932, organizou a campanh a do
"Beba mais Jeite", primeira propagan ­
Grande conhecedor dos assuntos lei-o
teiros, tem participado de comis�bes exe­
cutivas de quase tôdas as exposiçoes na­
nero: Só otto Frensel e seus amigos ín­
. Os mernos de otto Frensel, como ho··
mem, como pai de família exemplar, co'­
mo lacticinista e comerciante especiali ­
zado' foram analizados e exaltados no
' dü1 4 de março, por ocasião das home­
nagens que amigos e admiradore s lhe
tributaram, num j usto reconhecime nt.o
da eficiência com que desde há quaren­
ta anos vem incansàvelm ente atuando
no parque industrial Úüteiro nacional.
Quarenta representa ntes da nossa indús'­
tria entre grandes industriais e usinei­
ros ; eminentes técnicos e eméritos pro­
fessôres, ao lado de eficientes gerentes
de grandes estabelecimentos industriais,
se reuniram; no Rio de Janeiro para ho­
menagear essa simpática figura, por to­
dos os títulos o maior animador da in­
dústria . leiteira nacional.
Grande propugna dor de tôdas as ini­
ciativas em prol da elevação da nossa
pl'o<;lução leiteira, Frensel se integrou in­
timamente nas questões lacticinista s na­
cionais, que nenhum problema, de nor­
te a sul do Pais, ou nenhuma questão
especializad a sôbre o assunto foi resol­
vido sem que êle tivesse sido consultado 1
S eu escritório, inicialmente na rua de
São Pedro, mais tarde na Miguel Couto
e hoj e na Frei C aneca, sempre foi . um
ponto de encontro de lacticinista s. To­
dos os que lidam com leite e derivados,
. em qualquer dos vários' · ramos, conside­
ram otto Frensel s'eu consultor gratui­
to. E não há produtor de leite, lactici­
nista, comerciante de artigos especiali­
zados, ou simples pretendente a emprê­
go de fábricas de lacticínios, que, indo
ao Rio, deixe de visitar útto Frensel (o
papa do s lacticinistas) ' e deixe de lhe
fazer uma consulta ou p�dido de f avor.
27
-------
pessoais em benefício de ' .concorrente
comercial é coisa ' que otto lfrensel repe­
tidamente . faz, cpm o melhor da boa
vontade, desde que disso resulte algu...:
ma vantagem p�ra a ln'dústria leiteira
Quem o 'v ê viaj ando repetidamente
para Belo Horizonte., Poços de Caldas,
São Paulo, Nordeste e Sul do País (ler
as viagens muito danadas de boas) , .;,
toma conhecimentQ do ardor ' com que
defende os ' interêsses da indústria leitei ;.;.
ra em qualquer dos seus aspectos, pen­
sará tratar-se de um grande
técnico
respons�vel p or um importante órgão
de poder público, ou de um g�ande in "
dustrial lacticinista, com uma fortuna
imensa a· defender. Pois b em, otto Fren­
seI nunca foi
funcionário
público, '8
muito menos, fabricante de qur:üj o, man­
teiga, ou qualquer coisa parecida ! Como
êle mesmo diz, nunca fêz queij o ou mfl.n­
teiga. Só s abe é comê-los o que faz com
o prazer de um bom gastrônomo , . .
Sua verve, às vêzes irreverente';
eu
humorismo fino, seu espírito hU"'nanitá­
rio, de todos conhecido, fizeram-no um
homem' eXl!epcional. E " a pessoa que, não
sendo lactícinista nem
industrial, es­
pontânea e desinteressadam �':lte
mais
tem feito pela indústria leiteira nacio­
nal, tida e defendida por êlA com " '1
mais brasileira das indústrias" . E' que,
como êle mesmo diz, isso se dá p erten­
cer ao estranho grupo de pessoal:. ' excep­
cionais que têm nas veias leite em vez
de sangue !
Em 1 9 1 9 otto .Frensel iniciou suas ati­
vidades na indústria leiteira, como e m ­
pregado numa firma comercIal repre :..
sentante de máquinas dinamarquesas .
otto Frensel atencle a todos com a
Em 1 927, fundou o conhecido " Boletim
'
mais ' manifesta alegria e não raras vê­
do Leite". Em 1 930, por ,efeito do encer..,.
zes com frarico prejuízo de seus inte:rts­
ramento das atividades da firma dina­
ses particulares. Consultas, cuj a respos­
marquesa, passou a trabalhar por conta c erta possa' ser prEjudicial aos se,us . ta própria, dedicando-se integralrrre nte
interêsses, são respondidas com a mes­
aos problemas da ainda ·inciIJiente. in­
ma precisão ,e a mesma espontâneidadc
dústria leiteira riacional� Melhorou e
como se fôsse êl e o beneficiado, embo ·
ampliou o Boletim do Leite "órgão in­
ra isso lhe sej a altamente prej udicial
dependente dedicado ao pro g �'fsSO dos
financeiramente ! Prej udicar interêsses lacticínios brasileiros" hoj e n o País a
esta pUbÚcação é mantida.
da coletiva - no Brasil para aument o do
consum o do leite, campan ha de umá ori­
nalida de simples e inesqu ecível, que de­
veria ser imitad a atualm enh, dada a
grande produç ão de leite em ' nóssas ca"':
.
pitais . Incent ivou a Funda ç'ão d os Ex­
portad ore s de Leite do Rio de Janeir o e
da Associ ação das Indúst rias de Lacti­
cínios do Brasil , dos quais foi membro .
Partic ipou da direçã o do Sindic ato da
Indús tria Leitei ra do Distrito Feder al
Belo Horiz onte e São Paulo . D��de 1 935
:
faz p a rte ds. Socied ade Nacion al de Agri-
�.;-:.:: .:
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:
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Trabalho "Leite e Derivados" do Con­
selho Coordenador
do Abastacimen to.
Seu sonho dourado é a organização da
Associação Brasileira de Lacticinios , por
meio da qual pretende v �r os lacticínios
brasileiros recuperar em o lugar que lhes
comp et'e . Por isso, tem votado ao empre­
endimen to 'Ü melhor dã sua pnegria
de sua capacida de de trabalho .
I:.•.
e
( Transcrito da Revista dos Criadores,
de maio de 1 959) .
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,.!�"•:
,trias
Marca' VERME LHO ( .!xtra forte)
E USO CASEIRO
Coalho em pastilhas
O ( concen trado)
" K '? (extra concentrado)
Também LíQUIDO
em VIDROS de 850 C. C.
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cionais ; de comissões técnicas de estu­
do, e atualmente é membro do , Grupo de
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digitalizado por
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arvoredoleite.org
28
SETEMBRO/OUTUBRO
programa Da xa. Semana
Segunda feira, dia 6
8 horas - Missa na Capela de Santa
Teresinha.
9 hs. - Hasteamento da bandeira.
9,30 hs.
Sessão de instala0ão : To maram parte na mes a :
Professor Carlos Alberto Lott - Di­
retor do 1. L. C. T.
Dr. Godofredo Botelho, PresId ente d a
Câmara dos vereadores.
Tte.-Coronel Gilberto iVana e 'Ite.-Co­
ronel Roberto de Almeida Neves, repre­
sentantes do Exmo. Sr.
Genpral Co­
mandante da 4� Região Militar.
Tte.-Coronel Vinicius Macha10
mandante do 29. B .I . .
Co_o
D r . Hélio Lobato Vale
Representante do Superintendente do Ensino Agrí­
cola e Veterinário.
Dr. J. J. Carneiro Filho - Inspetor
Chefe da 1. R. da DIPOA, em Belo Ho­
rizonte.
Dr. Walter Fonseca - Rep "esentante
do Inspetor Chefe da r . R. ia DIPOA,
em S. Paulo e Chefe da r . D. da DIPOA
na capital paulista.
Dr. Hélio Raposo
Representante do
Escritório Técnico de Agricultura (E. T.
A.) Brasil-Estados Unidos. '
Sr. otto Frensel. - Diretor do Boletim.
do Leite,
representante
da Socied ade
Brasileira de Agricultura, dos Sindicatos
da Indústria de . Lacticínios do Rio dA
Janeiro, de Minas Gerais e de Pernam­
buco .
Dr. José de Assis Ribeiro - Chefe da
r. D. da DIPOA, em Varginha, Minas
G·erais .
Dr. Teófilo Ferreira - Chefe da 1. D.
da DIPOA em Juiz de Fora.
Dr. Octavio Magno Ribeiro - Chef.e
da Estação Experimental de Água Lim­
pa .
Aberta a sessã o pelo Professor Carlos
Alberto Lott, diretor do Instituto de
Ex-Felctiano
()O
SETEMBRO/OUTUBRO
Ex-Felctiano
Cacticinisla
1 3 hs. - Demonstrações práticas com
produtos da Divers'e y Wilmington S. A.
Lacticínios
"Cândido Tostes", usou o
mesmo da palavra ' dando as boas vindas
aos Técnicos,' Industriais, Estudantes de
Escolas Superiores e demais pe.::: soas in­
teressadas. A seguir usaram da pala­
vra os srs. otto· Frensel, pronunciando
um breve
discurso
que publ ,raremos
oportunamente, e, em rápido') improvi­
sos, o Dr. Hélio Raposo, o Dr. J. J. Car­
neiro Filho, o Dr. Walter Fonsf'ca, o Dr.
Godofredo Botelho e o Tenente-Coronel
Roberto de Almeida ' Neves.
15,30 hs. - Palestra da Senhorita Pau­
tilha Guimarães : Queij o Monterey.
A:ntes de encerrar a sessão o sr. Di­
retor do 1. L. C. T. convidou JS presen­
tes para uma visita aos estandes de ex­
posição de produtos de lacticínios de es­
tabelecimentos que têm Técnieos diplo­
mados pelo 1. L. C. T. na sua orienta- .
ção técnica .
13,30 hs. - Palestra do sr. otto Frensel
Seleç'ões Lacticinistas Mundiais.
15 hs.
Palestra do Prófesso!.' Dr. Geraldo Gomes Pimenta : Coop8.L'at.ivismo.
Têrça-feira, dia 7
14,30 hs. - Palestra do Dr. José Assis
Ribeiro : Uma nova raça leiteira.
16,30 hs. - Deb ates.
20 hs. - Palestra da Senhorita Pau ­
tilha Guimarães
sôbre Extensionismo,
com proj eção de "slides" ( conclusão ) .
Quinta-feira, dia 9
8,30 hs.
Palestra do Dr. Milton Aragão Gomes : Vantagens da limpeza n8
indústria do leite.
1 0,30 hs. - Palestra do Dl'. J. J. C ar­
neiro Filho, abordando variados temas
sôbre leite e derivados. D ebates.
13 hs. - Palestra do Prof. José Fur­
tado Pereira : Calculador de Extrato Sê­
co e de Fraudes do Leite.
1 5 hs.
Palestra- do Dr. José Assis
Ribeiro : Geogra.fia Leiteira do Brasil.
16 hs.
Homenagem à memória do
Dr. Seb a stião Sena Ferreira de . Andrade .
Sexta-feira, dia 10.
8;30 hs. - Excursão à Fazenda da Flo­
resta .
13 hs. - Excursão à Granj a Leiteira
8,30 hs.
Palestra do Sr. otto FrenseI : Situação da ' indústria manteigueira
em , Minas Gerais.
i
10,30 hs. :- Palestra do Pro f. Jonas
B omtempo : Alguns erros cometidos na
determinação da gordura do leite.
;
13 hs. - Excursão à Santos Dumont :
Visita' à Cooperativa dos Produtores de
Leite de Santos Dumont, Compê:.nhia de
Lacticínios Alberto Boecke, S. A. e En­
treposto de , queij o s de Ribeiro Fonseca
'
S. A.
-20 hs. -'- Palestra da Senhor:ta Pau­
tilha Guimarães, sôbre Extens!onismo,
com proj eção de "slides" .
Quarta-feira, dia 8
. "
.
8,30 hs. - Palestra do Sr. otto Fren­
seI : Dias Felctianos e Fatos a respeito
do Boletim do Leite .
10,30 hs. - Palestra do Prof. Eol o albi­
no d e . Souza : Indústria dinamarquesa de
lacticínios.
IRMÃOS
29
do Sr. Manoel Coelho.
15 hs. - Visita à fábrica de Lacticí­
nios (Leite em pó e manteiga,) Estrêl�
Branca .
Sábado, dia 1 1
9 horas � Solenidade de encerrame"!.1 to. Discursos dos srs. Luiz Alberto Guima­
rães F.ranco, representante dos alunos d a
Esc: Nacional de Veterinária, d a Univ.
Rural
do
Brasil,
Waldemar
Vieira
�de Lima, representante dos alunos d:'\.
Escola Superior de Agricultura 1C Viç0sa (U. R. E. M. G,) ; Salvador Rebou�
ças, representante dos alunos da Escola
de Agronomia da Universidade do Cea­
rá ; João Guimarães Palma, represen­
tante d os alunos da Escola. d,e Agrono­
mia d e Lavras ; Ronaldo Tornel, presi­
dente do Diretório Acadêmico do 1. L.
C. T., o Prof. Caros Alberto Lott, o Dr.
Walter Fonseca (DIPOA de S. Paulo ) ;
Dl' . Homero Duarte Corrêa Barbosa
(DIPOA do Rio de Janeiro ) . Fizeram
parte da M�sa, além dos oradofps o Dr.
Hobbes Albuquerque, Chefe do Serviço
de Ensino, o Prof. Eolo Albino de Souza,
representando o corpo docente e o cor­
do técnico, e o Sr. Eduardo Bernardo
Soreiro,
representando os indust riais
Soreiro
representando
os
industriais
de lacticínios .
'1IIIIIIIallllll ll " IIIIIIIIDIIII " II' IIII I IIII IIIIIIlIIlI íII " • • " ." 111 11111 ' 1 1lII 1 I1II :' 11 1I111 1 11i111111 1 111111111 1111111U IIIIIIIIIIII IIIUIII ', III IIIIIIIIII I IIII II 111111 11I1II 111iJ111l11alllll ' llIlIlIlIlIlIlIIl .'1111 1 ,11111111.11111 • . , ..
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Ex- Felctiano
SETEMBRO/OUTUBRO
30
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TÉCN ICOS/ PROFESSÔRES, INDUSTRIAIS, ESTUQANTES,
presentes á X.a Semana do Lacticinista
Técnicos da Divisão de Inspeção de
Produtos
de
Origem Animal
(DIPOA) :
1. Dr . J. J. Carneiro Filho.
2 . Dr . José de Assis Ribeiro.
3. Dr . Luiz Pinto Valente.
4 . Dr . Homero Duarte Corrêa Barbosa
5 . Dr . Walter Fonseca.
6 . Dr . ,Francisco Cardoso Júnior.
7 . Dr . Theophilo Ferr,eira.
8 . Dr . João Valenç-a.
9 . Dr . Manoel Cunha.
1 0 . Renato Carnitti.
1 l . Dr . Walter Rocha Peres.
1 2 . Dr . José de Arimatéa Pereira.
13 . Dr . Osvaldo Santiago.
1 4 . Dr . Jaime Gualberto Domingues.
Técnicos e Industriais
15 .
16 .
/ 17 .
18 .
19.
20 .
21 .
22 .
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25 .
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28 ,
29 .
30 .
31 .
32 .
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34 .
35 .
36 .
37 .
38 .
39 .
40 .
41 .
42 .
43 .
31
SETEMBRO/OUTUBRO
Ex-Feictiano
Dr . Euclides Onofre Martins.
Sr . Otto Frnesel.
Dr . Paschoal Mucciolo.
Dr , Enos Vital Brazil.
Dr . Antônio Coêlho.
Dr . Hélio Raposo.
Mr . J. P . La Master.
Bruno Verner Christiensen.
Dr . João Batista Lages Bretas.
Benj amin Capsouto.
Humberto ' Ru:Í'fo.
José Esteves de Oliveira.
José Leão Teixeira de Faria.
Gabriel Penha de Andrade.
José Alípio Ribeiro.
Antônio Salgado.
AlbertQ Zille .
J o � o de Abreu Moreira.
Eduardo Fernandes. Loureiro.
Hélio Batista de Paula.
Franklin Gom es da Costa.
Paulo F,erreira da Silva.
João Vital Melo.
Vlàdmir Bikikoff.
Ennio de Souza.
João Gomes Pereira.
Gualter Mano.
Dr . Robinson Vasconcelos Costa.
Dr . Júlio de Melo Franco.
Escola Superior de Agricultura de La:vras
44 .
45 .
46 .
47 ,
48 .
49 .
50 .
João Guimarães Palma.
Eny Ribeiro , Soares. '
Erycson Pires Coqueiro.
Hiran Al'fredo Cavalcante.
Antônio Pedroto Massimo.
Antônio Murad.
' Saul Pereira.
Escola Superior de Agricultura de Viçosa
5 1 . C arlito Batistoti.
52 . Waldemar Vieira de Souza.
53 ,
54 .
55 .
56 .
57 .
58 .
59 .
60 .
c
Escola Na ional de Veterinária.
Gelson de Figueiredo.
Umberto Vasconcelos de Andrade.
Sílvio Brechenfeld.
. Luiz Alberto Guim. Franco de Sá.
Luiz Gonzaga Peréira Alves.
Edval M9.rtins de , Sá .
Constantino Ramundo.
GOdofredo de Albuquerque Barroso.
Escola de Agronoma da
Universidade do Ceará
61 .
62 .
63 .
64 .
65 .
66 ,
67 .
68 .
69 .
70 .
71 .
72 .
73 .
74 .
75 .
José de Anchieta Moura Fé .
João Mendes Nepomuceno Neto .
Francisco Gladstone Pinto Lobo.
Antônio Eduval Pinto.
Ediberto Bezerra Dantas.
Francisca Santana Ferreira.
Haig Adamian.
José Raimundo . Corrêa Lima.
Leones Fernandes de Mendonça:
Lucas Guimarães e Silva .
Manuel Darly Bezerra.
Maria Ângel a TomEl,z Barroso.
Mário Enrique Indaburu Quintana; ,
Rui Nilo dos Santos.
Salvado� Rebouças de Souza M-e lo.
Professôres e Técnicos do Instituto de
Lacticínios
"Cândido
Tostes" :
76 . Prof . Carlo s Alberto Lott - Diretor
77 . Prof . Hobbes Albuquerque - Chefe
do Serviço de Ensino.
78 . Pro f . Vicentino de Freitas Masini
- Chefe do Serviço d_e Laboratório.
79 . Pro f . Osmar Fernandes Leitão Chefe do Serviço de Mecânica e
Instalações.
80 . Prof . Mário Assis de Lucena Chefe da Seção de Administração
dos Cursos.
81 . Prof . Cid Maurício Stehling
Chefe da Seç'ão de Documentação
e Bibliotecas.
82 . Prof . Benedito Nogueira -:- Chefe
da Seção' d e Análises de Rotina.
83 . Prof. Jonas Pereira Bomtempo
Chefe da Seção de Química.
84 . Pro f. José Furtado Pereira - Che­
fe da Seção de Microbiologia.
85 . Prof . Luiz da Silva Santiago
Chefe da Seção de Fabricação à e
Manteiga . .
86 . Prnf . Aluizio de Aquino Andrade
Chefe da Seção de Beneficiamento
de Leite.
87 . Prof . Joaquim Rosa Soares - Che- ­
fe da Seção de Maturação de Quei­
j os .
88 . Prof . Sinésio de Queiroz Silva
Chefe da Seção de Fabricaç'ão de
Queij os.
8 9 . Prof . Geraldo Gomes Pimenta
Chefe do Serviço de Assistênci.'l
Técnica.
90 . Técnico JOEOé Pedro BQmtempo .
91 . Té C!nico J'g cob Francklin de Oliveira
92 Técnico José dos Santos Botelho.
93 . Té cniro Miguel Arcanjo F. de An­
dra d e .
94 . Técniro José Jorge de Araúj o Al­
ves .
_
Técnicos em La�tiCÍnios,
ex-alunos do I. L. C. T.
95 .
96 .
97 .
98 .
99 .
100 .
101 .
' 1 02 .
1 03 .
1 04 .
105 .
106 .
107 .
108 .
Júlio Alberto Filho.
Carlos Tarcísio Nogueira.
Itamar Ferreira de Moraes.
Mauro Pereira.
Jardas da Silva .
Aluizio Estevfs.
Renato Lucas Vieira.
Amaury José Costa.
Hélio Belini.
'Mário Moreira de Carvalho.
Osny Tallmann.
Nivaldo Giovannini.
Roberto Jackson de Albuquerque
Cavalcante.
Joaquim Alney Gorgulho Junqueira
1 09 .
110 .
111 .
1 12 .
113 .
114 .
115.
116 .
117 .
118 .
119.
120 .
121 .
122 .
123 .
124 .
125 .
126 .
127 .
Sebastião Gomes Sobrinho.
Sebastião Fabiano Ribeir.o.
Osvaldo de Paula Homem.
Benedito Ricardo de Aln tej da.
Pio Nascimento Soares.
Pautilha Guimarães.
pa lmira Guimarães.
Ângelo Martins Rossi.
Roberto Fonseca.
Walter Rente Braz.
Aloísio Cabalzar.
Hélio Paulo P ereira.
José Wilbaur Junqueira de Barros.
Waldir Dias Vieira.
Temistocles F. Vieira de Souza.
Francisco Assis de Oliveira Vale.
P aulo Tarcísio Bomtempo.
Sebastião José dos Santos.
S�bastião Campos de' Faria Sobrinho .
128 . Nivaldo Giovanini.
Alunos do Instituto de Lacticínios
"Cândido Tostes"
129 . Ernesto Liva Filho .
130 . Radj alma J ackson d8 Albuquerque
Cava lcante .
131 . Adcson Furtado .
132 . Ana Madal ena Chaves.
133 . Felix Valentim Leite.
134 . F 0 J19.1do TorneI .
135 . \Val d omiro Castro .
136 . Jarbas d a Costa Vidal .
137 . Nilton Borraj o Cid .
Estagiários
138 . Nil Lon Couceiro .
139 . Benedito Ba lbino Costa .
140 . AJ irio 'Almeida Galvão.
Presen«Ja especial na s palestras da
Senhorita Pautilha Guimarães :
141 .
1 42 .
1 43 .
144 .
145 .
146 .
147 .
148 .
149 .
1 50 .
151 .
Edmundo Monteiro de Melo.
P edro Cruzeiro .
Lincoln Machado Renault.
João Carvalho Nogueira.
Fernando Rub ::m Dutra Caldas.
Maria do C armo Mourão.
Celina Mendonca.
Elvira Diàs Mor eira.
Maria Lidia Batista de Oliveira.
Iolanda Natalina Sahb.
Iracema Limp Montenegro .
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-
SETEMBRO/OUTUBRO
32
1 52 . Terezinha
P aula .
Aparecida
Gribel
de
ração d'as Indústrias do Estado d e
Alagoas .
153 . Edna Luci Pereira Nun es.
Expositores :
1 54 . Zoreth Nagib Salomão.
174 . Ribeiro Fonseca Lacticínios
-- Santos Dumont.
155 . Nelson d os Santos Rodrigues.
15&. Caetano Casagrande.
175 . Cia. Mineira de Alimentação
Varginha, M. G.
157 . Plínio Maurício.
158 . Miguel José Malvacinil.
160 . Marisa Pereira.
A.
-­
177 . Indústria S. Miguel de Produtos
Alimentícios Ltda. -- Calciolândia,'
Minas Gerais.
1 6 1 . Neuza de Barros Carvalhaes.
162 . Neyde de Souza.
1 63 . Odete de Rezende Lott.
178 . Cantarelli Cia. Ltda.
São
Paulo
(Verniz p ara revestimento de quei­
j os) .
164 . Nely de Luce� a.
165 . Diva Stehling.
179 . Lacticínios Comércio e Indústria
Barbosa & Marques -- Carangola,
Minas Gerais.
Representações especiais :
1 66 . Dl' . Hélio Lobato Vale.
167 . Dl'. Olavo Andrade.
1 68 . Tenente-coronel
meida Neves.
S.
176 . Lacticínios Casa Nova -- Ferreira
e Carvalho
Madre de Deus -- Minas .-' Gerais .
159 . Maria Malvacini.
Roberto
de
Al­
169 . Tenente-Coronel Gilberto Viana.
170 . Dl'. Godofredo Botelho.
_
Ex�Felctiano
------
171 . Tenente-Coronel Vinicius Machado.
172 . Dl' . Otávio Magno Ribeiro.
173 . Roberto Jackson de Albuquerque
Cavalcante, representando a Fede-
180 . Diversey Wilmington S. A. -- São
Paulo . .
181 . Companhia Fábio Bastos -- Juiz de
Fora, M. G.
182 . Royal Cirúrgica -- Juiz
Minas Gerais.
183 . Lacticínio s Normândia -- Bem Pos­
ta, Estad o el o Rio .
184 . S o c o Ind. de Lacticínios Ltda.
Currais Novos, Rio Grande do Norte.
-­
( C onclusão da Página
banho, outrossim, melhora sempre, com
mais carne e mais leite. A indústria de
lacticínios pátrios é moderníssima, den­
tro do s preceitos da mais perfeita téc­
nica .
Nossos técnicos, na linguagem do re­
Gomes, têm
nomado perito Pimentel
quebrado tabús. As fábricas de leite em
pó aumentam assombrosam ente suas ca­
pacidades e a matéria prima, em todos
os rincões d e noSso território, aumenta
em qua ntidade e em qualidade. Não será
estranho que, em breve, se torne o Bra­
sil um dos maiores produtores de bons
lacticínios do mundo, com l�sonjeira
possibilidade de se tornar exportador.
Não nos causará espécie que as estatís-
de Fora,
5)
ticas nos informE'm, algures da concor­
rência dos lacticínios com o café. Isto é
muito importante meus senhores, p or­
isso que nossos trabalhos no decurso da
xl:;t Semana do Lacticinista hão de . se
revestir de significação mais alta. As
conferências, palestras, práticas esclare­
cimentos e discu_ssões hão de trazer cla­
rividentes mensagens de bons augúrios
pelo amanhã de nossa indústria lactici­
nista .
Assim, esperamos q:ue se concretizam
de fato, .os ' benefícios desta Semana, e
que se reconheç'am aprimoramentos adi­
vindos de nossas r�uniões, pois estamos
certos de que são realmente promissoras
ás alvoradas da mais brasileira das in­
dústrias .
Ex-Felctiano
SETEMBRO/OUTUBRO
. - ----_._.
33
-------
Queijos do Brasil
A fabricação d om éstica d e
queij o s é
conh e c i d a no Brasil d e s d e o s t emp o s co­
l,on iais, sendo que já se admiti'a em 1 790
aceitável o comércio d e car n e sêca, man­
teJga . e queij o s e m certas regiõ e s . Uma
das p rimeiras p r o v i d ê n ci a s do col,ouiza­
d o r p o rtuguê s foi trazer gado b o vi n o
para o Brasil, e, e m b o r a ê s t e ga d,o n ão
tives s e quali d a d e l ei teira, o p ouco leite
p r o duzido era, em p arte,
desfinado ao
preparo d e queij o frescal i d ê n ti co ao da
S erra d a E s trêl a, d e Po rtugal . A diferen­
ça é que, enquant o n a S erra da Estrêla
se aplicava ( como. ainda se apli c a ) ex­
trato d e flôres e b r o t os d e cardos p ara
c oalhar o l e i t e , aqui n o B rasiT se usava
( como ainda s e u s a n o Nordeste ) estom a go s ê co e salgado de mo có ( p equeno
roedor -- "Kero d o n rup estris" ) ou coa­
gul a d o r d e bezerro o u d e cabrito
( de
ou de o n om e
queij,o de c o alho p ara o
p ro duto ) .
Por v o lta da segunda metade do sécu­
l o XVIII, dura n t e a co rri da ao ouro n a s
r('gi õ e s min eiras do Brasil C e n tral, p ara
l a se di rigiram as maiores correntes de
g�nte ( p ara explo r a ç ão do ouro ) e de
gado ( p ara alimentação dos explorado­
re s ) . A fabricação nas faz e n d a s cons'tÍ­
tuiu
n o rma,
o
cham a d o
o b t e n do-se
" c{Ueij o Minas", de técnica
i d ê n tica ao
do " S erra da
Estrêla"
corresp,o n d e n t c
úl) queij o h ranco, c o nhecid o e fabricado
p o r tôda a América Latina. Atualmente,
o queij o Minas é o d e maior fab ri cação ,
I':1 Uito
se
aproximando
do
c'll nmado
"quartirolo cremo so" da Arge n t i n a e do
Urugu ai, e de queij o s fre scais europ e u s
e americanos.
D a d a a influência afri cana n o Nordes­
t e brasileiro, tamb ém há séculos lá é
obtida uma vari e d a d e de queij o " sui-ge­
n eriS''' . Trata-se d,o
chama do
"queij o­
man teiga" o u "requeij ã o do S ertão" ­
mistura sob ação de calor e agitação até
fil agem, de massa d e caseina
de
leite
desnatado, a d i cion a d a d e m an teiga fun­
d� d a ( "ghee" ou "butteroil" ) . A massa
aCl ser fun d i d a e filad a com a manteiga,
absorve a gordura desta dando pro duto
de b o a s qual i d a d e s gustativas e de gran-
de resistência
meio.
às
impropriedades
do
A dmit e-se c o m o data i n i c i a l d a fabri­
c a ç ão d e queij Qs' n o Brasil e m escala c o­
m ercial , o a n o de 1 885, e m que o i n dus­
tri al Carl o s Pereira S á Fm,tes con trata
fl'cnicos holandêses p ara sua fábrica de
I R cticínios em Minas Gerais. Ao fim de
exp eriências d e a dap tação d a técnica de
queij o s holan deses ( E dam e Gouda) re­
sultou o cham ado "queij o do Reino" um dos melho res e mais caros do País .
No c o m e ç o dêste
sé culo, imigrant e s
italian o s s e i n s talaram em S ão Paulo e
Sul de Minas o n d e d ivulgaram
n ormàs
de fabricaçã o d e queij o s duros - ( d e ra­
l ar, t i p o Parm e s ã o e afi n s ) e o s d e mas. sa fil a d a fresca ( C ab aça, Mussarela, Bu­
tirro, e t c . ) , in clusive a Ricota. O
"re­
queij ão c o mum" que é resultante d a fu­
são sob calor e agitação d e mass'a d e ca­
seina umi d a e m o i da, com creme fresco
e uma a d ap tação de técnica i taliana de
f Ungem d e queij o . E' um p r o dut.o c o nsi­
d e rado nacional por n ão existir corres­
p o n d e n t e d efi n i d o na técnica es trangei­
ra . O s clássicos tipos Provol o n e e Cac­
c i o - c avalo, de 2 a 50 quiJ,o s, defumados
t: d e l o nga maturação, só
recentemente
('stão sen d o fa b ri c a d o s em maior es'cala,
isso p o r efeito da vinda d e técnicos fa­
brican i e s
i talian o s
emigra d o s
di reta­
men t e das regi ões produtoras dêstes ar:­
t i g,os. O tip o Parmesão, cuj a
fabric ação
n o Bra sil se in iciou há 5 0 anos, é uma
variedade do
"gra n a
p armigiano" do
qual muitas
fábri cas' brasileiras apre­
s e n tam
exemp lares
que
se
igualam
qua n d o não sup eram
o similar estran­
griro ! Há estab elecimentos muito bem
i n stal a d o s para a obtençã,o cl êstc pro du­
to e m gra n d e escal a e em ótima
quali­
dade. Q ueij o s Pecorino e Sardo,
assim
c omo
Romano,
Cane strato
e
outro s',
tamb ém são .fabri c a d o s em p equen a es­
cala, i n clusive mo s Estádo s suli nos. Co­
mo mui t o s p equen o s fabricantes
não
têem -capital p ara armazenar o produto
dura n t e a prolongada
mite-se o c o m ércio
digitalizado por
maturação, pe r­
do cham a d o
"Par-
arvoredoleite.org
p
34
SETEMBRO/OUTUBRO
Ex-Felctiano
SETEMBRO/OUTUBRO
Ex - Felctiano
P a u lo e Minas se i n icia a fabric a ç ã,o d e
queij o s
e s p e CIaIS, como : Tilsitt,
Ca­
m emb ert, Limb urgo,
Roquefort,
Port­
S alut ( ou S ai n t P aulin ) , Bel Paese, Es­
t e p e , e tc
l1l e s ão frescal" IO U "Montanhê s " , dado ao
co nsumo c o m 2 a 3 m e s e s de cura .
, 2 ANIVERSÁRIOS
A regIao m a i s queij eira 'do Brasil é a
que fica co m p re e n d i d a
entre
18-.:...2 411
d e latitude, e, 4 0-529 d e longitude, nu­
m a aI ti tude
d e 500 a 1 .200 m etro s , '
abraIYgen do a p arte m erid i onal d o Esta­
d o de Minas, Bahia e Espírito Santo ; os
Esta d o s d e S ã o Paulo, Rio d e 'Jane iro
in clus'ive z o n a s leitei ras
do
P ar an á,
S a n t a Catari n a e Rio Gran d e
do
Sul .
N o Nordeste brasileiro há regiões leitei­
ras em Alagoas, P e rnamb u c o , 'Paraíb a ,
Mais recentemente, n a ' regi ão S ul
( S anta Catari na, Paran á e Rio Gran d e )
nucleos de colonização alemã v ê e m p r o ­
duzi n do
t i p o s i n teressant e s c o m o ,o
"Pi rab eiraba" ( variedade
de
" creme­
suisse" ) , o " Krauterkase" ( queij o fun di­
do a d i c i o n a d o d e h ervas, acondi c i o n a­
do em b i snaga ) , etc. N o s Es tados' de S ã o .
Rio Gran de do N o r t e e Ceará, o n d e
fubricam, d e- p referên cia,
queij o s
c oalho duros e reqúeij áo el o Sertão.
se
de
DE
3 -
ILCTIANOS
5 -
Outubro :
BRASIL
NO
co em Lacticínios.
5 - Moacir Monteiro
dos Santos
Técnico em Lacticínios.
-­
8 - Prof. Hobbes Albuque:r:que - Che­
Esti m a t iva anual atual, por
José Divino de Figueiredo - Téc­
nico em LaGticínios.
26 -
12 - Waldomiro de Castro - Aluno , do
29 ano do C.I.L.
-
10
cínios.
- José Vieira da Rocha - Técnir;()
em Lacticínios.
Tra t am c n t o do l e i l e
T i p o s de q u e ijos
QUEIJO MI l'\ A S
.. ..
,
. .
,
e
QUEIJO tipo PAHMES.� O
c
a fi n s . . . . . .
5 . 000
2 . 500
.
QUEIJO t i p o ED Al\1 ( o u H e i n o ) . . . .
"
QUEIJO
PASTEU R IZADO
c h ee s e )
. . . .
do S e r t ão . . .
-- c omum . . . .
. .
. .
. . .
.
. .
3 . 000
8 . 000
2'. 00 0
500
.
.
QUEIJO t i p o PR O V O LON E E MUS S AR E LA . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . .
R EQUEIJõES
t o n e ladas
.
. . . .
.
QUEIJO' PRATO e v a r i e d a d e s . . . .
l e it e pas leu rizado
C r ll
1 7 . 000
vari edades
.
lcite
.
.
2 . 000
( "Process
. . . . . . . . . .
200
.
.
Produção t o t a l de queij os no Brasil,
Renato Lucas Teixeira Vieira . . Técnico em Lacticínios.
- Hélio Paulo Pereira - Técnico eM
Lacticínios.
19 - Fernando Cabral Viana
no do 1 9 ano do C. L L.
Alu-
24 - Dr. Jonas Pereira Bomtempo
Chefe da Secção de Química do
ILCT.
2 . 00 0
29 . 6 0 0
65 %
por ano
30 -
-
45 . 300
t o n e l a d as .
1 5 . 700
35 %
.Josi A s s is R ib e iro
:.1
Dario Esperidião
Lacticínios.
Técnico
I
�.
Rua Ten. freilas,
r
2 6 - Wander Junqueira -, Técnico em
Lacticínios.
28 - Paulo Marques de Oliveira - Tér­
nico em r:;acticínios.
- Walter Silveira - Aluno do 19 ano
do C. L L .
II
1 16
1��l ! �i::
Min
e
�
asu
�
�
Diretores:
DR.
DR.
V. FREITAS MASINI e
HOBBES
ALBUQUERQUE
Secretário :
DR.
er.:l
_
dos Santos
Rodrigues ­
Funcionário do Serviço Auxiliar.
Ormeu Medeiros Toledo - Aluno
do 29 ano � do C. L L.
José Alves de Barros - AIuno do
29 ano do C " L L.
Jorge Marcondes de Souza - Téc­
nico em Lacticínios. .
Milton de Castro Leal - Funcío­
nário d o . Serviço Auxiliar.
Luiz Fernando de Araújo - Téc­
nico em Lacticínios.
Nélio da Cunha Rosa - Técnic'J
em Lacticínios.
Waldir Theodoro Maciel - Téc ­
nico em Lacticínios.
José Jacir de Menezes - Técnico'
em. Lacticínios.
José Gomes Ribeiro - Técnico em
Lacticínios.
Ivo Vicente Gonçalves Braga
Técnico em Lacticínios.
José Gabriel de Souza - Técnico
em Lacticínios.
I";�<+�:�����i�ij�: ;
Roberto Vieira da Silveira - Téc ­
nico em Lacticínios.
25 - Halauhy Martins de Medeiros
Técnico em Lacticínios.
.
. .. . .... ...... ...... . .
Perc e n tagens . . . . . . . . . . . . . .
Totais . .
18
29 -
- oto Rafael Arantes - Aluno ds'
29 ano do C . L L.
2 . 000
300
DIVER S O S - Estepe, Gouda, Emental,
P,ort-Salut, Roquefort,
Ohe d ar, Ca­
membert, Limb urgo ,
Bel
Paese, e
outros
. .
. . . . . . . . . . . . . . . . .
,
14 23 -
17 - Hélio Bellini - Técnico em Lacti­
ob serva- ções p e s s o a i s do a u t o r .
-
fe do Serviço de Ensino do !LCT.
ticínios.
p o r tipos
6 -
4 - J oacir Rodrigues Lima - Técni­
, i5 - Essio Messora - Técnico em Lac­
P R O D UÇ.�b DE QUEIJO S
5
Novembro
1 - Nelson
.
A p artir de 1 920 vieram p ara o Sul de
Minas o s primeiros técnicos
din amar­
queses p ara a m o ntagem d e fábricas de
queij o s . D a s adatações (la fabricação de
queij o s europeus como Gouda, Prestlo st,
Munster e outros, surgiram o atualm e n ­
te chamado " queij o P r a t o " e s u a s varie­
dades - "Lanche", " C obocó" e "Bola" .
r�stes são obti d,oS em regiõés' de clima
amen o, d e preferência" em altitude su­
perior a 800 metros.
3
'�l",:.;j
;.
. •.
:
MÁRIO
ASSIS D E LUCENA
ASS INATURA:
1 ano (6 números)
Cr$ 60,00
Podem S E r reproduzidos os artigos
exarados nesta Revista, com indi.
cação da origem e do autor
Os artigo s assina dos são de ' respo
nsabilidade de seus autor es.
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digitalizado por
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Casa 8adaraco Indústria
e
Comércio Limitada
Apresenta
a última
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Refrigeração
Industrial e
. Comercial
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