www.arvoredoleite.org Esta é uma cópia digital de um documento que foi preservado para inúmeras gerações nas prateleiras da biblioteca Otto Frensel do Instituto de Laticínios Cândido Tostes (ILCT) da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), antes de ter sido cuidadosamente digitalizada pela Arvoredoleite.org como parte de um projeto de parceria entre a Arvoredoleite.org e a Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes para tornarem seus exemplares online. A Revista do ILCT é uma publicação técnico-científica criada em 1946, originalmente com o nome FELCTIANO. Em setembro de 1958, o seu nome foi alterado para o atual. Este exemplar sobreviveu e é um dos nossos portais para o passado, o que representa uma riqueza de história, cultura e conhecimento. Marcas e anotações no volume original aparecerão neste arquivo, um lembrete da longa jornada desta REVISTA, desde a sua publicação, permanecendo por um longo tempo na biblioteca, e finalmente chegando até você. Diretrizes de uso A Arvoredoleite.org se orgulha da parceria com a Revista do Instituto de Laticínios Cândido Tostes da EPAMIG para digitalizar estes materiais e torná-los amplamente acessíveis. No entanto, este trabalho é dispendioso, por isso, a fim de continuar a oferecer este recurso, tomamos medidas para evitar o abuso por partes comerciais. Também pedimos que você: ● Faça uso não comercial dos arquivos. Projetamos a digitalização para uso por indivíduos e ou instituições e solicitamos que você use estes arquivos para fins profissionais e não comerciais. ● Mantenha a atribuição Arvoredoleite.org como marca d'água e a identificação do ILCT/EPAMIG. Esta atitude é essencial para informar as pessoas sobre este projeto e ajudá-las a encontrar materiais adicionais no site. Não removê-las. ● Mantenha-o legal. Seja qual for o seu uso, lembre-se que você é responsável por garantir que o que você está fazendo é legal. 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T., Otto Frensel, Felctiano de Escól � Nosso dêste homenageado ano, Sr. otto Frensel, é figura das mais repre sentativas do cenário lacticinista brH,�i leiro. Diretor do Boletim do Leite, dire tor da Sociedade Nacional de Agricultu ra, além de muitos outros titulos ligacl;)s à indústria de lacticínios, vamos focali zar, apenas, suas ativIdades relaciona das com o Instituto de La .cticínios "Can di do Tostes" . Desde 1 943 que nos acostumamos c om a presença do Sr. otto Frensel em tô das as promoções do Instituto. Nas fe.:; tas de calouros, nas festas de formatll ra, na's de aniversario do Diretor Se bastião Sena Ferreira de Andrade, ou de fundação do Instituto, sempre sua pre:, s ença amiga constituía motivo dt} .:jatis· fação para todos seus admiradores e para os estudantes, que, em breve, também passa vam para o rol de seu s amigos. Aspera Ad Astra ( 3 � Semana) ; Discur Co� . A. P � ov a, d . e . Red,l1 t� se, . ;;n:ic ' ç'Qes i d 'sãp� :ijartlpho, ' DiVerS S (�� )� elnana) ; Disc1J� s p"A Si� " ' tuação;: da Ca; eína n o Brá�ii,' 'sel�ç��s d e Marlt.ei�a:" Lembr n: � � �5� Lacticipist�s IYIundiai�. - 2� >Série S emana.) ; Discuts9,:'�Viagen S;LacticirÚs tas, Par';qtl(�/"$se··produzteité·?:;!·t6�·:Se mana ) ; Discurso, Seleções Lacticinistas Mundiais - 3� Série, Aspectos Lactici nistas, Os Lacticínios no Vale do Itajaí Discurso, Seleções Lacti- ( 7� S emana ) ; . cinistas Mundiais - 4� Série, A longa Jornada dos Lacticínios Brasileiros, Ati vidades do sindicato da indústria de lac ticínios e produtos derivados do Rio de Janeiro, Produção e importaç' ã o de leite em pó no Brasil" Viagens lacticini,:";t.a'3: dêmico do I. L. C. T., que traz o seu no me, oferece, anualmente, valiosos volu Seleções lacticínistas mundiais - 5� Série ( 9� S emana) ; Discurso, Seleções lac mana do Lacticinista, Fatos a respeito do "Boletim do Leite", Situação da in em 1950, que vem colaborando sem inter- . rupção no certame já incorporado �o calendário lacticinista nacional, compa recendo a todos e apresentando num:ero SOs trabalhos abordando os mais varia dos aspectos econômicos da indústria de lacticínios : A Margarina ( 1 0- Semana ) ; Discurso, Associação Brasileira de Lacti cinistas, Ma.is um Tabú Leiteiro, O Pro blema Lacticinista Bras,ileiro, O Dever do Produtor de Leite ( 2� Semana) ; Per instante, oficialmente, Antes que se inicie o programa curri cular técnico pré-estabelecido, devemos, ao ensêjo dêstes dois lustros de ativida des em prol dos lacticínios pátrios, for agradecimentos e as mular os nossos boãs vindas aos participantes de nosso convênio. Refiramos, em primeiro lu gar, ao Exmo. Sr. Governador do Esta do que, mercê das responsabilidades que sàmente sua aprovação, como o aplauso ( 8� Semana) ; to técnico daqueles que tiveram a feliz a 1 � Semana do Lacticinista, neste abertos os trabalhos da x� SEMANA DO LATICINISTA. n as Riksforening, Odilon Duarte Braga, paradoxal ticinistas mundiais - 6� série, a 9� Se Desde Com j usta satisfação a Diretoria do Instituto de Laticínios "Cândido Tostes" declara, dústria manteigueira em Minas Gerais ( 10� Semana ) . Em outro local desta revista transcre vemos um artigo publicado na Revista dos C riadores, lido p elo Dl'. Jose AssIs Ribeiro no Auditoriom do I. L. C. T., por ocasião da lo� Semana do Lacticinista, homenagem ao Sr. otto Frense: 11â. co memoração de 40 anos de bons serviços prestados. aos lacticínios 'brasileiros. que ,a Semana do Lacticinista, tem não e a atenção devidos. Ao exmo. sr. Secretário da Agricultu ra, a quem devemos, uma série honrosa ,de benefícios ao Instituto e que nos prestigia diuturnamente, na consecu�ão de quaisquer empreendimentos apensos à indústria lacticinista. O Instituto mui to lhe deve, por isso que o Dr. Álvaro Marcílio sempre terá seu nome inscrito no quadro de honra de nossos benemé ritos, como gravado nos corações do clã desta casa, que lhe reconhece a·j ustiça de muitas mercê::>. Ao Exmos. Srs. Dr. Carnejro Filho e otto Frensel, que nunca deixaram re legada a um dis creto esquecimento a Se mana do Lacticinista, e que trazem, com religiosidade obj etiva, ' precisa cooperação e a ,constante. Amigos que são do Instituto, o a têm na Capital, sempre se fêz 'aqui representar, dando atestado conciso de Pernambuco mes sôbre lacticínios para aprimoramen idéia de homenageá-lo . uma Meus Senhores, Discurso, Importação de .Leite desnatado em pó e de manteiga, Svenska Mej erier pa trono da Biblioteca do Diretório Aca por ocasião da Instalação da xa. SEMANA DO lACTICINISTA so, A Decadência. do C onsumo Mundial envaidecedora para de felctianos coração, estendemos um especial abraç'o de acolhida e um mui to obrigado pela presença. À DIPOA que, c omo órgão governa mental, pí'estigiou-nos em tôdas as oca siões e que ,jamais descuróu em trazer, para enlêvo dos partícipes, uma preciG sa e instrutiva aj uda, através conferên cias de nomr:ada, pelos seus competen tes técnicos . Aos Senhores produtores, alunos Industriais, 'té.cnicos, e outros interessa dos, que constituem a razão de ser da Semana, nossas cordiais boas vindas. A todos, oferecemos a modéstia de nos sos préstimos mas a legitimidade da sin eera disposição com que o fazemos. Meu s Senhores: a indústria de lacti cínios brasileira, atingirudo um Índic.e hodierna de incontestável progresso, mente, é um esbôço positivo de seu as soberbamento em futuro próximo. Não se ignora que o Brasil disputa notável posição COm os maiores cria dores de bo Releva notar vino s do mundo inteiro. que, de cêrca de 65 milhões de c abeça em 1 956 avançou o Brasil para 70 mi lhões em 1 957, com vaticínios prováveis de cêrca de 80 milhões para o fim dês te ano. "Isto é muito significativo para nós, considerando que somos o 49 país do mundo em número de bovinos, sendo o 19 pôsto de criador ocupado pela ín dia que, todavia, muito pouco útiliza seu de aproximadamente imenso rebanho 170 milhões, ligada que está à proibição de seu consumo de c.arne·. nós, digitalizado por ( Continua na página 3 2 ) arvoredoleite.org SETEMBRO/OUTUBRO 6 x� S:ErdANA DO Ex-Feldiano SETEI\1BRO/OUTUBRO Ex -Felctiano LACT!Ci:NISTA Xi!- Discurso do Sr. Otto Frensel Senhores Membros da Mesa! Minhas Senhoras! l\ieus Senhores! E meus amigos felctianos! Eis que aqui nos encontramos pe[a décima vez, para continuarmos a trilha que nos foi traçada pelo nosso inesque cível amigo SebastiãO' Sena Ferreira de Andrade, ao instituir em 1 950 a 1 � Se mana elo Lacticinista. Sej am, pois, para êle os nossos primeiros pensamentos de homenagem e saudade . Nas solenidades inaugurais passadas, expressamos nossa apreensão por não saber como modificar os têrmos, sempre os mesmos, de nossas primeiras pal�vras. Desta vez, contudo, fomos melhor inspi rados, pois, em vez de repetí-las, reco- mendamos a sua leitura nos anais d as passadas semanas do lacticinista . . . S entimo-nos felizes e honrados por têrmos merecido novamente a represen Sociedade taç'ão de nossa benemérita Nacional de Agricultura, bem como dos Sindicatos da Indústria de Lacticínios e Produtos Derivados do Rio de Janeiro e nos Estados de Minas Gerais e Pernam buco' cumprindo-nos encarecer a repre sentação dêsse último Estado que, assim, aqui comparece pela primeira vez. Como nossas contribuições trouxemos os seguintes trabalhos: 1 - A IX:;L Semana do Lacticinista tra ta-se de uma reportagem sôbre a Se mana do Lacticinista anterior, cuj o teôr 110S parece oportuno para o andamento dos trabalhos da presente Semana do Lacticinista; 2 - Fatos a respeito do "BOLETIM DO LEITE" - naturalmente não passa de um apêlo, J ustificado, entretanto, di ante do que vai ser exposto; 3 - Seleções Lacticinistas Mundiais - 6� Série - continuação do noticiário que temos apresentado nas Semanas do Lacticinista anteriores; SEMANA DO LACTICINISTA Selecões Situação da Indústria Manteguei4 ra em Minas Gerais - palpitante docu mentação da difícii situação que essa principal atividade lacticinista mineira e mesmo brasileira está atravessand o, ao ,mesmo tempo em que re-apresentamos Os �antigos, já quadragenário s e acacia nos conselhos para a sua solução. . . Lacticinistas 6i!- Série Não t emos dúvida alguma de que no correr de mais esta Semana do Lacti cinista serão apresentados trabalhos in teressantes e valioso::>. Apesar das co nhecidas dificuldades, os lacticínios bra sileiros estão em f'r anco progresso, mas, em muitos setores continuam necessi tando, e com urgência, uma compreen são exata de sua verdadeira fil1alidade. Continuam irrê�11ediàvelmente errados aquêles que não querem ou não podem convencer-se de que somente a boa qua lidade compensa, pois, tal como o crime, a má qua.1idade não comp ensa. O maio� inimigo da boa qualidade é a falta d,:, organização. A maior ou menor higiene, como o tempo e a temperatura, são fa tôres decisivos para a boa qualidade, não só da ma téria prima, ma s também do produto final. Não adianta querer contornar esta verdade, nem com quí mica e nem com "conversa". Como já assinalamos, a compreensão dessa verdade vai a um en ta ndo cada vez mais e é o motivo do progresso constante, embo ra lento, de acôrdo com a nossa enor me extensão territorial, 8.0 qual com tanta satisfação podem os assistir Em a� guns setores . Neste sentido vão, como sempl'e os nossos melhores votos e com isso os de merecido êxito dessa nóssa X'?·- Semana do Lacticinista e de felicidade pessoal de todos os seus participantes . Mundiais otto FrenseI Diretor do Boletim do Leite Infelizmente persistem tôdas as di ficuldades, agravadas mesmo, que assi nalamos na introdução à 5� Série des tas seleções.' Assim, em obecliência ao pensamento que expressamos em nos.,. sas palavras anteriores, resolvemos não recomendando aos interes repetí-Ias, sados de relerem o que a respeito escre vemos naquela série anterior. AJ L'otícia . s que resolvemos selecionar para a presente série, com limite em de zembro do a!10 passado, são a s seguin tes: . 1 - Continua aumentando na Al8:!11'l nha o uso da armazenagem de creme, em lugar de manteiga. Movimento ini ciado há quatro anos, está em pleno de senvolvimento. O creme deve ter 40-43% de gordura, ser pasteurizado a 9295%9C, resfriado + 89C e congelado rà pidamente. a - 12 a - 14°C. Como emba lagem demonstrou ser mais apropriada a de papel pergaminho com cam8 da de film·e plástico externaménte. O produto tratado drcssa Inaneira, pod� ser g·uar dado durante meses e dê!e se fabrica manteiga extra, de acôrdo com as mais rigorosas- exigências. C om êste processo e majs as manipulaç'ões técnicas adicio nais, consegue-se fabricar manteiga com tôdas a s características de frescu ra. ( 1 ) 2 - Como quase todos o s países grau ... des produto::es de manteiga, também a Suécia teve crescente estoque de man teiga nos últimos anos. A causa não re side apenas no a umel1to da r>rodução em si, mas também numa acentuada di minuicão do consumo interno, em vir. tude d o elevado preço para o· consumi dor e consequente preferênca dêste pa ra um produto mais barato : a marga r-ina. Em princípio procurou-se enfren tar a situação com a subvenção da ex portação para a Inglaterra. Diante das reclamações de outros p a jses, fornece da Inglaterra, êste dores tradicionais sitltema teve que ser abandonado. Bai xou-se, então, o preç' o da manteiga para o consumidor local em cêrca de 30 % . Os resultados foram os melhores pos dveis, pois, o consumo teve tal aumen to que não somente se esgotaram ràpi damente os excedentes, como se man teve um consumo suficientemente eleva do para evitar novos excedentes . Tal aumento no consumo correu, natural mente, por conta da margarina a qual, concorrer com os novos não podendo teve que iniciar preços da mç:mteiga, uma formidável campanha de publici-' dade, a fim de atender, mas só ligeira mente, os efeitos citados . ( 1 ) 3 - Acaba d e ser introduzido n a Ale-· manha u in novo áetergente para a de sinfE'ção a frio dos carros-tanques. ÊS te produto é empregado, depois dos tan ques terem sido enxaguados cuidado f:amente com água, retirando qualquer resto de leite. O referido detergente é evaporado dentro do tanque, formando se uma neblina que escorre pelas pare Emprega-se para um des do mesmo. tanque de 5.000 a 10.000 litros, apenas 5 a 10 ml, diluídos em um litro de água. Mesmo em seu estado concentrado êste produto não é corrosivo. Pesquizas de colí em . 1 e 0,1 ml foram negativos . ( 1 ) _ digitalizado por arvoredoleite.org SETEMBRO/OUTUBRO 8 Os técnico s do Instituto de Lac ticínios do Sul da Aleman ha (Weihen s traba.lli:? con aprese:q.taram tephan) cludente, demonstr ando que o leIte so fre influência decisiva pelo grau de tempsrat ura a que fôr resfriado , após a ' ordenha. Todos os demais fa tôres, como a es pera de condução , tempo de transpor te. e demora na plataform a,. represen tam 'apenas influência insignificante. Somando os diversos resultados, resul ta no têrmo médio de todos os exames, um fator médio' de aumento de tempe ratur á� o qual naquela zona foi encon trado -em 1°C. Êste fator foi comprova do por outros exames de contrôle da temperatur a do lei te em tôdas as instâncias. A relaçã? dar resultante, permite mesmo consta tar se um leite foi resfriado ou não. Co nhecendo o tempo do transporte, é fácil constatar a temperatur a que o leite te ve no ponto da coleta. (1) 4 - 5 O Governador do Estado de Wis consin terra do leite dos Estados Uni dos, r � ssalta em recente relatório o b� nefício para a saúde humana, consegUI do com um novo filtro para cigarros, provido de queijo em pó, como matéria filtrante. Pesquiza s científicas nos E. U. A. comprovaram que o filtro para ci garro, provido de material fnt �'ante de queij o em pó, absorve 30% maIS de al catrão que qualquer outro tipo de filtro, reduzindo também a ação prejudicial da nicotina. (1) . - C omo pedra do queij o é désigna da uma formação cristalina, que apa rece durante a armazena<gem do queij o. Perto da casca a formação é mais acen tuada, diminuindo para o interior. Esta pedra se forma em queijos velhos (por exemplo suíço de mais de 1 0 meses) . 6 � - meiras se bumina e ( Ca. 60 % ponentes' dos. (1) Já foi apresentado nos, E stados Uni dos um leite> desidratado, " denominado "Instant Milk", isto é, leite que se dis solve instantâneam ente, tanto -em meio líquido frio, como quente. E' um produ : to que ouvimos dizer será lançado aqUI no Brasil brevemente, p or uma nova emprêsa de leite desidratado que se está instalando . (2) Enquanto, como vimos ( n9 2) a Suécia consegue superar o seu excesso de manteiga, quem se encontra as ,vol tas com êle, imaginem, é o país do ex tremo Norte Europeu, a Finlândia. O que muita gente ignora é que a Finlândia, com o seu consumo de 60.000 toneladas anuais, quase o dobro da produção con tI'olada do Brasil, possui o maior "per capita", não só da Europa, mas do mun d o, com nada menos de 14,6 Kg. (2) 9 Um· n ovo enzima, denominado BROMELAINA, acaba de ser isolado nos E stados Unidos do s resíduos do abacaxi, , excedentes nas grandes fábricas em San José na Califórnia . Entre os seus múlti plos emprêgos, êste e'n zima é favorável à fabricação do queij o. - 10 - - sita de albumina animal e não há albu mina mais saudável e assimilável do que a albumina do leite. E' a verdadeira "ri cota" . A Sociedade Alemã de Alimen� taç'ão determinou as seguintes mínimas: . . . . . . anos . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ' .. . ... . . . . . . . . . . . . . . . .. " . 12 Um método 'de resfriamento a baixa temperatura permitiu a elabora ção de um novo método de conservação de leite fresco durante 18 meses, segun do ,estudo no Instituto de Pesquizas Lac ticinistas em Schinfield na Inglaterra. O processo consta de cinco fases princi pais. Primeiro a pasteurizaç'ão. A seguir um tratamento supersônico, enchimento logo a seguir em depósitos de material - PAÍS 8 Na Holanda acaba de ser cons ti'uído o primeiro tanque para transpor te de leite, em matéria plástica. E' di vidido em três . secções e comporta um total de 1 7.725 litros. O s- e u pêso total com' todos os acessórios, inclusive escada de Mesmo queij os menores podem apre- . acesso, guincho, etc., é de apenas 1.520 sentar tais pedr as. A forma destas pe Kg. (2) dra s é esférica e a coloração branca ou 11 O trabalhador intelectual neces amarelada. A c onsistência é como cêra ou quebradiça nos queij os muito velhos. ' Com o tempo a pedra perde humidade, e a proporção de fósforo para o cálcio diminui ( de 0,46 para 0,37). Esta p edra é composta de uma mistura de maté rias orgânicas e inorgânicas. Das pri- adultos até 65 anos . . adulto com mais de 65 crianças até 6 meses . crianças de 7-12 mese s crianças de 1-6 anos crianças de 7-9 anos crianças de 10-14 anos j ovens de 1 5-18 anos . . enco"ntram principalmente al das outras fosfato de cálcio das cinzas) . Os demais c om ainda não foram determina Após o tr,e mendo sucesso nos E . 7 U. A. e agora também em outros países do café solúvel, os consumidores exi gem, cada vez mais, outros prOdutos nas mesmas condições, entre êles o leite em pó . SETEMBRO/OUTUBRO Ex-Felctiano Ex -Felctiano Alemanha Ocidental '" França . . . . . . . . . . . . . . . . Itália . . .. .. . . . . . . . . .. . Bélgica . . . .. . . . . . . . . ' . . Holanda . . . . . . . . .. . . . . . TOTAL e média . . . . . . 2,5 2,0 1,8 1,5 plástico que são htcrados por processo quente. Nestes depósitos o le.ite é resfria do a' 15° C. Todo o processo não dura mais de u ma hora. O leite é con servado a 12°C. (2) Na média dos anos de 1954 a 1956 os países, componentes do mercado comum europeu, dispunham dos seguintes reba nhos e produções: Produção % média LEITE!RAS' por vaca gordura 2.957 2.030 1.800 3.550 3.910 3,62 3,7 3,6 3,36 3,72 16.989 18.230 7.940 3.445 5.800 2.430 3,6 52 . 404 e dia milhares 5.693 8.963 4.400 977 1.489 21.522 - O Instituto quizas Lacticinistas de c oncluir estudos no da conveniência do leite da ordenha manhã seguinte� As seguin,tes: grama por kg pêso idem idem idem idem idem idem' idem (2). 1 1 ,2 3,5 3,0 VACAS 13 A fim de enfrentar a cre scente produção d e manteiga, que se verifica em todos os países lacticinistas, a ÁUs tria resolveu aumentar A PORCENTA GEM DE GORDURA do leite de consu mo para 3,6%. Estuda-se também a con veniência 'do aumento da porcentagem de gordura da própria manteiga de con sumo. 14 9 Estadual para Pesda Noruega, acaba detalhados em tôr ou não da mistura da tarde com o da conclusões foram as a) o leite da tarde e o da manhã, so mente podem ser misturados, quando fôr atendida devidamente a neces 'cidade do resfriamento e da higiene do leite ; b) a mistura do leite da tarde com o da manhã seguinte, somente é permis sível, quando,ántes de sua remessa Produção 1.000 . toneladas (2) a usina ou fábrica, 1) ambos sej am da melhor qualidade; 2) o leite da manhã sej a fresco e envia do no mesmo dia ao estabelel!imento; 3) o -leite da tarde tenha sido resfriado, imediatamente após a ordenha temperatura inferior a 10°C; a 4) o leite da manhã, antes de ser mis- " turado com o leite d a tarde anterior tenha sido resfriado o mais possível ; ou a mistura de leite sej a conserva do em "'conservador frigorífico ; 5) a temperatura externa sej a baixa e sej am empregadas proteções, revesti das com Chapa de alumínio, cuj o re flexo evite a ação do calor ambiente. E note-se que se trata da Noruega um país muito frio. (2) 15 A última novidade em matéria de propaganda do leite, naturalmente, nos Estado s Unidos, é a reprodução nas garrafas do leite, em forma de nítida g!avação de autógrafos de artistas d o digitalizado por - arvoredoleite.org 10 Ex-Felct�ano SETEMBRO/OUTUBRO cinema, de "disc-jockeys", etc. Há gran de yariedade para satisfazer todos os fãs-clubes . . . (2) 16 - E' muito grande o consu:no de sôro de manteiga no E. U: A. Com o seu crescrnte consumo, alim entaram os pro blemas do fornecimento 'aos grandes centros consumidores, Í10tadamente du rante o verão . Recomendado pela classe , médica, além de Sf.r efetivamente um · refrigerante muito agradável ·e eficiente. o' sôro d e manteiga se tornou uma d a s b ebidas prr.dil eta s nos E . U. A. Estas exigências do consumo, produziram um produto de alta qualidade, pasteurizado, homogeni zado, adicionado de culturas seleciona das e batido. segundo um processo in..: teiramehte novo. (2) 1 7 ;- O leite gotej ante do vasilhame, d� a côrdo com a lei, é considerado . pro duto impróprio para o consumo. Pode ser dado ao consumo animal, após pasteu rização apropriada. Os prej uízos, repre sentados pelo leite gotej ante, podem ser reduzidos, assim, em 20 %. Trata-se de um produto alta. m ente valioso para a criação de bezerros. (3) 18 No Instituto de Pesquizas Lacticjnistas de Alnarp, Suécia, estão sen do efetuadas pesquizas altamente im portantes com relação as bactérias psi crofilas, isto é, amantes. do frio, que se encontram cada vez mais no leite en garrafado, pasteurizado, armazenado sob baixa temperatura. (3) SETEJYLBRO/OUTUBRO 11 Ex - Felctiano trabalho, necessário p ara aquisição de um litro .de leite, bem 'como o preço do litro de leite em 22 países. Gomo base serviu a remuneração de um chauffeur de auto- caminhão. Tal trabalho foi apresentado ao XIV. Congresso Inter nacional de Lacticínios, Roma, por es tudiosos indianos. O seguinte quadro mostra o tempo de trabalho, necessário para aquisição de um litro de leite: AiIganistão . . . . . . . . . . . . Alemanha Ocidental Austrália " . . . . . . . . . . . . . Burma . . . . . . . . . . . . . . . " C anadá . . . . . . . . . . . . . . " Ceilão . " " . . . . . . . . . . . . . " Dinamarca . . . . . . . . . . . . Egito . . . . . . . " . . . " . . . " . . Estados Unidos Filipina s . " . . . . . . . . . . . . França . . . . . . . . " . . . . . . . Holanda Índia . ... . . . . . . . . . . . . . . . Indonésia . . . . . . . . . . . . . rnglaterra Iraque . . . . . . . . . . . ... . . . . Itália . . . . . . . . . . . . . . . . . Japão . . . . . . . . . .. . . . . . . . Suécia . . . . . . . . . . . . . . . . . Nova Zelândia . . . . . . . . . Suíça . . . . . . . . . . . . . . . . . . Tailândia . . . . . . . . . . . . . . o o • • o • • • • E o Brasil? • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • horas minutos O O O 2 O 36 30 9 1 1 7 1 • O O O • O O • 8 10 10 12 45 7 O 4 O 1 O O O O O 1 15 15 O 20 20 52 45 9 9 10 50 (3)' 19 O crescent e excedente de leite d3snata do, preocupa cada vez mais os · produtorE'·s de leite, na Alemanha. Em bora sej am enormes as quantidades de volvidas pelas indústrias aos produtores para o seu criatório, êste já não conse gue· consumí-Io. Sugere-se, então, uma série de medidas no' sentido de conseguir um aumento no consumo humano, sob as mais variadas formas que, de fato, .o leite desnatado permite. Como se vê, um 2.s-:unto antigo, sempre nOovo. (3) 21 600 varegistas de leite em Berlim, resolveram suj eitar-se a "um contrôle particular voluntário do comércio do lei te". Apesar do transporte a longa dis tância, pois, quase 90 % do leite é for-i necido de zonas distantes a 400 km., mesmo em j u nho de 1957, COm as suas temperaturas extremamente elevadas, verificou-se em apenas 2% do leite exa minado uma acidês a.cima de 18° D e d efeitos, c Oomo paladar' ácido, "velho ". etc. Isso é atribuído a 'segunda pasteu rização a qual o leite é suj eito, após sua chegada em Berlim. (3) 20 Interessante demonstração, apresenta a participação porce ntual na re muneração, gasto pelo leite 1)01.' uma fa mília de 3 pessoas, o consumo "m leite "per capita" da populaç'ão, o te.'l1po de 22 PrOlongadas experiméntações demonstraram a imperiosa necessidade ' da' pasteurizaç'ão do leite, destinado a fa bricação de queij o, a fim de evitar uma possível transmIssão da brucelose. Constatou-se que e m queij os, infeccio nados co� quatro tipos diferentes de brucelas num total de 10'.000 germes por ml, houve as seguintes sobreVIventes. . Emmental e Gruyere . Tilsit . . . . . . . . . . . . . . . Camembert . . . :. . .. .. ' 6 dias 15 dias 57 dias (3) 15 23 . - Também na Tcheco-Slovaquia cresce o emprêgo do transporte de leite em carro-tanque. Para o enchiinento. do . tanque, �proveita-se o vácuo, produzi do pelo motor d o veículo. Para êste efei to o carburador normal é modificado de tal maneira que a sua câmara de pul verização é . ligada a tubulação de aspi ração do tanque . Por meio da válvula., acionada do lu gar do chauffeur, é interrompida a en trada de ar externo, produzindo o mo tor, então, o vácuo necessário no tan que. Válvulas especiais evitam que o vá cuo nãó possa ultrapassar determinado máximo, a fim de que o motor s empre receba o volume de ar, necessário para , o seu funcionamento e o tanque não se j a· deformado. Pela formação do vácuo, pode ser sugado o leite de qualquer tan que, colocado em nível baixo e até mes mo do vasilhame de transporte. Cons truiu-se' tanques em posição transversal, a prova de vácuo, com aparador de. on das, que permitem melhor aproveita mento, diminuem batida do leite e faci litam a limpeza. (3) 24 - A eficiência das máquinas ' de la var garrafas pode ' s er aumentada, quando: a) se separa de início garrafas avaria das ou excessivamente suj as ; b) se controla o tempo de contato das garrafas 'com as� soluções, s ua tem peratura e c oncentração ; c ) se regula com precisão a ·quantidade ,e pressão da água durante oos pro cessos de enxaguamento, escovamen to e pulverização ; d) se controla a concentraç'ão da solu ção de cloro, 'evéiltualmente empre. gada. (3) 25 - A última novidade em matéria de queijo fundido, é o tamanho, deno minado "cocktail" que é fornecido em atrativas caixas de cartolina, contendo 24 peças de 5 g. cada uma. Foi lançado- na Bélgica' por ocasião da última reunião da Federação Internacional de La.cti cínios. (3) 26 - Até na 'Espanha se recomenda cautela com o uso da margarina. Discu te-,se sua digestibilidade e toxidez. Re comenda-se a manteiga, como a melhor gordura para o corpo humano. Mesmo margarina feita ou adicionada de' gor duras animais, deve ser considerada ' muito inferior a manteiga. (3) 27 Está obtendo crescente sucesso, não só na Alemarlha, mas, ,em outros países um pão dietético, . denomina,do "pão de lactose", inventOo de um padei ro alemão. Êste p ão é recomendado es pecialmente para os cardíacos, encon trando-se entre os seus consumidores personalidades que o consomem tam bém pOor ser denominado o ."pÃO DA SAÚDE". Êle também é especialmeúte recomendável para. diabéticos, doentes do aparelho digestivo, etc. (3) 28 - Nos E . U. A. obtêm grande su cesso conj untos de pulverizaç'ão para limpeza dos carros-tanques, os quais pulverizam sob pressão água quente e soluções deEinfetantes. A descarga e limpeza é efetuada em salões em fOor ma de túneis, provido de rampas inter nas . No teto se encontram conjuntos de limpeza que podem ser deslocados para cima ou para os lados, possuindo tu bulações, ligadas aos dispositivos de mis t:urar água c om vapor e depósitos 'para preparo de soluções desinfetantes. (3) 29 - Antes de encerrarmos, aí vai uma piadinha para desopilar : \ ' Um menino eLa cidade, visitando pela primeira vez uma fazenda durante as férias de Páscoa, e encontrando- se com a primeira vaca : então você é que for nece tanta cousa boa : leite, manteiga, queij o, etc., p ois, não lhe devia custar muito mais, pondo também alguns ovos ·d e Páscoa . . . 30 e, com ponto final, p0r incrível que p areça, está-se apelando' para o trabalhador alemão para ' que trabalhe digitalizado por arvoredoleite.org SETEMBRO/OUTUBRO 12 menos e aprenda a arte de descansar, pois do contrário o Govêrno de Bonn se verá obrigaqo a tomar severas medidas neste sentido, isto é, contra essa . verda deira doença nacio nal . . . Honni ' soit qui mal y p ense . . . (3) Assim não deve admirar que apenas estej amos receb endo gratis as ' seguintes revistas 'e j ornáis : Alemanha Hs Postaux, as despez as, m'!1itas vêzes, ultrapass;:tm o valor do livro, mormente, quando êle nos foi ofert ado. ' . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . '.' Est�dos Unidos . . . . . . ' . .. França . . . . . . . . . .. . . . . . Inglaterra . . . . . . . . . . . .. Austrália Espanha Itália Suécia . � . . . . .. .. .. . . .. . . .. 1- 13 __ RO ___________ · x� SEMANA DO LACTICINISTA Alguns Erros Cometido , s 1 2 3 4 � é por falta ou por e:x:cesso, porém� cons tante . 2. 2 A preocupação permanente em dinunuir o êrro, tem l evado os ho.;. mens a aprimorarem.' cada vez. mais os instrumentos de· medida ou a modifi cação das técnicas adotadas nos traba lhos inerentes à profissão e, as obser vações constantes, a prática adquiridà, via de regra, concorrem favoràvelmente por· atenuarem a incidência' dos. erros. Esta é, sem dúvida, a meta ,e stabelecida por todos aqúêles que s. e dispõem a uma aproximação tão maior quanto possível, do real . 2· 1 2 1 - Deutsche lVIolkerei Zeitung' - Molkerei und Kaeserei Zeitung - Die Milchwirtscha,ft Tambo Y Chacra. MELHOR COALHO Dr. Jonas Bomtempo Prof,essor do I. L. C. T. Cometemos erros na realização de tô das as medidas; daí a conclusão de que errar 'é humano. Somente os sêres hu manos, porque são dotados de racioc nio, podem perceber o êrro e, se POSSl vel, diminuí-lo, sem contudo chegar ao valor exato, no verdadeiro sentido, da grandeza. S e atentarmos para a natu reza dos erros frequentemente cometi dos, podemos Classificá-los em sistemá ticos e acidentais. Sistemáticos são os erros constantes, oriundos de defeitos dos órgãos sensitivos do operador, dos instrumentos empregados na avaliação das coisas ou técnica errônea permanen te. São acidentais aquêles influenciados por co ndições exteriores d<? meio ou pela falta momentânea de atenção do ope rador . O certo é que ao executarmos qualquer trabalho, somos '�omo que pe ç'as extremamente vulneráveis aos ata ques frequentes e naturais dêste ele mento que teima em nos seguir por to dos os caminhos, o êrro. Conscientes de nossas falhas procuramos os m,e ios ca pazes, ditados p elo bom senso, de' modo que a influência do êrro sej a cada vez menor ou, no fim, impossível de ser per cebida por outros. O emprêgo das mé dias, nos seus mais variados aspectos, não é mais que uma operação Com va lores supostos errados, para a obtenção de um único que, apezar de errôneo, o ! EM Pó D E FABRI A' venda na CIA. e em todas as casas do ramo elA. 4 o u sejam 19 revistas de 9 países. Di ante do que j á dissemos, nada mais te mos p ar a c omentar. '�H A L 'A " o "0 SETE'MBRO/OUT Ex-Felctiano UB_ ----� �=------------ -------�-- Argentina .............. ' 4 Como . declaram os na IX� Semana do Lactkinista, anterior, continu a baixan , do o número de revistas e livros que re cebemo s do Exterio r . Não há dinheiro que chegue. Livros com que somos presen teados , são devol vi<:Ios ou apreen didos, como contra ban do, por falta de licep.ç a de impor tação . Quand o conseguimos retirá -los do Col Ex-Felctiano S'ASTOS RIO DE JANEmO -Rua Teófilo Oton i, 81 SÃO PAULO -Rua Florêncio de Abreu , 828 BELO HORIZONTE -Rua Tupinamb ás, 364 JUIZ DE FORA � Rua Halfeld, 399 CURITIBA· - Rua Dr. Murici, "'o�. ?A!}/?�� PORTO ALEGRE -Av. Julio de 30 Cas�os, As considerações .apresenta' d as são ge neralizadas, incidem em todos Os seto res de nossas atividades e cabe ' a cada um toma r o seu quinhão. Destaquemos entre os trabalhos co muns de uma fábrica de lacticínios, aquêle executado com caráter de roti na, às vêzes com alguma pressa e apon temos nêle uma série de imperfeições " indicando, de acôrdo com as n<?ssas ob servaç'ões, meios de se diminuírem as falhas. Cuidemos pois da dosagem de gordura do leite, segundo o método Ger CAÇÃQDINA ber. Como preliminar lembremos que é o método oficial de determinação FABIO de gordura do leite, no Brasil. Consideremos também que muitas de nossas indústrias d e lacticínios adotam ' o sistema de compra do leite pelo seu teôr gorduroso e que êle é, ainda, o pon to básico para o estabelecimento de pa dronização d e nossos produtos indus trializados. Pois b em, o' analista ao exe ' cutar o �omuníssimo trabalho, de deter minação da gordura p elo método cita do, ·está suj eito a um grande número de erros de execução. Apontemos .os pri meiros : - a) Temperatur� do leite : Quando se pipetam 11 ml de leite é .preciso le var em consideração que, ordinàriamen te essas peças, . as pipetas são arferidas à 20°C, portanto só ' a esta temperatura digitalizado por arvoredoleite.org 1 SETEMBRO/OUTUBRO 14 do leite, estão. em condiç ões de . medir 11 ml. A não ser nos casos de leIte ge lado, poucos , se preocupa-m assini em. todos os -casos a medIda sera falha . . As pipetas b ) Referência ao traço : quand o destinadas à medida de leite, sendo ' êle uma. substância opa.ca, tr � zem gravada a observaç'âo : X I?l de l e I te à yOe. Isto significa que a pIpeta pa ra medida de água ou soluçõe s trans parentes, tem o- ponto de referência· di ferente daquele para líquidos opacos. Pará o leite, em pipetas especiais para leite, a referência é feita mantendo o plano que passa p elo ôlho do operador perpendicularmente às paredes da pi p eta tomando-5e para referência, no traco indicado o nível superior alcan çado , nunca n'a base- da curvatura a por isto percepção ; qual é de . difícil mesmo não é tomada para referência, na. graduação das pipetas . Tôda pic) Pipetas descalibradas : p eta antes de ser posta em ' uso deve ser téstada. O modo mais prático con siste em compará-la com uma outra j á provada o u contra buretas com certifica do de aferição. A não observação dêste item, poderá levar o operador a cometer . um êrro sistemático, às vêzes com pre j uízos apreciáveis para a indústria em que exerce suas atividades. O bÔj o das d) Forma das pipetas: pipetas de 11 ml para leite deve termi nar em forma cônica, quanto mais alon gada, melhor . ' As que possuem a base <;lo bÔj o em forma· de calota esférica sem. pre retêm um pouco do leite medido, que não se escôa pelo bico, fàcilmente; a não ser que o operador disto se aper. ceba e possa melhorar, com perda de tempo, uma condição importantíssima no caso, mudando-lhe a posição que é de 45° em relaç'âo ao plano horizontal pela bôca do butirômetro, que passa quando colocado verticalmente. - As melhores pi -e) Bico da. pipeta : petas são aquelas de ponta b em fina, p ouco mais de 1 mm� Isto . se explica, considerando que o contato do leite c om o ácido, j á existente nos butirômetros, deve ser suave, de modo a evitar qual quer reação com parte do leite apenas; - Ex-Felctiano a não ser a natural coagulação da prÍmeira camada de contato. As pip etas de ponta grossa , 'exigem do. operador muito cuidado no esvaziamento e bast'a um pequeno descuido para que um j ato mais forte de leite atravesse a c amada de contato, formada de leite precipita do resultando o grave inconveniente da re � cão com p arte do leite . . Daí vem a quei ma da gordura. Esta questão de bi co das pipetas tem preocupado de tal maneira os analistas d e leite, a ponto de se construir um suporte de madeira ou metálico, ' onde a extremidade oposta se descansa durante o esvasiamento e, estado, o enquanto permanece neste analista, para não perder tempo, prepa ra uma outra para o butirômetro seguin te, podendo usar nesta ope'r �ção duas . ou três pipetas , f) Eliminacão do i leite remanescente E' uma operação necessária e não se faz soprando na bôca da pipeta, basta uma compressão no b Ôj o. com uma das mãos, a esquerda, enquanto o dedo indicador da mão di reita veda-lhe completamente a bôca.. Nunca se deve esquecer que após o es vaziamento n ão poderá existir nenhum leite remanescente, a não ser aquêle na turalmente aderido à s paredes internas, porção esta já existente antes da medi da, pois ao executá-la, cumpre ao ana lista fazer-lhe uma ' lavagem com o próprio leite a ser analizado, despre zando a quantidade usada neste mister. Esta operação arrasta gôtas de água aderida na parte interna e substitue a porção do leite que lá ficará após o esvaziamento . no bico da p peta : - g) Eliminação do leite aderido nas partes externas da ponta da pipeta : - Antes de transportar p ara o butirôme tro o l eite cuidadosamente medido, é necessário retirar o l eite aderido no ex terior da pipeta, p ara isso o a nalista de ve estar munido de uma toalha de tra balho. O leite aí retido correrá também para o butirômetro ou' se espalb a p�la rôsca prej udicando-lhe o vedamento com a rolha de borracha, umidecendo-a. Desta feita, além de aumentar o volu me de leite em relação ' ao estabeleci do, dificulta a operação . subsequente, com risco d e perigo p ara, o próprio ope- I I ! SETE,MERO/OUTUBRO Ex-Felctiano 15 fat �, p equena, relativamente aos dois com o muito rador, j á que o fechamento d o butirô . outro s ingredientes, a sua má qualidade metro . não sendo energicamente execu tado, quando d a homogenizaç'ão, a rô pode ser causa de' êrro constante na de terminação da gordura, 'por causa, prin lha poderá ser expulsa. Êste inconveni cipalm�pt�, do éter amílico que o acom quando o ente ocorre frequentemente panha como imp'ureza ou se forma du trabalho é realizado p or principiantes, rante a reação; por isso é imprescindí ainda não afeitos à s malícias que sO,em vel o emprêgo 'do álcool amílico livre de existir em tôdas as tarefas desta natu éter e introduzir os' reagentes na ordem reza. seguinte: á�ido sulfúrico, leite e álcool h) Modo de transvasar o leite da pipe amílico. O éter amílico' existente como O leite deve cor ta ao b:utirômetro : impureza ou sendo produto de reaçao; rer p el a p arede interna do butirômetro, será, lido no butirômetro como gordura, sem tocar a rôsca -e alcançar mansa o que falsifica o resultado. A ausência mente o ácido, formando a já citada ca de éter no álcool em questão pOde ser mada de isolamento. Logo que esta se ' provada tomando-se . 20 ml de solução ' forme ' o 'esvaziamento da pipeta pode de ácido sulfúrico em água, com densi ' rá ser mais rápido. Êste é o momento e m dade 1 ,5 1 0 ; aj untando-lhe 2ml do álcool q u e a operação s e conduz p o r si mesma, amílico, tudo em tubo de ensaio. bastando apoiar a pipeta em suporte Após a centrifugação de 4 a 5 minu próprio, formando com o butirômetro na não deverá tos, com 800/1000 r.p.m. vertical, um ângulo de 45°, aproximada aparecer nenhuma camada de aspecto mente. A não observação dêste detalhe gorduroso; -a 'mistura sendo aquecida à inutiliza a prova, conforme explicação BOoe durante 30 minutso ·e novamente anterior. levada à centrifugação não poderá ainda apresentar ' camada de gordura na sutE' c ausa de êrro grave na determina-: perfície . ção da gordura do leite o emprêgo dos - - reagentes em con , d ições Assim o ácido sulfúrico inadequadas. deve ser testado por densimetro especial ou pesa ácidos ,e a densidade exigida é de 1 ,820 8r 1 ,825 à 1 5oe . O ácido fraco não consegue dissolver completamente as proteínas do leite formando emulsão com a gordura. A côr da mistura será de tonalidade mais clara, aproximando do rosa, quando a obtida com ácido próprio para o fim é chocolate. Se, pelo contrário, a concentração de ácido é maior obtém-se, após a homogenização, mistura muito escura, quase negra, de monstrando que ao invés de emulsionar a gordura, queimou-a parcialmente. Em ambos os casos a prova será falsa. Já tivemos oportunidade de orientar uma usina que sofrera condenaç'ões sucessi vas do leite enviado ao Rio, porque usa "a na determina�ão de gordura do lei te a ser padronizado, um ácido, cuj a densidade era bem superior à 1 ,825. Nunca se deverá descuidar também do álCOol amílico usado nesta prova, cuj a finalidade é destruir a. emulsão da gor dura p elo abaixamento da tensão super ficial. Embora lisado em quantidade Quando o álcool amílico é adicionado sôbre o ácido nota-se, depOis de alguns mInutos, o aparecimento de coloração pardacenta, que se intensifica na zona de c ontato, isto demonstra o desenvol vimento de alguma reação, tanto que, dando continuidade à prova, a gordura terá coloração diferente, podendo-se ob servar a formação de um disco na base o que dificulta a fixação da zona de se paração da gordura e solução ácida . A densidade do álcool amílico, na ver dade mistura do álcool de cadeia nor mal e o iso-amílico , com percentage m de um e outro, conforme a substância usada na 'fermentação, é de 0,814/0,8 1 6 , c o m valor ótimo de 0,81 5 . E ' comum o emprêgo do .álcool -amílico colorido de verde ou ve:rmelho, sem prej uízo para a prova. Já tomadas em consideração - as precauçõe s para a medida do leite e o respectivo transvase para o butirômetr o e anotadas as condições que ácido e ál cool devem atender, tendo como escôpo diminuir sempre a possibilidad e de êrro na determinaçã:> da gordura, impõe-se nos agor a voltar tôda atenção para a leitura, propriamente dita, da gOrdura digitalizado por arvoredoleite.org 1 e Ex �=_ _ _ SET�RO/OUTUBRO, __ _ ____ _ �1�6______ na escal a dos butirômetros após centrif uo n ria. Anota , gação e imersã o em banh. : � remos muitas falhas ordInarIamente so metida s ' e consid erando a soma das In logo concll,l iremos fluênc ias negati vas, que, embora constit ua um trabal �� �o mum da rotina nas usinas de lactlC �nIOs, a determinação de gordura podera ser operação vicia,d �; cheia de' êrro. I Não preten demos criticar o métod o, apena s o tomam os como exe �pl �, por ser mais conhe cido e impre scIpdIve } .a adoçã o de uma técnic a tão rp.aIs prOXIma da perfeit a quant o po �s Iv.el. Apo � ' tarem os como f�lhas prlnCIpaIs na leI tes: seguin as a, gordur tura da " __ vas devem ser rápidas 'e corretas . Rápi- . , das porque, resfrian do-se o conteud o do ac ento b Ôj o, resulta um abaixam �ntua do na coluna, já que o volume dele em relação àquela é muito maior; corre tas sim o operado r procura rá conser var o a arelho sempre na vertical � fa zer as duas leituras em plano horIzon tal em relação a vista. P ara isto êle des l oca o butirôm etro diante dos olhos de modo a consegu ir a posição convenie nte da leitura.' Feita a leitura na parte su perior base do menisco , é conveniente ler u�a segunda vez no plano infer �or, porqu e êste pode ter se deslocad o, e o p que se , chama prova da constância plano inferior. do " 1) Contra ção da coluna da _ gord�ra: Esta operaçã o é considerada das mais Logo que os butirô;netros sao ret�ra importantes, já que sendo mal' ex �cuta dos do banho maria a 65°C para leItu da será causa de êrro. O certo e que, ra a cam , a da 'retardando -se um pouco no acêrto dos sofre uma contração em virtude do res planos, verificaç ão de segunda leitura friam,ento e o volume será me�or do' etc. mais alguns segundos serão decor que o real. :í1:ste é um êrro inevit�vel, rid �s e a consequ ência é o resfriamen adotan do-se o ' sistema comum de leItu to e contração, já consi,derados ra. Só poderá ser corrigid o, fazendo -se riormente causa de êrro . a leitura com os butirômetros dentro d o No caso reco 4) Erros paralaxe: próprio banho termo- regulad o. mendado das duas leituras é impresci n Ao se 2) Deslocamento da gordura: dível que o operador desloqu e para bai retirar os butirôm etros do banho para xo o butirôme tro, de modo que a segun a leitura é necessár io ajustar a zona da leitura sej a feita em plano normal de separaçã o da gordura e' solução �ci ao eixo da escal a ; não se proceden do da, com uma divisão principal da es assim ela será em plano Oblíquo, advin cala. Isto se consegue' afrouxando ou do daí o êrro de paralaxe por c ausa da comprim indo a rôlha. De qualquer m � mudança de direção. dos raios !u ,:nino neira, uma película gorduros a adere aS sos, q1:lando incidem _nesta pO �Içao, ,pa paredes da escala, prinCipalmente quan superfíc ie de sep�raç' a o de dOIS meIOS do se faz descer a coluna. Esta não se diferente s. Vê-se assim a base do me unirá imediatam ente ao todo e a conse nisco em p osição irreal. quência será um êrro para menos. :í1:ste 5) Projeçã o da gordura no apêndice: inconveniente pode ser atenuado ado Não adotand o a té.cnica de ajustar o tando-se a técnica de aj ustar o limite de separaç ão da . gor plano zero, ponto no de separação da gordura _ antes da apllcaça o do banho, ácida ção antes do banho. Com aplicação dêste, a ecut �da po �: x e, ser deverá esta operação tendência da coluna. graxa é subir. teriorme nte. Além dos inconven Ientes Ja Decorrido o tempo considerado satis citados de aderênci a de película gordu fatório para o equilíbrio de temperatu rosa às paredes da escala, há �inda .a ra , retiram-se os buitrômetros do ba possibili dade de, por uma torçao maIS nho e, apenas ,fixando a rôlha, fazem enérgica da rôlha, parte da, gO :,du :-a ser se duas leituras, uma n'a base e outra proj etada até o apêndice , que nao e gr � na curvatura do menIsco, a sua diferen duado. O seu r etôrno ao campo de leI ça, em relação ao ponto zer �, dará a tura somente será obtido depois de nova percentagem de gordura do l elte. imersão no b anho. Não se aper , c ebendo ,evidentem en3)Fuga da coluna gor.durosa, duran- ' esta falha a leitura será, inconmesmo O menos.' , ara p errada As duas leituras sucessi- te, te a leitura. - - - - - I: I Ex-Felctiano SETEMBRO/OUTUBRO ------ veniente pode ocorrer no momento em, que os butirômetros são depositados no centrifugador, p ara isso ao colocá-los nos respectivos tubos é necessário man tê-los p or alguns instantes em posição inclinada a fim de que a porção da mis tura, p or ventura ex�s.tente no, apêndice, desç'a p ela 'escala. 6) Não aplicação do banho maria: Não se deve prescindir nurica desta con dição. Imediatamente depois da, homo": genização, o ccMor resultante da reaçã'O pode ' levar a mistura à temperatura su perior à 65°C, durante a c entrifugação porém, não dispondo os centri.f ugado res de mantás aquec,edoras, o que é, o mais comum, a mistura sei resfria. A lei tura sendo feita nestas condições é ir r:eal p elos motivos apontados anterior si ainda e por fuga a mente de deslocamento, de gordur mais, pela ausêl1ci� de temperatura de equilíbrio. Oomo se poderá observar, os butirômetros são aferidos à temperatu ra de 65°C , à esta temperatura é que a leitura deve ser feita, logo não se dis pensa de modo algum o uso do banho. 7) . Falta de precisão na leitura:, - -F l _ 17 Pien consta do seguinte : os butirôme tros são mantidos em banho maria elé trico termo regulado, o qual é providO plástica . de duas j anelas de matéria Uma lanterna ilumina intensamente os butirômetros, im�rsos no banho. A ima gem das escalas formada em espelho in clinado a 45°; é transmitida a uma pla ca despolida, horizontal, no escuro ; on de s e consegue a imagem com aument'1 'de três vêzes. Sôbre esta placa despolida há um fio de retículo, móvel, capaz d e ' se ajustar ná zona -de separação da gor dur a ; um outro' fio, montad)l em nova placa superposta, -pode s e ajustar à base do ménisco. O inter valo então estabel:ecido entre um e outro, é ajustável à escala, partin do do zero ; 'segundo afirmação do idea lizador, é possível conseguir leituras com mesma , ' de gordura, ao aproximaçao de 0,01 % mesmo tempo em que muitas das cau sas de êrro assinaladas anteriormente, são eliminada,s . Segundo observáção de Pien, basean do em inúmeras provas executadas ' p elo método · usual, em comparação com os -resultados obtidos no aparelho, chegou êle à seguinte conclusão: ante As leituras a ôlho nú só permitem apro ximação d e meia divisão da escala, o a) A leitura a ôlho nú deficitária de que equivale à 0,5g de gordura por li 0,1 a 0,3g por litro em 50 % dos casos. tro de leite ; em geral não se exige b) Em 25 % dos casos a leitura à vis maior aproximação nas condições ordi ta desarmada é- excedente de 0,1 à 0,2 nárias de trabalh o ; no entanto alguns grama por litro . recursos têm sido empregados com a fi IC) -Em 25 % das análises há concor nalidade de aumentar a aproximação dância nos resultados. da leitura no processo Gerber, de modo d) Em condições melhoradas de tra a torná-lo mais preciso, a ponto de balho, com butirômetros de precisão e igualar, em precisão, aos mais sensíveis calibrados, O s resultados são sensivel métodos ponderais. O emprêgo de lente mente melhorados, o que garante ao mé melhora um pouco, aumentando o es todo Gerber a mesma precisão dos pro paço das divisões da escala, mas outras cessos ponderais. dura e solu causas 'de êrro não são eliminadas p elo Não tivemos com as nossa modesta seu emprêgo puro e Simples. Alguns palestra a intenção de tornar complica aparelhos têm sido imaginados, visan do um trabalho corriqueiro no.s do todos êles o melhorame nto das c on tórios, apenas pensamos despertar a dições Idé 'trabalho, permitindo a leitu atenção de quem o executa diàriamente, ra com os butirômetros imersos em ba às vêzes em grande número, advertin nho maria e aumento de escala. Infe do-o das inúmeras possibilidades de lizmente ainda não nos chegou às mãos êrro a que está sujeito . Confor nenhum aparelho dêste gênero, mas se ta -nos sobremodo imaginar, "que estas gundo descriçã() de J. Pien, da peça p or Simples observações venham concorrer êle mesmo idealizad a, cremos na melho para melhoria, no sentido do aprimoraria considerá vel de trabalho, quando s e , menta da té�nica de dosagem da gordu desej a resultado mais próximo d o real. ra p el o método ácido b utirométric o de Em síntese, o aparelho descrito por Jea n Gerbe'r. digitalizado por arvoredoleite.org SETEMBRO/OUTUBRO 18 x� Ex-Felctiano ------ SEMANA DO , transporte corresponde, em médi�, a 1 5 % do custo da produção. Onde é feito em caminhão, o preç'o médio de Cr$ 1 ,0'0' por litro, da fazenda à fábrica ou ao pôsto de recebimento . LACTICINISTA Geografia Leiteira · do Brasil 1 • ano Cr$ 2.20'0' a Cr$ 2.695,0'0' na Argeni na rende $ 2.80'0' mn ( ou selam Gr$ . . 4 . 480',0' 0' ) ! Muita vaca, muito trabalho , e pouco leite - A produção média por vaca por ano é de 980' litros, ou sej am 2,0'8 litros por dia, quantidades excessivamente baixas numa · comparação com a média de rebanho de qualquer país leiteiro. Uma série de razões explica e�ta baixa produtividade" em consequência da qual o rebanho é numeroso; maiores as' despesas de manutenção mais cara a mão de obra ( enquánto um retireiro no Brasil tira 46.9 litros p or dia, seu colega Dl'. José Assis Ribeiro em qualquer p aís leiteiro tira 1 0'0' ) , e as Inspetor da DIPOA sim mais alto o custo da produção. Re - Area� Rebanho. Rarefação da produ centes estudos na Argentina revelam cus ção. Heterogeneidade.' Estatística. Au to de produção de leite na base de $ 2,67, mentos anuais em volume ( 10 % ) e em (Cr$ 4,27) , No Brasil, dado o alto valor valor,. (20 % ) . Distribuição da produção das terras e a baixa produtividade dos por Estado. Produção média por quilôrebanhos, o custo médio nas zonas de metro . quadrado. Fatôres limitantes. , maior produção (S. Paulo, Minas e 'Rio) é Cr$ 6,31 aumentando nitidamente nas Calcula-se que dos 10'7,5 milhões de regiões menos propícia, onde a venda do hectares de pastos naturais e artificiais leite, p ara ser econômica, tem de ser a do Brasil, lO' a 12 milhões sej am ocupa preços altos. dos pelo rebanho leiteiro nacional, no Muito capim, poucas leguminosas e qual se contam, aproximadamente 5 mi baixa capacidade - de suporte - estas as lhões de vacas em lactaç'ão, cuj a pro características das nossas ' pastagens, dução total em 1 958 se estima em 4 bi justamente as comuns em clima tropi lhões de litros de leite. cal. Dada a pobreza das pastagens, a ca Êstes dados nos levam às seguintes oacir �de' de Supol't,e ( área por vaca lei conclusões : teira) é a de 2 a 2,2 hectares por cabe - Pouco leite em muita área - a: ça. E' que, em geral, são aproveitadas produção por hectare por ano é de 40'0' a para pastos terras exauridas em várias 490' litros, ou sej am, 1 , 1 0' a 1 ,34 litros culturas, principalmente café. Terras por hectare p or dia - uma da s menores quase imprestáveis são destinadas a p as do mundo ! A Argentina com seus 6 mi tos sem preparo prévio. Daí as grandes lhões de hectares destinados a gado lei áreas vasias de que resultam ' rarefação teiro produz 6 bilhões de litros por ano, da produção - fazendas leiteiras mui-. a média de 1 .0'0'0' litros por hectares por to grandes ( e m extensão) e muito dis ano, ou sej am, 2,8 litros por hectares tantes entre si - e, o que é pior - alto por dia. Esta uma das, razões por 'que, . custo do transporte' das fontes de pro na Argentina, a produção de leite é uma dução aos centros de · industrializacão ou de consumo. Longas distâncias à serem das atividade s rurais mais lucrativas, no vencidas p ercorrendo-se más ,estradas, dizer dos "tambores" embora o preço do e;m veículos de altos preços (caminhões) ' leite ao produtor sej a $2;8 mn (Çr$ 4,48 movidos a combustíveis , ,ainda mais ca:" ao câmbio atual ) . Assim, enquanto n o ros (óleo ou gasolina) . Admit"e-se que o Brasil u m hectare rende, em leite por �. � De um modo geral, nossas vacas . ocu pam o dobro da área exigida por uma boa leiteira, e produzem, no máximo, 3D % do que deveriam' produzir econô' micamente . A grande extensão territorial do País ( 8 .5 1 1 .0'0'0' Km2) , sua posição geegráfica (equatorial e tropical) e as irregularida des dos terrenos ( elevações montanho sas de até mais de mil metros) propor cionam g�ande; variedade de climas, ' dando em consequência diferentes condições de criação de gadO leiteiro. Assim, Estados Produção litros (*) a produçáo de leite excassa ou quase inexisténte no Norte (Amazonas, Pará e Territórios - região equatorial) , apI e senta alguma incidência . n o Nordeste ( área leiteira de Alagoas � Jacaré d03 Homens, Batalhas, de Pernambuco - S Bento do Una, Bom ConselhlJ d a Pal'aí ba - Carris ; do Rio Grande do Norte Caic ó ; do Ceará , - Quixeramobim, Quixada) ; intensifica-se no Leste alcan çando boa produção, em Minas e a má xima no Estado do Rio, para dimhllür um pouco ao Sul, desde S. Paulo até o Rio Grande, diminuição esta que se in tensifica em Goiás para quase desalla recer em Mato Grosso na região Cenko Oeste. . ' � A atual produção por Estado admite": se a seguinte : Superfície kmg. Minas Gerais . . . . . . . . . . 1 . 60'0' . 0'0'0' . 0'0'0' São Paulo . . . . . . . . . . . . . �. 1 . 30'0' . 0'0'0' . 0'0'0' 420' . 0'0'0' . 0'0'0' Rio Grande do Sul . . . . . 270' . 0'0'0' . 0'0'0' Goiás . . . . . . . . . . . . . . : . . . R. de Janeiro e Dist. Fed. 255 . 0'0'0' . 0'0'0' 190' . 0'0'0' . 0'0'0' Bahia . . . . . . . . . . . . . . 170' . 0'0'0' . 00'0' . Santa Catarina . . . . . Paraná . . . . . . . . . ; . . . . 165 , 0'0'0' . 0'0'0' NORDESTE . . . . . . . . . . . . 40'0 , 0'0'0' . 0'0'0' NORTE . . . . . . . . . . . . . . . . 1 5 . 0'0'0' . 0'0'0 1 1 5 . 0'0'0' . 0'0'0' OUTROS ESTADOS . . . . (*) estimativa para 1958 , 581 . 975 247 . 223 282 . 480' 622 . 463 43 . 944 ,563 . 762 94 . 367 20'1 . 288 967 . 70'4 3 . 540' . 0'32 1 . 269 . 792 . . . . . . . . . 19 SETEMBRO/OUTUBRO Ex-Felctiano . . A h eterogeneidade das condições de produç'ão de leite n as várias zonas do País se define na litragem obtida por kinq e p or ano - tanto menor quanto \ Litros X kmq X ano 2 . 750' 5 . 258 1 . 485 . 433 5 . '8 O'2i 336 1 . 80'1 819,5 413 4,2 90' menos evoluída a respectiva zona. , To mando-se por base a produção atual de leite, aceita-se a seguinte classificação : Interior, nas zona'S de industrialização se identificam núcleos . e zonas de produção 5 . 80'2 de leite, tais como : as áreas leiteiras nor 5 . 258 destinas ( onde contradizendo uma série 2 . 750' de conceitos consagrados pela zootécnica 1 . 80'1 clássica Jazendeiros conseguiram acei 1 . 485 tável produção de leite em ambiente 855 , quente, sêco e sem pastagens) ; o Sul da 8 1 9 ,5 Bahia, o Sul do Espírito Santo; todo o 433 Estado do' Rio e Distrito Federal ; as 336 regiões central, ' leste, oeste e Sul de Mi 90' nas, além do ' Triângulo Mineiro, o Sul de Goiás ; todo o Estado de S. Paulo ; o A ' produção leiteira se estende p or to_o Norte do Paraná (a partir de Castro on do o Brasil, com mais incidência nas re de se encontram as cooperativas .de cria giões de maior população. Na orla do dores holandêses de Carambeí e Cas Atlântico, nos arredores de tôdas as Ca trolândia) ; o Vale do Itaj aí, em Santa pitais estaduais (bacias leiteiras) e no Catarina e tôda a zona setentrional do Estados Litros de lei.te X\ kmq X ano , Estado do Rio e Distrito Federal São Paulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . Minas Gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . S anta Catarina ' . . . . . . . . . . . . . . . Rio Grande do Sul . . . . . . . . . . . Espírito Santo . . . , ' . . . . . . . . . . . . Paraná . . . . . . . . . . . . . . " . . . . . . . Goiás . . . . : . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 'Bahia . . . :(. . . . . . . . . . . . . . . . . . . Outros Estados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . digitalizado por arvoredoleite.org 20 SETElVIBiRO/OUTUBRO Rio Grandê do Sul, inclusive os arredo res de Pôrto Alegre de Pelotas, etc. Em algumas destas zonas leiteiras s e encon tram organizaç'ões que se equiparam 'c om o que haj a de mais moderno ,nos países� mais lacticinistas do mundo. Assim se apresentam as granjas , l eiteiras tipo A e os estábulos tipo B nos arredores de Campinás; as grandes fazendas leiteiras de Pitangueiras, de Lins de Calciolân dia ; as, granj as cooperativas de holan- ' dêses Holambra, Carambeí e Castrolan dia ; as grandes fáibricas de leites deshi dratados em S. Paulo , . no Rio e em Mi nas ( iguais as maior,es e melhores do mundo) ; as grandes fábricas , de quei j os e manteiga em S. Paulo, Minas Pa raná, Santa Catarina, etc. , - isso ao lado das muito bem organizadas u-sinas de pasteurização de leite de S. Paulo, de B. Horizonte, do Dist. Federal, de Pôrto Alegre, de Curitiba, de Pelotas, de C am pinas, etc. O nível técnico dos nossos grandes estabelecimentos de Ú lCticínios ' j á é bastante alto e a alta qualidade dos produtos põe nossa indústria leiteira no mesmo nível da dos países mais adian tados neste particular , FATÕRES LIMITANTES DA NOSSA PRODUÇÃO DE LEITE As condições g'erais do Brasil não são as ideais para criação de gado leiteiro, nem para produção de leite em alta es-' cala, nem para industrialização. Estas atiyidades sempre encontrarão grandes obstáculos em nosso meio alguns resul tantes das nossas c onciições físico-gráfi cas e outros; do nosso sub-desenvolvi mento . No grupo das fatôres negativos à pro dução de leite podem ser citados os se guir�.tes : ' 1 - Falta de tradição, em nosso meio rural, para alta produç'ão de leite. E ' ponto pacífico nos estudos de produção leiteira não serem os latinos os povos mais produtores e mais consumidores de leite. A característica de bon" produto res de leite e bons consumidores de lac ticínios ca;be aos arianos, mormente os do norte-el,lropeu, Inglaterra, Suíça Ho landa, os ' norte-americanos, os ' Rustra lianos, e tc. Como tõda nossa formação --'---Ex-Felctiano - é latina, isso explica a origem do pri meiro fator, limitante .Nosso homem do campo não tem vocação para criação de gado leiteiro. Os núcelos de criação de gado leiteiro de dinamal'queses, n o Sul de Minas, de holandêses em São ' Paulo e Paraná e de alemães em sàn ta C atarina e a exçelência do gado por êles criado provam esta asserção. Re conhecendo esta deficiência do nosso criador comum, aí está a oportunidade das grandes organizaç'ões industriais Nestlé, -Polenghi, Vigor, Sociedade de Lacticínios Cal das e outras em ' executa rem planos çle serviç'os de assistência téc..;, nica, agronômica e veterinária aos pro dutores de l eite, completando assim a, atuação dos órgãos técnicos ' oficiais ' ' ( quase sempre faltas de recursos ) . 2 - Adaptação de gado leiteiro ao s trópicos - E' sabido que as regiões gran des produtoras de leite são a s de clima temperado, ' d e 10 a 1 5°C, terras planas, ricas em leguminosas forrageiras e de agricultura intensiva. Em nenhum país tropical ou sub-tropical .. se encontra grande produção de leite, isso pelo sIm ples fato de os animais ao se adapta rem às regiões quentes, a primeira rea São que apresentam é a da redução de alimentação ( comem menos ou tornam se frugais) , e, em consequência, vem a segunda reação redução da prOdução de leite, de carne ou de lã. Por certo que a zootécnlca, a bromatologia, a agrostologi a e outras ciências dentro de alguns anos indicarão os animais e as forragens, capazes de manter . alta pro dução econômica nos trópicos. Por en quanto, há somente casos ' individuais ou de pequenos lotes capazes de, em condições especlals, prOduzir leite em grande quantidade, porém, raras vêzes econômicamente . E' que a ' função e a aptidão leiteiras são características de baixa heritabilidade, .isto é, são exi gentes em condições de ambiente para sua manifestação , razão por que vacas . que deveriam s er altamente leiteiras em seu país de origem nerp. sempre o são em nossas condições. 3 - Oruzamento com raças não , lei:.. teiras - p ara aumento de rusticidade. A fim de enfrentar a agressividade normal dos trópicos contra a delicadeza Ex-Felcttano SETEMBRO/OUTUBRO 21 va particular, não participando os po d'Os gadOS de alta produção, geralmente faltas de resistência ( ou de rusticidade) deres públicos ativamente nas medidas pratica-se o cruzamento absorvente de de profilaxia, por .falta de recursos. tradicionais raças leiteiras (Holandêsa, 6 - Fatôres diversos : Jersey, Guernsey, Schwyz) com animais falta de estrubeleciment os indus de raça não leiteira já adaptados' ao triais - nas zonas próprias à produção nosso ' meio (Zcbú, Caracú, Crioulo ) . A onde se instalem fábricas de lacticínios maior resistência ao meio é adquirida absorvendo volumes de matéria prima mediante' perda ou redução , da função a preç'os convenientes, imediatamente a ou aptidão leiteira. Cêrca de 50 % dos criação de gado leiteiro se intensifica rebanhos , nacionais têm sangue europeu, e a produção de leite aumenta. As re sendo que a Holandêsa é a mais difun giões de maior progresso na produção dida, vindo depois a Schwyz, a 'Jersey e são as em que existem bons estabeleci a Guernsey, Ayrshire, �imental, Nor de lacticínios. Daí as razões por mentos mando e 'Outras têm diminuta. ou ne que O s poderes públicos devem facilitar nhuma participação. Apesar de grande a instalação de novas ,fáJbricas e amplia incidência do sangue europeu leiteiro, a ção das atuais, proporcionando , além do produtividade do nosso rebanho é bai mais, câmbio pre:ferencial para impor xa. Como surgem casos de produção ex tação de maquinaria . cepcional ( em torneios, c'Ontrole e con cursos leiteiros) é possível que a 'zoote --:" dificuldades cambiais para impor nia ,determine, em breve, as condições tação de reprodutores - êste um deta de obtenção de plantéis leiteiros de pro- ' lhe importantíssimo. A. corrida aos re duçã'O econômica , produtores de raças leiteiras é cada vez maior. Daí a oportunidade da insistên 4 - Deficiência de alimentação cia j unto' aos poderes públicos quanto proteínas e sais minerais. a facilidade de importação e de conces As pastagens das regiões tropicais são , são de érédito (financiament o) , reconhecidamente p obres em legumino ' - falta de meios de transporte sas ( proteínas) e as terras pobres em produção de leite e fabricação de lacti sais minerais (principalmente os de cál cínios só podem ser atividades direta cio) ; Daí a necessidade de preparo das mente ligadas aos meios de transportes terras ( calagem) e cultivo de variedades rápidos, eficientes e baratos, tanto en forrageiras leguminosas, bem como su tre os centros de produção e os estabe plementação de rações - detalhes êstes lecimentos industriais ou de beneficia que raramente são observados em nos mento, como entre êstes e os centros de sas fazendas. Sendo pobres as nossas consumo, O s maiores índices zooténicos pastagens, e, nossas vacas leiteiras se de produção lelteira se encontram nas alimentando pouco - aí estão duas fôr regiões bem servidas de transporte . ças ' negativas agindo num mesmo- senti Também o êxito das. ' grandes fábricas . do para baixar o índice de produtividade lacticínios depende da existência d e de . boas estradas de penetração (para trans � parasitária 5 - Grande infestação (bernes, carraptos e bicheiras) e gran de incidência de doenças infecto-conta giosas ( aftosa, tuberculose, brucelose, piroplasmoses, etc.) . Pode-se admitir que estas doenças reduzem, no mínimo, 1 0 % a produção anual de leite, o u sej am 490 milhões de litros que, na base d e Cr$ 5,00 atingem 2 bilhões 250 milhões de cruzeiros ! quanti!;l. que aplicada no com bate as zoonoses faria aumentar sensi velmente nossa produção leiteira. Por enquanto o combate à estas doenças, tem sido quase e:Xclusivamente por iniciati- porte diário do leite das fazendas à pla taforma) . i!:ste ponto é fragílimo em nosso meio, onde predominam estradas péSSimas entre as fazendas leiteiras e as fábricas de lacticínios . Aumento da produção Apesar da incidência de' tantos fatô res negativos, nossa produção de leite tem aumentado gradativamente, na ba se de , 10% ao . ano, mostrando, de um lado, um grande trabalho do nosso ho mem rural, e , de outro, a possibilidade de produção econômica mesmo · em am- digitalizado por / arvoredoleite.org Ex -Felctiailo SETEMBRO/OUTUBRO 22 x� biente desfavorável. E' possível que, em sej a o Brasil o maior clima tropical, produtor de leite e lacticínios ! Faltam nos dados a respeito; entretanto, cüm para,ndo nossa produçào com ' a de paí ses na mesma posição geográfica em re lação ao equador e , os trópicos, o Bra sil se coloca em ótima situaçao. Por enquanto se verifica aumento de produção mais ' p or aumento vegetativo do reba,nho, decorrente de aumento de número de vacas em lactação, do que da melhoria das condições da exploração leiteira. Esta melhoria existiria se ao aumento da produção não corresponds .. aumento do rebanhc. se proporcional Das 3 . 460 . 000 vacas existente em 1 950 com produç'ão de 2,4 bilhões de litros. passou-se para 5 milhões de vacas, en� 1 958, com produção de 4,9 bilhões de li tros de l eite. O grande interêsse que s e verifica, no momento; por todo o Esta do de S . Paulo, do , Rio, dó Sul de Minas, da Zona da ' Mata, no Norte do Paraná Sul do Espírito Santo, etc., pela intensi � ficação da produção de leite se deve à queda do café. Tôdas estas regiões são tradicionalmente produtoras de café . COm a queda do valor e das vendas dêstes e ' com a necessidade de racionalizacão d � sua cultura, grandes área s de cafezais foram abandonadas, servindo para pas tagens. Daí o se admitir um a,umento de ' 15 % na produção de leite de 1 958 sôbrE o ano anterior. Enquanto o aumento de volumes de leite se faz na média ,de 1 0 % , o aumento d o s e u valor e m cruzeiros Se faz na média de 20 % , desnível êste de vido ' à inflação. Êntretanto, o aumento do valor da produção leiteira tem de sel.' feito por aumento dos volumes (litra gem) e não por aumento de número de vacas ou do preço de venda do produto. O aumento da produç'ão tem que obj e diminuição do custo, a fim de tivar proporcionar maIOres lucros aos produ ' tores sem elevação dos preços de vEm da. Isso só se consegue pela racionali·· zação da produção, obtendo-se mais lei te com menos vacas e menos terras, po rém, com mais culturas forrageiras. Produção de leite no período de Leite - litros Ano 1950/58, Val�r em Cl'$ 1950 - 2 . 419 . 766 . 000 - 2 . 485 . 232 . 200,00 1951 -;- 2 . '4 85 . 232 . 200 - 4 . 683 . 309 . 010,00 1952 - 2 . 982 . 6 10 . 950 - 6 . 387 , 21 5 . 9�5,OO 1953 - 3 . 280 . 000 . 000 - 8 . 1 54 . 000 . 000,00 1954 - 3 . 550 . 000 . 000 - 1 0 . 074 . 000 . 000,00 1 3 326 . 846 . 000,00 1 955 - 3 . 866 . 407 . 000 1 956 - 4 . 1 14 . 750 , '000 - 17 . 624 . 541 . 000,00 , 1 957 - 4 . 274 . 482 . 000 - 20 . 200 . 738 . 000,00 4 . 900 . 000 . 000 - 29 . 400 . 000 . 000,00 1 958 Em resum'o , se observa ser o sub-de senvolvimento o rator mais importan te na limitação da nossa produção . lei teira, positivando, em nosso meio, o fa to de observação mundial, pelo qual um povo é tanto mais desenvolvido e maioS civilizado , quanto maior sua produçào de leite é maior seu consumo de lacticínios � Construções Civis, Rurais e Industriais - Entrepostos Fábrica de Laticínios - Uzinas de Beneficiamento de Leite Projétos e Execuções Newton de • V a ra iba Mirando Residencia · Esc' itorio Rua Marechal Deodoro, 4 1 2 R u a Barão R ibeiro de S á , 3 1 5 d e) .Iul SETEMBRO/OUTUBRO 1:2 . J. SEMANA DO 23 " --------��- Ex-Felctiano LACTICINISTA Vanta'g ens da Limpeza na 'Indústria do Leite Dl'. Milton Aragão Gomes Inspetor da DIPOA E' fator principal para o êxito finan ceiro da indústria leiteira a qualidade , dos produtos e para a alta qualidade dêstes prndutos é essencial a boa higie ne e limpeza do estabelecimento. Se alguns industriais obtêm bom pro veito dos ,métodos de limpeza de que dispõem, outros p erdem estas vantagens por não saberem aproveitá-las 1:stes métodos de limpeza são fatô res fundamentais p ara perfeita higiene de aparelhagem e do estabelecimento, para a boa qualidade dos produtos, e, principalmente, quando ela é econômica e -feita conscíentemente. aparelhagelTI. como C ompreende-se limpa e higiêp.ica, quando é apresenta da livre de impuridades, assim como de bactérias, porque a limpeza ' significa isenta de contaminação . Quando uma peça de maou!nári::1 é bem limpa e pelo mínimo custo, define se por economia de limpeza, �FJl'que não só inclui o preço do material higieniza dor como também o do vapo ': utilizado, da água, da mão de obra. Geralmente a mão de obra é o mais caro dentre to dos . A gara:ptia . dos utensílios e aparelhos está no cuidado dispensado para a sua conservação, i'sto é, a sua maior durabi lidade de uso . A inversão de capital em um estabe lecimento de lacticínios é muito grande, e, portanto, a sua aparelhagem deve ser conservada pelo maior tempo possível. Quando se quer apresentar um ' pro duto de boa ,' qualidade no mercado, não é suficiente a higiene dos estabelecimen tos, mas é preciso também a das . fa zendas, granj as, retiros e estábulos. Na verdade, são os produtos responsá veis p ela qualidade do leite e os estabe lecimentos de lacticínios pela sua sani dade, p orque êstes arcam com as perdas, , se o leite recebido fôr de má qualidade. Êles devem ter o maior interêsse nos trabalhos de ordenha . O contínuo aperfeiçoamento dos mé todos e do aparelhamento dos lacticí- nios, concorre para o completo desapa recimento dos seus antiquados proces: sos de lavagem,. iSeria ideal se os pródutores possuis sem depQsitos para o leite com , tempe ratura acondicionada para manter a vi da do produto, locais de ordenha apro priadOS e limpos e ' máquinas ordenhadorM . Os compnstos destinados à limpeza das máquinas e utensílios são ' variados e apromoradam2nte preparados, tornan do-se vasto campo de experiências constantemente aperfeiçoada,s, facilitan do os trabalhos de remoção das impu ridades, prnporcionando uma melhor e mais rápida limpeza: Os fabricantes, es tudam constantemente O s removedores de resíduos, isto é, os detergentes, os produtos orgânicos, ' e os compostos de cloro, como o cloreto d e cálcio, hipo clorito de cálcio e sódio, para mais apro fundarem na sua variadíssima aplica ção . A higienizaç'ão efetiva e eficiente é coisa de gra�de importância para os produtores de leite, e par?" os estabeleci mentos manipulador,es. Lamentàvelmen te, o grande número de recomendações propagandas sôbre a eficiência dos e diferentes detergentes e outros prpdutos higienizadore s têm criado bastante con- ' fusão. Isto é mais lastimável porque da efetividade da higienização depende a reputação dos produtores de leite; e da indústria leiteira, assim como da quali dade de seus prOdutos e, além de tudo, a saúde do consumidor. Agora e&tá sendo apresentado no mer processo que, segundo cado um novo ::eus fabricán tes, marca uma nova épo ca no contrôle bacteriológico. S egundo dados apresen tados pela fábrica, os pro dutos higienizadores positivamente lim pam e esterilizam os úberes das vacas, as mãos do s operários, todo o maquiná 'rio, : as latas, os tanques no qual se ar mazen'a e transpnrta o leite, todos os utensílios de pasteurização e fábrica de derivados. digitalizado por ' arvoredoleite.org 24 SETEMBRO/OUTUBRO ------- Como parte dêste novo processo, as substâncias químicas germicidas ativas, amoníaco especialmente os compostos quàternários e os de cloretOs de alquil lanril-piridinio, se estabilizam em ma téria orgânica completa, ( substâncias de divadas de ovos frescos) que contêm quase todos os elementos runticatiôni cos desej áveis para obter uma reação completa . Tentam também o uso do iôdo dissol vido em água . Todos êsses compostos apresentam ' seus méritos e quando usados em for mas apropriaÇlas produzem completo e surpreendente resultado na limpeza da aparelhagem e utensílios . Além dos melhoramentos das substân muitos tem havido cias detergentes, aperfeiçoamentos no maquinismo, c om metais mais resistentes e de maior du rabilidade. :Êlstes não só permitem fácil manuseio, como facultam melhor lim peza. Com todos êstes elementos a qua lidade do leite vai tendo ascendentes melhoramen tos. Os produtores, as autoridade s sanitá rias e os estabelecimentos de lacticínios devem-se esforçar para a melhor quali dade do leite. Só assim serão apresen tados produtos qúe satisfaçam o consu midor . Apesar de todo o progresso em rela ç'ão ao l eite, ainda muito se , pode fazer para a sua melhoria . Não é oferecer aos produtores todos Os elementos necessários para uma e'fi ciente produção, e sim apresentá-los num programa educativo, métodos apro priados de limpeza, . pois êles se interes sam sempre pela administração de suas fazendas, pelos cuidados e criação dos seus rebanhos e nas medidas sanitárias a serem usadas. Necessitam recordar e ter sempre presente a importância em prodUZir bom leite e econômicamente. E' de imperiosa necessidade a união dos prOdutores em sociedades, promove rem c ong·ressos lacticinistas, di\Stribui rem folhetos educativos. Geralmente, a limpeza dos estabeleci mentos está ac�ma da limpeza dos l o cais de ordenhas, porque devem possuir pessoal mais treinado no mistér e' com Ex-Felctiano Ex-Felctiano melhores possibilidades para receber um certo gráu de especialização, p ois dis põe de temp o p ara as instruções sôbre os métodos sanitários e higiênicos a se' rem aplicados na Ílldústria . Os vasilhames e as máquinas lavadou muito breve passarão à ras de latas, devido ao aparecimento dos história, tanques de transportes, porém, enquan-: to isto não acontece, a lavagem das la tas é um trabalho importante nos' estabelecimentos . E' de grande significação as condi ções , mecânicas da máquina de , l avar latas, porque qual;quer irregularidade no seu funcionament o, má limpez'a de- suas peças, prej udicaria a limpeza e higieni zação dêste vasilhame. A causa mais comum de latas mal la vadas é. o deficiente contrô}e da soluç'ão do detergente. Embora sej a preparada com a concentração necessária, ela se debiilta devido a diluição com a, água da prelavagem, continuada. A prática demonstra que o enxagua mento final com esterilizantes, apresen ta a lata com cheirü agradável, com bai xa contagem bacteriana e perfeitamente isen ta de corrosão . A lavadoura de garrafas é outra má quina frequentemente descuidada. Suas condições mecânicas devem ser perfei tas, visto que lava vasilhame que retor an na ao consumidor e qualquer estado . ti-higiênico dá má impressão. A concentraç ão da solução ,de deter gente é muito importante embora sua concentração não descreça tão ràpida mente como na lavadoura de latas, é ' necessário revisá-la periodicamente. Convém exi'stir uma pessoa responsá vel para fazer esta revisão e se encarre , gar de manter a solução dentro da con todo o temcentração desej ada durante . po de trabalho . prático usar desinfetantes para a esterilização das garrafas, eliminando a contaminação bacteriana e assegurando a qualidade do leite . E' O l eite sendo manipulado em tubula.., ções, é imp,e rioso que estas sej am desar madas e lavadas, do mesmo modo que os demais utensílios, de forma que não p erca tempo p ara realizá-la. SETEMBRO/OUTUBRO 25 ----------�------------------------�� A solução de detergente fria não dá tão bom resultado quanto a ' quente na realização dos trabalhos de limpeza conseguidO bons resultados Tem-se éom o emprêgo de detergentes clorados que proporcionam uma superfície lisa e brllhante de aço inoxidável. Aqui devo avivar nos v'o ssos espíritos que os cientistas inglêses opinam que nem todos , os aços inoxidáveis são resis tentes igualmente à corrosão lática. Muitas destas resistências à corrosão se deve a uma camada delgada de óxi dos insolúveis, assim. é que a aparelha gem de aço inoxidável deve ser prote g a contra tudo que p ossa penetrár ' " nesta c amada. ij Geralm,ente, os tanques para arma zenamerito, recepção e de transporte de leite são lavados manualmente e usam, para fiacilitar o s erviç'o, excesso de solu ção desinfetant'e e de detergentes. Após êste ' trabalho é preciso enxaguar bem cOJ;U água limpa p ara aliminar as par tículas desta-s substâncias limpadouras e evitar a formação de películas dêstes elementos que formam na superfíCie do recipiente . São limpàs por circulação, os pasteu rizadores, termo-permutadores ' tubula res, aquecedores de placas e outros apa rlhos térmicos para leites. Os aparelhos ou peças de aço inoxi dável devem ser expostos ao oxigênio para retirar a película formada na sua superfície, deixando-os abertos duran te a noite para também secarem . Os recipientes são comumentes aber tos e empilhados, como pasteurizadores, desnatadeiras, tinas de queij os e que- são de difícil limpeza. ' Para esta limpeza usam-se detergel)tes especiais com uma conveniente temperatura para uma boa higienização. Para evitar o manuseio na limpeza, existem as escovas elétricas para esfre gar os recipientes usados na indústria de l eite . As peças dos aparelhas, após desmon"- , são enxaguadas , e em seguida tagem, mergulhada-s em ' solução detergente, agi tando a solução p or certo tempo para ' limpá-las . Há nos estabele'cimentos, muitos ou- tros obj etos assim como pisos, paredes, exteriores da aparelhagem que devem ser limpos, com detergente� apropriados e p or empregados capazes de fazer uma boa higienização com economia de tem po e de , dinheiro . O c ontrôle de custo da limpeza ' é de grande importância, porém muitos es-, tabelecimentos não têm a menor idéia do que gastam em substâncias deter gentes e trabalho de limpeza. Os fabricantes dos detergentes p odem fazer o estudo do estabelecimento e cal cular a quantidade necessária desta su bstância para um trabalho de li:qlpeza, podendo, mesmo, aj udar a educar o pes soal no uso dêstes compostos, reduzir sua quantidade e diminuir a , mão de obra na limpeza. , Para se conseguir um melhor estudo, é aconselhado solicitar de vários fabir cantes o fornecimento de idênticos es tudos . Os encarregados dos estabelecimentos de lacticínios devem estar atentos e te rem bons conheGimentos sôbre o assun to, porque se bem que, em alguns casos, consegue-se reduzir o custo de deter gentes, com isto pode aumentar a mão de obra. Um dos' melhores métodos para controlar o uso de detergentes em um estabelecimento é pesá-los e fazer pe quenos embrulhos no almoxarifado. Outro processo é preparar em uma sec ção única tôda a solução de detergente necessária, distribuindo-a entre o pes soal encarregado do seu uso. muito incons Estas soluções sendo tantes é preciso revisá-las periodicamen te para assegurar a sua concentração apropriada. O próprio ,empregado, sen do inteligente, pod� aprender fàcilmen te a revisão das concentrações das so luções das substâncias. Isto evitará que estas soluções sej am usadas demasiada mente e ajudará reduzir o seu custo. Finalmente, para uma adequada lim peza e higiene do estabelecimento de forma ativa e econômcia, deve-se dispor de material e métodos de limpesas aproI priados . E' evidente que o pessoal dos estabe le'dmentos nem sempre está em condi ções de aproveitar as vantagens com pletas que' se podem obter com êstes materiais e métodos. digitalizado por arvoredoleite.org 26 SETEMBRO/OUTUBRO La�tícínístas prestam .Homenagem Ex-Felctiano à Otto SETEMBRO/OUTUBRO Ex Felctiano Frensel melhor ,publicação especializada no gê timos sabem das dificuldades com que cultura, onde é sócio titular d9, 30� ca deira, cujo patrono é Sá For ées o -fundador da indústria leiteira nacional. Em 1 932, organizou a campanh a do "Beba mais Jeite", primeira propagan Grande conhecedor dos assuntos lei-o teiros, tem participado de comis�bes exe cutivas de quase tôdas as exposiçoes na nero: Só otto Frensel e seus amigos ín . Os mernos de otto Frensel, como ho·· mem, como pai de família exemplar, co' mo lacticinista e comerciante especiali zado' foram analizados e exaltados no ' dü1 4 de março, por ocasião das home nagens que amigos e admiradore s lhe tributaram, num j usto reconhecime nt.o da eficiência com que desde há quaren ta anos vem incansàvelm ente atuando no parque industrial Úüteiro nacional. Quarenta representa ntes da nossa indús' tria entre grandes industriais e usinei ros ; eminentes técnicos e eméritos pro fessôres, ao lado de eficientes gerentes de grandes estabelecimentos industriais, se reuniram; no Rio de Janeiro para ho menagear essa simpática figura, por to dos os títulos o maior animador da in dústria . leiteira nacional. Grande propugna dor de tôdas as ini ciativas em prol da elevação da nossa pl'o<;lução leiteira, Frensel se integrou in timamente nas questões lacticinista s na cionais, que nenhum problema, de nor te a sul do Pais, ou nenhuma questão especializad a sôbre o assunto foi resol vido sem que êle tivesse sido consultado 1 S eu escritório, inicialmente na rua de São Pedro, mais tarde na Miguel Couto e hoj e na Frei C aneca, sempre foi . um ponto de encontro de lacticinista s. To dos os que lidam com leite e derivados, . em qualquer dos vários' · ramos, conside ram otto Frensel s'eu consultor gratui to. E não há produtor de leite, lactici nista, comerciante de artigos especiali zados, ou simples pretendente a emprê go de fábricas de lacticínios, que, indo ao Rio, deixe de visitar útto Frensel (o papa do s lacticinistas) ' e deixe de lhe fazer uma consulta ou p�dido de f avor. 27 ------- pessoais em benefício de ' .concorrente comercial é coisa ' que otto lfrensel repe tidamente . faz, cpm o melhor da boa vontade, desde que disso resulte algu...: ma vantagem p�ra a ln'dústria leiteira Quem o 'v ê viaj ando repetidamente para Belo Horizonte., Poços de Caldas, São Paulo, Nordeste e Sul do País (ler as viagens muito danadas de boas) , .;, toma conhecimentQ do ardor ' com que defende os ' interêsses da indústria leitei ;.;. ra em qualquer dos seus aspectos, pen sará tratar-se de um grande técnico respons�vel p or um importante órgão de poder público, ou de um g�ande in " dustrial lacticinista, com uma fortuna imensa a· defender. Pois b em, otto Fren seI nunca foi funcionário público, '8 muito menos, fabricante de qur:üj o, man teiga, ou qualquer coisa parecida ! Como êle mesmo diz, nunca fêz queij o ou mfl.n teiga. Só s abe é comê-los o que faz com o prazer de um bom gastrônomo , . . Sua verve, às vêzes irreverente'; eu humorismo fino, seu espírito hU"'nanitá rio, de todos conhecido, fizeram-no um homem' eXl!epcional. E " a pessoa que, não sendo lactícinista nem industrial, es pontânea e desinteressadam �':lte mais tem feito pela indústria leiteira nacio nal, tida e defendida por êlA com " '1 mais brasileira das indústrias" . E' que, como êle mesmo diz, isso se dá p erten cer ao estranho grupo de pessoal:. ' excep cionais que têm nas veias leite em vez de sangue ! Em 1 9 1 9 otto .Frensel iniciou suas ati vidades na indústria leiteira, como e m pregado numa firma comercIal repre :.. sentante de máquinas dinamarquesas . otto Frensel atencle a todos com a Em 1 927, fundou o conhecido " Boletim ' mais ' manifesta alegria e não raras vê do Leite". Em 1 930, por ,efeito do encer..,. zes com frarico prejuízo de seus inte:rts ramento das atividades da firma dina ses particulares. Consultas, cuj a respos marquesa, passou a trabalhar por conta c erta possa' ser prEjudicial aos se,us . ta própria, dedicando-se integralrrre nte interêsses, são respondidas com a mes aos problemas da ainda ·inciIJiente. in ma precisão ,e a mesma espontâneidadc dústria leiteira riacional� Melhorou e como se fôsse êl e o beneficiado, embo · ampliou o Boletim do Leite "órgão in ra isso lhe sej a altamente prej udicial dependente dedicado ao pro g �'fsSO dos financeiramente ! Prej udicar interêsses lacticínios brasileiros" hoj e n o País a esta pUbÚcação é mantida. da coletiva - no Brasil para aument o do consum o do leite, campan ha de umá ori nalida de simples e inesqu ecível, que de veria ser imitad a atualm enh, dada a grande produç ão de leite em ' nóssas ca"': . pitais . Incent ivou a Funda ç'ão d os Ex portad ore s de Leite do Rio de Janeir o e da Associ ação das Indúst rias de Lacti cínios do Brasil , dos quais foi membro . Partic ipou da direçã o do Sindic ato da Indús tria Leitei ra do Distrito Feder al Belo Horiz onte e São Paulo . D��de 1 935 : faz p a rte ds. Socied ade Nacion al de Agri- �.;-:.:: .: '.' : : ;: ; Trabalho "Leite e Derivados" do Con selho Coordenador do Abastacimen to. Seu sonho dourado é a organização da Associação Brasileira de Lacticinios , por meio da qual pretende v �r os lacticínios brasileiros recuperar em o lugar que lhes comp et'e . Por isso, tem votado ao empre endimen to 'Ü melhor dã sua pnegria de sua capacida de de trabalho . I:.•. e ( Transcrito da Revista dos Criadores, de maio de 1 959) . :: ::�� A;:����:d:: ::dú :.' .•' .•' •. ••.•. • • • • •. • • • • • • • .• .• :.; :.; . . :. : :.�:.; . :.:c:+;, . .. . . :-:.,.Gt:' .•. ' � . . . . .... ...: .•...•..•...6:<.:.:.:.:.:".;.:•. ,.!�"•: ,trias Marca' VERME LHO ( .!xtra forte) E USO CASEIRO Coalho em pastilhas O ( concen trado) " K '? (extra concentrado) Também LíQUIDO em VIDROS de 850 C. C. , � � � > ,�.: �• ; � �� cionais ; de comissões técnicas de estu do, e atualmente é membro do , Grupo de '" � � � ::�:, .• �.':. I Cia. Fa bio Bastos Comércio e Indústria \ �� �.:: Rua Teófilo Otoni, 81 - Rio de Janeiro RU:l Florêncio de Abreu, 828 - São PaulQ • .� � • � :�: :.: .; : ; ;; ; ;;;;;;;;; Rua Tupin:1mbás, 364 -/ Belo Horizonte � Av. Júlio de Castilho, 30' -=- Pôrto Alegre : .. Ru3. Halfeld, 399 - Juiz .de Fora R. Dr. Murici, n.os 249/253 - CURITIBA • :;: :1 :. :.; :. ':. :.;.:. :.; :.; :.;�.; :�; :.; . . . . . . . :. . :.; :.;. .:,:.; :.; :.: :.;::.;':+:::.:::.:':.:::.;-:.;':+;':.;':.:::+: . -:.: .:. . . : : : : : : : : . . . : : :: ::.: :.:-:.:.:.; :.;.:+: :.;.:.,{.:.:.:. : digitalizado por : arvoredoleite.org 28 SETEMBRO/OUTUBRO programa Da xa. Semana Segunda feira, dia 6 8 horas - Missa na Capela de Santa Teresinha. 9 hs. - Hasteamento da bandeira. 9,30 hs. Sessão de instala0ão : To maram parte na mes a : Professor Carlos Alberto Lott - Di retor do 1. L. C. T. Dr. Godofredo Botelho, PresId ente d a Câmara dos vereadores. Tte.-Coronel Gilberto iVana e 'Ite.-Co ronel Roberto de Almeida Neves, repre sentantes do Exmo. Sr. Genpral Co mandante da 4� Região Militar. Tte.-Coronel Vinicius Macha10 mandante do 29. B .I . . Co_o D r . Hélio Lobato Vale Representante do Superintendente do Ensino Agrí cola e Veterinário. Dr. J. J. Carneiro Filho - Inspetor Chefe da 1. R. da DIPOA, em Belo Ho rizonte. Dr. Walter Fonseca - Rep "esentante do Inspetor Chefe da r . R. ia DIPOA, em S. Paulo e Chefe da r . D. da DIPOA na capital paulista. Dr. Hélio Raposo Representante do Escritório Técnico de Agricultura (E. T. A.) Brasil-Estados Unidos. ' Sr. otto Frensel. - Diretor do Boletim. do Leite, representante da Socied ade Brasileira de Agricultura, dos Sindicatos da Indústria de . Lacticínios do Rio dA Janeiro, de Minas Gerais e de Pernam buco . Dr. José de Assis Ribeiro - Chefe da r. D. da DIPOA, em Varginha, Minas G·erais . Dr. Teófilo Ferreira - Chefe da 1. D. da DIPOA em Juiz de Fora. Dr. Octavio Magno Ribeiro - Chef.e da Estação Experimental de Água Lim pa . Aberta a sessã o pelo Professor Carlos Alberto Lott, diretor do Instituto de Ex-Felctiano ()O SETEMBRO/OUTUBRO Ex-Felctiano Cacticinisla 1 3 hs. - Demonstrações práticas com produtos da Divers'e y Wilmington S. A. Lacticínios "Cândido Tostes", usou o mesmo da palavra ' dando as boas vindas aos Técnicos,' Industriais, Estudantes de Escolas Superiores e demais pe.::: soas in teressadas. A seguir usaram da pala vra os srs. otto· Frensel, pronunciando um breve discurso que publ ,raremos oportunamente, e, em rápido') improvi sos, o Dr. Hélio Raposo, o Dr. J. J. Car neiro Filho, o Dr. Walter Fonsf'ca, o Dr. Godofredo Botelho e o Tenente-Coronel Roberto de Almeida ' Neves. 15,30 hs. - Palestra da Senhorita Pau tilha Guimarães : Queij o Monterey. A:ntes de encerrar a sessão o sr. Di retor do 1. L. C. T. convidou JS presen tes para uma visita aos estandes de ex posição de produtos de lacticínios de es tabelecimentos que têm Técnieos diplo mados pelo 1. L. C. T. na sua orienta- . ção técnica . 13,30 hs. - Palestra do sr. otto Frensel Seleç'ões Lacticinistas Mundiais. 15 hs. Palestra do Prófesso!.' Dr. Geraldo Gomes Pimenta : Coop8.L'at.ivismo. Têrça-feira, dia 7 14,30 hs. - Palestra do Dr. José Assis Ribeiro : Uma nova raça leiteira. 16,30 hs. - Deb ates. 20 hs. - Palestra da Senhorita Pau tilha Guimarães sôbre Extensionismo, com proj eção de "slides" ( conclusão ) . Quinta-feira, dia 9 8,30 hs. Palestra do Dr. Milton Aragão Gomes : Vantagens da limpeza n8 indústria do leite. 1 0,30 hs. - Palestra do Dl'. J. J. C ar neiro Filho, abordando variados temas sôbre leite e derivados. D ebates. 13 hs. - Palestra do Prof. José Fur tado Pereira : Calculador de Extrato Sê co e de Fraudes do Leite. 1 5 hs. Palestra- do Dr. José Assis Ribeiro : Geogra.fia Leiteira do Brasil. 16 hs. Homenagem à memória do Dr. Seb a stião Sena Ferreira de . Andrade . Sexta-feira, dia 10. 8;30 hs. - Excursão à Fazenda da Flo resta . 13 hs. - Excursão à Granj a Leiteira 8,30 hs. Palestra do Sr. otto FrenseI : Situação da ' indústria manteigueira em , Minas Gerais. i 10,30 hs. :- Palestra do Pro f. Jonas B omtempo : Alguns erros cometidos na determinação da gordura do leite. ; 13 hs. - Excursão à Santos Dumont : Visita' à Cooperativa dos Produtores de Leite de Santos Dumont, Compê:.nhia de Lacticínios Alberto Boecke, S. A. e En treposto de , queij o s de Ribeiro Fonseca ' S. A. -20 hs. -'- Palestra da Senhor:ta Pau tilha Guimarães, sôbre Extens!onismo, com proj eção de "slides" . Quarta-feira, dia 8 . " . 8,30 hs. - Palestra do Sr. otto Fren seI : Dias Felctianos e Fatos a respeito do Boletim do Leite . 10,30 hs. - Palestra do Prof. Eol o albi no d e . Souza : Indústria dinamarquesa de lacticínios. IRMÃOS 29 do Sr. Manoel Coelho. 15 hs. - Visita à fábrica de Lacticí nios (Leite em pó e manteiga,) Estrêl� Branca . Sábado, dia 1 1 9 horas � Solenidade de encerrame"!.1 to. Discursos dos srs. Luiz Alberto Guima rães F.ranco, representante dos alunos d a Esc: Nacional de Veterinária, d a Univ. Rural do Brasil, Waldemar Vieira �de Lima, representante dos alunos d:'\. Escola Superior de Agricultura 1C Viç0sa (U. R. E. M. G,) ; Salvador Rebou� ças, representante dos alunos da Escola de Agronomia da Universidade do Cea rá ; João Guimarães Palma, represen tante d os alunos da Escola. d,e Agrono mia d e Lavras ; Ronaldo Tornel, presi dente do Diretório Acadêmico do 1. L. C. T., o Prof. Caros Alberto Lott, o Dr. Walter Fonseca (DIPOA de S. Paulo ) ; Dl' . Homero Duarte Corrêa Barbosa (DIPOA do Rio de Janeiro ) . Fizeram parte da M�sa, além dos oradofps o Dr. Hobbes Albuquerque, Chefe do Serviço de Ensino, o Prof. Eolo Albino de Souza, representando o corpo docente e o cor do técnico, e o Sr. Eduardo Bernardo Soreiro, representando os indust riais Soreiro representando os industriais de lacticínios . '1IIIIIIIallllll ll " IIIIIIIIDIIII " II' IIII I IIII IIIIIIlIIlI íII " • • " ." 111 11111 ' 1 1lII 1 I1II :' 11 1I111 1 11i111111 1 111111111 1111111U IIIIIIIIIIII IIIUIII ', III IIIIIIIIII I IIII II 111111 11I1II 111iJ111l11alllll ' llIlIlIlIlIlIlIIl .'1111 1 ,11111111.11111 • . , .. i i i !!l i I CAVALCANTI RUA DAS FLORENTINAS, 229 - RECIFE & elA -PERNAMBUCO END. TEL. IRCACIA ESPECIALIZADOS EM REPRESENTAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E IMPORTAÇÃO DE PRODUTOS DE LACTICINIO� i I I� � ! � ; lii 'IIBlllll llllllllllllllllllilllllllal>llIl1 l11 l1l1l1 l11 iillll llll l llilll ill l lllllRIIIlIlIilIlIll I I Ill 1111 I> 11 11 11 1 1 11 iill 11 1111111111 111111 811 11 1111 11 11 11 11 11 11 1111 11 11' .., .. .., "' · · I:I ' · . " II2,II I1III1"IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII:all.!illli I n � ú s tr i a s H e u n U as f a lU n�� e s H e tt o S . A . " Estanl paria J u iz de Fora" Latas de todos os tipos e para todos os fins. 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Técnicos e Industriais 15 . 16 . / 17 . 18 . 19. 20 . 21 . 22 . 23 . 24 . 25 . 26 . 27 . 28 , 29 . 30 . 31 . 32 . 33 . 34 . 35 . 36 . 37 . 38 . 39 . 40 . 41 . 42 . 43 . 31 SETEMBRO/OUTUBRO Ex-Feictiano Dr . Euclides Onofre Martins. Sr . Otto Frnesel. Dr . Paschoal Mucciolo. Dr , Enos Vital Brazil. Dr . Antônio Coêlho. Dr . Hélio Raposo. Mr . J. P . La Master. Bruno Verner Christiensen. Dr . João Batista Lages Bretas. Benj amin Capsouto. Humberto ' Ru:Í'fo. José Esteves de Oliveira. José Leão Teixeira de Faria. Gabriel Penha de Andrade. José Alípio Ribeiro. Antônio Salgado. AlbertQ Zille . J o � o de Abreu Moreira. Eduardo Fernandes. Loureiro. Hélio Batista de Paula. Franklin Gom es da Costa. Paulo F,erreira da Silva. João Vital Melo. Vlàdmir Bikikoff. Ennio de Souza. João Gomes Pereira. Gualter Mano. Dr . Robinson Vasconcelos Costa. Dr . Júlio de Melo Franco. Escola Superior de Agricultura de La:vras 44 . 45 . 46 . 47 , 48 . 49 . 50 . João Guimarães Palma. Eny Ribeiro , Soares. ' Erycson Pires Coqueiro. Hiran Al'fredo Cavalcante. Antônio Pedroto Massimo. Antônio Murad. ' Saul Pereira. Escola Superior de Agricultura de Viçosa 5 1 . C arlito Batistoti. 52 . Waldemar Vieira de Souza. 53 , 54 . 55 . 56 . 57 . 58 . 59 . 60 . c Escola Na ional de Veterinária. Gelson de Figueiredo. Umberto Vasconcelos de Andrade. Sílvio Brechenfeld. . Luiz Alberto Guim. Franco de Sá. Luiz Gonzaga Peréira Alves. Edval M9.rtins de , Sá . Constantino Ramundo. GOdofredo de Albuquerque Barroso. Escola de Agronoma da Universidade do Ceará 61 . 62 . 63 . 64 . 65 . 66 , 67 . 68 . 69 . 70 . 71 . 72 . 73 . 74 . 75 . José de Anchieta Moura Fé . João Mendes Nepomuceno Neto . Francisco Gladstone Pinto Lobo. Antônio Eduval Pinto. Ediberto Bezerra Dantas. Francisca Santana Ferreira. Haig Adamian. José Raimundo . Corrêa Lima. Leones Fernandes de Mendonça: Lucas Guimarães e Silva . Manuel Darly Bezerra. Maria Ângel a TomEl,z Barroso. Mário Enrique Indaburu Quintana; , Rui Nilo dos Santos. Salvado� Rebouças de Souza M-e lo. Professôres e Técnicos do Instituto de Lacticínios "Cândido Tostes" : 76 . Prof . Carlo s Alberto Lott - Diretor 77 . Prof . Hobbes Albuquerque - Chefe do Serviço de Ensino. 78 . Pro f . Vicentino de Freitas Masini - Chefe do Serviço d_e Laboratório. 79 . Pro f . Osmar Fernandes Leitão Chefe do Serviço de Mecânica e Instalações. 80 . Prof . Mário Assis de Lucena Chefe da Seção de Administração dos Cursos. 81 . Prof . Cid Maurício Stehling Chefe da Seç'ão de Documentação e Bibliotecas. 82 . Prof . Benedito Nogueira -:- Chefe da Seção' d e Análises de Rotina. 83 . Prof. Jonas Pereira Bomtempo Chefe da Seção de Química. 84 . Pro f. José Furtado Pereira - Che fe da Seção de Microbiologia. 85 . Prof . Luiz da Silva Santiago Chefe da Seção de Fabricação à e Manteiga . . 86 . Prnf . Aluizio de Aquino Andrade Chefe da Seção de Beneficiamento de Leite. 87 . Prof . Joaquim Rosa Soares - Che- fe da Seção de Maturação de Quei j os . 88 . Prof . Sinésio de Queiroz Silva Chefe da Seção de Fabricaç'ão de Queij os. 8 9 . Prof . Geraldo Gomes Pimenta Chefe do Serviço de Assistênci.'l Técnica. 90 . Técnico JOEOé Pedro BQmtempo . 91 . Té C!nico J'g cob Francklin de Oliveira 92 Técnico José dos Santos Botelho. 93 . Té cniro Miguel Arcanjo F. de An dra d e . 94 . Técniro José Jorge de Araúj o Al ves . _ Técnicos em La�tiCÍnios, ex-alunos do I. L. C. T. 95 . 96 . 97 . 98 . 99 . 100 . 101 . ' 1 02 . 1 03 . 1 04 . 105 . 106 . 107 . 108 . Júlio Alberto Filho. Carlos Tarcísio Nogueira. Itamar Ferreira de Moraes. Mauro Pereira. Jardas da Silva . Aluizio Estevfs. Renato Lucas Vieira. Amaury José Costa. Hélio Belini. 'Mário Moreira de Carvalho. Osny Tallmann. Nivaldo Giovannini. Roberto Jackson de Albuquerque Cavalcante. Joaquim Alney Gorgulho Junqueira 1 09 . 110 . 111 . 1 12 . 113 . 114 . 115. 116 . 117 . 118 . 119. 120 . 121 . 122 . 123 . 124 . 125 . 126 . 127 . Sebastião Gomes Sobrinho. Sebastião Fabiano Ribeir.o. Osvaldo de Paula Homem. Benedito Ricardo de Aln tej da. Pio Nascimento Soares. Pautilha Guimarães. pa lmira Guimarães. Ângelo Martins Rossi. Roberto Fonseca. Walter Rente Braz. Aloísio Cabalzar. Hélio Paulo P ereira. José Wilbaur Junqueira de Barros. Waldir Dias Vieira. Temistocles F. Vieira de Souza. Francisco Assis de Oliveira Vale. P aulo Tarcísio Bomtempo. Sebastião José dos Santos. S�bastião Campos de' Faria Sobrinho . 128 . Nivaldo Giovanini. Alunos do Instituto de Lacticínios "Cândido Tostes" 129 . Ernesto Liva Filho . 130 . Radj alma J ackson d8 Albuquerque Cava lcante . 131 . Adcson Furtado . 132 . Ana Madal ena Chaves. 133 . Felix Valentim Leite. 134 . F 0 J19.1do TorneI . 135 . \Val d omiro Castro . 136 . Jarbas d a Costa Vidal . 137 . Nilton Borraj o Cid . Estagiários 138 . Nil Lon Couceiro . 139 . Benedito Ba lbino Costa . 140 . AJ irio 'Almeida Galvão. Presen«Ja especial na s palestras da Senhorita Pautilha Guimarães : 141 . 1 42 . 1 43 . 144 . 145 . 146 . 147 . 148 . 149 . 1 50 . 151 . Edmundo Monteiro de Melo. P edro Cruzeiro . Lincoln Machado Renault. João Carvalho Nogueira. Fernando Rub ::m Dutra Caldas. Maria do C armo Mourão. Celina Mendonca. Elvira Diàs Mor eira. Maria Lidia Batista de Oliveira. Iolanda Natalina Sahb. Iracema Limp Montenegro . digitalizado por arvoredoleite.org - SETEMBRO/OUTUBRO 32 1 52 . Terezinha P aula . Aparecida Gribel de ração d'as Indústrias do Estado d e Alagoas . 153 . Edna Luci Pereira Nun es. Expositores : 1 54 . Zoreth Nagib Salomão. 174 . Ribeiro Fonseca Lacticínios -- Santos Dumont. 155 . Nelson d os Santos Rodrigues. 15&. Caetano Casagrande. 175 . Cia. Mineira de Alimentação Varginha, M. G. 157 . Plínio Maurício. 158 . Miguel José Malvacinil. 160 . Marisa Pereira. A. - 177 . Indústria S. Miguel de Produtos Alimentícios Ltda. -- Calciolândia,' Minas Gerais. 1 6 1 . Neuza de Barros Carvalhaes. 162 . Neyde de Souza. 1 63 . Odete de Rezende Lott. 178 . Cantarelli Cia. Ltda. São Paulo (Verniz p ara revestimento de quei j os) . 164 . Nely de Luce� a. 165 . Diva Stehling. 179 . Lacticínios Comércio e Indústria Barbosa & Marques -- Carangola, Minas Gerais. Representações especiais : 1 66 . Dl' . Hélio Lobato Vale. 167 . Dl'. Olavo Andrade. 1 68 . Tenente-coronel meida Neves. S. 176 . Lacticínios Casa Nova -- Ferreira e Carvalho Madre de Deus -- Minas .-' Gerais . 159 . Maria Malvacini. Roberto de Al 169 . Tenente-Coronel Gilberto Viana. 170 . Dl'. Godofredo Botelho. _ Ex�Felctiano ------ 171 . Tenente-Coronel Vinicius Machado. 172 . Dl' . Otávio Magno Ribeiro. 173 . Roberto Jackson de Albuquerque Cavalcante, representando a Fede- 180 . Diversey Wilmington S. A. -- São Paulo . . 181 . Companhia Fábio Bastos -- Juiz de Fora, M. G. 182 . Royal Cirúrgica -- Juiz Minas Gerais. 183 . Lacticínio s Normândia -- Bem Pos ta, Estad o el o Rio . 184 . S o c o Ind. de Lacticínios Ltda. Currais Novos, Rio Grande do Norte. - ( C onclusão da Página banho, outrossim, melhora sempre, com mais carne e mais leite. A indústria de lacticínios pátrios é moderníssima, den tro do s preceitos da mais perfeita téc nica . Nossos técnicos, na linguagem do re Gomes, têm nomado perito Pimentel quebrado tabús. As fábricas de leite em pó aumentam assombrosam ente suas ca pacidades e a matéria prima, em todos os rincões d e noSso território, aumenta em qua ntidade e em qualidade. Não será estranho que, em breve, se torne o Bra sil um dos maiores produtores de bons lacticínios do mundo, com l�sonjeira possibilidade de se tornar exportador. Não nos causará espécie que as estatís- de Fora, 5) ticas nos informE'm, algures da concor rência dos lacticínios com o café. Isto é muito importante meus senhores, p or isso que nossos trabalhos no decurso da xl:;t Semana do Lacticinista hão de . se revestir de significação mais alta. As conferências, palestras, práticas esclare cimentos e discu_ssões hão de trazer cla rividentes mensagens de bons augúrios pelo amanhã de nossa indústria lactici nista . Assim, esperamos q:ue se concretizam de fato, .os ' benefícios desta Semana, e que se reconheç'am aprimoramentos adi vindos de nossas r�uniões, pois estamos certos de que são realmente promissoras ás alvoradas da mais brasileira das in dústrias . Ex-Felctiano SETEMBRO/OUTUBRO . - ----_._. 33 ------- Queijos do Brasil A fabricação d om éstica d e queij o s é conh e c i d a no Brasil d e s d e o s t emp o s co l,on iais, sendo que já se admiti'a em 1 790 aceitável o comércio d e car n e sêca, man teJga . e queij o s e m certas regiõ e s . Uma das p rimeiras p r o v i d ê n ci a s do col,ouiza d o r p o rtuguê s foi trazer gado b o vi n o para o Brasil, e, e m b o r a ê s t e ga d,o n ão tives s e quali d a d e l ei teira, o p ouco leite p r o duzido era, em p arte, desfinado ao preparo d e queij o frescal i d ê n ti co ao da S erra d a E s trêl a, d e Po rtugal . A diferen ça é que, enquant o n a S erra da Estrêla se aplicava ( como. ainda se apli c a ) ex trato d e flôres e b r o t os d e cardos p ara c oalhar o l e i t e , aqui n o B rasiT se usava ( como ainda s e u s a n o Nordeste ) estom a go s ê co e salgado de mo có ( p equeno roedor -- "Kero d o n rup estris" ) ou coa gul a d o r d e bezerro o u d e cabrito ( de ou de o n om e queij,o de c o alho p ara o p ro duto ) . Por v o lta da segunda metade do sécu l o XVIII, dura n t e a co rri da ao ouro n a s r('gi õ e s min eiras do Brasil C e n tral, p ara l a se di rigiram as maiores correntes de g�nte ( p ara explo r a ç ão do ouro ) e de gado ( p ara alimentação dos explorado re s ) . A fabricação nas faz e n d a s cons'tÍ tuiu n o rma, o cham a d o o b t e n do-se " c{Ueij o Minas", de técnica i d ê n tica ao do " S erra da Estrêla" corresp,o n d e n t c úl) queij o h ranco, c o nhecid o e fabricado p o r tôda a América Latina. Atualmente, o queij o Minas é o d e maior fab ri cação , I':1 Uito se aproximando do c'll nmado "quartirolo cremo so" da Arge n t i n a e do Urugu ai, e de queij o s fre scais europ e u s e americanos. D a d a a influência afri cana n o Nordes t e brasileiro, tamb ém há séculos lá é obtida uma vari e d a d e de queij o " sui-ge n eriS''' . Trata-se d,o chama do "queij o man teiga" o u "requeij ã o do S ertão" mistura sob ação de calor e agitação até fil agem, de massa d e caseina de leite desnatado, a d i cion a d a d e m an teiga fun d� d a ( "ghee" ou "butteroil" ) . A massa aCl ser fun d i d a e filad a com a manteiga, absorve a gordura desta dando pro duto de b o a s qual i d a d e s gustativas e de gran- de resistência meio. às impropriedades do A dmit e-se c o m o data i n i c i a l d a fabri c a ç ão d e queij Qs' n o Brasil e m escala c o m ercial , o a n o de 1 885, e m que o i n dus tri al Carl o s Pereira S á Fm,tes con trata fl'cnicos holandêses p ara sua fábrica de I R cticínios em Minas Gerais. Ao fim de exp eriências d e a dap tação d a técnica de queij o s holan deses ( E dam e Gouda) re sultou o cham ado "queij o do Reino" um dos melho res e mais caros do País . No c o m e ç o dêste sé culo, imigrant e s italian o s s e i n s talaram em S ão Paulo e Sul de Minas o n d e d ivulgaram n ormàs de fabricaçã o d e queij o s duros - ( d e ra l ar, t i p o Parm e s ã o e afi n s ) e o s d e mas. sa fil a d a fresca ( C ab aça, Mussarela, Bu tirro, e t c . ) , in clusive a Ricota. O "re queij ão c o mum" que é resultante d a fu são sob calor e agitação d e mass'a d e ca seina umi d a e m o i da, com creme fresco e uma a d ap tação de técnica i taliana de f Ungem d e queij o . E' um p r o dut.o c o nsi d e rado nacional por n ão existir corres p o n d e n t e d efi n i d o na técnica es trangei ra . O s clássicos tipos Provol o n e e Cac c i o - c avalo, de 2 a 50 quiJ,o s, defumados t: d e l o nga maturação, só recentemente ('stão sen d o fa b ri c a d o s em maior es'cala, isso p o r efeito da vinda d e técnicos fa brican i e s i talian o s emigra d o s di reta men t e das regi ões produtoras dêstes ar: t i g,os. O tip o Parmesão, cuj a fabric ação n o Bra sil se in iciou há 5 0 anos, é uma variedade do "gra n a p armigiano" do qual muitas fábri cas' brasileiras apre s e n tam exemp lares que se igualam qua n d o não sup eram o similar estran griro ! Há estab elecimentos muito bem i n stal a d o s para a obtençã,o cl êstc pro du to e m gra n d e escal a e em ótima quali dade. Q ueij o s Pecorino e Sardo, assim c omo Romano, Cane strato e outro s', tamb ém são .fabri c a d o s em p equen a es cala, i n clusive mo s Estádo s suli nos. Co mo mui t o s p equen o s fabricantes não têem -capital p ara armazenar o produto dura n t e a prolongada mite-se o c o m ércio digitalizado por maturação, pe r do cham a d o "Par- arvoredoleite.org p 34 SETEMBRO/OUTUBRO Ex-Felctiano SETEMBRO/OUTUBRO Ex - Felctiano P a u lo e Minas se i n icia a fabric a ç ã,o d e queij o s e s p e CIaIS, como : Tilsitt, Ca m emb ert, Limb urgo, Roquefort, Port S alut ( ou S ai n t P aulin ) , Bel Paese, Es t e p e , e tc l1l e s ão frescal" IO U "Montanhê s " , dado ao co nsumo c o m 2 a 3 m e s e s de cura . , 2 ANIVERSÁRIOS A regIao m a i s queij eira 'do Brasil é a que fica co m p re e n d i d a entre 18-.:...2 411 d e latitude, e, 4 0-529 d e longitude, nu m a aI ti tude d e 500 a 1 .200 m etro s , ' abraIYgen do a p arte m erid i onal d o Esta d o de Minas, Bahia e Espírito Santo ; os Esta d o s d e S ã o Paulo, Rio d e 'Jane iro in clus'ive z o n a s leitei ras do P ar an á, S a n t a Catari n a e Rio Gran d e do Sul . N o Nordeste brasileiro há regiões leitei ras em Alagoas, P e rnamb u c o , 'Paraíb a , Mais recentemente, n a ' regi ão S ul ( S anta Catari na, Paran á e Rio Gran d e ) nucleos de colonização alemã v ê e m p r o duzi n do t i p o s i n teressant e s c o m o ,o "Pi rab eiraba" ( variedade de " creme suisse" ) , o " Krauterkase" ( queij o fun di do a d i c i o n a d o d e h ervas, acondi c i o n a do em b i snaga ) , etc. N o s Es tados' de S ã o . Rio Gran de do N o r t e e Ceará, o n d e fubricam, d e- p referên cia, queij o s c oalho duros e reqúeij áo el o Sertão. se de DE 3 - ILCTIANOS 5 - Outubro : BRASIL NO co em Lacticínios. 5 - Moacir Monteiro dos Santos Técnico em Lacticínios. - 8 - Prof. Hobbes Albuque:r:que - Che Esti m a t iva anual atual, por José Divino de Figueiredo - Téc nico em LaGticínios. 26 - 12 - Waldomiro de Castro - Aluno , do 29 ano do C.I.L. - 10 cínios. - José Vieira da Rocha - Técnir;() em Lacticínios. Tra t am c n t o do l e i l e T i p o s de q u e ijos QUEIJO MI l'\ A S .. .. , . . , e QUEIJO tipo PAHMES.� O c a fi n s . . . . . . 5 . 000 2 . 500 . QUEIJO t i p o ED Al\1 ( o u H e i n o ) . . . . " QUEIJO PASTEU R IZADO c h ee s e ) . . . . do S e r t ão . . . -- c omum . . . . . . . . . . . . . . 3 . 000 8 . 000 2'. 00 0 500 . . QUEIJO t i p o PR O V O LON E E MUS S AR E LA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . R EQUEIJõES t o n e ladas . . . . . . QUEIJO' PRATO e v a r i e d a d e s . . . . l e it e pas leu rizado C r ll 1 7 . 000 vari edades . lcite . . 2 . 000 ( "Process . . . . . . . . . . 200 . . Produção t o t a l de queij os no Brasil, Renato Lucas Teixeira Vieira . . Técnico em Lacticínios. - Hélio Paulo Pereira - Técnico eM Lacticínios. 19 - Fernando Cabral Viana no do 1 9 ano do C. L L. Alu- 24 - Dr. Jonas Pereira Bomtempo Chefe da Secção de Química do ILCT. 2 . 00 0 29 . 6 0 0 65 % por ano 30 - - 45 . 300 t o n e l a d as . 1 5 . 700 35 % .Josi A s s is R ib e iro :.1 Dario Esperidião Lacticínios. Técnico I �. Rua Ten. freilas, r 2 6 - Wander Junqueira -, Técnico em Lacticínios. 28 - Paulo Marques de Oliveira - Tér nico em r:;acticínios. - Walter Silveira - Aluno do 19 ano do C. L L . II 1 16 1��l ! �i:: Min e � asu � � Diretores: DR. DR. V. FREITAS MASINI e HOBBES ALBUQUERQUE Secretário : DR. er.:l _ dos Santos Rodrigues Funcionário do Serviço Auxiliar. Ormeu Medeiros Toledo - Aluno do 29 ano � do C. L L. José Alves de Barros - AIuno do 29 ano do C " L L. Jorge Marcondes de Souza - Téc nico em Lacticínios. . Milton de Castro Leal - Funcío nário d o . Serviço Auxiliar. Luiz Fernando de Araújo - Téc nico em Lacticínios. Nélio da Cunha Rosa - Técnic'J em Lacticínios. Waldir Theodoro Maciel - Téc nico em Lacticínios. José Jacir de Menezes - Técnico' em. Lacticínios. José Gomes Ribeiro - Técnico em Lacticínios. Ivo Vicente Gonçalves Braga Técnico em Lacticínios. José Gabriel de Souza - Técnico em Lacticínios. I";�<+�:�����i�ij�: ; Roberto Vieira da Silveira - Téc nico em Lacticínios. 25 - Halauhy Martins de Medeiros Técnico em Lacticínios. . . .. . .... ...... ...... . . Perc e n tagens . . . . . . . . . . . . . . Totais . . 18 29 - - oto Rafael Arantes - Aluno ds' 29 ano do C . L L. 2 . 000 300 DIVER S O S - Estepe, Gouda, Emental, P,ort-Salut, Roquefort, Ohe d ar, Ca membert, Limb urgo , Bel Paese, e outros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . , 14 23 - 17 - Hélio Bellini - Técnico em Lacti ob serva- ções p e s s o a i s do a u t o r . - fe do Serviço de Ensino do !LCT. ticínios. p o r tipos 6 - 4 - J oacir Rodrigues Lima - Técni , i5 - Essio Messora - Técnico em Lac P R O D UÇ.�b DE QUEIJO S 5 Novembro 1 - Nelson . A p artir de 1 920 vieram p ara o Sul de Minas o s primeiros técnicos din amar queses p ara a m o ntagem d e fábricas de queij o s . D a s adatações (la fabricação de queij o s europeus como Gouda, Prestlo st, Munster e outros, surgiram o atualm e n te chamado " queij o P r a t o " e s u a s varie dades - "Lanche", " C obocó" e "Bola" . r�stes são obti d,oS em regiõés' de clima amen o, d e preferência" em altitude su perior a 800 metros. 3 '�l",:.;j ;. . •. : MÁRIO ASSIS D E LUCENA ASS INATURA: 1 ano (6 números) Cr$ 60,00 Podem S E r reproduzidos os artigos exarados nesta Revista, com indi. cação da origem e do autor Os artigo s assina dos são de ' respo nsabilidade de seus autor es. � :.� .; �;��;:�;:; ::.:<.;.:.;.:.:<.:::.;.:.;.:.;::.;::.;::.;,:.;::,:.:,:.;::.;::.;::.;::.;::. ::.:::.;::.;::. : ; ; digitalizado por * arvoredoleite.org SÃO BAUtü .. Cab:a Postal, 3191 <i;, ��';?:�dP "'V," t,�'f ' :, ";' , k�C",;'" �'r v-, . 't' t 'R:� ,G:?aó�:Sti1 { . PELOTAS. :":"" Caixa Postal, 191 . . . A venda em tôda porte. Peçam amostrás gratis ' aos reprcsentantp'Q '. ; ' ·': ·'�' �· "'''·7 ' :P�· I': �.'1cOu''·d;retamen,te aos fabri cantes. � ' ''' �� ' '';� 1 ''' , ' , ,"'''' • ••• s. Ótihr Ó;�llfii fu �./'is�:n :. .• iaâ(j�� . . , , . . . , � , . ' . . . l,1ólaD(lêsa:.�,.VCllde . cr . · �"'h ' t . 'i' . ? . ". , "i "!1:u��:;�. �': ·j,4i,*,· & '� "':',�, :;:<7r�", : : . .:ue�:JJ:o��ós;llâ;*iã,çá.�: �.;.:.>:.>:.:<.>:.>:.>:.:<.:<.: .:'+:':.:::.;.:+;::+;::+;:;+;: . niq puros por cruza� étC: :: <.C v.,. "" ...,.c:. :: : :.:<.:-:.:-:•• - •. :., :•. :.:.;�.:.:.;..... '.:" :.:".'. :.;':.;::.;:,:.:':4" ';.:·:.:·:.;·:.;.;••;·:.:-:,.::.:··:.:.:•. . .; . ••;.:;! ••..•,.:•. :•. .••...••.:••. ' . ·'yl:9.·s��.l� 1í:"p.'·rilj\:'. !� Casa 8adaraco Indústria e Comércio Limitada Apresenta a última palavra �m Refrigeração Industrial e . Comercial digitalizado por arvoredoleite.org