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RECAPEAMENTOS SEM FUNÇÃO ESTRUTURAL
Eng° Pery C. G. de Castro
Setembro/2009
1.
INTRODUÇÃO
Os recapeamentos usados na conservação dos pavimentos asfálticos têm por objetivo
melhorar as condições da superfície do pavimento sem adicionar melhoria à sua estrutura.
2.
TIPOS
Os principais recapeamentos dentro destas condições são:
A) Lama asfáltica
B) Micro revestimento
C) Tratamentos superficiais
15
A - LAMA ASFÁLTICA
1.
CONCEITO
Lama asfáltica é um revestimento constituído por uma mistura de agregado denso, filler,
emulsão asfáltica e água, com a consistência de uma lama.
A água é acrescida para dar trabalhabilidade à mistura.
A emulsão asfáltica serve como ligante para manter as partículas do agregado unidas e
propiciar aderência da lama asfáltica à superfície sobre a qual está sendo aplicada, selando os
poros e trincas desta superfície.
O agregado é utilizado para a obtenção de uma superfície antiderrapante e resistente à
abrasão.
O filler pode ter a função de melhorar a trabalhabilidade da lama asfáltica, regular do
tempo de ruptura ou complementar a granulometria do agregado.
2.
HISTÓRICO
Na Alemanha, no início de 1930, foi empregado com sucesso um revestimento
constituído de agregado muito fino, asfalto e água.
O comportamento desta solução abriu perspectiva a uma nova técnica para a
conservação de rodovias e marcou o início do desenvolvimento da lama asfáltica.
Mais tarde, ainda na década de 30, foi iniciada uma extensiva experimentação pelo
mundo.
Somente na década de 1060, com a introdução de emulsificadores e equipamentos de
fluxo contínuo, surgiu o interesse para o uso da lama asfáltica numa grande variedade de
aplicações.
Os contínuos avanços nos métodos de mistura, nas emulsões e nos equipamentos,
permitiram obter hoje uma lama asfáltica altamente durável, e um revestimento de baixo custo
para pavimentos e conservação de estradas.
3.
MATERIAIS
3.1
Asfalto
A emulsão asfáltica para lama asfáltica é do tipo de ruptura lenta:
a) Aniônicas LA1 e LA2
b) Catiônicas LA1-c e LA2-c
c) Especial
LA-E
3.2
Agregado
O agregado a ser empregado na lama asfáltica deverá ter suas partículas obtidas por
britagem de rochas graníticas, ou basálticas, calcário, escória de alto forno ou outra fonte de alta
qualidade.
O agregado deve preencher os seguintes requisitos de qualidade.
Equivalente de areia:
45 (mínimo)
16
Resistência à abrasão
35%
( Perda no ensaio Los Angeles)
Durabilidade
15%
(Durabilidade usando sulfato de sódio)
A granulometria do agregado para uma lama asfáltica incluindo o filler deve se
enquadrar numa das faixas indicadas na Tabela I.
A curva granulométrica de projeto deve se enquadrar totalmente dentro da faixa
granulométrica escolhida.
A faixa granulométrica de trabalho é determinada pela curva granulométrica de projeto
acrescida das tolerâncias. Esta fixa de trabalho deverá se enquadrar, também, totalmente numa
das faixas indicadas na Tabela I.
Tabela I
TAMANHO DA
PENEIRA
3/8”
# 4
# 8
# 16
# 30
# 50
# 100
# 200
(9,5mm)
(4,75mm)
(2,36mm)
(1,18mm)
(0,600 mm)
(0,330 mm)
(0,150 mm)
(0,075 mm)
PORCENTAGEM QUE PASSA
TIPO I
TIPO II
TIPO III
100
100
90-100
65-90
40-65
25-42
15-30
10-20
100
90-100
65-90
45-70
30-50
18-30
10-21
5-15
100
70-90
45-70
28-50
19-34
12-25
7-18
5-15
TOLERÃNCIAS
5%
5%
5%
5%
4%
3%
2%
A influência do agregado se dá pela sua granulometria e características das partículas,
com arestas e superfícies rugosas.
A influência da granulometria está indicada na Figura 1. Neste figura está representada
a faixa em que o agregado de se enquadrar e as regiões que definem tipos e dificuldades, ou
problemas, que poderão ocorrer com a lama asfáltica.
Figura 1
17
3.3
Filler
O filler mineral é um material pulverulento tendo a seguinte granulometria.
% que passa peneira nº30
100%
% que passa peneira nº50
95% – 100%
% que passa peneira nº200
> 65%
O filler mineral pode ser de dois tipos:
a) Quimicamente ativo
b) Quimicamente inativo
O filler quimicamente ativo, como cimento portland, cal hidratada e sulfato de amônia,
são usados para melhorar a trabalhabilidade da lama asfáltica e regular o tempo de ruptura de
emulsão e em alguns casos para complementar a granulometria do agregado.
O filler quimicamente inativo, como calcário moído, cinza volante (fly ash) e pó de
rocha são usados principalmente para complementar a granulometria do agregado.
O tipo e a quantidade de filler são determinados nos estudos de laboratório para o
projeto da mistura.
3.4
Água
A água deve ser potável, livre de sais prejudiciais, ou reativos químicos ou qualquer
outro contaminante que comprometa o comportamento da emulsão.
3.5
Aditivos
São substâncias usadas para acelerar ou retardar a ruptura de emulsões da lama asfáltica
ou melhorar o acabamento final da superfície.
4.
PROJETO DA LAMA ASFÁLTICA
Tem por objetivo definir:
a) Composição, granulometria e porcentagem do agregado
b) Tipo e porcentagem do filler mineral
c) Tipo e porcentagem da emulsão asfáltica
d) Quantidade de água
Para o sucesso da lama asfáltica esses elementos devem ser determinados por ensaios
específicos.
5.
APLICAÇÕES E TAXAS ESTIMADAS
As granulometrias dos agregados dão origem a três tipos de lama asfáltica com as
seguintes aplicações:
Tipo I : A faixa granulométrica Tipo I dá origem a uma lama asfáltica fina, usada para
o máximo de penetração nas trincas e para selar superfícies com pequenos
desgastes ocasionados pelo tráfego.
Tipo II : A faixa granulométrica Tipo II origina uma lama asfáltica de emprego geral, É
o tipo, comumente, mais usado e é empregado onde o tráfego é de médio a
pesado. Ele sela a superfície, corrige a desagregação de moderada a severa, e a
oxidação, e melhora a resistência superficial à derrapagem.
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Tipo III: A lama asfáltica produzida com agregado do Tipo III propicia uma camada
mais espessa o que permite corrigir condições severas da superfície, evitando
hidroplanagem e propiciando resistência à derrapagem sob condições de cargas
de tráfego muito pesado.
A Figura 2 apresenta as espessuras relativas dos três tipos de agregados, e suas texturas.
Figura 2
A Tabela II indica o uso e taxas de aplicação sugeridas para os três tipos de lamas
asfálticas.
TABELA II
TIPO da LAMA
TIPO I
TIPO II
TIPOIII
USO
Áreas de estacionamento
Ruas urbanas e residenciais com tráfego leve a
médio
Rodovias
Ruas urbanas e residenciais com tráfego médio a
pesado
Rodovias com tráfego muito pesado
6.
EXECUÇÃO
6.1
Preparação da superfície
TAXAS DE APLICAÇÃO
SUGERIDAS
3,6 à 5,5 kg/m2
5,5 à 9,0 kg/m2
8,2 à 13,5 kg/m2
A preparação da superfície consiste na remoção de pó, material solto, manchas de óleo,
placas de solos, etc., por meios mecânicos e/ou manuais.
Esta limpeza pode ser realizada por varredura com vassouras mecânicas e/ou por
lavagem com água sob pressão ou pela aplicação de ar comprimido.
As áreas que apresentam óleo devem ser lavadas com detergente ou removidas.
Os locais com panelas ou depressões serão previamente remendados.
Ondas, corrugações e ressaltos da superfície serão removidos manualmente, ou por
laminagem ou por fresagem, antes da aplicação da lama asfáltica.
Todas as áreas com exsudação de asfalto serão queimadas ou removidas.
Áreas com trincas localizadas devem ser enchidas com lama asfáltica antes da
aplicação geral em toda superfície.
A superfície deve ser umedecida antes da aplicação da lama asfáltica.
19
6.2
Dosagem e mistura
As fases de dosagem e mistura do agregado, filler, água e emulsão se processam num
equipamento móvel que opera em fluxo contínuo. Em pequenos serviços a lama asfáltica pode
ser feita manualmente usando betoneiras.
As figuras 3 e 4 apresentam modelos deste equipamento móvel. Este equipamento
reboca uma caixa de espalhamento que recebe a mistura e a distribui sobre a superfície na
largura e espessura pré determinada.
Figura 3
Figura 4
20
A Figura 5 apresenta um esquema operacional da unidade de dosagem e mistura do
equipamento.
1) Misturador (Pugmil)
2) Silo do filler
3) Aplicação de água no agregado
4) Barra de distribuição de água
5) Silo do agregado
6) Caixa de espalhamento
7) Barra de aplicação da emulsão
7
Figura 5
A mistura, Figura 6, pode, também, ser executada em um misturador com eixo
horizontal e pás helicoidais.
Figura 6
(1) É o depósito do agregado. Na parte inferior ele possui um dosador do tipo
contínuo (3) com correia de lona e borracha, tendo regulagem da abertura de
saída.
(2) Depósito do filler que possui na parte inferior um dosador tipo contínuo com
correia de borracha e lona.
A quantidade de filler é regulada pela abertura de saída.
21
(3) Dosador contínuo do agregado.
(4) Correia que serve para o dosador também desloca o agregado/filler para
dentro do misturador (7).
A correia que transporta o agregado para o misturador é monitorada por um
dispositivo que controla a espessura do agregado destinado ao misturador.
Este dispositivo interrompe a operação do equipamento quando o fluxo do
agregado é interrompido.
(5) Injetor de emulsão, por onde a emulsão asfáltica é injetada na forma de
pulverização continuamente dentro do misturador (7). A bomba e o depósito
de emulsão ficam no equipamento.
(6) Injetor de água por onde a água é injetada sob pressão no misturador para
molhar o agregado, de forma contínua na quantidade necessária a dar a lama
asfáltica, a consistência adequada.
O depósito de água e uma bomba ficam no equipamento.
(7) Misturador constituído por um eixo longitudinal ao qual está fixado uma
hélice.
O movimento deste eixo produz a mistura agregado/filler/ água/emulsão e a
desloca para fora do misturador e para dentro da caixa de espalhamento (8)
que distribuirá a lama asfáltica.
(8) Caixa de distribuição da lama asfáltica. Quando a granulometria do
agregado da lama é do Tipo I (fino) , a caixa pode ser metálica ou de
madeira com uma barra frontal para distribuir água sob a forma de neblina
sobre a superfície que receberá a lama asfáltica, Figuras 7 e 8.
Figura 7
Figura 8
Um anteparo central visa a assegurar uma distribuição uniforme de lama
asfáltica.
Na parte inferior das laterais e traseira é colocado uma borracha para
conter a lama dentro da caixa.
As partes laterais regulam a largura de espalhamento e a traseira
permite regular a espessura de espalhamento da lama asfáltica.
Para lama asfáltica, Tipo II e Tipo III (agregado mais grosso), é
conveniente que a caixa tenha um eixo sem-fim, no sentido transversal, para
uniformizar a lama dentro da caixa.
22
Calibração das unidades de dosagem
As unidades de dosagem são:
a) a bomba de dosagem d’água que deve ser regulada para dar a vazão
adequada de acordo com as orientações do fabricante.
b) A bomba que injeta a emulsão deve ser regulada de acordo com o
catálogo do fabricante para aplicar a taxa de resíduo de asfalto de projeto
dentro de uma tolerância de 0,5%.
c) Dosagem do agregado
A dosagem do agregado depende da abertura do dosador.
Esta abertura deve permitir obter uma produção horária prevista. Em
função desta produção é determinada a vazão da bomba da emulsão
asfáltica.
A umidade do agregado no silo e a produção horária do agregado
permitem definir a vazão da bomba d’água para obter a consistência
adequada para a lama asfáltica.
A maneira mais eficiente de determinar a quantidade do agregado que
passa pela abertura do dosador por hora é estabelecer uma correlação entre
abertura e produção horária.
Para isto inicia-se com uma pequena abertura do dosador ao , sendo ela
igual ou superior ao dobro do tamanho máximo do agregado que está sendo
utilizado.
Imobilizam-se os demais sistemas de dosagem.
Deixa-se operar o dosador do agregado e se coleta todo o material que
passa pela abertura, num tempo to segundos. Este tempo deve permitir
coletar uma amostra da ordem de 200kg numa lona colocada antes do
misturador. É o peso úmido pho . Por ensaio se determina a umidade do
agregado: ho.
Assim, o peso seco pso que passa pela abertura ao , no tempo to
segundos é:
ps o
ph o
100
100 h%
Numa hora, tempo em que é apreciada a produção horária, a quantidade
de agregado que passa por ao por hora será Pso:
Ps o
3600 ps o
t o (seg)
Repetem-se as operações para ao e determina-se Ps o, . Se os valores
forem coerentes tira-se a média.
Todas as operações são repetidas para as aberturas a1 , a2 e a3 , sendo
ao < a1 < a2 < a3
Obtendo-se para cada abertura
a1
Ps1 ( por hora)
a2
Ps2
a3
Ps3
23
Levando-se estes valores num gráfico abertura – produção horária,
Figura 9.
Os pontos se localizam aproximadamente sobre uma reta chamada de
reta de calibração do dosador do agregado.
Definida a produção horária PhAG do agregado, ajustada à vazão da
bomba de asfalto, entra-se com este valor no gráfico de calibração e se
determina a abertura do dosador aAG.
Produção
t/h
Ps3
Figura 9
Ps2
PhAG
Ps1
Pso
ao
a1 aAG a2
a3
Abertura (cm)
d) Dosagem do filler
A dosagem do filler também é volumétrica e a produção da lama
asfáltica é medida gravimétricamente.
Deve se estabelecer uma relação entre a abertura do dosador do filler e
o peso que passa por esta abertura, por hora.
Deixando-se em funcionamento somente o dosador do filler com uma
abertura ao (1,5 a 2,0cm) coleta-se numa lona um peso po de 30 a 50kg
e se registra o tempo em segundos, to , para obtê-lo.
O peso Po que passa por ao , por hora é :
Po
3600 p o
to
Repete-se a determinação de Po para a abertura ao . Se os valores das
duas determinações forem coerentes, calcula-se a média.
Repetindo-se para outras aberturas a1 , a2 e a3 (por exemplo: 3, 4,
5cm) obteremos os pesos P1 , P2 e P3 , respectivamente.
Com estes valores traça-se o gráfico de calibração do silo do filler,
Figura 10.
Produção
kg/h
P3
P2
P1
.
P
f
Po
.
.
.
a1
ao
af
.
.
a2
a3
Figura 10
Gráfico de calibração do silo do filler.
Abertura (cm)
Definida a necessidade horária de filler Pf , entra-se com este valor no
gráfico e se determina a abertura af do dosador do filler.
24
6.3
Espalhamento da lama asfáltica
O espalhamento da lama asfáltica em geral se processa em meia pista. Figura 11.
A primeira providência é estabelecer uma linha guia para orientar o deslocamento do
caminhão.
Em segundo lugar proteger as extremidades do trecho com faixas de papel ou feltro,
colocados transversalmente ao eixo para evitar superposição da lama asfáltica.
Finalmente determinar a velocidade v de operação do caminhão.
Figura 11
Definidas a taxa de lama asfáltica, tL , em kg/m2, a largura de espalhamento  e
conhecendo a produção horária do equipamento misturador-espalhador, P, temos:
V .  . tL = P
v
P
 . tL
A quantidade de lama asfáltica dentro da caixa deve ser suficiente ao espalhamento
duma camada com espessura maior do que aquela que está sendo espalhada.
6.4
Juntas
As juntas podem ser longitudinais e transversais.
As juntas longitudinais ocorrem quando a largura de espalhamento é menor que a
largura da superfície a ser coberta pela lama asfáltica. Nestas juntas longitudinais nunca pode
ocorrer falta de material e é admitida uma superposição entre duas aplicações adjacentes até a
largura de 7,5 centímetros. Cuidados manuais às vezes são necessários para chanfrar a borda do
segundo espalhamento sobre o primeiro, eliminando um ressalto longitudinal.
As juntas transversais surgem por paralisações do espalhamento e devem ser reduzidas
a um número mínimo. A utilização de feltro ou papel para proteger o espalhamento anterior deve
permitir uma superposição de espalhamento de 1 a 2cm, Figura 12.
PARTE REMOVIDA COM A RETIRADA DO PAPEL
1 a 2cm
25
JUNTA TRANSVERSAL
PAPEL OU FELTRO DE PROTEÇÃO
SENTIDO LONGITUDINAL
Figura 12
Se for necessário a borda da aplicação de construção sobre a anterior deve ser
chanfrada, para eliminar o ressalto.
6.5
Ruptura e cura
Não será permitido o tráfego sobre a lama asfáltica até sua cura completa.
A Figura 13 apresenta o defeito surgido quando um veículo entre sobre uma lama
asfáltica que não está completamente curada.
Figura 13
26
7.
Exemplo de aplicação de lama asfáltica
A Figura 14 apresenta um exemplo de emprego de lama asfáltica na conservação de
pavimentos.
Figura 14
A faixa da direita apresenta a severidade das trincas resultantes de fadiga do pavimento.
A faixa do lado esquerdo apresenta a mesma superfície revestida com lama asfáltica.
A duração prevista deste revestimento é de 6 a 12 meses, dependendo do
comportamento elástico do pavimento.
A superfície que recebeu o recapeamento dom lama asfáltica, poderá posteriormente,
quando o serviço de conservação julgar conveniente, receber outro recapeamento com lama
asfáltica.
A Figura 15 é um close-up da Figura 14 onde se pode comparar a diferença entre as
duas superfícies, com e sem tratamento.
Figura 15
Revisado em setembro / 2009
27
PARTE - II
1.
Micro revestimento
Em fins de 1960 e início de 1970 os alemães começaram, a partir da lama asfáltica, a
pesquisar uma maneira de obter aplicações mais espessas para corrigir as depressões nos sulcos
formados pelos veículos, sem destruir as caríssimas faixas de sinalização das autobahns.
Quando os tecnologistas alemães usaram agregados altamente selecionados, asfalto e
adicionaram polímeros especiais e emulsificadores, conseguiram um produto que permanecia
estável mesmo quando aplicado em camadas com espessuras de múltiplas partículas. O resultado
foi o micro revestimento.
Ele foi introduzido nos Estados Unidos em 1980.
2.
Materiais empregados no Micro revestimento
2.1
Asfalto
O asfalto empregado é emulsão asfáltica de ruptura lenta, modificada com polímero, e
deve satisfazer aos requisitos das especificações AASHTO M 208 ou ASTM D 2397 para o
tipo CSS – 1h.
2.2
Agregado
O agregado, de alta qualidade, deve ser obtido por britagem de granito, basalto,
calcário, etc.
Todas as partículas devem ser obtidas por britagem.
Os requisitos de qualidade do agregado são:
a) Equivalente de areia: mínimo 65%
b) Durabilidade (soundness test com Na2SO4) máximo 15%
c) Resistência à abrasão (Los Angeles), máximo 30%.
O agregado incluindo o filler deve satisfazer a uma das seguintes faixas granulométricas,
Tabela I, que são as mesmas dos Tipos II e III, empregadas na lama asfáltica.
Tabela I
PENEIRA
9,5mm
Nº4
Nº8
Nº16
Nº30
Nº50
Nº100
Nº200
% QUE PASSA
TOLERÂNCIAS
TIPO II
TIPO III
100
90 – 100
65 – 90
45 – 70
30 – 50
18 – 30
10 – 21
5 - 15
100
70 – 90
45 – 70
28 – 50
19 – 34
12 – 25
7 – 18
5 - 15
5%
5%
5%
5%
4%
3%
2%
28
A granulometria de projeto, aprovada, não deve apresentar patamares e se enquadrar
totalmente dentro de uma das faixas da Tabela I.
A faixa granulométrica de trabalho é obtida a partir da curva de projeto aplicando as
tolerâncias indicadas na Tabela I. Esta faixa granulométrica de trabalho deve estar totalmente
dentro da faixa granulométrica especificada.
O depósito de agregado deve apresentar uniformidade e se enquadrar totalmente dentro
da faixa de granulométrica de trabalho.
2.3
Filler
O filler mineral é de dois tipos:
a) Quimicamente ativo; e
b) Quimicamente não ativo.
O filler mineral quimicamente ativo, como o cimento portland, cal hidratada e sulfato
de amônia, são usados para melhorar a trabalhabilidade e regular o tempo de ruptura e em alguns
casos para alterar a granulometria do agregado.
O filler quimicamente inativo, como calcário moído, cinza volante (fly ash) e pó de
rocha são usados principalmente para alterar a granulometria do agregado.
O tipo e a quantidade de filler são determinados nos estudos de laboratório para o
projeto da mistura.
2.4
Água
Água potável, livre de sais prejudiciais ou reativos químicos e qualquer outro
contaminante.
2.5
Aditivos
Podem ser adicionados à emulsão ou a qualquer outro material componente para
propiciar o controle da ruptura da emulsão.
Ele deve ser considerado como parte da mistura e ser compatível com os outros
componentes da mistura.
3.
APLICAÇÃO E TAXAS ESTIMADAS DO MICRO REVESTIMENO
As faixas granulométricas dos agregados para micro revestimento são as mesmas
empregadas na lama asfáltica e têm as aplicações indicadas na Tabela II.
Tabela II
GRADUAÇÃO
EMPREGO
Tipo II
Zona urbana e ruas residenciais
Tipo III
Rodovias e
Sulcos ou Trilhas dos veículos
TAXA SUGERIDA
4,5 à 9,0 kg/m2
7,0 à 13,5 kg/m2
(Variável com a profundidade do sulco)
(Tabela III)
29
A quantidade de micro revestimento para o preenchimento da trilha ou sulco se baseia
na seguinte regra: “Para cada 25mm de espessura da mistura de micro revestimento aumente
3 a 6mm de coroamento para permitir a compactação pelo tráfego e corrigir o sulco”.
A Figura 1 indica o emprego desta regra.
Superfície da mistura do micro revestimento
aumento
Superfície original
Profundidade do sulco na trilha
Sulco na trilha
Figura 1
O consumo de micro revestimento para corrigir a trilha é fornecido na Tabela III, em
função da profundidade do sulco.
Tabela III
PROFUNDIDADE DO
SULCO OU TRILHA
12,5 à
19,0 à
25,0 à
32,0 à
QUANTIDADE NECESSÁRIA
DE MICRO REVESTIMENTO
19,0 mm
25,0 mm
32,0 mm
38,0 mm
4.
EXECUÇÃO DO MICRO REVESTIMENTO
4.1
Preparação da superfície
9
11,5
12,5
14,5
à
à
à
à
13,5 kg/m2
16,0 kg/m2
17,5 kg/m2
18,0 kg/m2
A preparação da superfície para aplicação do micro revestimento é basicamente a aquela
para aplicação da lama asfáltica.
Exceção aos sulcos e depressões com profundidade de até 50 mm, porque o micro
revestimento pode ser aplicado em camadas de até 50 mm, corrigindo estes defeitos.
4.2
Dosagem e mistura
O micro revestimento é preparado e aplicado sobre o pavimento existente com um
equipamento “dosador – misturador – espalhador” que dosa todos os componentes
volumétricamente, mistura -os e espalha a mistura sobre uma superfície de forma continua.
A Figura 2 apresenta um modelo deste equipamento.
30
Figura 2
A Figura 3 apresenta o esquema de operação deste equipamento. Nesta figura os pontos
assinalados por números, indicam partes componentes do equipamento:
1 - Silo para deposito do agregado
2 - Silo para deposito do filler
3 - Deposito de aditivo
4 - Dosador volumétrico do agregado
5 - Dosador da emulsão asfáltica
6 - Dosador de água e aditivo
7 - Misturador do tipo “pugmill” com dois eixos gêmeos, paralelos com
braços e sapatas, girando em sentidos opostos.
8 - Saída do micro revestimento do misturador.
9 - Caixa de espalhamento
10 - Micro revestimento espalhado com cor inicial marrom
11 - Barra para pulverização de água, para umedecer a superfície em que será
aplicado o micro revestimento.
1
1) Silo do agregado
2) Silo do filler mineral
3) Depósito do aditivo
4) Dosador volumétrico do agregado
5) Dosador da emulsão asfáltica
6) Dosador da água e aditivo
7) Misturador
8) Micro revestimento
9) Caixa de espalhamento
10) Cor: inicial – marrom
final - preto
11) Barra de pulverização de água
sobre a superfície
2
5
3
4
Figura 3
7
9
8
6
7
11
10
31
Como a produção do equipamento é medida em termos volumétricos, e a composição do
micro revestimento é feita na base gravimétrica, há necessidade de se estabelecer para o agregado
e o filler, uma correlação entre as aberturas dos dosadores destes materiais e o peso que passa por
elas por hora. É a “calibração dos dosadores”: relação entre a abertura dos dosadores e o peso de
material que passa por ela por hora.
4.3
Espalhamento do micro revestimento
O micro revestimento é espalhado ou aplicado à superfície do pavimento, na
consistência de uma lama, por meio de uma “caixa de espalhamento”.
Usam – se dois tipos de caixas:
a) Uma para aplicação do micro revestimento na largura da meia pista, figuras 4
e 5. Estas caixas, semelhantes as para espalhamento da lama asfáltica, são
equipadas com eixos helicoidais, localizados transversalmente com o objetivo
de distribuir o micro revestimento uniformemente em toda a largura de
espalhamento.
b) Outro tipo de caixa para aplicação do micro revestimento somente em sulcos
longitudinais, produzidos pelo tráfego dos veículos, Figura 6.
Figura 4
32
Figura 5
Figura 6
Este tipo de caixa é especialmente projetada com dois eixos helicoidais inclinados em
relação a direção de deslocamento com o objetivo de produzirem a movimentação das partículas,
colocando as de maiores tamanhos na parte mais profunda dos sulcos para dar maior estabilidade
nos trilhos das rodas. As partículas menores são deslocadas para as bordas da camada de micro
revestimento, que são automaticamente chanfradas, eliminando degraus na borda.
Esta caixa permite regular, mecânica ou hidraulicamente, a superfície de espalhamento
na forma de coroamento, tendo a maior espessura no centro dos sulcos. Este aumento de
espessura deve estar de acordo com a Tabela III e Figura 1 e tem por finalidade, após a
compactação pelo tráfego, deixar a superfície sem ressaltos ou depressões, corrigindo o sulco.
A Figura 7 apresenta a distribuição do micro revestimento nos sulcos, sem problemas
estruturais, produzidos longitudinalmente pelas cargas dos veículos.
33
Figura 7
A marcação de uma linha guia para orientar o equipamento no seu deslocamento é
indispensável. O bordo do pavimento existente, ou cordão podem ser utilizados para este fim.
A velocidade de operação do equipamento deve ser mantida uniforme e igual à definida
pela formula :
P
v
 . t MR
Onde :
4.4
v : velocidade do caminhão
P : produção horária de micro revestimento, em peso
 : largura de espalhamento do micro revestimento
tMR: taxa de aplicação do micro revestimento
Juntas
PARTE REMOVIDA COM A RETIRADA DO PAPEL
1 a 2cm
As juntas podem ser longitudinais e transversais.
As juntas longitudinais ocorrem quando a largura de espalhamento é menor que a
largura da superfície a ser coberta pela lama asfáltica. Nestas juntas longitudinais nunca pode
ocorrer falta de material e é admitida uma superfície porosa entre duas aplicações adjacentes até
a largura de 7,5 centímetros. Cuidados manuais à vezes são necessários para chanfrar a borda do
segundo espalhamento sobre o primeiro, eliminando um ressalto longitudinal.
As juntas transversais surgem por paralisações do espalhamento e devem ser reduzidas a
um número mínimo. A utilização de feltro ou papel para proteger o espalhamento anterior deve
permitir uma superposição de espalhamento de 1 a 2cm, Figura 8.
JUNTA TRANSVERSAL
PAPEL OU FELTRO DE PROTEÇÃO
Figura 8
SENTIDO LONGITUDINAL
34
4.5
Cura
O micro revestimento deve ser protegido da ação prejudicial do tráfego, por um tempo
necessário à cura da emulsão para que a mistura não grude nos pneus dos veículos.
A condição ideal é permitir o tráfego de veículos somente depois da cura completa do
micro revestimento.
35
CONSERVAÇÃO DE ROTINA
Eng° Pery C. G. de Castro
Setembro/2009
PARTE 3 - CONSERVAÇÃO DE ROTINA
1.
Introdução
A conservação de rotina é para corrigir os defeitos que surgiram no pavimento.
Além dos recapeamentos vistos na conservação preventiva, que visam a retardar o
aparecimento dos defeitos, a conservação de rotina utiliza também tratamentos específicos aos
diferentes tipos de defeitos.
Nesta conservação há possibilidade de ser dada uma solução definitiva ou um
tratamento provisório ou temporário. Neste último caso, após um período de tempo os defeitos
originais retornarão.
2.
Conservação das áreas com defeitos devidos à Instabilidade
A instabilidade de uma mistura asfáltica depende de três elementos:
a) atrito
fornecido pelo agregado
b) coesão
fornecida pelo asfalto
c) espaço interno vazios de ar da mistura
Quando um ou mais destes elementos não estiverem adequados ao tráfego previsto, a
mistura torna-se instável, resultando em algum tipo de defeito desta categoria.
Para corrigir de forma permanente os defeitos oriundos da instabilidade devemos mexer
nos componentes da mistura. Isto significa remove-la, estuda-la e corrigi-la retornando a pista
com características adequadas para suportar o tráfego previsto.
O estudo da mistura problema pode definir a porcentagem de asfalto e/ou sua
granulometria, como responsáveis. Não determina a quantidade de agregado de superfície polida
36
e às vezes sem arestas (como ocorre nas areias naturais) responsáveis pela redução de
estabilidade da mistura.
Por esta razão a correção da granulometria só poderá se processar pelo acréscimo de
material britado e nunca pela adição de areia natural. Este é um processo de reciclagem.
Ou, então, remover a mistura existente e substituí-la por uma nova mistura com
características de estabilidade para o tráfego previsto.
Esta é a solução definitiva para o caso de costeletas, ondulações e sulcos ou trilhos e
escorregamentos oriundos da instabilidade da mistura.
A solução alternativa consiste em emparelhar a superfície removendo por ripagem ou
patrolagem as partes altas do pavimento e recobrindo toda a superfície com uma camada de
mistura asfáltica com a granulometria de uma das faixas granulométricas apresentadas na Tabela I.
Ainda, no caso de corrugações, uma solução temporária, quando a espessura do
revestimento for da ordem de 5cm ou maior, é aplainar a superfície por meio de um heater
planer, Figura 1, que produz a queima do asfalto eliminando, em parte, a causa e a corrugação.
As corrugações, mais raramente, podem ocorrer com tratamento superficial. Neste caso
a solução corretiva satisfatória consiste em escarificar o revestimento e a base numa
profundidade de 10cm, mistura-los e recompactar a mistura. Colocar um novo revestimento.
No caso de defeitos resultantes da instabilidade surgirem em pequenas áreas, (junto de
sinaleiras), sob a forma de ondulações ou corrugações ou escorregamentos ou sulcos, a solução é
a remoção do revestimento nestas áreas e substituições por uma mistura com uma das
granulometrias
indicadas e com teor de areia natural inferior a 10%, seguindo o processo executivo indicado
para remendos.
Tabela I
% QUE PASSA
PENEIRA
25mm
19mm
12,7mm
9mm
nº4
nº8
nº30
nº200
FAIXA I
FAIXA II
FAIXA III
100
80 – 100
55 – 75
35 – 50
18 – 29
4 - 10
100
80 – 100
70 – 90
50 – 70
35 – 50
18 – 29
4 - 10
100
80 – 100
60 – 80
48 – 65
35 – 50
19 – 30
0-8
Figura 1
37
3.
Caso de trincas (fraturas)
Existe uma grande variedade de tipos de defeitos enquadrados neste grupo com
diferentes causas. Alguns tipos de defeitos não podem ser controlados pelo engenheiro e a
solução é saber conviver com eles.
Alguns destes defeitos são de causa estrutural e devem ter tratamento específico. Outros
tipos de trincas não são de causa estrutural. O tipo de conservação é o mesmo para ambos os
casos.
No caso de trincas oriundas de causa estruturais, para uma solução definitiva é preciso
mexer, de qualquer forma na estrutura do pavimento.
O principal tipo de trinca deste grupo é a do tipo couro- de-jacaré .
3.1
Trinca tipo couro-de-jacaré
As trincas deste tipo têm como causa a fadiga do pavimento devido às
sucessivas deformações elásticas sofridas pelo pavimento com as passagens dos eixos dos
veículos.
A deformação elástica pode ser resultante do somatório das deformações elásticas das
diversas camadas da estrutura do pavimento ou a excessiva deformação elástica de uma das
camadas.
A conservação neste tipo de defeito pode adotar solução permanente ou temporária.
3.1.a
Solução permanente
Como solução permanente, temos duas alternativas:
(1) Recapeamento com uma espessura tal que reduza as deformações elásticas
a um nível admissível definido pelo material e a espessura de sua camada.
Esta alternativa é empregada em grandes áreas e em locais em que é
possível elevação do greide da estrada, ou rua.
(2) Definir a camada responsável e removê-la. É uma alternativa para pequenas
áreas ou grandes áreas em que não pode ocorrer elevação do greide da
estrada.
Esta alternativa consiste:
a) Remoção da estrutura do pavimento, até e
incluindo a camada responsável pelo
defeito.
Cortar o pavimento, verticalmente, na
forma de quadrado ou retângulo que
envolva toda a área trincada, sem que fique
com as bordas soltas, Figura 2.
Figura 2
38
b)
Aplicar uma pintura asfáltica nas faces
verticais usando asfalto do tipo CR ou
emulsão, Figura 3.
Figura 3
c) Para reencher o local da escavação use a seguinte orientação:
0
Mistura Asfáltica (concreto asfáltico)
10cm
Base Granular
ESPESSURA
DE
ESCAVAÇÃO
30cm
a3
Areia grossa
Figura 4
Fundo
Se a profundidade removida for de 20cm a 30cm, use debaixo da
mistura asfáltica uma camada de base de brita densa. No caso de
profundidades maiores use abaixo da base de brita densa uma camada
de areia até o fundo da escavação, Figura 4.
As camadas de base e areia devem ser compactadas com placa
vibratória, separadamente.
d) Sobre a camada de base aplicar uma pintura asfáltica (imprimação)
com uma taxa de 1,2 à 1,5  /m2 usando asfalto MC-30 ou RC-70.
e) Para que a superfície da mistura asfáltica fique no mesmo plano que o
restante da pista é aconselhável reguar a superfície da mistura
espalhada, assegurando que sua espessura espalhada (es) seja 1,25
vezes a espessura da camada após a compactação.
Na prática isto é obtido colocando na régua dois calços com uma
espessura igual a 0,25 da espessura compactada, figuras 5 e 6.
39
Figura 5
RÉGUA
es = 1,25 ec
ESCAVAÇÃO
MISTURA
ASFÁLTICA
ESPALHADA
ec = ESPESSURA
COMPACTADA
Figura 6
DA MISTURA
ASFÁLTICA
f) A compactação deve ser executada com rolos vibratórios. Para áreas
pequenas pode-se usar o vibratório de deslocamento manual, Figura 7.
Na primeira passada e retorno
o rolo deve cobrir, no máximo
15cm do remendo, junto à sua
borda, permanecendo o restante do
rolo sobre a superfície do
pavimento existente. Isto será
repetido no lado oposto do
remendo.
Após, a compactação se dá por
passadas e retornos sucessivos,
cobrindo de cada vez uma nova
faixa da ordem de 15cm.
Figura 7
3.1.b
Solução temporária
É aquela em que a causa do trincamento permanece, mas serão tomadas medidas que
permitem manter o pavimento com boas condições de rolamento, com pouca conserva, por
vários meses.
Temos três tipos de soluções:
(1) Remendos finos em áreas com trincas com largura maior que 3mm;
(2) Aplicação duma capa selante (tratamento superficial) em áreas com trincas
finas com largura inferior a 3mm; e
(3) Aplicação de uma camada de lama asfáltica.
40
(1) Remendos finos
Esta solução, de remendar a superfície com uma mistura asfáltica fina, é utilizada
quando as trincas têm largura de 3mm ou mais.
a) Inicialmente abre-se no revestimento uma valeta, estreita e rasa (4x2cm),
com faces verticais formando um quadrado ou retângulo envolvendo toda
a área a ser remendada, Figura 8. Limpe a área trincada com vassouras.
b) A seguir coloque um pouco de massa asfáltica fina sobre a área trincada e
por meio de um vassourão desloque esta massa sobre a superfície
trincada para que ela penetre nas trincas, Figura 9.
Figura 8
Figura 9
c) Compacte a mistura com rolo
ou placa vibratória, Figura 10.
Figura 10
41
d) Aplique uma pintura de ligação,
usando asfalto CR ou emulsão
asfáltica RR na taxa 0,5  /m 2 ,
Figura 11.
Figura 11
e) Coloque um remendo fino (de pouca espessura) com a
granulometria da faixa I, misturado à quente com
CAP 20.
Preencha com esta mistura as trincas da área,
removendo com rodo ou ancinho fino as partículas
maiores, Figura 12.
Figura 12
f) Compacte com uma placa vibratória ou rolo vibratório
seguindo a sistemática indicada no item 3.1-a, solução
permanente, Figura 13.
Figura 13
(2) Tratamento superficial (capa selante)
Tem o objetivo de selar as trincas superficiais com largura superior a 3mm e
proteger a superfície trincada da ação abrasiva do tráfego.
Com a penetração do asfalto nas trincas procura-se, também, aglutinar ou unir
os diversos fragmentos do revestimento asfáltico, aumentando sua durabilidade
As etapas envolvidas neta solução temporária são:
42
a) Limpeza da área trincada por meio de vassouras.
b) Aplique asfalto líquido ou emulsão RR ou RM na taxa em torno de
1  /m2, Figura 14. Se a superfície estiver muito trincada aumente a taxa
porque as trincas absorverão parte do asfalto, Figura 15.
Nestas juntas de pouca largura não use CAP. Ele poderá esfriar
rapidamente, vedando a superfície da trinca sem penetrar em seu interior.
Neste caso não há aglutinação das partes e em pouco tempo a trinca
ressurgirá, Figura16.
c) Imediatamente após a aplicação do asfalto aplique manualmente uma
camada fina de agregado com tamanhos entre 6 e 2mm, Figura 17.
d) Em seguida à aplicação, role o agregado com rolo de pneus,
preferencialmente, ou rolo liso, Figura 18.
e) Evite tráfego sobre o remendo até a cura total do asfalto. Antes de curado o
asfalto líquido desenvolve coesão muito baixa que não propicia condições
de manter unidas as partículas do agregado sob a ação do tráfego.
ASFALTO LÍQUIDO
CAMADA
TRINCA
ENCHIMENTO DA
TRINCA
CAMADA
Figura 15
CAP
CAMADA
TRINCA
Figura 14
Figura 16
Figura 17
Figura 18
43
(3) Lama asfáltica
A lama asfáltica, pela sua composição e consistência, sela e penetra nas trincas
aglutinando os fragmentos do pavimento.
Propicia ainda uma superfície resistente à abrasão.
É uma solução temporária. As trincas ressurgem entre 6 a 12 meses, porém em
largura menor que as originais.
Na Figura 19, vê-se um trecho de estrada severamente trincado (couro-dejacaré). Numa meia pista foi aplicada uma lama asfáltica e na outra aparece o
estado do revestimento trincado.
Figura 19
3.2
Vários tipos de trincas
Existem vários tipos de trincas que não são devidas a problemas na estrutura do
pavimento, mas a várias diferentes causas. A conservação delas se dá por meio de um mesmo
processo.
Neste grupo temos:
Trincas de bordo
Trincas na junta longitudinal
Trincas de reflexão
Trincas resultantes do alargamento da pista
Trincas devido ao asfalto quebradiço
3.2.1
Trincas com largura maior que 3mm
Quando as trincas têm mais de 3mm de largura elas são tratadas pelo seguinte processo:
a) Limpeza da trinca com vassoura de
cerdas duras e se necessário use ar
comprimido. Figura 20.
Figura 20
44
Enchimento da trinca com asfalto líquido de cura
rápida ou emulsão de RL ou RM, utilizando um
regador de bico fino, Figura 21, ou equipamento
especifico para o enchimento das trincas com asfalto,
Figura 21a.
Figura 21
Figura 21a
Utilizando um rodo com formato de U, forçar a
entrada do asfalto na junta e remover o excesso
de asfalto da superfície, Figura 22.
Figura 22
c) Derrame sobre a superfície da trinca enchida
com asfalto, uma porção de areia ou pedrisco
seco, para evitar a retirada do asfalto pelos
pneus dos veículos, Figura 23.
Figura 23
45
3.2.2
Trincas com largura menor que 3mm
Estas trincas são difíceis de vedar. Use o mesmo processo anterior, empregando
emulsão de RM ou RL, diluída em partes iguais com água.
3.2.3
Trincas de escorregamento
Resulta do deslocamento duma camada fina do revestimento sobre a que lhe serve de
apoio (base ou camada de ligação ou superfície dum pavimento velho).
As causas são: falta de inércia da camada associada à falta de ligação do revestimento a
camada que lhe serve de apoio.
Este defeito ocorre em áreas restritas. A conservação definitiva destas áreas se dá da
seguinte forma.
a) Deve-se remover a área trincada cortando um
quadrado ou retângulo que abranja toda a
extensão do problema.
O corte deve ser vertical, Figura 24.
Figura 24
b) Remoção da camada de revestimento onde
ocorre o problema e limpeza da superfície
exposta da camada de apoio para
o
revestimento utilizando vassouras de cerdas
duras, Figura 25.
Figura 25
c) Aplicação duma pintura de ligação com asfalto
CR70 ou emulsão de RR numa taxa inferior a
0,5  /m2.
Se a taxa for elevada a película de asfalto
em lugar de unir as camadas, funciona como
lubrificante
propiciando
condições
ao
ressurgimento do problema, Figura 26.
Figura 26
46
d) O local da remoção da camada é reenchido
com uma mistura asfáltica à quente,
Figura 27.
Figura 27
Figura 28
3.2.4
e) O material é emparelhado com uma régua que
permita à superfície da camada espalhada
ficar acima da superfície do pavimento
circundante.
Para que não ocorra nem ressalto em
depressão no remendo concluído, a espessura
da camada espalhada, deve ser 1,25 da
espessura da nova camada do revestimento,
Figura 28
f) Compactação do remendo.
Trincas de contração
São devidas à mudança de volume da mistura asfáltica ou da base ou do subleito,
Figura 29.
O tratamento deste tipo de trinca consiste:
Figura 29
a) Remover todo material solto da trinca e da
superfície do pavimento com vassouras.
b) Umedecer a superfície do pavimento e as faces
das trincas.
c) Aplicar uma pintura de ligação com emulsão
asfáltica diluída, em partes iguais, com água. A
taxa de emulsão depende da quantidade de
trincas que apresenta o pavimento.
Considerar como valor básico 0,5  /m2 de
emulsão.
d) Derrame uma lama asfáltica nas juntas e espalhe
com um rodo manual.
e) Quando a emulsão romper e estiver firme
aplique em toda a superfície ou um tratamento
superficial ou uma camada de lama asfáltica.
Figura 29.
47
4.
Caso de desintegração
Neste grupo temos três tipos de defeitos:
Desgaste superficial
Desagregação em linhas paralelas
Panelas
4.1
Desgaste superficial
O tratamento a ser dado depende das condições da superfície do pavimento.
a) Se a superfície não se apresentar áspera ou irregular:
1) Limpar a superfície removendo o pó e fragmentos soltos
2) Aplicar um tratamento superficial ou lama asfáltica
b) Se a superfície se apresentar áspera e irregular, devido à remoção de fragmentos
do pavimento:
1) Limpeza da superfície
2) Aplicação duma pintura de ligação com emulsão RR na taxa de 0,5  /m2.
Para facilitar a aplicação desta taxa, a emulsão pode ser diluída em partes
iguais de água.
3) Recapeamento da superfície com uma mistura asfáltica: pré misturado, ou
concreto asfáltico, ou micro revestimento.
Pode-se, também, executar sobre o pavimento existente uma camada de
macadame asfáltico.
4.2
Desagregação em linhas paralelas
Este tipo de defeito ocorre com revestimento do tipo tratamento superficial e é devido à
uma deficiência de distribuição de asfalto, por regulagem incorreta da barra do caminhão de
asfalto.
O tipo de conservação neste caso, é cobrir os
pontos de desagregação com uma mistura asfáltica
fina se as áreas em que ocorre a desagregação
forem pequenas.
Se o defeito ocorre em várias linhas, o reparo
satisfatório
é
remover
o
revestimento,
escarificando-o junto com a base até a profundidade
de 10cm. Compactar o conjunto e executar,
corretamente, novo tratamento.
É mais fácil evitar este tipo de defeito do que
corrigi-lo, Figura 30.
Figura 30
48
4.3
Panelas
È uma desagregação de grandes proporções que atinge o revestimento e até a base do
pavimento, Figura 31, podendo em alguns casos atingir profundidades maiores.
Figura 31
Borda da escavação
O reparo deste tipo de defeito pode ser realizado de duas formas:
a) Reparo permanente
b) Reparo emergencial
4.3.1
Reparo permanente
Será executado basicamente , com o mesmo processo da solução permanente,
item 2, para o caso de trincas couro-de-jacaré.
O reparo permanente da panela está
esquematizado na Figura 32.
(1) Indica o perfil da panela.
(2) Remoção das partes soltas ou frouxas do
revestimento e base por meio de escavação
com formato quadrado ou retangular
abrangendo a panela.
As paredes da escavação devem ser
verticais, e não apresentar material solto.
(3) Pintura de ligação com emulsão RR ou
asfalto CR.
(4) Enchimento da escavação com mistura
asfáltica. A espessura da camada espalhada
deve ser 1,25 da profundidade da
escavação.
(5) Remendo pronto, no mesmo nível do
pavimento circundante, após a rolagem.
Figura 32
49
4.3.2
Reparo emergencial
O reparo permanente da panela é um serviço demorado.
A necessidade de eliminar as panelas, em grande número, e após um período climático
desfavorável, leva a uma correção emergencial deste tipo de defeito.
a) Ele consiste em limpar e secar o buraco da panela utilizando uma vassoura de
cerdas duras, Figura 33. Nesta operação devem ser removidas as partes soltas do
pavimento.
b) Aplicação duma pintura de ligação com emulsão ou asfalto CR.
c) Colocação de uma mistura asfáltica, de preferência à quente.
d) Compactação com placa ou rolo vibratório, Figura 34.
Figura 33
5.
Figura 34
Defeitos associados ao conforto e à segurança do usuário
Este grupo está constituído:
a) Deformações superficiais
b) Superfícies derrapantes quando úmidas
5.1
Deformações superficiais
5.1.1
Sulcos e depressões
Sob este título estão as deformações superficiais resultantes do afundamento da
superfície do pavimento, resultando numa depressão em relação à superfície restante do
revestimento.
50
a) Utilizando uma régua, marque os
limites da deformação, utilizando giz ou
lápis de cera, Figura 35.
b) Manualmente
ou
com
pequeno
equipamento de ripagem, faça um
rebaixo junto ás bordas do quadrado ou
retângulo que envolvem a depressão,
Figura 35, na profundidade máxima de
2 a 3 centímetros.
Limite da depressão
Superfície deformada
rebaixo
Figura 35
c) Limpe a área a ser remendada
utilizando vassoura ou ar comprimido,
Figura 36.
d) Aplique uma pintura de ligação usando
emulsão RR na taxa de 0,5 /m 2
Figura 36
e) Em seguida distribua a mistura asfáltica
e regulariza com uma régua, Figura 37.
Figura 37
f) Compacte o remendo com rolo ou placa
vibratória,
51
f) Compacte o remendo com rolo ou placa
vibratória, Figura 38.
Figura 38
g) Na área da depressão corrigida aplique uma
pintura uniforme com emulsão RR, na taxa
de 1,0/m 2 e cubra com uma camada de
areia ou pedrisco, Figura 39.
Isto tem por finalidade impermeabilizar
a superfície do remendo.
Figura 39
5.1.2
Deformações resultantes da ruptura do pavimento
Para a região atingida é dado o mesmo tratamento indicado para trincas couro-dejacaré, item 3.1.a, solução permanente.
5.2
Superfícies derrapantes quando úmidas
Estão incluídas aqui as superfícies em que por exsudação ou perda do agregado, o
asfalto chegou à superfície impedindo o contato dos pneus com o agregado. Estas superfícies
sem atrito são derrapantes, quando úmidas.
É raro o caso em que a superfície tornou-se derrapante devido ao polimento do
agregado pelo tráfego.
Os defeitos mais comuns são:
1) Espelhamento
2) Exsudação
O espelhamento e a exsudação podem ser corrigidos pelos mesmos processos.
52
a) Processo A: Utilização de agregado quente
Este processo consiste em aplicar nas áreas afetadas uma camada de agregado
quente, seguida de rolagem.
Os passos deste processo são:
a) Aplicar na superfície uma camada de brita uniforme com tamanho máximo
de 10mm.
Este agregado, isento de pó, deve estar numa temperatura entre 150ºC e
180ºC e espalhado numa taxa de 6 a 8kg/m2;
b) Imediatamente após o espalhamento role o agregado com rolo de pneus;
c) Quando o agregado estiver frio, remova por varredura o excesso das
partículas; e
d) Se for necessário, repita o processo.
b) Processo B: Utilização do aplainador a calor (heat planer)
Este equipamento está constituído por uma placa de aço aquecida por maçaricos,
montada num trator adaptado, Figura 40.
A movimentação desta placa se dá por comando hidráulico. A chapa quente ao
entrar em contato com o asfalto produz sua queima e dilatação. Isto significa que, pela
dilatação térmica, mais asfalto virá para a superfície e será queimado, removendo desta
forma o excesso de asfalto.
As etapas deste processo são:
a) Remoção da película de asfalto com
o plainador a calor
b) Não faça nada na superfície
resultante
c) Aplique ou uma mistura asfáltica ou
um tratamento superficial.
Figura 40
c) Processo C: Para grandes áreas
Espalhe em toda a largura da pista uma camada de pré misturado aberto com
espessura da ordem de 4cm, a quente.
Tamanho máximo do agregado: 20mm
Imediatamente após a aplicação do pré misturado, execute a rolagem (rolo de
pneus ou rolo liso).
Após esfriar aplique uma camada de concreto asfáltico, 3 a 4cm, ou tratamento
superficial ou uma camada de lama asfáltica.
53
O pré misturado aberto possui elevada porcentagem de vazios de ar de grande
tamanho.
O calor do pré misturado (150ºC) fluidifica a película de asfalto superficial.
A rolagem obriga este asfalto a subir e ocupar parte dos poros inferiores do pré
misturado.
A camada colocada sobre o pré misturado visa a impermeabilizá-lo.
6.
EQUIPAMENTOS USUAIS NA CONSERVAÇÃO DE ROTINA
Existe um grupo de equipamentos de pequeno porte que são muito úteis na conservação
de rotina.
Entre eles:
a) Caldeira para aquecimento e aplicação manual do asfalto, Figura 41
b) Distribuidor de asfalto rebocável, Figura 42
c) Placa vibratória, Figura 43
d) Fresadora manual, Figura 44
e) Rolo vibratório manual, Figura 45
Figura 41
CALDEIRA PARA AQUECIMENTO E APLICAÇÃO
MANUAL DO ASFALTO
Figura 42
DISTRIBUIDOR DE ASFALTO REBOCÁVEL
54
PLACA VIBRATÓRIA
Figura 43
PEQUENA FREZADORA
Figura 44
ROLO VIBRATÓRIO
MANUAL
Figura 45
55
INSTABILIDADE
SOLUÇÃO PERMANENTE : Corrugações, ondulações e sulcos
•
•
Remoção da camada asfáltica
instável
Substituição
a) Reciclagem
b) Mistura nova estável
SOLUÇÃO TEMPORÁRIA
ALTERNATIVA A : para corrugações, ondulações e sulcos
1) Remoção dos ressaltos e superfícies elevadas por meio de,
fresagem, patrolagem ou manual; e
2) Cobrir toda a superfície com uma camada de mistura
Asfáltica.
ALTERNATIVA B : para corrugações em camadas com 5cm
ou menos de espessura.
- Aplainar a superfície com heater planer
ALTERNATIVA C : para corrugações em tratamentos
superficiais
- Escarificar o revestimento e a base na espessura de
10cm, misturá-los e, compactar esta mistura
- Colocar novo revestimento
56
57
TRINCAS COURO-DE-JACARÉ
(Fadiga)
SOLUÇÃO PERMANENTE OU DEFINITIVA
•
•
•
•
•
•
Remoção da estrutura
Pintura das faces verticais
Estrutura de reposição sugerida
Aplicação de uma pintura de imprimação
Reguando a superfície do revestimento
Compactação
TRINCAS COURO-DE- JACARÉ (Fadiga)
SOLUÇÃO TEMPORÁRIA OU PROVISÓRIA
Trincas Maiores Que 3mm
A – REMENDOS FINOS
1) Abertura valeta 2 x 4 cm
2) Fechamento das trincas com massa asfáltica
3) Compactação
4) Pintura de ligação
5) Espalhamento da massa asfáltica – granulometria, Tipo I
6) Compactação
B – TRATAMENTO SUPERFICIAL (Capa selante)
1) Limpeza da área
2) Aplicação de asfalto líquido
3) Distribuição do agregado com tamanho de 6 a 12mm
4) Rolagem
5) Entrega ao tráfego
C – LAMA ASFÁLTICA
58
VÁRIOS TIPOS DE TRINCAS
-
de bordo
de junta longitudinal
de alargamento de pista
de asfalto quebradiço
A - TRINCAS COM LARGURA MAIOR QUE 3mm
a) Limpeza da pista
b) Enchimento: manual
mecânico
uso do rodo em U
c) Cobertura com agregado
B - TRINCAS COM LARGURA MENOR QUE 3mm
Mesmo tratamento que item A, porém usando
emulsão diluída em partes iguais com água.
TRINCAS DE ESCORREGAMENTO
•
•
•
•
•
•
Corte do revestimento
Remoção do revestimento e limpeza
da área
Aplicação da pintura de ligação
Reenchimento com mistura asfáltica
Reguagem da massa
Compactação
59
TRINCAS
•
•
•
•
DE CONTRAÇÃO
Remover todo o material solto da trinca e da
superfície circundante
do pavimento
Umedecer as faces das trincas e superfície
adjacente do pavimento
Aplicar pintura de ligação com emulsão
diluída em partes iguais com água.
Espalhar lama asfáltica tipo I
com rodo
nas trincas
Complete após a ruptura da emulsão,
aplicando sobre toda a superfície lama
asfáltica ou tratamento superficial
60
DESINTEGRAÇÃO
DESGASTE SUPERFICIAL
A) Superfície sem aspereza e sem irregularidades
1 - Limpeza
2 – Tratamento superficial ou lama asfáltica
B) Superfície áspera e irregular
1 - Limpeza
2 - Pintura de ligação
3 - Recapeamento fino
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DESINTEGRAÇÃO
DESAGREGAÇÃO EM LINHAS PARALELAS
a) Se forem áreas pequenas : remendar
b) Se forem
1)
2)
3)
4)
áreas extensas:
Escarificar 10cm
Misturar revestimento/ base
Compactar
Novo tratamento superficial
DESINTEGRAÇÃO
PANELAS
a) Reparo permanente
Esquema de correção
b) Reparo emergencial
(1) Limpar e secar o local
(2) Pintura de ligação
(3) Colocação da mistura
(4) Compactação
62
63
SUPERFÍCIES DERRAPANTES
Defeitos : Espalhamento e exsudação
PROCESSO A
1) Aplicar camada de agregado a 180ºC .
2) Rolagem.
3) Remoção do excesso do agregado.
PROCESSO B
1) Remover película superficial do asfalto usando heater planer
2) Aplicar um tratamento superficial ou recapeamento com
massa asfáltica .
PROCESSO C
1) Espalhar camada de pré misturado aberto a quente.
2) Rolagem.
3) Cobertura com tratamento superficial, lama asfáltica ou
concreto asfáltico.
Revisado em setembro de 2009
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a - lama asfáltica