PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS CENTRO DE ESTUDOS DE ENFERMAGEM E NUTRIÇÃO ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR E MARKETING EM SAÚDE ANA PAULA CINTRA STIVAL JULIANA TEIXEIRA DE OLIVEIRA ROCHA O EXERCÍCIO DA LIDERANÇA EM ENFERMAGEM GOIÂNIA 2013 ANA PAULA CINTRA STIVAL JULIANA TEIXEIRA DE OLIVEIRA ROCHA O EXERCÍCIO DA LIDERANÇA EM ENFERMAGEM Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao curso de pós-graduação em MBA, como requisito para a obtenção do grau de especialista em Administração Hospitalar e Marketing em Saúde. ORIENTADOR: PROF. DR. XISTO SENA PASSOS GOIÂNIA 2013 SUMÁRIO Ofício 01/2013 ..................................................................................................... 2 O EXERCÍCIO DA LIDERANÇA EM ENFERMAGEM ....................................................... 3 INSTRUÇÕES PARA PUBLICAÇÃO DE MANUSCRITOS Revista do CEEN ........................ 16 2 Ofício 01/2013 Ao Curso de Pós-Graduação em MBA - Administração Hospitalar e Marketing na Saúde – CEEN A/C Enfa Renata Vieira A par de cumprimentá-la, vimos por meio deste, encaminhar nosso artigo cujo título é: O Exercício da Liderança em Enfermagem o qual é quesito obrigatório para a conclusão do Curso de Pós-Graduação em MBA - Administração Hospitalar e Marketing na Saúde. Eu, Professor Xisto Sena Passos (orientador) residente à Rua T-37 no 3400; Setor Bueno – Goiânia, Goiás, e-mail: [email protected] Fone: (62) 9972-4158. Eu, Enf. Ana Paula Cintra Stival , residente à Rua Pedro Pio, Qd. 43, lt 1B, Centro, Inhumas- Goiás, e-mail: [email protected] Fone: (62) 8542- 5560 _____________________________________________________________________ Eu, Adm. Juliana Teixeira de Oliveira Rocha, residente à Rua RB 56A, Qd. 56, Lt 73, casa 1 Residencial Recanto do Bosque, Goiânia-Goiás, e-mail: [email protected] Fone: (62) 8523-2601. ____________________________________________________________________ Sem mais para o momento, agradecemos 3 O EXERCÍCIO DA LIDERANÇA EM ENFERMAGEM THE EXERCISE OF LEADERSHIP IN NURSING EJERCICIO DEL LIDERAZGO EN ENFERMERÍA PASSOS, Xisto Sena 2;STIVAL,C.; Ana Paula; ROCHA,T.,O, Juliana 3 Especialização em MBA Administração Hospitalar e Marketing em Saúde pelo Centro de Estudos de Enfermagem e Nutrição / Universidade Católica de Goiás, Goiânia, 2013. RESUMO: As instituições de saúde no Brasil são compostas majoritariamente por hospitais privados. Constituindo-se como empresas, estas organizações objetivam lucros. Diante de tantos avanços científicos e tecnológicos estas empresas são levadas a acompanhar de forma paralela a tudo. Inclusive contanto com um novo perfil de profissionais. São exigidos dos profissionais a competência, honestidade, compromisso e principalmente a liderança. Na gestão em enfermagem o trabalhar com e através de colaboradores, constitui a parte integral da liderança em enfermagem. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica e de aspecto integrativo sobre a execução da liderança nas instituições de saúde pela enfermagem. Foi realizada uma pesquisa em artigos científicos publicados no período de 2000 a 2012, tendo como descritores a liderança, gestão e administração hospitalar. Este estudo tem como objetivo identificar a percepção de liderança do enfermeiro e analisar a dimensão imaginativa da equipe de enfermagem sobre o comportamento gerencial. Identificando os objetivos comuns citados pelos autores. Palavras chave: Liderança, gestão e administração hospitalar. ABSTRACT: Healthcare institutions in Brazil are composed mainly of Private Hospitals. Constituting themselves as businesses, these organizations aim to profit. Faced with so many scientific and technological advances these companies are taken to monitor parallel to everything. Even counting on a new professional profile. Are required of professional competence, honesty, commitment and especially the leadership. In managing the nursing work with and through employees, constitutes an integral part of nursing leadership. This is a bibliographic research and integrative aspect of the implementation of leadership in health care by nurses. Research was carried out in scientific articles published in the period 2000-2012, with the descriptors leadership, management and hospital administration. This study aims to identify the forms of nursing leadership and analyze the imaginative dimension of the nursing staff about the behavior management, identifying common goals cited by the authors. 4 Keywords: Leadership, management and hospital administration Resumen: Las instituciones de salud en Brasil se componen sobre todo de los hospitales privados. Constituirse como empresas, estas organizaciones tienen como objetivo beneficiar. Ante tantos avances científicos y tecnológicos de estas empresas se toman para controlar paralelo a todo. Aunque siempre con un nuevo perfil de profesionales. Se requiere de la capacidad profesional, honestidad, compromiso y sobre todo el liderazgo. En la gestión del trabajo de enfermería con ya través de los empleados, que constituye una parte integral de la dirección de enfermería. Se trata de una investigación bibliográfica y el aspecto integrador de la aplicación de liderazgo en el cuidado de la salud de las enfermeras. La investigación se llevó a cabo en los artículos científicos publicados en el período 2000-2012, con el liderazgo, la gestión y la administración del hospital descriptores. Este estudio tiene como objetivo identificar las percepciones de liderazgo de enfermería y analizar la dimensión imaginativa del personal de enfermería en el comportamiento empresarial. La identificación de objetivos comunes citadas por los autores. Palabras clave: Liderazgo, gestión y administración del hospital. 1 Artigo apresentado ao Curso de MBA Administração Hospitalar e Marketing em Saúde do Centro de Estudos em Enfermagem e Nutrição/ CEEN/ UCG 2 Biólogo, Doutor em Medicina Tropical, docente do CEEN, e-mail: [email protected] 3 Enfermeira e administradora especializadas em Administração Hospitalar e Marketing em Saúde, e-mail: [email protected], [email protected] Keywords: Leadership, management and hospital administration 1 Introdução As instituições de saúde no Brasil são compostas majoritariamente por hospitais privados. Segundo a Federação Brasileira de Hospitais (2010), o setor hospitalar brasileiro possui cerca de 7.543 instituições, sendo 2.745 hospitais públicos, 4.671 hospitais privados e 127 universitários1. Constituindo-se como empresas, estas organizações objetivam lucros, ou seja, são instituições rígidas, com níveis hierárquicos bem definidos, organogramas, níveis decisórios etc2. Estas organizações possuem os mesmos problemas de empresas com finalidades lucrativas, como satisfazer consumidores cada vez mais exigentes, gerenciar receitas, e tendo que se preocupar com os custos e as despesas cada vez mais altas em função da necessidade de investimentos em novas tecnologias1. 5 Diante de tantos avanços científicos e tecnológicos integrados no movimento de globalização em que o mundo todo está inserido, as empresas são levadas a acompanhar de forma paralela a tudo. Em decorrência deste processo os profissionais das mais diversas áreas de atuação são exigidos que se ingressem neste novo mercado de trabalho. Os trabalhos nesta nova visão de mundo estão inseridos outros valores do que apenas competência. São exigidos dos profissionais a honestidade, compromisso e principalmente a liderança3. Portanto faz-se necessário que haja grupos de pessoas que deliberam e grupos que executam. E neste contexto a enfermagem corresponde ao um grande número de profissionais que desenvolvem o papel de deliberar as atividades e as obrigações dentro das organizações, constituindo então o papel de liderança em enfermagem. Segundo Knickerbocker (1979)4, para um grupo de pessoas se organizarem e agirem como uma unidade há a necessidade da coordenação das discussões e decisões, bem como os métodos a serem adotados. Ele considera que, para a efetividade de um plano de ação, é necessária a atuação de um indivíduo, e que à medida que aumenta a complexidade e volume das atividades dos grupos, aumenta também a necessidade de um líder. A liderança é retratada na literatura por diferentes definições, variando conforme a visão, mundo e formação do estudioso, por tanto este assunto é de natureza multidimensional com implicações de caráter social, histórico e político. Segundo Kron (1978)5 a liderança é a capacidade que as pessoas têm de influenciar a mudança, não importando o quão insignificante seja. Na gestão em enfermagem o trabalhar com e através de colaboradores, que formam as equipe, constitui a parte integral da liderança em enfermagem. Apesar de várias mudanças ocorridas na gestão em enfermagem ao longo dos anos, a liderança ainda representa a principal ferramenta do enfermeiro para a construção de laços de confiança e trabalho em equipe. O trabalho do enfermeiro é caracterizado por uma série de atividades em diversas situações, que inclui a coordenação da assistência prestada pelos colaboradores que apresenta diferenças individuais. Os líderes eficazes adéquam seu estilo de liderança as necessidades dos liderados e a situação6. 2 Objetivos O presente trabalho objetivou identificar a percepção de liderança do enfermeiro e analisar a dimensão imaginativa da equipe de enfermagem sobre o comportamento gerencial, identificando os objetivos comuns citados pelos autores, 6 conhecendo os aspectos deficientes para a inserção da liderança e levantar as possíveis soluções para exercer a liderança nas instituições. 3 Material e métodos Este estudo trata-se de uma pesquisa bibliográfica de aspecto integrativo sobre a execução da liderança nas instituições de saúde pela enfermagem. Para Ganong7 e Beya & Nicoll8 a revisão integrativa é uma estratégia para identificar e analisar as evidências existentes de práticas de saúde, quando o corpo de conhecimento científico não está suficientemente fundamentado. A metodologia adotada por Gaonng7 envolve seis etapas que são: selecionar a questão para a revisão; selecionar as pesquisas que constituirão a amostra; representar as características da pesquisa revisada; analisar os achados de acordo com os critérios de inclusão estabelecidos; interpretar os resultados; apresentar e divulgar os resultados. A revisão integrativa por ser de ampla abordagem metodológica, permite que combine todos os dados da literatura teórica e empírica, além de incorporar um vasto leque de propósitos: definição de conceitos, revisão de teorias e evidências. Assim com toda esta multiplicidade de propostas, geramos uma pesquisa consistente e compreensível que irá contribuir para o entendimento e resolução dos problemas de liderança na enfermagem9. Os estudos incluídos na revisão foram analisados de forma sistemática em relação aos seus objetivos, material e métodos, permitindo que o leitor analise o conhecimento pré-existente sobre o tema investigado. A coleta de dados foi realizada na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), em pesquisa de artigos científicos publicados no período de 2000 a 2012, tendo como descritores a liderança, gestão e administração hospitalar. O material coletado foi analisado através de fichamentos individuais de 16 artigos, no programa da Microsoft Word, onde destacou-se os pontos principais dos mesmos . Os fichamentos em questão contemplaram os itens de maior relevância como: título do artigo, título do periódico, autores, ano de publicação, instituições sedes dos estudos, tipo de publicação, características metodológicas, tipo de pesquisa, objetivos, amostra, resultados e conclusões. A fim de contemplar o objetivo proposto foram definidas cinco catergorias. 4 Resultados e Discussão Foram selecionados 16 artigos nas bases de dados Lilacs, SciELO e Bireme, relacionados aos aspectos da gestão e liderança em enfermagem. Deste total, 2/16 (12,5%) dos artigos não partiram de uma publicação específica da enfermagem, no 7 entanto, 14/16 (87,5%) artigos foram publicados em revistas de enfermagem, 10/16 (62,5%) tratavam-se de pesquisas descritiva e exploratória e apenas 4/16 (25%) em forma de revisão literária (Quadro 1). Quadro 1. Levantamento de artigos tendo como base a gestão e liderança, 2013 Ano de Tipo de Título do artigo Tipo pesquisa publicaçã publicaçã o o Análise dos estudos de controle RL NA NA Gerencial em organizações hospitalares. Gestão do conhecimento o grande RL NA GE Desafio empresarial. Planejamento de RH de enfermagem: RL 2009 EM Desafio para as lideranças. Reflexão sobre o cuidado como essência RL 2009 EM da liderança em enfermagem. Inclusão da competência interpessoal na formação RL 2004 EM do enfermeiro como gestor. Liderança: aprendizado contínuo no RL 2004 EM gerenciamento em enfermagem. As percepções dos enfermeiros acerca da PE 2009 EM liderança. O desafio da liderança para o enfermeiro. PE 2003 EM Processo de formação de enfermeiros líderes. PE 2010 Liderança situacional: análise de estilo de PE 2002 enfermeiros líderes. Gerência do processo de trabalho em PE 2006 enfermagem: liderança da enfermeira em unidades hospitalares. Comunicação entre líderes e liderados: visão dos PE 2003 enfermeiros. A instituição da liderança dos enfermeiros em PE 2005 questões de saúde. Liderança e enfermagem: elementos para PE 2004 reflexão. Liderança e comunicação: estratégias essenciais PE 2000 para o gerenciamento da assistência de enfermagem no contexto hospitalar. A visão administrativa do enfermeiro no PE 2006 macrossistema hospitalar: um estudo reflexivo. RL: revisão literária; PE: pesquisa exploratória; EN: enfermagem; GE: gestão empresarial; NA: não se aplica Os artigos que desenvolveram pesquisas exploratórias (18,8%) guiaram-se por entrevistas semi-estruturadas e grupos focais, com participantes que possuíam experiência profissional variando de um ano a 15 anos10,11,12. Apenas 6,2% (1/16) artigo utilizou questionário estruturado, contendo escores de 1 a 513. Os estudos que se basearam em pesquisas não estruturadas foram dois artigos (12,5%). Os mesmos EM EM EM EM EM EM EM EM 8 utilizaram entrevistas livres, guiadas, e tendo como suporte o uso de gravadores e diários de campo, para qualquer eventualidade durante a entrevista14,15. Já o restante dos artigos, no total de 4 (25%), utilizam-se de métodos de pesquisa mais específicos, como o uso de seminários (leitura e discussão de textos científicos), aplicação do método LEAD (descrição da eficácia e da adaptabilidade do líder), método sóciopoético analítico grupo-pesquisador orientado pela Teoria de GRID, e a realização de um programa de educação continuada sobre liderança6,16,17,18. Desta forma, observa-se que na maioria, a escolha foi de um método de pesquisa mais específico, o que deve-se ao fato de proporcionar uma reflexão mais ampliada, inter-relacionando conceitos que despertam uma nova visão para a questão da liderança e gestão em enfermagem, ou seja, proporciona novos conhecimentos e habilidades visando um objetivo comum. Para a análise e discussão deste estudo foram selecionados todos os artigos que contemplaram a área da enfermagem, por preencherem os critérios estabelecidos no mesmo. Dentre os 14 artigos que englobam a área da enfermagem, e a fim de contemplar o objetivo proposto, ou seja, conhecer a percepção da liderança pelo o enfermeiro e facilitar o entendimento do estudo, o trabalho apresenta-se dividido em cinco categorias, como mostra o gráfico abaixo. 7% Categorias de Análise de Conteúdo Gestão/Visão Administrativa 37% 21% Processo de Formação/educação continuada Comunicação/RH/Relações Interpessoais Liderança e Cuidado Percepção da Equipe 21% 14% Gestão e visão administrativa Esta categoria representa as percepções que os enfermeiros possuem sobre a liderança em sua prática assistencial e administrativa. Dos artigos que contemplam esta categoria, percebe-se que há uma visão errônea quanto ao processo de gerência e da liderança por parte dos profissionais1,9,15,22. Os mesmos concordam e salientam a importância da liderança na gestão do serviço, mas possuem dificuldades em 9 compreender o verdadeiro papel de cada um. Segundo Amestoy et al., (2009)10, os profissionais de enfermagem que possuem cargos de gerência, confundem o conceito de liderança com o de gerência, pois as conceituações atribuídas à liderança referemse à atividade gerencial. A qual é compreendida como as ações desenvolvidas pelo enfermeiro com o intuito de organizar o espaço terapêutico, desenvolvendo condições para a realização do cuidado. Vale salientar que as características da gerência/supervisão têm sofrido modificações de acordo com o contexto social, político e econômico em que as empresas estão inseridas. Antigamente esta função estava voltada exclusivamente para fiscalização e policiamento visando fins lucrativos e obtenção de maior produtividade. Hoje o enfoque da gerência ou do supervisor mudou para o de um orientador e facilitador no ambiente de trabalho1,9,15,22. Segundo o Ministério da Saúde, a “supervisão é um processo educativo e contínuo, que consiste fundamentalmente em motivar e orientar os supervisionados na execução de atividades com base em normas, a fim de manter elevada a qualidade dos serviços prestados”2. Já em relação ao conceito de liderança para muitos autores consiste em um processo grupal, em que o líder possui a capacidade de exercer influência e de auxiliar o grupo para alcançar objetivos e metas10. Portanto a liderança apenas é mal compreendida pelos profissionais. Equivocadamente os mesmos confundem a liderança com autoridade, exigindo respeito e obediência, seja pela sua posição social, econômica, cargo ou titulação. Geralmente os cargos de gerência e supervisão em enfermagem assumem uma posição hierárquica vertical, que legalmente lhe confere poder e autoridade para atuar e definir planos de ação. E o líder não necessariamente é um gestor ou vice-versa. Ele é o formador de opinião e um bom gestor deixa o líder ser independente. Então é evidente que a liderança constitui-se como componente fundamental para realizar uma boa gestão mais ainda existe dificuldades em compreender e principalmente colocar em prática nas instituições hospitalares. Sendo assim, sugere-se que os conselhos diretivos das instituições hospitalares proporcionem a criação ou a realização de programas de educação continuada, como também a oportunidade de disponibilizar para seus gestores e supervisores um curso de especialização na área administrativa. Pois a maior dificuldade está na falta de uma reflexão voltada para as práticas administrativas próprias do enfermeiro, para que contemple na posterioridade, uma base operacional e tática fortificada e sólida, e assim, chegar aos objetivos fundamentais da organização. 10 Processo de formação e educação continuada Os artigos que permearam estes temas, no que diz respeito ao processo de ensino aprendizado sobre a liderança, concebido na graduação e o incentivo das instituições para realizar um programa de educação continuada, para a formação de enfermeiros líderes, foi observado a mesma afirmação, de que os profissionais não são preparados para o exercício da liderança tanto na graduação, quanto nas instituições hospitalares12,18. De acordo com os achados, foi identificada a grande insatisfação dos profissionais com o ensino superior na formação de enfermeiros líderes. Onde revelam que a formação em enfermagem tem priorizado o aprendizado de procedimentos técnicos, prevalecendo um método de ensino autocrático, menosprezando um processo de ensino dialógico e o pensamento crítico e reflexivo. Segundo Amestoy et al., (2010)12, é assim que pode-se visualizar o tecnicismo na formação e a desvalorização de aspectos gerenciais, como a liderança, que na maioria das vezes só é lembrada ou precisa, quando os profissionais já estão inseridos no mercado de trabalho e se deparam com situações conflitantes que exigem uma postura de comando e de resolutividade. A liderança deve ser trabalhada na graduação em tempo integral, tangenciando cada disciplina desde o primeiro semestre. O que não acontece nas escolas de enfermagem, que introduzem esta temática próxima ao término do curso, vinculada a disciplina de administração. Desta forma os profissionais vão para as instituições hospitalares totalmente inseguros e passivos de ordens. Pois para a instituição pressupõe-se que os profissionais já obtêm este conhecimento e habilidade, não oferecendo nenhum incentivo para capacitação ou formação de um gestor líder. Para tanto, torna-se essencial analisar a desarmonia que existe entre o ensino superior de enfermagem e as exigências atuais do mercado de trabalho, que com a globalização, a modernidade técnico-científica e a competitividade, necessitam de profissionais cada vez mais capazes e eficientes. Não há dúvidas que a responsabilidade das instituições de ensino superior é hoje, em formar enfermeiros capazes de realizar uma gestão com liderança, sendo críticos, reflexivos, a fim de realizar seu trabalho de forma coerente. Como também exige que as instituições hospitalares viabilizem um programa de educação continuada, ou mesmo o incentivo a buscar capacitações e especializações para sua equipe de trabalho. Assim o enfermeiro poderá desenvolver habilidades para seu exercício diário promovendo maior maturidade nos liderados. 11 Comunicação, RH e relações interpessoais Quando se discute sobre gerência em enfermagem e seu processo de trabalho, torna-se imprescindível abordar alguns aspectos que envolvem o mesmo, como o dimensionamento de pessoal, comunicação intra e entre setores e relacionamentos. Isto se deve ao fato de que a enfermagem em sua totalidade de trabalho é de estar e cuidar de pessoas. Segundo Santos & Silva (2003)13, foi realizada uma pesquisa em que os gestores passam cerca de 80% do seu dia de trabalho em comunicação direta com pessoas, representado em reuniões, conversas pessoais e ao telefone. E os outros 20% do tempo são gastos em trabalhos escritos. Desta forma observa-se que em uma organização, principalmente as hospitalares a comunicação e relacionamento se torna essencial para o exercício das funções. No entanto o que acontece no cotidiano de trabalho da enfermagem devido à grande demanda de pacientes e de tarefas, faz com que esta interação profissional/profissional, profissional/paciente/família, fique extremamente dificultada. De acordo com Magalhães et al., (2009)19, em um estudo nacional foi constatado que os trabalhadores de enfermagem apresentam absenteísmo relacionados às doenças provenientes do cansaço físico e mental, más condições de trabalho, jornada de trabalho exaustiva e realização de tarefas em ritmo acelerado. Diante do exposto podemos verificar que há uma necessidade de mudanças nas ações, buscando reavaliações tanto na parte assistencial quanto na gestão de pessoas. E para isso o dimensionamento de pessoas e a relação entre profissionais e gestores se tornam ferramentas indispensáveis para a condução do processo de trabalho e a segurança do paciente. Nos estudos analisados os enfermeiros reprovam em sua maioria alguns aspectos no processo de comunicação entre eles e seus superiores, seja por problemas de comunicação com outros setores, não acolhimento das opiniões, reconhecimento do trabalho e também ausência de elogios. E é desta forma que todo o trabalho fica totalmente desordenado, desmotivado, desqualificado etc. São sábias as palavras de Chiavenato (1999)21, quando diz “o ouvir é a mais importante, a mais difícil e negligenciada das habilidades na comunicação. Ela requer que nos concentremos nos significados, nas palavras não ditas e nas expressões das pessoas. Atitude que ajudará o líder a compreender melhor a situação.” Portanto podemos afirmar que no atual cenário em que a enfermagem está inserida, destaca-se a importância das lideranças em buscar soluções e novos modelos de gestão que respondam às dificuldades de alocação de recursos humanos, tecnológicos e financeiros. Ou seja, precisa-se de enfermeiros que estejam comprometidos com o processo de gestão e que tenham qualidades como à criatividade, emoção, inovação, iniciativa e a capacidade de se relacionar20. O 12 profissional que desenvolve sua competência interpessoal possui maior capacidade em lidar com as situações de conflito, em potencializar talentos e gerir trabalho em um clima de confiança e satisfação20. No estudo de Amestoy et al., (2009)10, citam um modelo de liderança denominada “liderança integrativa”. De acordo com este modelo, o líder tem que se afastar de sua postura diretiva para poder reconhecer as potencialidades de cada membro de sua equipe, estimulando a co responsabilidade e autonomia profissional dos mesmos. Assim o enfermeiro líder terá consciência de que exerce influência e é influenciado pelos seus colaboradores. Utilizando de relações dialógicas e reflexivas que fortificarão o processo mútuo e permanente de ensinar e aprender, através de relações interpessoais. No entanto, o desenvolvimento de habilidades no campo das relações humanas, que é um aspecto muito presente na atualidade, é pouco explorado no cotidiano do gestor de enfermagem. E espera-se que a partir de hoje seja uma meta para aqueles que pretendem obter uma atuação mais competente e assertiva como gestor de enfermagem. Pois esta habilidade está sendo procurada por muitas instituições hospitalares, por ser considerado um diferencial. Liderança e cuidado Com a evolução dos conceitos sobre saúde e o cuidado, que passaram a serem definidos por aspectos mais amplos como a visão holística do paciente, e na aproximação com o outro e o mundo. A visão administrativa e consequentemente a liderança em enfermagem, também passaram a ser questionados e analisados sobre uma nova ótica3. Visto que o cuidar é a essência da enfermagem. Dentro da pesquisa feita sobre a liderança, os autores defendem que a atuação do enfermeiro líder na atualidade deve consistir no resgate constante do cuidado, não somente com os pacientes, mas também com sua equipe de trabalho. Ou seja, sustentando a idéia de que só é possível exercer a liderança através do cuidado pelo próprio cuidado com os membros da equipe que o enfermeiro lidera. E para alcançar tais objetivos, o profissional não precisa possuir as características de um líder, pode-se através do autoconhecimento e vivência de situações de comando, passar a desenvolver-se na liderança. Ao contrário de muitas literaturas e pré-conceitos que afirmam que a habilidade de liderança depende de características pessoais natas, de possuir um dom. O desenvolvimento das habilidades de um líder ocorre na medida em que o profissional se deixa permitir o amadurecimento de novas idéias, evidenciando sempre o aprendizado11. 13 De acordo com Lourenço e Trevizan (2002)6, através de uma pesquisa feita para análise de estilos de enfermeiros-líderes de um hospital filantrópico de São José do Rio Preto, constata-se que os enfermeiros por insegurança ou até por falta de referenciais sobre gestão e liderança de equipe, passam a assumir seu “jeito próprio” de coordenar, que, no entanto o método adotado desconsidera totalmente o ambiente, a situação e o papel ativo do liderado no processo, e dá alta ênfase nas atividades/tarefas. Segundo Kim, uma personagem da obra de James C. Hunter “O monge e o executivo - uma história sobre a essência da liderança”, explica que quando o profissional se concentra apenas nas tarefas, subestimando o relacionamento entre os membros da equipe, faz com que haja um descontentamento e falta de motivação geral no grupo3. É por este motivo que existe na enfermagem um alto índice de rotatividade. A falta de sintonia e comunicação entre os profissionais da equipe de enfermagem, além de prejudicar a assistência, faz com que o ambiente de trabalho fique totalmente desagradável e com pouca produtividade. Sendo assim, almejar um melhor desempenho dos enfermeiros como líderes de equipes de enfermagem, necessita-se que haja mudanças de comportamentos, idéias, conceitos, buscando sempre novos conhecimentos e habilidades, sejam elas pessoais, interpessoais e organizacionais. Percepção da equipe Dentro da análise de conteúdo pode-se observar que em percentual menor foi discutido e pesquisado sobre a liderança com a própria equipe de enfermagem, identificando as percepções e opiniões das mesmas16. E em todo o processo de desenvolvimento da liderança a equipe de enfermagem é a peça fundamental. Foi identificado que grande número da equipe de enfermagem desaprova a forma como os enfermeiros vêm conduzindo suas gestões. Caracterizando a administração como autocrata e autoritária, onde os enfermeiros líderes utilizam de métodos punitivos e corretivos para desenvolver a gestão. Com este tipo de atitude, o enfermeiro líder faz gerar em seus liderados uma grande ansiedade e frustração, tanto em todo o processo do cuidado da enfermagem quanto da dificuldade de adquirir conhecimento por conta da ausência de liderança construtiva e positiva por parte dos enfermeiros gestores. O resultado da pesquisa com a equipe de enfermagem houve manifestações sobre as lideranças desejadas, e todos sugerem que os enfermeiros busquem cultivar a liderança libertadora/dialógica e dialógica em todas as dimensões, sejam pelo saber de enfermagem e individuais, respeitando e valorizando as raízes, crenças e cultura de toda a equipe16. 14 5 Considerações finais Em relação ao exercício de liderança em enfermagem, destaca-se a liderança integrativa como modelo, pois facilita a formação de relações interpessoais saudáveis, além de estimular a co-responsabilização, a socialização dos saberes e a autonomia profissional de toda a equipe. Diante as grandes dificuldades que os enfermeiros encontram no que tange a liderança em enfermagem, podemos ilustrar a existência de lacunas no processo de ensino-aprendizado da liderança durante a graduação, lacunas estas evidenciadas pelo pouco tempo demandado ao ensino de tal competência e distanciamento dos docentes da prática assistencial. Os enfermeiros estão pouco instrumentalizados para exercer a liderança enquanto competência profissional, reforçando assim a responsabilidade das instituições de ensino superior e hospitalares o desenvolvimento permanente de enfermeiros líderes, disponibilizando para o mercado de trabalho profissionais capacitados. O enfermeiro-líder deverá conhecer e desenvolver habilidades, a fim de construir um conhecimento em grupo visando estabelecer uma liderança responsável e ética, onde a busca contínua do conhecimento, a confiança e a fluidez prevaleçam para alcançar uma maior qualidade da assistência. Os fatores que envolvem o processo de trabalho da enfermagem vão além das dimensões técnicas ou explícita do cuidado ao paciente, devendo ser analisado e medido o desgaste físico e psicológico dos profissionais da saúde. Destaca-se ainda a fundamental importância das lideranças de enfermagem na busca de soluções e novos modelos de gestão que respondam ás dificuldades de alocação de recursos humanos, tecnológicos e financeiro visando a satisfazer as necessidades da organização. 6 Conclusão Diante do exposto concluímos que a enfermagem deve desenvolver uma liderança dialógica e libertadora, gerenciando o cuidar em enfermagem, mediante um processo educativo e contínuo visando o incentivo e a orientação dos liderados na execução de suas atividades. 7 REFERÊNCIAS 1. Pedrique AL. Análise dos Estudos de Controle Gerencial em Organizações Hospitalares. Faculdade Metropolitana de Caieiras. www.unicaieiras.com.br, acessado dia 09 de agosto de 2013. Disponível no site 15 2. Kurcgant P; Cunha KC, Massarollo MCKB, Ciampone NHT, Silva VEFS, Castilho V, Leite MNJ et.al. Administração em Enfermagem. São Paulo: ed. EPU, 1991, 237p. 3. Souza LB, Barroso MGT. Reflexão sobre o cuidado como essência da liderança em enfermagem. Escola Anna Nery, Rev enferm; 2009 13(1):181-7. 4. Ckerbocker I. Lidenraça: Um conceito e algumas implicações.In: Balcão, Y.F & CORDEIRO, L. L. Comportamento Humano na Empresa.Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vagas, 1979. 5. Kron,T. Manual de Enfermagem. 4ªed. Rio de Janeiro: Interamericana, 1978. 6. Lourenço MR, Trevizan MA. Liderança situacional: análise de estilo de enfermeiroslíderes. São Paulo. 2002. 7. Ganong LH. Integrative reviews of nursing research. Res Nurs Health. 1987; 10(1):1-11. 8. Beyea SC, Nicoll LH. Writing an integrative review. AORN Journal. 1998; 67(4):87780 9. Whittemore R, Knafl K. The integrative review: update methodology. J Adv Nurs. 2005; 52(5):546-53. 10. Amestoy SC, Cestari ME, Thofehrn MB, Backes VMS, Milbrath VM, Trindade LL. As percepções dos enfermeiros acerca da liderança. Rev Gaúcha Enferm, 2009 30(4): 617-24. 11. Simões ALA, Fávero N. O desafio da liderança para o enfermeiro. Rev Latino-am Enferm; 2003 11(5:567-73. 12. Amestoy SC, Cestari ME, Thofehrn MB, Milbrath VM, Trindade LL, Backes VMS,. Processo de formação de enfermeiros líderes. Rev bras enferm; 2010 63(6):940-5. 13. Santos KMAB, Silva MJP. Comunicação entre líderes e liderados: visão dos enfermeiros. Rev esc enferm USP; 2003 37(2):97-108. 14. Christovam B, Santos I. A instituição da liderança dos enfermeiros em questões de saúde. Rev bras enferm; 2005 58(5):551-5. 15. Souza FM, Soares E. A visão administrativa do enfermeiro no macrossistema hospitalar. Rev bras enferm; 2006 59(5):620-5. 16. Santos I, Oliveira SRN, Castro CB. Gerência do processo de trabalho em enfermagem: liderança da enfermeira em unidades hospitalares. Texto cont enferm, 2006 15(3):393-400. 16 17. Oliveira ACF, Paz ARA, Telles EAB, Leite JL, Stipp MAC. Liderança e enfermagem: elementos para reflexão. Rev bras enferm; 2004 57(4):487. 18. Galvão CM, Sawada NO, Castro AP, Corniani F. Liderança e comunicação: estratégias essenciais para o gerenciamento da assistência de enfermagem no contexto hospitalar. Rev lat – am enferm; 2000 8(5):34-43. 19. Magalhães AMM, Riboldi CO, Dall’Agnol CM. Planejamento de recursos humanos de enfermagem: desafio para as lideranças. Rev bras enferm; 2009 62(4):608-12. 20. Munari DB, Bezerra ALQ. Inclusão da competência interpessoal na formação do enfermeiro como gestor. Rev bras enferm; 2004 57(4):484-6. 21. Chiavenato I. Administração nos novos tempos. São Paulo: ed. Makron Books; Liderança nas Organizações; 1999 16:535-88. 22. Gaidzinski RR, Peres HHC, Fernandes MFP. Liderança: aprendizado contínuo no gerenciamento em enfermagem. Rev bras enferm; 2004 57(4):464-6. 23. Martins MCA. Situações indutoras de stress no trabalho dos enfermeiros em ambiente hospitalar. Millenium; 2003; 28. 24. Silveira, RCCP. O Cuidado de Enfermagem e o Cateter de Hickman: a busca de evidências [dissertação] 2005. Ribeirão Preto: Universidade de São Paulo; Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto). 25. Tamayo A, Paschoal T. A relação da motivação para o trabalho com as metas do trabalhador. RAC; 2003 7(4):33-54. 26. Terra JCC. Gestão do conhecimento: o grande desafio empresarial. Biblioteca Terra Forum Consultores; www.terraforum.com.br, acessado em 05 de dezembro, 2012. 27. Pompeo DA, Rossi LA, Galvao CM. Revisão integrativa: etapa inicial do processo de validação de diagnóstico de enfermagem. Acta paul enferm; 2009 22(4): 434-8. INSTRUÇÕES PARA PUBLICAÇÃO DE MANUSCRITOS Revista do CEEN I - Dos prazos: Art 1. 60 dias antes da apresentação - enviar o trabalho completo (artigo e slides) para o orientador fazer a 3a e última correção; Parágrafo único: Demais correções nos slides poderão ser feitas até a 17 apresentação Art 2. 30 dias antes - enviar o trabalho completo para o convidado (membro da banca) ler obtendo a assinatura do aceite o qual será utilizado para elaborar a ATA; Art 3. 30 dias antes - enviar ao CEEN o termo de aceite do membro da banca, mais duas cópias do trabalho completo ao CEEN para que o trabalho possa ser inscrito na VPG e na Culminância; Art 4. 20 dias antes - a inscrição dos trabalhos autorizados para apresentação será divulgada no CEEN; Art 5. 1 dia antes - dependendo da disponibilidade de salas haverá ensaio geral das apresentações; Art 6. no dia da apresentação - todos os integrantes devem estar presentes 1 hora antes da apresentação para preparação. O membro da banca pode chegar somente no horário determinado para a sua participação. Art 7. Após a apresentação - todos devem assinar a ata e após correção das sugestões da banca, enviar o trabalho para o e-mail da orientadora a fim de ter o “apto” para capa dura; Art 8. 15 dias após a apresentação - enviar o trabalho apto CEEN (1 trabalho impresso em capa dura (verde), mais dois disquetes contendo o trabalho completo e corrigido). Nenhuma declaração será emitida sem a entrega do trabalho em capa dura. Parágrafo único: Trabalhos não apresentados na data prevista aguardarão a próxima turma da mesma especialização para que possam apresentar. Art 9. Situações omissas neste documento serão resolvidas entre a Direção, Coordenação e Docente. II - Dos Manuscritos Os requisitos para apresentação do trabalho de conclusão de curso (TCC) na área de Ciência da Saúde visam preparar manuscritos para publicações em periódicos científicos. Tendo consideravelmente em entre vista os que as normas periódicos, para optou-se publicações por adotar divergem um padrão universalmente aceito, os “Requisitos Uniformes para Manuscritos Apresentados a Periódicos Médicas19. Biomédicos”, Esse grupo, do Comitê inicialmente Internacional de conhecido como Editores de “Grupo Revistas Vancouver”, consolidou um padrão de apresentação de periódicos na área de saúde que se popularizou como “estilo Vancouver”. Os requisitos técnicos de apresentação são os seguintes: - Fonte: Verdana, tamanho 10. 18 - Parágrafos: espaçamento 1,5cm justificado em todo o texto. - Configuração da Página: tamanho do papel A4 (210 X 207 mm); margens esquerda e superior= 3,0 cm, direita e inferior= 2,5 cm. As páginas serão numeradas na margem superior direita. - Ilustrações: incluem gráficos, desenhos, fotografias e quadros, devem ser consideradas figuras e apresentadas com suas legendas ou títulos, numeradas em seqüência com algarismos arábicos. Ilustrações extraídas de trabalhos publicados devem ter autorização escrita do(s) autor(es). - Tabelas: devem ser numeradas consecutivamente em algarismos arábicos, na ordem em que aparecem no texto. Não traçar linhas internas horizontais ou verticais. Notas explicativas devem estar no rodapé da tabela. Tabelas obtidas em trabalhos publicados devem ter autorização escrita do(s) autor(es). - Referências: devem ser listadas na ordem em que aparecem no texto, numeradas em ordem crescente, normalizadas no estilo Vancouver*. Quanto à apresentação, o trabalho deve seguir a seguinte seqüência: Impresso: 1ª. Folha: Ofício encaminhado o trabalho para avaliação e publicação. 1ª página: contendo dados de identificação, isto é, título do trabalho em Português, Inglês e Espanhol; nome completo dos autores por extenso e do orientador; nota de roda-pé contendo caracterização do tipo de trabalho científico (TCC); nome da instituição ao qual o trabalho deve ser atribuído; nome e titulação do orientador; ano e estado de realização da pesquisa. Resumo no formato estruturado, com o máximo de 150 palavras, com os seguintes itens em formato de um só parágrafo, com cabeçalhos em negrito dentro do texto. Introdução (objetivos do estudo); Material e Métodos (descrição do tipo de estudo, local, sujeitos e instrumentos utilizados para coleta dos dados); Resultados (descrição dos resultados mais importantes, sem interpretação dos autores); Conclusão (vincular as conclusões aos objetivos do estudo) ou Considerações Finais (objetivos atingidos pelo pesquisador e suas percepções sobre o processo transcorrido). Abaixo do resumo, os autores devem apresentar os descritores (mínimo de 3 e máximo de 10), de acordo com “Descritores em Ciências da Saúde” (DeCS) elaborado pela Bireme**. À seguir, o resumo em inglês e espanhol, seguidos por seus descritores. 2ª página em diante: iniciar a apresentação do texto pela seção “Introdução” e seguir a estrutura já apresentada, sem quebra de páginas entre uma seção e outra. Para os trabalhos que envolvem pesquisas empíricas, a apresentação deve seguir 19 seguinte estrutura: (1) Introdução (problema devidamente fundamentado e justificativa); (2) Objetivos (gerais e específicos, se houver); (3) Material e Métodos (tipo de estudo, local/cenário, população/amostra/sujeitos, instrumentos e aspectos éticos/Resolução 196/96, sendo pesquisa bibliográfica, seguir os trajetos da Biblioteca Virtual em Saúde); (4) Resultados e Discussão (gráficos, tabelas, categorias analíticas de discurso devidamente fundamentadas com discussão baseada em outras pesquisas); (5) Conclusões (respostas aos objetivos) ou Considerações Finais (nos estudos qualitativos); Agradecimentos; (6) Referências (material utilizado no estudo em ordem de citação no texto) e Anexos. Referências Livros: LoBiondo-Wood G, Haber J. Pesquisa em enfermagem. crítica e utilização. Métodos, avaliação ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 4 2001. Revistas Brevidelli MM, Ciancirullo TI. Aplicação do modelo de crenças em saúde na prevenção dos acidentes com agulhas. Rev Saúde Pública 2001; 35(2): 193-201. Artigo em periódico eletrônico Santana RF, Santos I. Trancender com a natureza: a espiritualidade para os idosos. Revista Eletrônica de Enfermagem [serial on line] 2005 Mai-Aug [cited 2006 jan 12]; 7(2): 148-158. Available from: URL: http://www.fen.ufg.br/revista/revista7_2/original_02.htm. Dissertações e teses Brevidelli MM. Modelo explicativo da adesão às precauções-padrão: construção e aplicação. [tese]. São Paulo (SP): Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo; 2003. Leis, Portarias, Resoluções Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução 196 de 10 de outubro de 1996. Diretrizes e normas regulamentadoras da pesquisa envolvendo seres humanos. Brasília, 1996. Material on-line: International Committee of Medical Journal Editors. Requisitos uniformes para manuscritos apresentados a periódicos biomédicos. Revista de Saúde Pública 20 [periódico online] 1999; 33 (1): 6-15. * Disponível em: http://www.fsp.usp.br/-rsp. ** Disponível em: www.bireme.br/decs