ANAIS
FATORES LOCAIS PARA GERAÇÃO DE INOVAÇÃO
NA ECONOMIA DO CONHECIMENTO
FLAVIO NUMATA JUNIOR ( [email protected] , [email protected] )
UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA
DECIO ESTEVÃO DO NASCIMENTO ( [email protected] )
UTFPR - UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANA
Resumo
O objetivo deste artigo é apresentar uma reflexão sobre a importância das especificidades
locais da esfera urbana, com relação aos processos de inovação existentes em cada localidade.
Por especificidades locais entendem-se os elementos naturais, culturais, econômicos e
humanos, inerentes a cada localidade, que formalizam os ativos intelectuais. Para tanto foi
realizado uma pesquisa bibliográfica sobre as formas de articulação entre conhecimento,
especificidades e desenvolvimento local. O estudo sugere que a valorização das atividades,
poderia ser intensificada pela articulação de um iHub e ressalta a importância vital e
insubstituível dos valores intrínsecos locais e sua capacidade de geração de inovação.
Palavras Chave: Especificidades locais, conhecimento, desenvolvimento local, inovação,
iHub.
1. Introdução
São muitos os trabalhos que buscam explicar e demonstrar os processos de inovação
empresarial através de resultados estatísticos das atividades de Pesquisa e Desenvolvimento –
P&D, por meio de técnicas semi-quantitativas, ou através da evolução dos processos
organizacionais. O diferencial deste ensaio, está em relacionar as características dominantes
de cada localidade que constituem os ativos intelectuais que marcam a sociedade
contemporânea, ou sociedade do conhecimento, e os processos de inovação tecnológicos
presentes em cada região. Anteriormente, estas características não eram consideradas pelo
desconhecimento da importância dos elementos locais para a geração de inovação.
Segundo Lemos (1999), os elementos vitais para o conhecimento, estão incorporados nas
pessoas, organizações e locais. Este mesmo autor reforça a necessidade da integração do
conhecimento dos diferentes agentes locais para a geração e difusão de inovações. Diniz e
Gonçalves (2005) por sua vez, afirmam que os processos de inovação são resultados da
interação entre empresas e seu ambiente, caracterizando estes fatores como fundamentais para
a competitividade.
O objetivo deste artigo é apresentar uma reflexão sobre a importância das especificidades
locais dentro do espaço urbano, com relação aos processos de inovação existentes em cada
localidade. As especificidades locais são formadas pelos elementos naturais, culturais,
econômicos e humanos, presentes em cada localidade, que formalizam os ativos intelectuais.
O conjunto destes ativos é valorizado na economia do conhecimento, pois, entre outras coisas,
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apresentam valores elementares nos processos de inovação, que são sínteses de
conhecimentos materializados em novos bens e serviços.
2. Referencial Teórico
Os fatores locais para geração de inovações
A visão espacial, do ponto de vista cultural, social e organizacional do ambiente urbano,
direciona a configuração das cidades. As características locais determinam especificidades
que marcam as cidades. A cultura local influencia fortemente a região nos seus aspectos
sócio-tecno-econômicos. O movimento mercantilista, por exemplo, contribui para uma
concentração geográfica de negócios. Porém, uma simples polarização de elementos em uma
região, não caracteriza uma cidade. Segundo Lefebvre (1999), o que determinam as cidades é
o conjunto dos fluxos materiais e imateriais numa localidade geográfica onde predominam
características locais de história e cultura.
Segundo Castells e Hall (1994), a importância da localidade espacial está sendo substituída
por elementos imateriais. O conhecimento local está presente na sociedade e nos agentes
habitantes de cada região. O espaço citadino é um corredor do fluxo de conhecimentos que
permeia a sociedade local, num espaço territorial descentralizado, mas integrado com o
ambiente exterior. O conhecimento fortalece as localidades, através das características
culturais, humanas e históricas de cada localidade (DINIZ e GONÇALVES, 2005). “As
cidades são formadas e formadoras da diversidade, atratoras e dispersoras de valores que
nelas se transformam” (DUARTE, 2002).
O 30 Relatório para a Coesão Econômica e Social – “A New Partnership for Cohesion” (CE,
2004) destaca a importância dos sistemas urbanos para o desenvolvimento regional,
abordando a coesão econômica e social para a redução do desequilíbrio regional. Winden e
Berg (2004) advogam o conceito de Cidades do Conhecimento como um espaço particular das
atividades do conhecimento, onde se gera e aplica conhecimento através de inovações
tecnológicas que estimulam a formação de cluster de atividades produtoras de bens e serviços,
conferindo significado singular e distinto destas localidades. Na era da economia do
conhecimento, as cidades transformaram-se em pólos de consumo e cada vez menos em
centros industriais, com a produção de uma estrutura adequada a sociedade do conhecimento
e a prestação de serviços. Durante o período de 1970 a 1990, o setor de serviços para os países
integrantes da OCDE teve crescimento de 89 milhões de empregos, contra 1,7 milhões de
empregos gerados na indústria e uma queda de 12 milhões de postos de trabalho na área de
agricultura (MARSHALL et WOOD, 1995 apud DINIZ, 2001).
Considerando a relação das cidades na economia do conhecimento, Figueiredo (2007),
Winden e Berg (2004), Sassen (2007) e o grupo Globalization and Word Cities – GaWC
(2004), desenvolveram uma tipologia de cidades conforme seus status na economia do
conhecimento:
● Global Cities: são metrópoles de destaque na economia mundial, com um universo de
valores e culturas de diferentes etnias;
● Knowledge Stars: são cidades com excelentes padrões de qualidade de vida, e grande
diversidade urbana, que confere alto nível de conhecimento e de inovações locais;
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● Metropoles in Transition: cidades tradicionalmente industriais que caminham para
processos de renovação do sistema urbano, buscando conhecimento através eventos culturais,
empresariais e desportivos;
● Knowledge Pearls: cidades reconhecidas mundialmente como pólos de tecnologia e
desenvolvimento; o planejamento urbano associado aos habitantes dotados de elevado
conhecimento, destacam estas localidades como cidades do futuro;
● Star Technotowns/Star Nicheplayers: são cidades de menor porte que as metrópoles, e
caracterizadas por uma especialização tecnológica, porém de baixa diversidade econômica;
● Technotowns in Transition/Nicheplayers in Transition: cidades em direção do
desenvolvimento do conhecimento, realizando parcerias com outras localidades para
alavancar o crescimento de conhecimento e tecnologia;
● University Towns/Intellectuals: são as “cidades-berço” de grandes universidades, contudo
sem estrutura empresarial para dinamizar a economia e os processos de inovação local.
Os tradicionais recursos naturais e financeiros foram substituídos pelos ativos do
conhecimento, para a geração de desenvolvimento; destacando a importância da capacidade
de aprendizagem local (LUNDVALL et JOHNSON, 1994). Florida (1995) corrobora com
esta visão, afirmando que a capacidade de geração de conhecimento e de práticas de
aprendizagem formaliza as características locais de inovação.
Segundo Cassiolato e Szapiro (2002), os Sistemas Inovativos Locais são formados por
diferentes elementos interligados para o desenvolvimento e difusão de tecnologias. Esses
sistemas dependem das especificidades locais, como as experiências históricas e culturais, e
as potencialidades locais, que integradas às instituições privadas, são suportadas por políticas
públicas que poderão estimular os processos inovativos. Nessa linha, Castells e Hall (1994)
apresentam modelos mundiais de organizações urbanas e pólos de inovação: Vale do Silício,
nos Estados Unidos e Cambridge na Inglaterra. No Brasil, merecem destaque as cidades de
Campinas, São José dos Campos e São Carlos, como núcleos industriais produtivos e centros
de conhecimento e economia. Estas localidades e suas articulações atraem interesses para o
desenvolvimento de pólos de inovação tecnológica que proporcionam melhorias na
qualificação urbana.
A interação entre os atributos locais e os agentes empresariais, são catalisadores dos processos
de inovação. Porter (1989) enfatiza que a capacidade tecnológica empresarial está
intrinsecamente relacionada às competências regionais. Cassiolato e Lastres (1999), por sua
vez, afirmam que os processos de inovação são latentes e dependentes da interação com os
agentes locais, por isso, regiões, cidades ou países possuem diferentes características
inovativas segundo suas dimensões sociais, políticas e institucionais. A relação local com as
práticas geradoras de inovação são efeitos de outra característica marcante das inovações, a
capacidade de aprendizagem. Aprendizagem, segundo Cassiolato e Szapiro (2002), trata-se de
“uma criação de capacitações e conhecimentos que permitem o desenvolvimento de uma dada
tecnologia”. Florida (1995) ressalta que a capacidade local de aprender gera um cenário de
progresso e transformação. Este processo de aprendizado foi estabelecido por Florida (1995)
como aprendizado regional (learning regions). Seguindo esta visão, Diniz e Gonçalves (2005)
sintetizam:
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“Cada região, localidade ou setor segue padrões evolucionários distintos, não sendo
possível copiar ou reproduzir experiências históricas. As interações formais e
informais dos agentes e instituições, enraizadas no ambiente local, estabelecem
redes inovadoras, nas quais a comunicação, a cooperação e a coordenação dos atores
agem como elementos facilitadores do processo de inovação”.
O conceito formulado por Granoveter (1985) chamado de imersão social (embeddedness),
postula que a atratividade de uma localidade depende do conjunto sistêmico dos elementos
locais, econômicos, sociais, culturais e políticos, que geram identidade única da região. Na
visão de Cassiolato e Szapiro (2002), a capacidade de inovação é um elemento fundamental
para o sucesso de uma localidade e das empresas residentes. Considerando, os atributos
particulares das regiões, observados na literatura pelo conceito de embeddedness e os ativos
intelectuais, Albagli (1999) afirma que o processo de inovação é o motor propulsor para o
desenvolvimento econômico. Esta avaliação de inovação a partir da esfera sistêmica –
características locais; interação de agentes públicos e privados; fluxo de ativos de
conhecimento; capacidade de aprendizagem – é amplamente abordada na linha evolucionista
sobre a tecnologia e desenvolvimento econômico (DINIZ, 2001).
3. Planejamento urbano para geração de inovação e a tipologia das cidades do
conhecimento
Tomando por base o recente estudo da Organização para Cooperação de Desenvolvimento
Econômico (OCDE, 2007), as atuais dimensões para um planejamento urbano estão alinhadas
nos seguintes pontos:
● valorização dos ativos culturais;
● evolução das soluções urbanas para um contexto técnico-ambiental;
● desenvolvimento de políticas sociais transversais para diferentes classes sociais;
● aproximação da esfera pública com as iniciativas privadas para capitalizar as práticas
empresariais;
● estimular o desenvolvimento do conhecimento local.
Correlacionando as concepções de planejamento urbano citadas, com a tipologia das cidades
propostas por Winden e Berg e Sassen (2007), chamadas de cidades do conhecimento;
observa-se no quadro 1, um recorte de ligação entre as estratégias de planejamento urbano e
os resultados que poderão gerar processos de inovação local segundo a tipologia das cidades:
Dimensões
Valorização dos
ativos culturais
Evolução das
soluções urbanas
Práticas urbanas
Resultados Inovativos
Investimentos sobre os
agentes e instituições de
cultura, para oferecimento de
uma multiplicidade de eventos
culturais e artísticos
Desenvolvimento de projetos
multilaterais para melhorar as
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Formação de uma
sociedade cosmopolita
dotada de múltiplos
valores (sociais, éticos
e culturais distintos)
Melhoria da infraestrutura das cidades
Tipologia das
Cidades
Knowledge Star
e
Global cities
Global cities
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para um contexto
técnico-ambientalsustentável
condições
dos fluxos materiais de bens e
pessoas através de estruturas
auto-sustentáveis
Desenvolvimento de
políticas sociais
transversais para
diferentes classes
sociais
Projetar uma organização
urbana que atenda
principalmente as classes
sociais desfavorecidas
para promover inclusão aos
serviços públicos sociais
Aproximação da
esfera pública com
as iniciativas
privadas para
capitalizar as
práticas empresariais
Estimular o
desenvolvimento do
conhecimento local
Espelhar as práticas inovativas
empresariais organizacionais
ou de processos para a esfera
pública
Intensificar o fortalecimento
do mosaico de relações entre o
poder público, empresas
privadas e as instituições de
ensino e pesquisa
para a geração de
conhecimento
e da qualidade de vida
dos seus habitantes com
o uso eficiente dos
recursos energéticos
Redução dos níveis de
exclusão social
para a formação de uma
sociedade socialmente
nivelada
Evolução das práticas
gestoras urbanas
segundo as experiências
empresariais
Integração da principal
fonte geradora de
conhecimento com o
mundo empresarial para
dinamizar o
crescimento inovativo
Metropolis in
transition
Technotowns in
transition
Knowledge pearls
Quadro 1: Correlação entre Planejamento Urbano e seus resultados para a geração dos processos de inovação
caracterizados em tipologias citadinas.
Fonte: próprio autor.
Em síntese, fica destacada a importância das especificidades do ambiente para o
desenvolvimento local ou regional que determinam as características de cada tipologia das
cidades. A base do conhecimento, presente em cada tipo de cidades, não está vinculada
apenas ao conhecimento científico e tecnológico, mas às relações com os agentes públicos e
privados, com as instituições e com a sociedade, numa combinação de elementos únicos
locais com a diversidade de valores culturais.
4. Atividades inovadoras para revitalizar o ambiente urbano
O movimento de globalização dos mercados reascendeu a importância do ambiente urbano,
para a capitalização e a fixação das pessoas, que são os núcleos portadores de conhecimento.
As ações responsáveis pela revitalização urbana estão concentradas principalmente nas ações
culturais e criativas para a valorização do espaço urbano. Desta forma, destaca-se o projeto
chamado de Innovation Hub - iHub (FIGUEIREDO et al., 2007), como pólos de processos
inovativos que dinamizam o desenvolvimento urbano através de atividades baseadas em
conhecimento e realização de serviços intensivos em tecnologia. Segundo os mesmos autores,
um Innovation Hub não pode ser um local periférico e desintegrado da vida das cidades.
O iHub é um espaço articulado por instituições de ensino e pesquisa, para estimular a
incubação de firmas, e facilitar a transferência de tecnologia às empresas, com residência de
serviços intensivos em conhecimento e como fonte de referência para geração de inovação em
toda cadeia de valor. Além disso, um papel indireto realizada pelo iHub, é o de desempenhar
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uma função de pólo gerador de revitalização e crescimento econômico local. Exemplos
mundiais de interação entre conceitos e políticas, das áreas de ciência e tecnologia e
desenvolvimento regional (especialmente as cidades), são observados nestes “espaços de
inovação” (INTELI, 2007):
● 22@bcn: este iHub, está localizado em Poblenou, região central de Barcelona.
Anteriormente pólo industrial, tornou-se uma zona degradada com a paralisação ou
deslocamento das indústrias ao final do século XX. Hoje, é um espaço dedicado ao
conhecimento. Estruturado por universidades, centros de pesquisa e desenvolvimento,
empresas de base tecnológica, zonas de lazer e comércio, e uma área residencial para abrigar
os talentos locais. O projeto visa reconstruir a região da Catalunha, através deste modelo de
integração cultural, humana, empresarial e tecnológica.
● Arabianranta: este projeto de revitalização urbana derivou da desativação de uma famosa
fábrica de porcelanas chamada Arábia. Neste espaço, além da estrutura social voltada para as
instituições e empresas; as práticas de aprendizagem e estímulo ao conhecimento, estão
abrigadas numa arquitetura direcionada à arte pública que foi utilizada pelos artistas,
estudantes e trabalhadores locais. Este pólo de inovação espera tornar-se o centro de design do
norte Europa, localizado no centro urbano de Helsinque, na Finlândia.
● One North: neste espaço inovador localizado em Singapura, encontra-se o “National
University of Singapore”, o “National University Hospital”, o “Singapore Polytechniq”, os
“Singapore Science Parks”, e o campus da “Insead Business School”. A visão deste iHub,
fundado em 1996, para desenvolver a competitividade empresarial e urbana, devido a nova
era econômica do país, é basicamente simples e desafiadora: “criar uma comunidade para
viver, trabalhar, aprender e divertir”.
Com base nos exemplos citados, e as dimensões de concepção de um iHub, o quadro 2
apresenta os resultados que podem ser observados na esfera urbana segundo os processos de
inovação:
Dimensões iHub
Práticas Inovativas
Institucional
Espaço dedicado para
instituições de ensino e
pesquisa
Humana
Inserção de capital humano
qualificado e heterogêneo
Empresarial
Integração do setor
empresarial com as
instituições de ensino
Serviços
Atividades intensivas de
conhecimentos sobre
diferentes segmentos
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Resultados Urbanos
Articulação das
instituições de ensino
para incubação de
empresas de tecnologia
Fixação dos talentos
humanos na região e
desenvolvimento de
conhecimentos
interdisciplinares
Facilidade de
transferência de
tecnologia e geração de
negócios para a
economia local
Concentração de
recursos, reduzindo os
deslocamentos através
de uma infra-estrutura
de alta conectividade
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Quadro 2: Dimensões de articulações de um iHub.
Fonte: Próprio autor.
Em alguns casos o i-Hub, partiu de uma área marginalizada da cidade, para tornar-se um
centro gerador de inovação e desenvolvimento local, utilizando de suas características únicas
para estimular e desenvolver práticas colaborativas entre as universidades, empresas e pessoas
num ambiente atrativo, digital e seguro. Esse ativo deve ser concebido como um fator de
enriquecimento da cidade, por meio de funções inovadoras do espaço urbano.
5. Considerações finais
Na economia do conhecimento, o avanço tecnológico e científico substituem os tradicionais
recursos da economia. Em face deste novo cenário, um novo enfoque é dado ao ambiente
urbano, não mais como apenas uma zona de aglomeração ou uma área de fixação industrial,
mas como um espaço provedor de atividades culturais (entretenimento ou turismo), como
fonte de prospecção e prestação de serviços (serviços designados para áreas de negócios, de
engenharia, de saúde), e, ao mesmo tempo, como fonte geradora de inovações tecnológicas.
Por meio da técnica de revisão bibliográfica, o trabalho demonstrou a correlação entre as
atividades de planejamento urbano para geração de inovação (quadro 1) e um processo
reverso originário das ações inovativas que proporcionam desenvolvimento sobre o meio
urbano (quadro 2). Nesse sentido, sugere-se que a valorização das atividades, poderiam ser
intensificadas pela articulação de um i-Hub. De fato, conhecimento, estrutura, organização e
uma sociedade criativa, são os fatores que poderão gerar inovação e revitalização das cidades.
Observou-se um elo de ligação entre o meio local e as práticas de inovação caracterizando um
ciclo sustentável. O estudo também corrobora a idéia da importância vital e insubstituível dos
valores intrínsecos locais e sua capacidade de geração de inovação.
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