OS DESCOMPASSOS DO CORAÇÃO Lenice Pimentel1 “... nunca nos achamos tão indefesos contra o sofrimento como quando amamos, nunca tão desesperadamente infelizes como quando perdemos o nosso objeto amado ou o seu amor”. Freud (O mal-estar na cultura) Enquanto pensava sobre os descompassos do coração que se mostram através da doença cardíaca, tarefa árdua, fui delineando o percurso dessa ferida narcísica para o Sujeito. Para o leigo o coração é um órgão erétil de seu corpo que traz sinais de vida e de morte. Na cadência que vem do coração, o homem do povo acredita que ali está a sede das emoções. O coração é porta-voz do amor. Com o coração também se fala do intelecto. Às vezes o coração tem razões que a própria razão desconhece (Pascal). O coração sabe das coisas. Na sua caminhada, o ser humano vai aonde seu coração mandar. O coração tem a chave da vida. Para o médico, o coração é um órgão oco que em movimentos de sístoles e díastoles faz o sangue circular por entre o emaranhado de veias e vasos. Contraindo e dilatando, ele cumpre sua função. Às vezes, cansado, enfarta de tão farto da vida. É desse coração, que se situa no Real do corpo, que o cardiologista cuida. Na dimensão do corpo orgânico ele age. Ausculta e escuta esse órgão feito de tecido muscular. E nós, psicólogos, psicanalistas? Que coração escutar? Que sonoridade nossa escuta capta enquanto o sujeito fala? O eco que se prolonga na escuta do analista fornece a chave para a compreensão. Treinado na associação livre, o analista não dispensa os sons, os ruídos, a musicalidade que vem na queixa revelando o negativo da escuta. Olhar e escutar: instrumentos fundamentais para o psicanalista. A escuta, desde o início da Psicanálise, tem merecido atenção especial. Com ela podemos ouvir a “algazarra do recalcado”, bem como o canto das Sereias que entoa a “melodia das pulsões” seduzindo o analista nas notas apaixonadas da transferência. Diferentemente de Ulisses, Freud quis ser seduzido por tão bela melodia. Toma uma postura ativa e vai em busca do canto das sereias. Sabendo que não podia ficar surdo aos apelos do corpo, Freud imagina que a mente realizava saltos misteriosos para o orgânico. Não estava errado. As pulsões não podiam ser silenciadas. Essa sensibilidade levou o mestre vienense à análise dos sintomas sonoros de suas pacientes. Sabia ele que, para além da queixa, havia uma outra “voz”. A “voz” que precisava sair, fazer-se ouvir. Chega a dizer em 1915: “Para a saúde, faz bem dizer em alto e bom som tudo o que nos vai no coração”. Essa é a lição que ficou para 1 Psicanalista e Profa. Dra. da Universidade Federal de Alagoas. Membro da Sociedade Brasileira de Medicina Psicossomática - Regional São Paulo e Membro da Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar. nós psicanalistas quando vamos escutar para além do coração orgânico. O coração ‘grita’, entra em descompasso para se fazer ouvir. O tique - taque desarmônico acompanha as pulsações do sujeito que se inscreve com seus desejos, sua história, suas fantasias. Tique - taque que se faz ouvir no corpo orgânico apontando para o corpo psíquico vivido nas três dimensões: Real, Simbólica e Imaginária. Nessa escuta, o coração ouvido pelo psicanalista é muito diferente do coração ouvido pelo cardiologista. Nós damos importância ao coração que representa o sujeito; ao coração por onde circula a pulsão trazendo as marcas do desejo; ao coração que porta o enigma do sujeito. Sabemos nós, que além das recomendações médicas que englobam alimentação, condicionamento físico, evitação de situações estressantes, uma mudança de atitude psicológica se faz necessária para a recuperação da saúde. Diz o Dr. Marco Aurélio: “Quem ama não adoece”. A linguagem, marca do Ser, é ótimo balizador para aferirmos como a simbologia que acompanha o coração representa o Sujeito coletivo e individual. Ao longo da História, o coração serviu como centro para inúmeros mitos. Expressões como “coração aberto”, “coração flechado”, “falar com o coração”, estar de “coração partido” ou com o “coração aos pulos”, são ouvidas como marca da humanidade. Também tem aqueles que andam com o “coração na mão” ou de “coração apertado”. Os mais românticos enviam seus corações, perambulando ao sabor dos ventos e das marés, em busca da paixão. As mães, generosas, sempre encontram espaço para acalentar mais um amor. Os religiosos se asseguram com o Sagrado Coração de Jesus, de Maria, o coração trespassado de Santa Teresa de Ávila e de São Sebastião como lugar onde Deus-Cristo marca os homens. Não importa que tipo de enlace o coração realize: há sempre uma marca do desejo a ser lida. Não é raro, que durante os apaixonamentos nos utilizemos dos poetas para falar desse coração que representa o sujeito. Não encontrando a palavra capaz de expressar os sentimentos que lhe vai no coração, o apaixonado se ampara na sensibilidade dos artesãos da palavra para conquistar o amor. Com o coração pulsando de paixão, as palavras engasgam na garganta e a poesia é solicitada para dizer do enamoramento. Fernando Pessoa, esplendidamente, poetiza: “Dói-me no coração Uma dor que me envergonha Quê! Esta alma que sonha” (...)2 Humanamente, o Sujeito se aporta nos descompassos do coração para expressar amor e dor pois não consegue apreender o real de sentimentos tão díspares. Há sempre um indizível entre o sentimento e a expressão destes. Algo falta. Algo não é dito. A linguagem, na sua força, ainda assim é incompleta para dizer do sofrimento ou do amor. Calando o sentimento, o sujeito descobre: “posso fazer tudo com minha linguagem, mas não com meu corpo. O que escondo pela linguagem, meu corpo o diz. Posso modelar à vontade minha linguagem, não minha voz.”3 O coração, em movimentos pulsionais, denuncia o sujeito. 2 3 Idem. Pp. 548 e 549. BARTHES, R. Fragmentos de um discurso amoroso. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1994, p. 90. Direcionados para uma visão psicossomática do processo do adoecer, nós psicanalistas, ajustamos nossa escuta para o coração do sujeito que sofre ou que está apaixonado. Que sentido se encontra soterrado sob o sintoma do sujeito cardíaco? É de se pensar que para além do orgânico algo mais esteja velado. Algo da ordem da metáfora. A doença em si é apenas uma das muitas formas que o sujeito tem de se apresentar ao mundo. O que podemos ouvir dessa frase?: “Eu estou entupido”! Imaginamos que um infarto que venha acontecer na história de vida do portador de tal queixa não se constituiria em novidade. O passo para que a sensação psicológica de entupimento seja somatizada no infarto é o caminho possível para esse sujeito. Quem pronuncia algo assim, com certeza, está falando para além do coração orgânico. Está falando de uma história de vida, de desejos, de fracassos, da demanda que não pode ser articulada no simbólico. A metáfora cardíaca o representa condensada na sintaxe. O orgânico não se faz solitário. O que ouvimos na demanda é o elo com a subjetividade. Auscultado e ‘olhado’ por intermédio da precisão tecnológica, o Sujeito solicita o olhar/ouvido humanos. “A cardiologia não pode perder o seu coração”4. Essa frase ecoou no XI Congresso Brasileiro de Medicina Psicossomática através do cardiologista Wilson de Oliveira Júnior, médico pernambucano, e guardada pela sensibilidade de quem acredita na transferência que se constrói entre o paciente e o profissional de saúde. O doente ‘entupido’ se recusa a ser apenas um órgão que é vasculhado pelo eletrocardiograma, ecocardiograma ou pelo exame de cateterismo. Ao psicanalista cabe facilitar, independente das causas da doença, que circule o desejo, a pulsão, por este corpo que tem no sintoma a forma enviesada de falar o informulável, de viabilizar a simbolização do que se encontra no psiquismo. O sintoma é a via de acesso; é esfinge. Decifrar esse enigma é tarefa difícil. Não pensem que tudo é psíquico. A lesão cardíaca lá está exigindo os cuidados médicos. Dele, do médico e de suas prescrições clínicas, dependemos para que o paciente continue vivo e possa se voltar para o que se encontra sob o sintoma. Trazer à superfície o Sujeito com sua doença e sua história é o nosso papel. Os descompassos do coração é a linguagem que o cardíaco elege para falar desse real não simbolizado onde amor e dor se alternam. A doença cardíaca reaviva no imaginário as perdas, as castrações, a incompletude e a finitude da vida. Fala do despojamento da condição de Sujeito de sua história. Juan David Nasio, em seu “Livro da dor e do amor”, escreve: “A dor só existe num fundo de amor”5. Seja a dor pela perda do ser amado, a dor do abandono, quando o amado nos retira subitamente o seu amor, de humilhação quando somos profundamente feridos no amor próprio, a dor provocada pela doença ou dor de mutilação quando perdemos uma parte do nosso corpo. Todas essas dores são, em diversos graus, dores de amputação brutal de um objeto amado. Sabiamente, o poeta Carlos Drummmond de Andrade6 enuncia: “Amar o perdido/ deixa confundido/ este coração.” Para logo em seguida acrescentar: “As coisas tangíveis/ tornam-se insensíveis/ à palma da mão”. Percutir o coração exige sensibilidade do médico e do psicanalista. A tecnologia moderna tem seus limites 4 Frase proferida no XI Congresso Brasileiro de Medicina Psicossomática - 30 de abril a 03 de maio de 1998 - pelo cardiologista pernambucano Wilson de Oliveira Júnior. 5 NASIO, J. D. O livro da dor e do amor. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, p.18. 6 ANDRADE, C. Drummond de. Poesia em trânsito - Memória. Na história de vida do Sujeito algumas dores são colocadas no centro e marcadas com hieróglifos para o saber humano. Sedimenta a dor que se coagula no coração dificultando a circulação das pulsões, dos desejos, do sangue, da vida. Dor que grita silenciosa no entupimento das artérias, na elevação da pressão arterial, na angina que aperta o coração. Dor que não foi simbolizada. Dor que vive alojada no coração. Dor que se exprime num ritmo de sístole e diástole desarmonioso. Dor que obstrui o coração nos descompassos da vida. Quando não ouvimos as interferências do psíquico no soma presenciamos o colapso do corpo que não suporta a dor da perda, da morte, de amor. Dor que fica emudecida no coração. Dor que não se fala, inscreve-se no corpo. As contenções verbais explodem apertando o coração. Impossível viver emudecido pela dor ou pelo amor. A dor da vida paralisa, grita no infarto ou silencia em outros sintomas psicossomáticos. Diferentemente, o amor “explode” a vida em sua algazarra plena. A escuta psicanalítica desse ruidoso silêncio suaviza a dor. Como Outro, o psicanalista escuta e faz circular o desejo reativando as pulsões de vida. Lacan, falando sobre a dor, diz que esta é como um “campo que, na ordem da existência abre-se precisamente no limite em que não há possibilidade para o ser de mover-se.”7 Sentimento paralisante, a dor mostra que não se tem nada a fazer. Clarice Bacelar8, nos lembra que a dúvida não é própria da dor, e sim da angústia. Na dúvida, mesmo intensa, o sujeito ainda pode se utilizar dos mecanismos de defesa para sobreviver, mesmo que seja por intermédio do sintoma. A dor tem outra história. Frente a certeza da dor psíquica, o sujeito não pode escapar de um real indizível que antecipa o medo da morte, do vazio, do sofrimento. Na nossa cultura, o homem tem mais dificuldade para expressar a dor e impedido de viver com o coração, ele morre do coração numa expressão literal de passagem ao ato. Quando a dor é guardada no peito, lentamente vamos encontrando as marcas desse texto de dor nas queixas cardíacas. Uma certa vez ouvi de um senhor cardíaco: “Guardei tantos anos essa dor comigo que não poderia ser diferente o meu destino”. Texto guardado, amarelou nas gavetas do tempo antes de ser lido. Outros, ainda, conseguem elaborar o luto e integrar os ‘restos’ ao seu viver. Na cicatriz da cirurgia cardíaca, um resto de dor e de amor fazem poeira no tempo, marca no corpo, borda na história do Sujeito anunciando que apesar da finitude desejamos a ilusão da completude. Esse desejo não se limita à ilusão do gozo arcaico um dia experienciado junto à matriz simbólica, mas se estende para o terreno do social. Contemporaneamente ouvimos na voz dos Titãs9: “a gente não quer só comida. [...] a gente quer [arte e poesia]. [Queremos] a vida como a vida quer. [...] a gente quer prazer pra aliviar a dor”. Desejamos a fantasia, a ilusão, o amor. Nesse vácuo é que se inaugura o tempo do sujeito, como atesta a transferência que abre espaço para a algazarra do inconsciente, para a algazarra do tique - taque do coração que invade o cotidiano do paciente. Coração único, com sua história única e irrepetível. Viver na ilusão do amor aquece o coração do Sujeito já tão ultrajado no mundo real, destituído da cidadania. O Sujeito clama para não ser apenas um número impessoal nas estatísticas do SUS. Para não ser apenas uma ilusão diante do espelho da vida. 7 LACAN, Jacques. A ética da psicanálise. Livro 7. Rio de Janeiro:. Jorge Zahar., p.79. Clarice Bacelar é psicanalista de Salvador e foi através de um seu trabalho que o presente texto teve o seu nascedouro. De seu trabalho retirei a inspiração e a poesia de Fernando Pessoa. 9 Comida. Música de Arnaldo Antunes, Marcelo Frommer e Sérgio Britto. 8 Ainda falando dos descompassos do coração recorremos, mais uma vez, aos poetas que habilmente fazem da poesia o seu sinthoma. Sintoma-mensagem através do Simbólico. Na poesia de Marisa Monte e Arnaldo Antunes, a palavra realiza a marcha do Simbólico sobre o Real falando de uma dor solitária. Na canção De mais ninguém temos: Se ela me deixou a dor é minha, a dor é de quem tem. É meu troféu, é o que restou, é o que me aquece sem me dar calor. Se eu não tenho o meu amor, eu tenho a minha dor. A sala, o quarto, a casa está vazia, a cozinha, o corredor. Se nos meus braços ela não se aninha, a dor é minha. [...] Dor que não cessa com o analgésico de última geração ou com a sofisticação de um controle remoto, pois Ao meu redor está deserto Você não está por perto e ainda está tão perto [...] Em todos os armários, nos vestidos, nos remédios, num botão [...] Até no que eu não enxergo Até mesmo quando eu não quero ... 10 O Sujeito é fisgado pela sedução do amor que faz borda entre o instável e o indizível presentes nos ecos do coração aproximando-o da dor. É desse coração, que ama e sofre, que o psicanalista cuida ao facilitar a ligação com os processos do inconsciente restituindo-lhe sua dimensão trans-finita, restituindo-lhe a condição de Sujeito de sua história. Quando o coração explode, ou implode, as máquinas não registram a história que vem escrita nos hieróglifos da vida. Não registram aquilo que se relaciona com nós mesmos, com o mais íntimo das nossas carências. Para concluir, recorro a Jurandir Freire quando este fala a respeito da importância da Psicanálise numa Instituição Hospitalar. Textualmente temos: ... sem ultrapassar as fronteira do consultório e da reflexão psicanalítica pura e sem ainda trair os limites do pensamento Freudiano o objetivo é colocar a Psicanálise a serviço de alguma coisa que seja humanamente útil. (...) Se o objetivo da Psicanálise não for o de ajudar as pessoas a 10 Músicas cantadas por Marisa Monte - CD Verde Anil Amarelo - Cor de rosa e carvão. A primeira música, De mais ninguém, é de autoria de Marisa Monte e Arnaldo Antunes (1993). A segunda música, Ao meu redor, é de Nando Reis (1992). lidar da melhor maneira possível com o seu sofrimento, para que serviria a Psicanálise? 11 Ao psicanalista cabe responder à demanda do Sujeito que apela para a completude, facilitando a expressão do paciente que sofre a dor do amor inscrita no corpo. A palavra é nosso intermediário. A falta, o vazio presentes na vida do sujeito, são manejadas na/pela linguagem. No hospital, o objetivo é sustentar o discurso do paciente naquilo que a doença possibilita o despertar do desejo que emerge dos significantes. Da Psicanálise se espera que clarifique o inconsciente, que dialetize entre o amor e a dor, sem perder o coração mesmo que este seja o nosso paradoxo. O olhar psicanalítico sobre o coração subverte o órgão anatômico e o coloca na esfera psíquica ao interrogar as vozes que permeiam seus movimentos de sístole e díastole ecoando na melodia do desejo. A Psicanálise, assim, se inscreve, mais uma vez, como demanda da sociedade amparada por uma ética que não aceita, na contemporaneidade, a posição de neutralidade. Como os movimentos cardíacos se entrelaçam com a história do Sujeito, a Psicanálise, nos hospitais, faz e refaz o laço social na dimensão ética abrindo caminho para a ‘algazarra’ do inconsciente. Assim, quando é facultado ao Sujeito escolher o seu caminho (plano da ética), observamos o surgimento da satisfação (plano da estética) formando o que Birmann chama de ancoragem12 para o Sujeito que continua a se perguntar: “o que é que o mundo, o que é que o outro vai fazer do meu desejo? Essa é a inquietude que reúne todos os movimentos do coração, todos os ‘problemas’ do coração”.13 Nesse paradoxo, o “coração não quer certeza, só confirma o que deseja.”14 11 COSTA, J. F. Anuário brasileiro de psicanálise. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1991. BIRMANN, J. Um futuro para a psicanálise. Publicado na Revista Brasileira de Psicanálise, v. 27, n. 4, 1994, pp.705-738. A citação acima é da página 717. 13 BARTHES, R. Op. cit. p.60. 14 DOURADO, A. Novelário de Donga Novaes. Rio de Janeiro: DIFEL/Difusão Cultural, 1978. p.24. 12 BIBLIOGRAFIA BARTHES, R. Fragmentos de um discurso amoroso. Rio de Janeiro: 13ª ed., Francisco Alves, 1994. COSTA, J. Freire. Anuário brasileiro de psicanálise. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1991. FREUD, S. Além do princípio de prazer (1920). In: Obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago. 1976. ______, O mal-estar na civilização (1930 [1929]). Ibidem. 1974. LACAN, J. O seminário - Livro 7 - A ética da psicanálise (1959-1960). Rio de Janeiro: Zahar, 1991. MOURA, M. Decat de. Psicanálise e hospital. Rio de Janeiro: Revinter, 1996. NASIO, R. D. O livro da dor e do amor. Rio de Janeiro: Zahar, 1998. OLIVEIRA, M. de Fátima, P. de & ISMAEL, S. M. Cury. (orgs.) Rumos da psicologia hospitalar em cardiologia. Campinas, SP: Papirus, 1995. ROMANO, Bellkiss W. (org.) A prática da psicologia nos hospitais. São Paulo: Pioneira, 1994.