Fundada por Ernesto Biester, António Xavier de Brederode e
José Maria de Andrade Ferreira, publicou-se em Lisboa, entre 1
de Abril de 1859 a 31 de Março de 1865, totalizando 60
fascículos em 5 volumes, que pode agora consultar aqui.
A Revista Contemporanea de Portugal e Brazil, publicação de
divulgação literária, artística e científica, à partida com um
caráter binacional enunciado no próprio título, viveu quase
exclusivamente (salvo exceções pontuais) da contribuição de
autores portugueses, seja literários - evoquem-se nomes como
António Lopes de Mendonça, Bulhão Pato, Latino Coelho, Luís
Augusto Rebelo da Silva, Camilo Castelo Branco ou Andrade
Corvo -, seja artísticos - com contribuições de Silêncio Cristão de
Barros, Francisco Augusto Metrass, Tomás da Anunciação, João
Cristino da Silva e até do rei D. Fernando.
O seu propósito, expresso na Introdução assinada por Rebelo da
Silva, passava por repensar o caráter efémero da informação
veiculada pelos periódicos, "uma ideia, que sem ser
inteiramente nova, nunca chegou entre nós a naturalizar-se,
mais por culpa das circunstâncias, do que por falta de
acolhimento": "criar uma publicação, que participe a um tempo
da seriedade do livro e da variedade do jornal." Ou, como
afirma adiante, "Um jornal, que se propôs o fim que a Revista
Contemporanea leva em vista, nunca pode esquecer que as suas
páginas não foram estampadas para se rasgarem com
indiferença depois de satisfeita a curiosidade momentânea; mas
que, lavradas com o cuidado que torna eterno o livro, a sua
colecção, ao cabo de alguns anos, constituirá uma verdadeira
biblioteca, em que se devem encontrar todas as questões, que
interessam o desenvolvimento intelectual e político do mundo."
Saiba mais sobre esta publicação na ficha histórica que Pedro
Mesquita lhe dedicou, e que pode ler aqui.
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