INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA DE CRUZEIRO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ORTODONTIA
DEGRADAÇÃO DE FORÇAS ELÁSTICAS NA RETRAÇÃO DE
CANINOS NO TRATAMENTO ORTODÔNTICO FIXO
Rodrigo Cabral Iunes
Monografia apresentada ao Instituto de
Ensino e Pesquisa de Cruzeiro, como
parte dos requisitos para obtenção ao
título de Especialista em Ortodontia.
Cruzeiro
2007
INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA DE CRUZEIRO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ORTODONTIA
DEGRADAÇÃO DE FORÇAS ELÁSTICAS NA RETRAÇÃO DE
CANINOS NO TRATAMENTO ORTODÔNTICO FIXO
Rodrigo Cabral Iunes
Monografia apresentada ao Instituto de
Ensino e Pesquisa de Cruzeiro, como
parte dos requisitos para obtenção do
título de Especialista em Ortodontia.
Orientador: Prof. Dr. Eduardo César Werneck
Cruzeiro
2007
AUTORIZO A REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE
TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA
FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE E COMUNICADA
AO AUTOR A REFERÊNCIA DA CITAÇÃO.
Cruzeiro, ____ / ____/ ______
Assinatura: _____________________________
e-mail: [email protected]
FOLHA DE APROVAÇÃO
Iunes, R. C. Degradação de forças elásticas na retração de caninos nos
tratamentos ortodônticos fixo Cruzeiro: IEPC 2007.
Cruzeiro, ____ / ____/ ______
Banca Examinadora
1) Prof (a). Dr(a): Eduardo César Werneck
Julgamento: .........................................
Assinatura: ......................................
2) Prof (a). Dr: Ronaldo Alves Bastos
Julgamento: .........................................
Assinatura: ......................................
3) Prof (a). Dr: Adriano Marotta Araujo
Julgamento: .........................................
Assinatura: ......................................
Dedicatória
À minha esposa Elisa e minha filha Larissa, com amor e gratidão pela
compreensão, carinho, respeito e apoio ao longo do período de execução deste
trabalho.
Aos meus pais pela sólida base educacional fornecida, pelo amor e pela
compreensão nos momentos de ausência ocorridos durante a confecção deste
trabalho.
À minha avó Wilma pela confiança e estímulo na realização de todos os
meus sonhos.
Agradecimentos
Ao Professor Eduardo César Werneck pelo estímulo, paciência e
conhecimentos transmitidos, e além de tudo pela amizade estabelecida.
Aos professores Adriano, Ana Carmelina, Márcio, Ronaldo Bastos,
Alessandro, professores do curso de especialização do IEPC, o meu muito obrigado
pela dedicação e empenho em minha formação profissional.
Aos funcionários do IEPC pelo companheirismo e presteza constantes.
Aos colegas do curso de Especialização, em especial a Cláudio Setti,
José Alfredo e Ricardo Paoliello, pela amizade e companheirismo desenvolvido ao
longo do curso.
Aos pacientes que me confiaram sua saúde bucal para que eu pudesse
aplicar os conhecimentos adquiridos.
Iunes, R. C. Degradação de forças elásticas na retração de caninos nos
tratamentos ortodônticos fixo Cruzeiro: IEPC 2007.
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo estudar a degradação dos elásticos em
cadeia da marca Morelli, todos pesados na retração de caninos. O índice de
degradação foi aferido com um tensiômetro, a partir de uma força inicial de 250 g.
Após 30 dias, no momento da troca dos elásticos, era feita uma nova mensuração
para saber a quantidade de degradação que os elásticos sofreram no período.
Verificou-se uma degradação de 59,92%, representando uma perda média de 149,8
g, com um desvio padrão de 13,8 gramas, num nível de confiança de 95%.
Palavras-chave: Elásticos – látex – degradação – força
ABSTRACT
This work had as objective studies the degradation of the elastic bands in
chain of the mark Morelli, all weighed. The elastic bands were measured as soon as
they were put in the mouth with a tensiometer. After 30 days, in the moment of the
change of the elastic bands, it was made a new measured to know the amount of
degradation that the elastic bands suffered in the period. It happened a degradation
of 59,92%, being an average of 149,8 g, with a standard deviation of 13,8 grams,
with a level of trust of 95% and with a degradation of the accentuated elastic forces.
Key words: Elastic - latex - degradation - force
LISTA DE TABELAS
p.
Tabela 5.1 -
Variação geral da degradação de forças elásticas
31
Tabela 5.2 -
Variação dos 10 primeiros da degradação de forças elásticas
35
LISTA DE ABREVIATURAS E SÍMBOLOS
mm
- Milímetro
D.P
- Desvio-padrão
et al. - e colaboradores
%
- por cento
Gℓ Graug
- grau de liberdade
°C
- Grau Celsius
“
- Polegada
md
- Média
P
- Probabilidade
EP
- Erro padrão
M
- Média
T
- probabilidade de erro de medidas estatísticas
g
- Grama
SUMÁRIO
p.
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 01
2. REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................... 04
3. PROPOSIÇÃO ................................................................................................ 20
4. CASUÍSTICA, MATERIAIS E MÉTODOS ...................................................... 22
5. RESULTADOS ................................................................................................ 24
6. DISCUSSÃO ................................................................................................... 38
7. CONCLUSÕES ............................................................................................... 42
REFERÊNCIAS .................................................................................................... 44
1
INTRODUÇÃO
Introdução 2
1
INTRODUÇÃO
Desde os preceitos preconizados por Angle (1907), nos primórdios do século
passado, houve um aumento no estudo e desenvolvimento da mecânica ortodôntica,
bem como dos dispositivos incorporados aos aparelhos.
Estes dispositivos visam auxiliar a mecânica ortodôntica, e assim, possibilitar
ao profissional um maior controle nos movimentos desejáveis e indesejáveis dos
dentes dentro dos objetivos propostos pelo aparelho utilizado.
Vários dispositivos elásticos têm despertado os interesses de diversos
pesquisadores devido ao baixo custo e a grande versatilidade, e são largamente
utilizados na ortodontia (CABRERA et al. , 2003).
Os elásticos ortodônticos podem ser classificados segundo a composição em
sintético e com látex. Os do tipo sintético, de uso mais limitado, são menos
resistentes a deformação, mais friáveis, mais sensíveis à temperatura e umidade,
Por outro lado, os elásticos com látex por serem mais resistentes tem uma utilização
mais ampla. Segundo a carga de trabalho, os elásticos podem são classificados em
leves, médios e pesados.
Os elásticos são materiais possuidores de elasticidade, que é a capacidade
de um corpo se deformar quando submetido a forças externas e recuperar a sua
forma original quando cessada a força atuante, definição esta apresentada por
Hooke em 1678 (JARABAK; FIZZEL 1975). Existem limites para a elasticidade,
sendo que um material altamente elástico pode deixar de sê-lo quando a força
aplicada exceder determinados valores. Transportando estes conhecimentos para os
elásticos ortodônticos, surge o desafio de estudarmos o comportamento destes, já
que objetivamos materiais que não tenham uma diminuição brusca na força liberada,
Introdução
3
mas sim elásticos que possam fornecer forças adequadas e contínuas durante todo
o tempo que estiver colocado na boca. Vários trabalhos têm investigado o
comportamento dos elásticos em condições estáticas, sob diferentes condições de
meio ambiente, como saliva sendo muitas vezes a temperatura controlada a 37oC e
em outros experimentos a temperatura do ambiente da sala foi utilizada.
Entretanto os elásticos, quando utilizados em funções intramaxilares, sofrem
no meio bucal variação nos seus alongamentos devido à fala, bocejos, mastigação,
enfim, movimentos que deslocam a mandíbula da posição de repouso e desta forma,
aumentam as distâncias entre os ganchos dos dentes da maxila e mandíbula.
Levando em consideração este fato, procuram-se avaliar o comportamento
dos elásticos através de testes dinâmicos em que os elásticos são, a cada minuto,
adicionalmente alongados da distância inicial determinada, tentando assim simular
movimentos de deslocamento da mandíbula que ocorrem ao longo do dia. No
entanto, dois fatores não foram levados em consideração nestes estudos dinâmicos:
1. o fato de que comumente os elásticos intermaxilares serem removidos
quando o paciente vai se alimentar e escovar os dentes;
2. e o de que quando o paciente está dormindo os movimentos de
deslocamento da mandíbula são diminuídos consideravelmente.
Diante do exposto e do que encontramos na revisão da literatura,
consideramos importante complementar o estudo sobre o comportamento mecânico
dos elásticos de meio próximas do que ocorre na prática clínica. Deste modo
poderemos ter um melhor entendimento dos elásticos sob o ponto de vista de
liberação e degradação da força e assim teremos condições de um maior controle
em nossos tratamentos.
2
REVISÃO DE LITERATURA
2
REVISÃO DE LITERATURA
Andreasen & Bishara (1970) iniciaram a análise do comportamento mecânico
de elástico padrão e pesado, empregando elásticos de látex ⅝” e ¾”. No referido
estudo, os elásticos foram esticados de 65 a 105 mm, considerando-se essas como
as distâncias mínima e máxima de molar a molar, pelo período de três semanas,
com medição nos prazos de 01 hora, 08 horas, 24 horas 07 dias, 14 dias e 21 dias.
Um estudo preliminar indicou que não havia diferença entre água e saliva a 37°C
como meio ambiente e desta forma, os elásticos foram mantidos submersos no meio
aquoso, com temperatura a 37°C. A pesquisa de Andreasen & Bishara revelou que
os Alastiks esticados a 105 mm sofriam deformação permanente de 50% de seu
comprimento original, com uma degradação média de força de 74,51% no primeiro
dia do estudo e nas três semanas restantes, as forças se estabilizaram
razoavelmente, apenas com uma perda adicional de 8,2%. Com base nesses
estudos, foi recomendada a aplicação de uma força inicial 04 vezes maior que a
usualmente empregada, como a forma de compensação da degradação apontada,
de modo a preservar a movimentação dental.
Prosseguindo os estudos, Andreasen & Bishara (1970) II, esticaram Alastiks e
elásticos de látex entre 22 e 40 mm, medidas estas tomadas como distâncias
mínima e máxima nos movimentos de abertura e fechamento da boca, nas
correções de classe II e III. Na comparação da degradação das forças entre os dois
materiais, foi constatado uma perda de força superior nos Alastiks, em torno de
45,3% após há primeira hora, enquanto os elásticos perdiam apenas 10% da força,
restando, ao final do estudo, cerca de 32,5% de força para os Alastiks. Outra
observação feita foi em relação ao desconforto inicial que o paciente experimenta
Revisão de Literatura 6
nas primeiras horas de uso dos Alastiks, o qual desaparece após a degradação da
força elástica. Por fim, destacaram que quanto maior o estiramento dos Alastiks,
maiores foram as deformações permanentes constatadas. Assim, contra-indicaram a
troca diária de elásticos, pois perderia força com maior intensidade no primeiro dia
de uso.
Realizando um trabalho sobre os elásticos de látex, usando os de 3/16 ” e as
cadeias elastoméricas das marcas Ormco (Power Chain) e Unitek (C2 de loops
duplos e triplos), Wong (1976) testou a ruptura, nível de força em relação ao
alongamento de elásticos e cadeias, grau de deformação permanente e degradação
de força. A experiência durou três semanas e se constatou que nas primeiras 24
horas a perda é substancial, girando em torno de 50 a 75%, observando, ainda, que
nas primeiras três horas é que ocorre a maior deterioração da força. Nas três
semanas seguintes, a força permaneceu quase constante. Embora as marcas
utilizadas tivessem grande variação de força inicial quando esticadas por 17 mm
(641 g para a marca Alastiks Unitek e 342 g para Power Chain), observou-se que
após o primeiro dia a força manteve-se igual, em torno de 171 g para ambas as
marcas. Vale lembrar que o estudo também demonstrou que os módulos elásticos
testados em ambiente aquoso a 37ºC obtiveram menor variação de força. Como
resultado de suas observações, indicou que os elásticos fossem esticados
previamente, antes de serem empregados no meio oral. Foi também o mesmo autor
quem enfatizou a importância das cadeias elastoméricas na ortodontia, fornecendo
um sistema livre de irritação devido às superfícies lisas, quando comparadas às
ligaduras metálicas, porém enfatizando a necessidade de adequada higiene, já que
os elásticos geram maior acúmulo de resíduos em volta dos bráquetes.
Revisão de Literatura 7
Ao verificar a influência do meio ambiente associada à pré-distensão dos
módulos, Brantley et al. (1979) usaram os Alastiks C Spool Chain marca Unitek e
Power Chain II marca Ormco para avaliar os efeitos do pré-estiramento na perda das
forças das cadeias elastoméricas. No experimento, os grupos foram testados em
água destilada a 37ºC e ar em temperatura ambiente, com grupo controle e grupo
pré-estirado. Num primeiro momento, segmentos de 04 módulos foram pré-estirados
a 22,4 mm (cerca de 100% de seu tamanho original), com força que variou de 300 a
500 g, por um período de 24 horas, e medição logo após. Num segundo momento, a
medição se deu 24 horas após o fim do pré-estiramento. Em outra etapa, os passos
foram repetidos, com o pré-estiramento durando 03 semanas. A força inicial dos
Alastiks da Unitek foi de 441 g, enquanto da Ormco foi de 373 g, situação que se
inverteu após três semanas, quando os primeiros apresentaram 123 g e os
segundos 146 g. Assim, foi possível concluir que o pré-estiramento durante três
semanas em água destilada a 37ºC oferece ao ortodontista, para uso imediato,
cadeias elastoméricas com forças próximas do constante, o que não acontece com o
pré-estiramento ao ar livre e em temperatura ambiente.
Ao estudar a elevação das forças de 03 a 04 vezes para compensar a perda
subseqüente Young & Sandrik (1979), vieram desaconselhar tal orientação, diante
dos riscos de isquemia capilar e reabsorção minante. Tais estudiosos empregaram
uma máquina de teste marca Universal Instron, com capacidade para esticar os
módulos elastoméricos e ao mesmo tempo medir a força, valendo-se de 04 elos de
Alastiks cinza tipo CK e C2 da marca Unitek. O estudo mostrou que os Alastiks C2
não apresentaram variação, enquanto as cadeias CK mostraram melhora
considerável em sua performance, com cerca de 17 a 25% de força remanescente,
Revisão de Literatura 8
após 24 horas de análise, enquanto após 04 semanas a força remanescente foi de
64 a 93% superior ao grupo controle. Os autores preconizaram que o estiramento
prévio deve ser feito pelo fabricante ou pelo ortodontista antes da aplicação para não
causar isquemia capilar, devendo os elastômeros ser empregado imediatamente, de
forma a evitar os efeitos do tempo sobre a perda de força.
Ao estudar o comportamento das forças elastoméricas, com ênfase na
degradação das forças de cadeias elastoméricas, De Genova et al. (1985), utilizando
cadeias Power Chain II marca Ormco, Energy Chain marca Rocky Mountain e ElastO-Chain marca T.P. Laboratories Inc. , modelos longos e curtos, com variação de
elos de 3 a 5, em um primeiro grupo foram esticados a 20 mm, submerso em saliva
artificial a 37ºC, e em outro grupo foi submetido à ciclagem térmica de 15 a 45ºC,
por três semanas. As cadeias cicladas apresentaram menor degradação de força
após três semanas, que variou de 7 a 10 g, com força inicial de 300 a 400 g. Um
segundo estudo introduziu a movimentação dental de 0,5 mm por semana nos
grupos com ciclagem térmica, concluindo que a retenção de força nas cadeias com
movimentação simulada era menor, numa escala de 9 a 13%. Foi também
observado que as cadeias curtas oferecem forças iniciais maiores, com menor perda
de força que as longas.
Utilizando elásticos tratados para fechamento do sítio de extração de prémolares com técnica Edgewise convencional, Gianelly et al. (1986), pesquisaram 80
sítios para comparação numa amostra de 25 pacientes. Desses, metade foi testada
com uso de cadeias médias de Alastiks das marcas Unitek e Rocky Mountain e outra
metade com elástico tratado com cobertura de nylon marca Unitek, distribuindo-se
Revisão de Literatura 9
os quadrantes da seguinte forma: um quadrante era tratado com elásticos tratados e
o quadrante oposto com uma cadeia elastomérica. Nos testes, foi aplicado grau de
força de 300 a 400 g inicialmente, com avaliação dos movimentos em três semanas,
não sendo observada diferença estatística relevante. De fato, enquanto estudos in
vitro demonstraram haver tal diferença, com superioridade da cadeia Rocky
Mountain (retenção de até 80% da força inicial, projetando uma força elevada de 280
a 320 g), o resultado clínico de movimentação dental não apontou qualquer
diferença.
Burstone apud Gianelly et al. (1986) ressaltam que a fase inicial do
movimento dental é o deslocamento inicial no espaço ligamentar. Comparando o
resultado do emprego de forças pesadas e de forças leves nos materiais testados,
teríamos em caso de forças pesadas a obtenção deste movimento de forma
imediata, e em caso de forças leves a produção de tal movimento num espaço de
vários dias. Após 2 a 3 dias de emprego de forças pesadas, tanto com elásticos
tratados como com cadeias da Rocky Mountain, o resultado seria um período de
hialinização prolongado, com a reabsorção minante. No mesmo período, o emprego
de forças leves levaria a uma reabsorção frontal da cortical alveolar. Como resultado
dos testes, os autores concluíram que as taxas de movimentação dental para os
elásticos tratados e para as cadeias elastoméricas eram idênticas, sendo as cadeias
mais higiênicas e fáceis de aplicar, com redução do tempo de consulta e maior bemestar ao paciente.
Ao estudar os efeitos do pH na degradação das forças elastoméricas,
utilizando 07 marcas de elastômeros, com 03 elos cada, medições diárias na
primeira semana e semanalmente nas três semanas seguintes, e imersão em duas
Revisão de Literatura 10
soluções diversas a 37ºC: uma com pH 4,95 e outra com pH 7,26. Ferriter et al.
(1990) revelaram que nos pH’s próximos aos neutros a degradação de força é maior
e que clinicamente parece que o pH inferior a 7,26 geraria retardo na taxa de
degradação. Porém, tais pesquisadores refutaram a possibilidade da presença de
placas bacterianas diminuírem a degradação das forças e melhorar o desempenho
das cadeias elastoméricas.
Jeffries & Von Fraunhofer (1991) pesquisaram o efeito da solução de
glutaraldeído alcalino a 2% nas propriedades das cadeias elastoméricas, usando a
solução Sporicidin marca Dentsply e a solução Cidex 7 marca Johnson & Johnson
em seis marcas distintas de cadeias – Force A, Memory Chain, Alastik Unitek,
E-Chain, Chain Elastic e Plastic Chain. Houve desinfecção prévia por 30 segundos,
esterilização por 10 horas, enquanto completamente imersos nas soluções, e testes
de tração nos grupos originais e nos imersos. Chegou-se à conclusão de que a
esterilização, ou, desinfecção com a solução pode ser feita normalmente, eis que
não alteram as propriedades mecânicas das cadeias, gerando apenas descoloração
de algumas marcas. O resultado demonstrou, também, que a imersão nessas
soluções pode ser um aliado no controle da infecção cruzada nos consultórios.
Von Fraunhofer et al. (1992) estudaram os efeitos da saliva artificial e das
soluções tópicas de flúor com cadeias elastoméricas Power Chain II marca Ormco,
C1 pesado marca Unitek, e E-Chain marca T. P. Orthodontics, imersos em diversos
meios (água destilada, saliva artificial, soluções a 0,4% KCl, 0,4% SnF2 e 0,31% de
flúor fosfato acidulado), quando então foram estiradas e avaliadas na máquina
Unite-O-Matic FM-20 Universal. Os testes revelaram a deformação sofrida,
Revisão de Literatura 11
demandando estiramento maior dos módulos para manutenção da mesma carga
liberada por um longo período de tempo, porém apresentando variação dentre as
marcas e o meio utilizado, onde a maior perda de força ocorreu na solução de flúor
fosfato acidulado e a menor perda nos módulos curtos. Embora a degradação da
força tenha sido relevante, os autores mostraram que na clínica isso somente teria
relevo quando as forças iniciais fossem superiores a 300 g e quando a exposição ao
flúor fosse prolongada.
Ao comparar o comportamento das forças elastoméricas sobre as cadeias
incolores tipo médio marca Rocky Mountain e cadeias tipo curto incolor e tipo cinza
marca American Orthodontic, Lu et al. (1993), obteve como resultado a elevada
perda de força durante a primeira hora de tração e uma maior degradação de força
com o aumento da força inicial de estiramento, corroborando resultados de estudos
prévios de outros pesquisadores. Ainda com relação a cores e marcas, o estudo
mostrou que a cadeia clara da marca American Orthodontic possuía menor perda de
força que a cinza: a primeira teve perda inicial de 30,5% após uma hora e a segunda
de 41,1%. Por outro lado, a marca Rocky Mountain obteve melhor performance em
relação a American Orthodontic. Fundando-se em estudos pretéritos, que afirmavam
que a força ideal de retração canina seria de 184 g, os dados da pesquisa dos
estudos de Lu et al. demonstraram a efetividade da cadeia marca Rocky Mountain, a
qual, esticada a 40 mm, 35 mm e 30 mm, revelam eficiência em prazos de 3
semanas, 1 semana e três dias, respectivamente. Em termos de coloração, esticada
a 40 mm, a cadeia transparente mantém sua força efetiva por uma semana e a cinza
por apenas 08 horas, revelando a superioridade da cadeia transparente em termos
de retenção de força elástica.
Revisão de Literatura 12
Ao estudar as cadeias de poliuretano tratado e não tratado e a relação com a
degradação de forças Stevenson et al. (1994) concluíram que a temperatura
influencia na deterioração dos elásticos, o pré-estiramento diminui a degradação da
força gerando maior efetividade na movimentação e a degradação de força
exponencial experimentada por todos os tipos avaliados pode ser representada pelo
modelo matemático de Maxwell-Weichert. A fórmula matemática em questão permite
estimar a magnitude da força em um determinado ponto do tratamento,
possibilitando ao clínico na área de ortodontia antecipar não só eventual desconforto
do paciente como a efetividade do tratamento após certo lapso temporal. Não houve
efeito significativo da acidez e do oxigênio sobre a performance dos materiais.
Baty et al. (1994) comparando a influência das cores nos módulos elásticos,
com emprego de 04 tipos distintos, de três marcas - Masel, Ormco e Unitek - do tipo
curto, cortado com 04 loops, com uma metade a mais de cada lado para evitar
distorção no corte. Os módulos precisaram de uma distensão de 52 a 57% para
atingir nível de força de 300 g e depois de 24 horas precisaram de uma extensão
adicional de 20 a 40% para gerar a mesma força. Não houve influência das cores
nas marcas Unitek e Masel, mas os modelos Ormco, em especial os de cores
púrpura e verde, demandaram maior extensão que o cinza para alcançar o grau de
força de 300 g quando em meio fluido.
Nattrass et al. (1998) ao focarem seus estudos na influência de alguns fatores
fluidos (coca-cola, água e uma solução tinta) e do fator temperatura sobre os
elastômeros e as molas espirais de nickel-titanium, com medição num período de
Revisão de Literatura 13
sete dias. Se por um lado não se verificaram alterações nas molas, salvo mínima
alteração diante da temperatura, consistente num ligeiro aumento de força diante do
aumento de temperatura, o mesmo não ocorreu com os módulos e as cadeias
elastoméricas. Os elastômeros foram bastante influenciados pelo fator térmico, com
aumento da perda de força com o aumento da temperatura. Tais materiais também
sofreram influência do meio ambiente líquido, consistentes numa maior degradação
de força exercida pela coca-cola e pela solução de tinta do que pela água. Ao final
dos estudos, os próprios autores questionaram se houve relevância clínica nos
efeitos causados por estes meios fluidos sobre o comportamento dos elastômeros.
Kersy et al (2002) estudou os efeitos de alongamento repetido (prova cíclica)
e prova estática nas propriedades de decadência de força de dois tipos diferentes de
elásticos ortodônticos em único provedor. Os elásticos de látex retiveram
significativamente mais força com o passar do tempo que o equivalente de
nonlatex.Devido as altas taxas de degradação de força que continuaram ao longo do
teste, seria importante que elásticos de nonlatex fossem mudados a intervalos
regulares que não excedem 6-8 horas. Por causa dessa variável, seria aconselhável
para os ortodontistas testarem uma amostra dos elásticos antes de usar ou comprar
grandes quantidades para assegurar que os níveis de força estariam na gama
esperada
Oliveira et al (2003) afirmaram que o tratamento ortodôntico estaria baseado
na ação prolongada da tração aplicada a um dente através do uso de aparelhos
fixos e móveis auxiliados por fios elásticos e outros acessórios. O conhecimento da
relação tensão-deformação dos elásticos ortodônticos influencia nos resultados do
Revisão de Literatura 14
tratamento e permite o controle biomecânico para melhor aproveitamento dos efeitos
. Os sistemas tradicionais de medição da relação tensão/deformação, tensiômetro e
dinamômetro, apresentam elevada dependência da ação do operador, dificultando a
repetitividade e reprodutibilidade dos resultados. O sistema de aquisição e
tratamento de imagem no visível, proposto neste trabalho, foi concebido para reduzir
a dependência da ação do operador, garantir uma maior confiabilidade metrologia,
facilidade de operação e baixo custo. O sistema é formado por uma webcam, um PC
dedicado e softwares de aquisição e tratamento das imagens. Foi projetada e
construída uma banca de teste de tensão/deformação de elásticos intra-orais e
intermaxilares de látex dos tipos leve, médio e pesado. Foi proposta uma
metodologia de aquisição e elaboração de imagem no visível para mensuração da
deformação. O sistema proposto permitiu uma avaliação da evolução da deformação
dos elásticos no tempo, o que permitiu verificar a importância da primeira hora no
uso dos elásticos. Todos os elásticos apresentaram uma deformação plástica. ,
sendo que os elásticos do tipo leve tiveram menor tolerância plástica em relação aos
outros tipos, conseqüentemente obteve-se maior deformação nesse tipo. Assim, o
sistema utilizado permite a comparação entre os diversos modelos de elásticos,
além de possibilitar o armazenamento e reprodução das imagens. O fato de utilizar
um sistema em que o operador não influi tanto no resultado garante uma melhor
repetitividade e reprodutividade dos resultados.
Eliades Theodore (2003) desenvolveu um experimento inicial capaz de
determinar registros nas mudanças de forças aplicadas por uma cadeia de
elastômeros, debaixo de tensão constante, em tempo real e com dados contínuos
que registram o estudo de diferenças em relaxamento de tensão entreaberto (com
Revisão de Literatura 15
ligação intermodular) e fechado (sem ligação intermodular) em cadeias do mesmo
fabricante. Registraram degradação de força dos materiais elastoméricos debaixo de
tensão constante.
Araújo (2004) Analisaram–se separada e comparativamente 5 marcas
comerciais de elásticos de látex quanto à degradação da força gerada por esses
materiais em função do tempo, quando mantidos continuamente estirados. Os
elásticos com diâmetro 5/16 de polegada foram estendidos em 35 mm, e as leituras
das quantidades de força foram feitas nos intervalos inicial, ½, 1, 6, 12, 24, 48 e 72
horas para amostras de látex. Na primeira hora de testes, pode-se observar
significativa redução na quantidade de força liberada por todas as amostras
avaliadas. Verificou-se uma redução na quantidade de força gerada pelos elásticos
de látex de 10,76 a 23,5% na primeira hora de testes de 18,71 a 35.09% em três
dias de ativação. Concluiu-se que para a maioria das marcas comerciais de elásticos
de látex avaliados seriam indicados a troca a cada três dias de uso.
Para avaliar a influência do tamanho sobre a degradação da força de
elásticos plásticos em cadeia Neto & Caetano (2004), compararam a degradação de
foras de três grupos de elásticos em cadeia, de tamanhos diferentes (três elos, cinco
elos e sete elos), quando distendidos para liberar uma força inicial próxima a 200g,
durante um período de quatro semanas. Os dados coletados foram submetidos a
análises estatísticas, e os resultados do experimento mostraram que a taxa de
relaxação de tensão dos segmentos de elásticos em cadeia de diferentes tamanhos
estudados, quatro horas, 24 horas, uma e quatro semanas após a ativação,
mostrou-se significativamente diferente. Nos primeiros três intervalos de medições,
Revisão de Literatura 16
os segmentos de três elos apresentaram as menores taxas de degradação de força,
enquanto que os segmentos de sete elos apresentaram. Ao final da quarta semana,
um percentual médio de degradação de força inicial menor do que os segmentos de
três e de cinco elos (p< 0,05); oito horas, duas e três semanas após a ativação, não
foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os segmentos
(p>0,05).
Chimenti et al (2004) Objetivaram avaliar in vitro o efeito das variações no
tamanho de ligaduras de elastômeros na resistência friccionais estáticas geradas por
mecânicas ortodônticas corrediças debaixo de condição seca. As ligaduras
elastoméricas pequenas e médias produziram menos fricção que as ligaduras
grandes significativamente. Nenhuma diferença estatística significante foi achada
entre ligaduras pequenas e médias. A diminuição da força de fricção dos módulos
pequenos e médios teve que ser designado principalmente às densidades menores
de ambas as ligaduras com respeito a ligaduras grandes. As ligaduras elastoméricas
lubrificadas geraram menor força de fricção do que as ligaduras de elastômeros não
lubrificados com dimensões diferentes. A variação nas dimensões das ligaduras de
elastômeros pode influenciar na resistência de fricção estática gerada por mecânicas
ortodônticas corrediças nos segmentos bucais. O uso de ligaduras elastoméricas
pequenas e médias determina uma diminuição em fricção estática de 13-17%
comparada com ligaduras grandes. Módulos de silicone-lubrificados podem reduzir
fricção estática de 23-34% com respeito às ligaduras elastoméricas não lubrificados
pequenas e médias e de 36-43% comparados com ligaduras elastoméricas
lubrificados grandes.
Revisão de Literatura 17
Mendes & Artese (2004) Avaliaram a intensidade das forças liberadas por
quatro tipos de ligaduras elásticas de duas marcas diferentes (Unitek 3M e TP
Orthodontics), com e sem camada de polímero. As ligaduras foram imersas em
solução de saliva artificial em períodos de tempo diferentes (inicial, 1 dia, 7, 14, 21,
28 dias) e suas forças liberadas foram quantificadas através de uma máquina de
ensaios de tração. Não foi encontrada diferença significativa das médias das forças
liberadas das ligaduras das marcas TP (p= 0,8182) e Unitek (p=0,2403) com e sem
revestimento de polímero. Encontrou-se também uma diminuição acentuada nas
médias das forças liberadas no primeiro dia sendo que entre os demais períodos
essa queda foi gradativa e não significante. Concluiu-se que não há diferença
significante em relação a degradação das forças entre as ligaduras elásticas com e
sem revestimento de polímero .
Ricardo Moresca ( 2005) estudou os níveis de força produzidos por módulos
elásticos de quatro marcas comerciais (3M, Unitek , Ormco , TP e Morelli) quando
submetidos a uma extensão de 3 mm e 2 mm , tendo verificado a degradação
destas forças durante um período de 28 dias e determinado o melhor momento para
a reativação dos módulos elásticos utilizados no fechamento de espaços por
deslizamento. As forças foram aferidas em 6 intervalos de tempo: inicial, 24 horas, 7
dias, 14 dias, 21 dias e 28 dias. Para cada grupo, 10 módulos elásticos foram
estendidos em lâminas metálicas de 6 mm e 5 mm de largura e mantidos em saliva
artificial a temperatura de 37°C. As forças produzidas por esses módulos elásticos
foram medidas utilizando-se uma máquina de ensaio mecânico Instron .
Considerando a extensão de 3 mm, os módulos elásticos da marca 3M Unitek,
Ormco, TP e Morelli produziram, inicialmente uma força de, respectivamente,
Revisão de Literatura 18
372,60 g , 272,60 g , 321,20 g e 268,30 g .Para a extensão de 2 mm as forças
geradas foram , respectivamente , 367,80 g , 265,10 g , 294,00 g e 226,60 g. Nas
primeiras 24 horas houve um decréscimo da força de aproximadamente 40% para
as marcas 3M Unitek, TP e Morelli e de aproximadamente 60% para a marca Ormco.
Após 28 dias das forças geradas considerando a extensão de 3 mm para as marcas
3M Unitek , Ormco , TP e Morelli foram , 154,84 g , 69,90 g , 126,90 g e 124,20 g,
respectivamente . Para extensão de 2mm as forças geradas foram, respectivamente,
126,90 g , 66,00 g , 116,30 g e 101,50 g.Os resultados sugerem que o melhor
momento para a reativação dos módulos elásticos é sempre 21 e 28 dias.
Naccarato SRF*, Tortamano (2005) estudaram as cadeias elastoméricas
ortodônticas sintéticas medindo a força produzida pelas mesmas e a sua
degradação. Foram selecionadas cinco diferentes marcas de cadeias elásticas para
avaliação: Unitek, Abzil, American Orthodontics, TP Orthodontics e Morelli. Os
módulos foram distendidos ao dobro de seu tamanho inicial e foram mantidos
imersos em saliva artificial a 37°C durante as 4 semanas. A força foi mensurada no
momento da distensão e nos intervalos de 1, 8, 24 e 96 horas e 1, 2, 3 e 4 semanas.
Os resultados foram submetidos à análise estatística. As cadeias elásticas da TP
Orthodontics apresentaram a degradação de 37% de sua força inicial, seguidas
pelas da American Orthodontics (48%), Morelli (65%), Abzil (72%) e Unitek (79%), a
qual apresentou a menor quantidade de força ao final do experimento. A força inicial
exercida pelas cadeias elásticas variou entre 337 g e 404 g, e a força final entre 71 g
e 253 g.
Revisão de Literatura 19
Devido à grande variação da quantidade de força exercida pelas cadeias elásticas
sugere-se clinicamente a utilização de dinamômetro e o conhecimento das
propriedades elásticas dos materiais.
Martins et al (2006) avaliaram as diversas cores de ligaduras elásticas do tipo
modular da marca Morelli. Estas ligaduras foram estiradas em cilindros de aço
inoxidável com diâmetro aproximado de um braquete de incisivo central superior,
imersas em saliva artificial a 37ºC e tiveram suas forças medidas em uma máquina
de ensaios de tração, antes da colocação nos estiletes (0h) e após 24 horas de
imersão em saliva artificial. Os resultados foram obtidos através de um computador
que opera conectado à máquina de tração e foram submetidos a testes estatísticos
(ANOVA e Tuckey) com p<0,05. As médias das forças obtidas foram: md=0,3792 kgf
para 0h e md=0,1286kgf para 24h e o desvio padrão do percentual de degradação
da força foi de 66,07% ± 2,31%. Diante dos resultados, pode-se concluir que existe
uma diferença significativa entre as forças geradas em 0h e 24h. Em 0h, mesmo
antes da ação do tempo e da imersão em saliva artificial, já existem diferenças
significativas entre algumas cores, com valores mais altos (md=0,4024 kgf) para a
pérola e mais baixos (md=0,3511 kgf) para a verde clara. Em 24h, também foram
constatadas diferenças significativas, sendo que a distribuição das cores por grupos
foi diferente da observada em 0h. As cores verde clara, vermelha, amarela e branca
tiveram menor percentual de degradação da força, sendo a verde clara com melhor
desempenho (62,60%). Já as cores pérola, prata e cinza demonstraram maior
percentual, sendo a pérola com pior desempenho (69,23%).
3
PROPOSIÇÃO
Proposição
3
21
PROPOSIÇÃO
Avaliar o nível de degradação de forças das cadeias elastoméricas de cor
transparente na retração de caninos.
Se os valores encontrados apresentam significância estatística.
4
CASUÍSTICA, MATERIAIS E MÉTODOS
Casuística , Materiais e Métodos
4
23
CASUÍSTICA, MATERIAIS E MÉTODOS
Foram realizadas medidas dos elásticos corrente, com tensiômetro da marca
Morelli, em 24 pacientes do I.E.P.C., com intervalos de 30 dias. Estas medidas foram
realizadas por um único operador, na colocação do elástico logo após sua ativação,
sendo sempre aferida a força em 250 gramas e reavaliada no momento em que
eram retiradas depois de 30 dias. Estes dados eram armazenados em uma tabela
onde constavam à força inicial e a força final, para posteriormente fazermos um
estudo para constatarmos o nível de degradação dessas forças durante esse
período.
5
RESULTADOS
Resultados
5.
25
RESULTADOS
TESTES DE SIGNIFICÂNCIA
Níveis e significâncias, índice T: teste
Assunto de grande importância em Estatística e, em particular, no campo das
investigações biológicas, é comprovar se as variações dos resultados encontrados
são ou não estatisticamente significativas. Quando se formula uma hipótese em
relação a determinada característica de uma população , há duas alternativas para a
amostra colhida da mesma : ou ela pertence a população de origem , portanto as
diferenças observadas são decorrentes de flutuações biológicas normais ou não
pertence e as diferenças encontradas representam um efeito real não podendo
portanto serem atribuídas ao acaso .
No primeiro caso dizemos que os valores encontrados: “não são
estatisticamente significativos” e no segundo: que “são estatisticamente
significativos“.
Essas expressões serão empregadas de acordo com os níveis de
significância encontrados. Dessa forma podemos aceitar ou rejeitar a hipótese
formulada.
Vimos anteriormente quando tratamos da amostragem que as médias das
amostras se distribuíam em torno da media da “população” com um afastamento,
para mais ou menos, denominado de desvio padrão (DP).
Esse afastamento corresponde a um erro padrão da média e é dado pela
fórmula:
.
Resultados
26
Níveis de significância:
São os limites que se tomam como base para afirmar que um dado desvio é
decorrente do acaso ou não e conseqüentemente seu resultado é: “significativo” ou
“não significativo”. A partir de um nível de significância convencionado os desvios
são devidos a lei do acaso e o resultado é considerado não significativo.
São aceitos como estatisticamente significativos os níveis P=0,05 e P= 0,01
que correspondem a 5% e 1% , respectivamente.
Na prática consideram-se satisfatório o limite de 5% de probabilidade de erro,
não sendo significativos as diferenças que acusarem uma probabilidade acima
desse limite.
(P>0,05).
Assim sendo, como norma geral, pode-se dizer que: “Toda diferença entre o
valor esperado e o valor observado maior que 2 vezes o erro padrão (> 2 EP) é
estatisticamente significativa”.
A fim de melhor esclarecer essa norma é mister recordar que na curva de
Gauss (*) as medidas compreendidas entre M=2DP (média mais ou menos dois
desvios padrão) correspondem a 95% da “população” ou “universo”. Assim, por
exemplo , se um indivíduo tiver uma medida que estejam fora dos limites de = 2
desvios padrão da média do grupo a que ele pertence , podemos dizer que ele não
pertence a esse grupo com uma probabilidade de erro menor que 5% .
Com o mesmo raciocínio podemos dizer que as medidas compreendidas
entre M ± 3 DP (média mais ou menos três desvios padrão) correspondem a 99% da
“população”.
Resultados
27
“Mutatis Mutandi” se um indivíduo apresentar uma medida que difira da média
do grupo ± 3 DP, podemos afirmar que ele não pertence a esse grupo com uma
probabilidade de erro inferior a 1% .
Em resumo, temos:
M ± DP abrange 68% da população
M ± 2 DP abrange 95% da população
M ± 3 DP abrange 99% da população
(essas percentagens correspondem as áreas da curva normal).
O desvio padrão, nesse caso, é tomado pelo erro padrão.
Quando manuseamos as Tábuas de “T” para determinados níveis de
probabilidade vemos então que as probabilidades de 95% e 99% são iguais ou
maiores que 1,96 e 2,58 desvios positivos ou negativos, respectivamente.
Índice T
É um índice de significância que permite calcular a probabilidade de erro de
medidas estatísticas. Os valores de “T” já se encontram calculados em Tábuas para
cada desvio relativo. No caso de grandes amostras a probabilidade “P” de cada
diferença pode ser obtida na tábua de áreas da curva normal, uma vez que os
desvios relativos se disponham segundo uma distribuição normal. Para o caso de
pequenas amostras deve ser usada a tábua de distribuição de “T” cujos valores
estão calculados em relação com o número de graus de liberdade.
Resultados
28
Grau de liberdade
Chama-se grau de liberdade o número de observações de uma amostra
menos 1, portanto: GL =n-1.
No caso de duas amostras o grau de liberdade será: GL=(n1-1)+(n2-1) ou
GL = n1+n2-2.
Nessas condições a fórmula que nos dá o desvio padrão:
DP =
Para as pequenas amostras passa a ser a seguinte
DP =
Compreende-se facilmente que se o valor de “N” é grande, dividindo-se
∑(X-M)² por “N” ou “N-1” , os valores encontrados são muito aproximados de forma
que podemos tomar um pelo outro.
Quando o valor de “N” é pequeno eles tanto mais diferem quanto menor for a
amostra.
Após essas considerações voltemos a Tábua de “T”.
Tábua de “t” :
Nessa Tábua já estão calculadas as probabilidades para os diversos valores
de “t” e diferentes graus de liberdade. As Tábuas dão as probabilidades de 0,9 a
Resultados
29
0,001 para os graus de liberdade de 1 à 30, todavia como os valores significantes de
“t” são P =0,05 e P = 0,01, os graus de liberdade acima de 30 são muito elevados
portanto de menor interesse prático .
A Tábua que a seguir transcreveremos atende aos fins práticos que desejamos
Tábua de “t” (*)
N
P=0,05
P=0,01
1
12,7
63,66
2
4,3
9,92
3
3,18
5,84
4
2,77
4,6
5
2,57
4,03
6
2,45
3,71
7
2,37
3,5
8
2,31
3,36
9
2,26
3,25
10
2,23
3,17
15
2,13
2,95
20
2,09
2,85
30
2,04
2,75
muito elevado
1,96
2,58
(*) Extraída parcialmente da Tábua “Introducion a 1.a Bio-estatística de H. Bancrofti
(Ajustada a última decimal).
Resultados
30
O objetivo desta pesquisa é verificar se é significativa a diferença entre o início e o
final, com relação à degradação das forças elásticas.
A princípio espera que exista uma degradação das forças elásticas, porém
moderada.
Hipótese Nula
Existe uma degradação das forças elásticas moderadas.
Hipótese Experimental
Existe uma degradação das forças elásticas acentuada.
# t observado (to) 85,6
# t tabelado (tc) 1,96
#gl (grau de liberdade) 62
# p (probabilidade de erro) 0,05 ou 5%.
to > tc aceita-se a Hipótese Experimental
Resultados
5.1 - Variação geral da degradação de forças elásticas
início
final Diferença
diferença quadrada
1
250
100
150
22500
2
250
100
150
22500
3
250
80
170
28900
4
250
90
160
25600
5
250
120
130
16900
6
250
90
160
25600
7
250
100
150
22500
8
250
100
150
22500
9
250
120
130
16900
10
250
110
140
19600
11
250
80
170
28900
12
250
100
150
22500
13
250
80
170
28900
14
250
80
170
28900
15
250
110
140
19600
16
250
100
150
22500
17
250
100
150
22500
18
250
90
160
25600
19
250
110
140
19600
20
250
80
170
28900
21
250
100
150
22500
22
250
110
140
19600
31
Resultados
23
250
80
170
28900
24
250
130
120
14400
25
250
100
150
22500
26
250
100
150
22500
27
250
100
150
22500
28
250
130
120
14400
29
250
110
140
19600
30
250
120
130
16900
31
250
100
150
22500
32
250
90
160
25600
33
250
90
160
25600
34
250
110
140
19600
35
250
80
170
28900
36
250
110
140
19600
37
250
100
150
22500
38
250
100
150
22500
39
250
110
140
19600
40
250
100
150
22500
41
250
120
130
16900
42
250
120
130
16900
43
250
100
150
22500
44
250
80
170
28900
45
250
110
140
19600
46
250
80
170
28900
32
Resultados
Início
Final
47
250
130
120
14400
48
250
110
140
19600
49
250
100
150
22500
50
250
100
150
22500
51
250
100
150
22500
52
250
110
140
19600
53
250
110
140
19600
54
250
90
160
25600
55
250
80
170
28900
56
250
100
150
22500
57
250
100
150
22500
58
250
80
170
28900
59
250
100
150
22500
60
250
80
170
28900
61
250
100
150
22500
62
250
100
150
22500
63
250
100
150
22500
soma 15750 6310
9440
1425800
33
Resultados
Desvio Padrão
S=
S=
S = 13,8
Erro Padrão
σ dif =
σ dif =
σ dif =
σ dif = 1,75
T0 = T observado
T0 =
T0 =
T0 = 85,6
Tc = T tabelado
Tc = 1,96
Hipótese Nula
34
Resultados
Existe uma degradação das forças elásticas moderadas.
Hipótese Experimental
Existe uma degradação das forças elásticas acentuada.
# t observado (to) 36,4
# t tabelado (tc) 2,26
#gl (grau de liberdade ) 9
# p (probabilidade de erro ) 0,05 ou 5%.
to > tc aceita-se a Hipótese Experimental
Foi feita uma nova estatística, agora com um número reduzido de amostras
escolhidas aleatoriamente para ver se os valores se aproximariam.
5.2 - Variação dos 10 primeiros da degradação de forças elásticas
inicio
final
diferença
diferença
quadrada
1
250
100
150
22500
2
250
100
150
22500
3
250
80
170
28900
4
250
90
160
25600
5
250
120
130
16900
6
250
90
160
25600
7
250
100
150
22500
8
250
100
150
22500
9
250
120
130
16900
10
250
110
140
19600
soma
2500
1010
1490
223500
35
Resultados
Início X1 = 2500 = 250
10
Final X2 = 1010 = 101
10
Desvio Padrão (S)
S=
S=
S= 12,2
σ dif =
σ dif =
σ dif = 4,07
T0 =
T0 =
T0 = 36,4
Tc = 2,26
36
Resultados
5.1 Análise Estatística
Pretendeu-se, verificar se seria significativa a diferença entre a força inicial e a
força final, com relação à degradação das forças elásticas.
A principio espera-se que exista uma degradação das forças elásticas, porém
moderada.
37
6
DISCUSSÃO
Discussão 39
6 DISCUSSÃO
Com respeito à degradação de forças foi encontrado um nível de degradação
de forças da ordem de 150 g (60%) com desvio padrão de 12,2 g, com nível de
significância de 0,05, diferentemente de Andreasen & Bishara I, Wong (1976) que
esticaram os Alastiks a 105 mm determinando deformação permanente de 50% de
seu comprimento original, com uma degradação média de força de 74,51% no
primeiro dia do estudo e , nas três semanas restantes , as forças se estabilizaram
razoavelmente sendo que 45,3% após a primeira hora.
Ainda, degradação de força poderia ser maior nos pH’s próximo aos neutros
Ferriter et al. (1990), com o pré-estiramento diminuindo a degradação da força
gerando maior efetividade na movimentação Stevenson et al. (1994), não sendo
significante em relação à degradação das forças entre as ligaduras elásticas com e
sem revestimento de polímero Mendes & Artese (2004).
Quanto a forma de ativação, foi nesta pesquisa realizada uma ativação
mensal com força inicial de 250 g, muito embora, não correspondendo aos
resultados de Andreasen & Bishara (1970) que perfizeram uma força inicial 04 vezes
maior que a usualmente empregada por um período de três semanas.
A força inicial dos elásticos de 250 gramas da marca Morelli foi bem inferior
aos dos Alastiks da Unitek foi de 441 g, enquanto da Ormco foi de 373 g Brantley et
al. (1979), e, portanto, também distantes dos valores encontrados por Gianelly et al.
(1986), que relataram força de 300 a 400 g inicialmente, com períodos de avaliação
a cada três semanas Young & Sandrik (1979), Ricardo Moresca (2005), e
concordantes com os de Neto & Caetano (2004) que utilizaram força inicial próxima
a 200gr.
Discussão
40
Devido à grande variação da quantidade de força exercida pelas cadeias
elásticas sugere-se clinicamente a utilização de dinamômetro e o conhecimento das
propriedades elásticas dos materiais Naccarato SRF*, Tortamano (2005).
Quanto aos fatores influenciadores haveria diferença entre água e saliva a
37°C como meio ambiente e, assim, os elásticos foram mantidos submersos no meio
aquoso, com temperatura a 37°C Andreasen & Bishara (1970) I, Wong (1976), pois
em ambiente aquoso a 37ºC obteve menor variação de força.
Outro fator o pH inferior a 7,26 geraria retardo na taxa de degradação Ferriter
et al. (1990), sendo importante verificar que esterilização ou desinfecção, com a
solução de glutaraldeído alcalino 2% pode ser feita normalmente, eis que não
alteram as propriedades mecânicas das cadeias, gerando apenas descoloração em
algumas marcas. Jeffries & Von Fraunhofer (1991). Meios fluidos (coca-cola, água e
uma solução tinta) sobre o comportamento dos elastômeros são questionáveis
Nattrass et al. (1998)
Quanto a coloração, foi utilizado as cadeias transparentes que pareceram
manter sua força efetiva por uma semana, sem podermos afirmar nada sobre as
cadeias cinza, com Lu et al. (1993), revelando a superioridade da cadeia
transparente em termos de retenção de força elástica, contudo, não houve influência
das cores nas marcas Unitek e Masel, mas os modelos Ormco, em especial os de
cores púrpura e verde, demandaram maior extensão que o cinza para alcançar o
grau de força de 300 g quando em meio fluido Baty et al. (1994) .
Conclui-se que existe uma diferença significativa entre as forças geradas em
0h e 24h ,Martins et et.al (2006). Em 0h, mesmo antes da ação do tempo e da
imersão em saliva artificial, já existem diferenças significativas entre algumas cores,
com valores mais altos para a pérola e mais baixos para a verde clara. Em 24h,
Discussão
41
também foram constatadas diferenças significativas, sendo que a distribuição das
cores por grupos foi diferente da observada em 0h. As cores verde clara, vermelha,
amarela e branca tiveram menor percentual de degradação da força, sendo a verde
clara com melhor desempenho (62,60%). Já as cores pérola, prata e cinza
demonstraram maior percentual, sendo a pérola com pior desempenho (69,23%).
7
CONCLUSÕES
Conclusões
7
43
CONCLUSÕES
1. Ocorreu uma degradação de 59,92% , ou seja, uma média de 149,8
g, com um desvio padrão de 13,8 gramas;
2. Com um nível de confiança de 95% e com uma degradação das
forças elásticas acentuadas.
REFERÊNCIAS
Referências
45
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