SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
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AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DE LÍNGUA PORTUGUESA
3º ANO DO ENSINO MÉDIO
LEIA AS INSTRUÇÕES ABAIXO COM ATENÇÃO ANTES DE INICIAR A AVALIAÇÃO.
1 – Este CADERNO é composto por 23 QUESTÕES DE LÍNGUA PORTUGUESA,
baseadas na Matriz Curricular do SIMAVE/PROEB.
2 – Após a conferência deste caderno, escreva seu nome nos espaços próprios do
CARTÃO-RESPOSTA com caneta de tinta azul ou preta.
3 – Não dobre, não amasse e não rasure tanto o CADERNO DE QUESTÕES quanto o
CARTÃO-RESPOSTA. O CADERNO DE QUESTÕES será utilizado para aplicação em
outras turmas e o CARTÃO-RESPOSTA não poderá ser substituído.
4 – Caso julgue necessário, solicite ao professor uma folha para utilizar como rascunho.
5 – Marque no CARTÃO-RESPOSTA apenas uma opção como correta; se você assinalar
mais de uma opção ou deixar todos os campos em branco sua questão será anulada.
6 – Para cada uma das questões objetivas são apresentadas 4 opções identificadas pelas
letras A, B, C, D e E. Apenas uma responde corretamente a questão.
7 – O tempo para realização desta Avaliação será de 3h. (três horas).
8 – Reserve os 20 minutos finais para a marcação do CARTÃO-RESPOSTA.
9 – O aluno não poderá deixar a sala de aula até que todos terminem a Avaliação.
MANTENHA A ATENÇÃO E BOA AVALIAÇÃO
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QUESTÃO 1
Leia o texto abaixo.
Nobreza Popular
Uma das muitas cenas memoráveis do imperdível filme “Brasileirinho” do diretor finlandês Mika
kaurismãki é a do Guinga contando como nasceu a música “Senhorinha”, dedicada à sua filha.
Depois Zezé Gonzaga canta a música. Quem não se emocionar deve procurar um médico
urgentemente porque pode estar morto. ”Senhorinha” tem letra de Paulo César Pinheiro e é uma das
coisas mais bonitas já feitas no Brasil – e não estou falando só de música. O filme todo é uma
exaltação do talento brasileiro, da nossa vocação para a beleza tirada do simples ou, no caso do
chorinho, do complicado, mas com um virtuosismo natural que parece fácil. Recomendo não só a
quem gosta de música, mas a quem anda contagiado por sorumbatismo de origem psicossomática
ou paulista e achando que o Brasil vai acabar na semana que vem. Não é a música que vai nos
salvar, claro. Mas passei o filme todo vendo e ouvindo o Guinga, o Trio Madeira Brasil, o Paulo
Moura, o Yamandú, o Silvério Ponte, a Elza Soares, a Teresa Cristina, a Zezé Gonzaga (e até
Adenilde Fonseca!) e pensando: é essa a nossa elite. Essa é a nossa nobreza popular, a que
representa o melhor que nós somos. O oposto do patriciado que confunde qualquer ameaça ao seu
domínio com o fim do mundo. Uma das alegrias que nos dá o filme é constatar que o chorinho, longe
de estar acabando, está se revitalizando. Tem garotada aprendendo choro hoje como nunca antes.
Substitua-se o choro pelo Brasil que não tem nojo de si mesmo e pronto: a esperança em por aí.
Parafraseando o Chico Buarque: Contra desânimo, desilusão, dispnéia, o trombone do Zé da Véia.
O Globo, 02/09/2007
Qual é o tema do texto
a) A aprendizagem da música pelos jovens.
b) A beleza das cenas do filme Brasileirinho.
c) A emocionante canção de Paulo César Pinheiro.
d) A exaltação do valor da música popular.
e) A rejeição da cultura da elite.
QUESTÃO 2
A temperatura terrestre
Nos últimos 120 anos, a temperatura média da superfície da Terra subiu cerca de um grau
Celsius. Os efeitos disso sobre a natureza são muito graves e afetam bichos, plantas e o próprio ser
humano. Esse aquecimento provoca, por exemplo, o derretimento de geleiras nos polos. Por causa
disso, o nível da água dos oceanos aumentou em 25 centímetros e o mar avançou até 100 metros sobre
o continente nas regiões mais baixas. Furacões que geralmente se formam em mares de água quente
estão cada vez mais fortes. Os ciclos das estações do ano e das chuvas estão alterados também.
A poluição do ar é uma das principais causas do aquecimento. A superfície terrestre reflete uma
parte dos raios solares, mandando- os de volta para o espaço. Uma camada de gases se concentra ao
redor do planeta, formando a atmosfera, e alguns deles ajudam a reter o calor e a manter a temperatura
adequada para garantir a vida por aqui.
Nas últimas décadas, muitos gases poluentes vêm se acumulando na atmosfera e produzindo
uma espécie de capa que concentra cada vez mais calor perto da superfície da Terra, aumentando
ainda mais a temperatura global. É o chamado efeito estufa.
Outro problema que afeta diretamente o clima é a devastação das matas, que ajudam a manter a
umidade e a temperatura do planeta. Infelizmente, o desmatamento já eliminou quase metade da
cobertura vegetal do mundo.
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Por que o nível da água dos oceanos aumentou até 25 centímetros
a) Por causa da mudança do ciclo das estações do ano.
b) Por causa do derretimento das geleiras nos polos.
c) Porque o mar avançou 100 metros sobre o continente.
d) Porque os furacões estão cada vez mais fortes.
e) Porque a poluição está muito grande.
QUESTÃO 3
Leia a tirinha abaixo.
O uso da expressão “finalmente”, no primeiro quadrinho, indica que a arrumação foi:
a) Completa.
b) Corrida.
c) Demorada.
d) Mal feita.
e) Rápida.
QUESTÃO 4
Leia o poema abaixo e responda.
O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundice do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma cosia,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato.
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem.
BANDEIRA, Manuel. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Ática, 1985.
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O que motivou o bicho a catar restos foi
a) A própria fome.
b) A imundice do pátio.
c) O cheiro da comida.
d) A amizade pelo cão.
e) A comida ser deliciosa.
QUESTÃO 5
A Surdez na Infância
Podemos classificar as perdas auditivas como congênitas (presentes no momento do
nascimento) ou adquiridas (contrárias após o nascimento). Os problemas de aprendizagem e
agressividade infantil podem estar ligados a problemas auditivos. A construção da linguagem está
intimamente ligada à compreensão do conjunto de elementos simbólicos que dependem basicamente de
uma boa audição. Ela é a chave para a linguagem oral, que, por sua vez, forma a base da comunicação
escrita.
Uma pequena diminuição da audição pode acarretar sérios problemas no desenvolvimento da
criança, tais como: problemas afetivos, distúrbios escolares, de atenção e concentração, inquietação e
dificuldades de socialização. A surdez na criança pequena (de 0 a 3 anos) tem consequências muito
mais graves que no adulto.
Existem algumas maneiras simples de saber se a criança já possui problemas auditivos como:
bater palmas próximo ao ouvido, falar baixo o nome da criança e observar se ela atende, usar alguns
instrumentos sonoros (agogô, tambor, apito), bater com força a porta ou a mesa e, dessa forma, poder
avaliar as reações da criança.
COELHO, Cláudio. A surdez na infância. O Globo, Rio de Janeiro, 13/04/2003, p. 6. Jornal da Família. Qual é o seu
problema?
O objetivo desse texto é
a) Comprovar que as perdas auditivas são irrelevantes.
b) Ressaltar que a surdez ainda é uma doença incurável.
c) Mostrar as maneiras de saber se a criança ouve bem.
d) Alertar o leitor para os perigos da surdez na infância.
e) Apresentar soluções para o problema da surdez.
QUESTÃO 6
Leia esta tira de Fernando Gonsales.
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No 1º quadrinho, a galinha chama a atenção de seus pintinhos para um gavião que se aproxima. Os
pintinhos, no entanto, preferem o gavião. Qual das frases seguintes poderia resumir com humor a razão
dessa preferência
a) Quanto mais quente melhor.
b) Um é pouco, dois é bom, três é demais.
c) Quem rouba ladrão tem cem anos de perdão.
d) Antes a morte do que um cheiro forte.
e) Antes só do que mal acompanhado.
QUESTÃO 7
Leia o texto abaixo.
Aprenda a Falar Difícil
Em minha empresa, parece que o povo, do gerente para cima, fala outro idioma. Por que as
pessoas ficam inventando expressões estranhas ou usando palavras estrangeiras, quando é muito mais
fácil falar português?
Lélio, São Caetano, SP.
Para impressionar, Lélio. As pessoas que complicam o vocabulário fazem isso com dois
propósitos bem claros. O primeiro é financeiro. "Falar abobrinha" pode ser sinônimo de "Verbalizar
cucurbitáceas", mas a segunda turma, via de regra, ganha mais. Você mesmo confirmou isso, ao dizer:
"de gerente para cima".
O segundo motivo é se proteger. Através dos tempos, cada profissão foi desenvolvendo sua
maneira particular de se expressar. Economista fala diferente de advogado, que fala diferente de
engenheiro, que fala diferente de psicólogo, e todos eles falam diferente de nós. Quanto mais
complicado uma pessoa fala, mais fácil ela poderá depois explicar: "Não foi bem isso que eu disse". Na
prática, a coisa funciona assim.
Se você tiver uma pergunta - qualquer pergunta - e consultar alguém de Marketing, ouvirá como
resposta que é preciso "fazer um brainstorming e extrapolar os dados". Alguém de Recursos Humanos
dirá que, "enquanto seres funcionais, temos de vivenciar parâmetros holísticos". Um engenheiro opinaria
que a coisa se deve a fatores inerciais de natureza não-técnica". E uma pessoa de Sistemas diria que a
empresa está "num processo de reformulação de conteúdo". E assim por diante.
Essa foi uma grande lição que aprendi na vida corporativa. Quando tinha alguma dúvida,
perguntava a um Diretor. E aprendia uma palavra nova. Aí, ia me informar com o Seu Anísio da Portaria.
Porque ele era o único capaz de me explicar direitinho a situação. "É, vem chumbo grosso por aí".
Portanto, Lélio, e para bem de sua carreira, sugiro que você comece a aprender esses "idiomas
estranhos". Falando de maneira simples, e sendo entendido por todos, você chegará, no máximo, a
Supervisor. Adotando uma verbalização direcional intrínseca, poderá chegar a Diretor.
(GEHRINGER, Max. "Sua carreira. Época", São Paulo: Editora Globo, n. 411, 3. abr. 2007, p. 67).
Na pergunta do leitor, há uma concepção (ideia) de língua portuguesa que
a) rejeita as variações de caráter técnico-profissional, por considerá-las desnecessárias.
b) defende o uso da língua padrão nas atividades profissionais, por sugerir mais status.
c) expressa um preconceito com o falar coloquial, por relacioná-lo às classes populares.
d) incorpora o uso de palavras estrangeiras como necessário à comunicação.
e) apresenta várias palavras que a nosso ver são muito complexas para entendimento.
QUESTÃO 8
Não se Perca na Rede
A internet é o maior arquivo público do mundo. De futebol a física nuclear, de cinema a biologia, de
religião a sexo, sempre há centenas de sites sobre qualquer assunto. Mas essa avalanche de
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informações pode atrapalhar. Como chegar ao que se quer sem perder tempo? É para isso que foram
criados os sistemas de busca. Porta de entrada na rede para boa parte dos usuários, eles são um filão
tão bom que já existem às centenas também. Qual deles escolher? Depende do seu objetivo de busca.
Há vários tipos. Alguns são genéricos, feito para uso no mundo todo ( Google, por exemplo). Use esse
site para pesquisar temas universais. Outros são nacionais ou estrangeiros com versões específicas
para o Brasil (cadê, yahoo, e altavista). São ideias para achar páginas “com.br”
Paulo D’ Amaro
O período que apresenta uma opinião do autor é
a) “foram criados sistemas de busca.”
b) “essa avalanche de informações pode atrapalhar.”
c)”sempre há centenas de sites sobre qualquer assunto.”
d) “A internet é o maior arquivo público do mundo.”
e)”Há vários tipos.”
QUESTÃO 9
Leia o texto abaixo.
Leite
Vocês que têm mais de 15 anos, se lembram de quando a gente comprava leite em garrafa, na leiteira
da esquina?(...)
Mas vocês não se lembram de nada, pô! Vai ver nem sabem o que é vaca. Nem o que é leite. Estou
falando isso porque agora mesmo peguei um pacote de leite – leite em pacote, imagina, Teresa! – na
porta dos fundos e estava escrito que é pasterizado ou pasteurizado, sei lá, tem vitamina, é garantido
pela embromatologia, foi enriquecido e o escambau.
Será que isso é mesmo leite? No dicionário diz que leite é outra coisa: “líquido branco, contendo água,
proteína, açúcar e sais minerais”. Um alimento pra ninguém botar defeito. O ser humano o usa há mais
de 5.000 anos. É o único alimento só alimento. A carne serve pro animal andar, a fruta serve para fazer
outra fruta, o ovo serve pra fazer outra galinha (...) o leite é só leite. Ou toma ou bota fora.
Esse aqui examinando bem, é só pra botar fora. Tem chumbo, tem benzina, tem mais água do que leite,
tem sacanagem, sou capaz de jurar que nem vaca tem por trás desse negócio.
Depois o pessoal ainda acha estranho que os meninos não gostem de leite. Mas, como não gostam?
Não gostam como? Nunca tomaram! Múúúúúúú!
Millôr Fernandes. O Estado de São Paulo. 22/08/1999.
Ao criar a palavra “embromatologia” (l 5.), o autor pretende ser
a) Conciso.
b) Sério.
c) Formal.
d) Cordial.
e) Irônico.
QUESTÃO 10
Leia o texto abaixo. Trata-se da letra de uma canção do compositor Nando Reis, interpretada pela
cantora Marisa Monte em seu disco “Mais”.
DIARIAMENTE
Para calar a boca: rícino
Pra lavar a roupa: omo
Para viagem longa: jato
Para difíceis contas: calculadora
Para o pneu na lona: jacaré
Para a pantalona: nesga
Para pular a onda: litoral
Para lápis ter ponta: apontador
Para o Pará e o Amazonas: látex
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[...]
Para levar na escola: condução
Para os dias de folga: namorado
Para o automóvel que capota: guincho
[...]
Para saber a resposta: vide-o-verso
Para escolher a compota: Jundiaí
Para a menina que engorda: hipofagin
Para a comida das orcas: krill
Para o telefone que toca
Para a água lá na poça
Para a mesa que vai ser posta
Para você, o que você gosta:
Diariamente.
Vocabulário:
Rícino - 1.Planta medicinal da família das euforbiáceas (Ricinus communis),[...]
Nesga - 1.Peça ou bocado de pano triangular que se adiciona, cosendo, entre dois panos de uma costura,
para dar mais amplidão
A letra da canção apresenta uma construção especial, graças à repetição de uma palavra. Sobre essa
construção, pode-se AFIRMAR que a preposição “Para” transmite a ideia de
a) causa
b) assunto
c) companhia
d) finalidade
e)Consequência
QUESTÃO 11
Daqui eu não saio!
Querem derrubar a casa de dona Inês. Ela já disse que não: que gosta da casa, do espaço
que ela tem, das histórias que transpiram em cada cantinho de parede, em cada risco no chão, em cada
marca do tempo. Mas os vizinhos não deixam dona Inês em paz: vende, dona Inês. Nós já topamos.
Vende ou não dá espaço para construir o prédio. Dona Inês diz que não. Os filhos suplicam: vende,
mãe. Ficar com essa velharia pra quê? Dona Inês responde que uai, porque eu quero e pronto. O
corretor imobiliário telefona dia e noite, o corretor e seu talão de cheques, balançando como uma
salsicha em frente ao cachorro. Mas dona Inês não quer salsicha. Nem cheques. Só a sua casa.
Já tentaram convencer dona Inês de diversas maneiras. Uma delas foi ameaçá-la com a
possibilidade de uma escuridão eterna que os vizinhos de prédios altos sofrem. Dona Inês respondeu
que nem ligava. Com chuva ou com sol, dona Inês fica lá — em sua casa. A outra tentativa foi assustála com a possibilidade de desvalorização: diziam que depois de feito o prédio com os terrenos vizinhos,
a casa dela nada valeria. VaIe para mim, responde, altiva, dona Inês. As tentativas foram em vão.
A rua de dona Inês é um rio. O rio do tempo. Dela transbordam carros, transbordam as
mudanças da moda, das estações, da ética, da tecnologia e dos governos. Transbordam os inevitáveis
corretores imobiliários. Outras casas vizinhas foram sendo tragadas pela enchente da rua. Desabando e
se perdendo nas águas, uma a uma: a casa da tia Sara, com lindas árvores na frente; o casarão com
pinturas de azulejo e bela arquitetura de não sei quando; a imponência da mansão daquele homem.
Eram casas feitas de materiais vulneráveis.
A casa de dona Inês, não. Os tijolos de dona Inês são soldados com carinho, material
imperecível, invulnerável. Tinta cor de sépia, cor das fotos amarelecidas e da memória que sorri de si
mesma. A casa de dona Inês é a sua alma: casa viva, que respira, casa com infância e maturidade, mas
sem-fim. Alma imortal de dona Inês, a casa e sua teima no bairro de Lourdes.
Eu aqui singela, em meu apartamento bebê de sete anos, fico torcendo pela casa de dona
Inês. Eu que gostaria de uma foto, de um relato ao menos de que histórias povoaram esse terreno antes
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que o BNH o tornasse possível para mim. Assistindo minha própria rua se desmanchar, os pedaços de
sua história levados para longe pelo vendaval do tempo. Eu que levei minha filha de sete anos em
excursão turística à padaria em frente, onde tantas vezes ela clamou por um chips, agora apenas uma
fachada é em breve o pó de onde viemos e aonde voltaremos.
Torcemos minha filha e eu, pela casa de dona Inês. Que ela possa contar para minha filha
adulta que a cidade centenária não nasceu ontem. Que as pessoas já viveram dias melhores em termos
de qualidade de vida. Que o modelo da megalópole não é o único possível ou desejável. Talvez, acima
de tudo, que a casa erguida de dona Inês, espremida que seja entre prédios e fumaças, possa contar
que — assim como nem todo homem — nem toda casa tem o seu preço.
Rita Espeschit. Hoje em dia, 19/10/97. p.8.
A partir do que nos sugere o texto, qual das características abaixo PODE SER atribuída à dona Inês
a)insegura.
b)maleável.
c)interesseira
d)persistente.
e)preocupada.
QUESTÃO 12
Leia o texto abaixo e responda.
O Teatro de Etiqueta
No século XV, quando se instalavam os Estados nacionais e a monarquia absoluta na Europa,
não havia sequer garfos e colheres nas mesas de refeição: cada comensal trazia sua faca para cortar
um naco da carne – e, em caso de briga, para cortar o vizinho. Nessa Europa bárbara, que começava a
sair da Idade Média, em que nem os nobres sabiam escrever, o poder do rei devia se afirmar de todas
as maneiras aos olhos de seus súditos como uma espécie de teatro. Nesse contexto surge a etiqueta,
marcando momento a momento o espetáculo da realeza: só para servir o vinho ao monarca havia um
ritual que durava até dez minutos.
Quando Luís XV, que reinou na França de 1715 a 1774, passou a usar lenço não como simples
peça de vestuário, mas para limpar o nariz, ninguém mais na corte de Versalhes usou assoar-se com os
dedos, como era costume. Mas todas essas regras, embora servissem para diferenciar a nobreza dos
demais, não tinham a petulância que a etiqueta adquiriu depois. Os nobres usavam as boas maneiras
com naturalidade, para marcar uma diferença política que já existia. E representavam esse teatro da
mesma forma para todos. Depois da Revolução Francesa, as pessoas começaram a aprender etiqueta
para ascender socialmente. Daí por que ela passou a ser usada de forma desigual – só na hora de lidar
com os poderosos.
Revista Superinteressante, Junho 1988, nº 6 ano 2.
Nesse texto, o autor defende a tese de que
a) a etiqueta sempre foi um teatro apresentado pela realeza.
b) a etiqueta tinha uma finalidade democrática antigamente.
c) as classes sociais se utilizam da etiqueta desde o século XV.
d) as pessoas evoluíram a etiqueta para descomplicá-la.
e) a etiqueta mudou, mas continua associada aos interesses do poder.
QUESTÃO 13
Leia o texto abaixo e responda.
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Você não entende nada
Quando eu chego em casa nada me consola
Você está sempre aflita
Lágrimas nos olhos, de cortar cebola
Você é tão bonita
Você traz a coca-cola
Eu tomo
Você bota a mesa,
Eu como, eu como, eu como, eu como, eu como
Você
Não está entendendo quase nada do que eu
digo
Eu quero ir-me embora
Eu quero é dar o fora
E quero que você venha comigo
Eu me sento,
Eu fumo,
Eu como,
Eu não aguento
Você está tão curtida
Eu quero tocar fogo neste apartamento
Você não acredita
Traz meu café com suita
Eu tomo
Bota a sobremesa
Eu como, eu como, eu como, eu como, eu como
Você
Tem que saber que eu quero correr mundo
Correr perigo
Eu quero é ir-me embora
Eu quero dar o fora
E quero que você venha comigo.
VELOSO, Caetano. Literatura Comentada: Você não
entende nada. 2 ed. Nova Cultura. 1998
A repetição da expressão “eu quero”, em diversos versos, tem por objetivo
a) fazer associações de sentido.
b) refutar argumentos anteriores.
c) reforçar a expressão dos desejos.
d) detalhar sonhos e pretensões.
e) apresentar a expressão dos desejos
QUESTÃO 14
O Assalto em Cada Região Brasileira
Assaltante nordestino
Ei, bichim... Isso é um assalto... Arriba os braços e num se bula nem faça muganga... Arrebola o
dinheiro no mato e não faça pantim se não enfio a peixeira no teu bucho e boto teu fato pra fora! Perdão,
meu Padim Ciço, mas é que eu tô com uma fome da moléstia...
Assaltante mineiro
Ô, sô, prestenção...Isso é um assarto, uai... Levanta os braço e fica quetim quesse trem na minha mão
tá cheio de bala... Mió passá logo os trocado que eu num tô bão hoje. Vai andando, uai! Tá esperando o
quê, uai!!
Assaltante baiano
Ó, meu rei... Isso é um assalto... (longa pausa). Levanta os braços, mas não se avexe não... (pausa). Se
num quiser, nem precisa levantar, pra num fica cansado... Vai passando a grana, bem devagarinho...
(longa pausa). Num repara se o berro está sem bala, mas é pra num ficá muito pesado... Não esquenta,
meu irmãozinho (longa pausa). Vou deixar teus documentos na encruzilhada...
Assaltante paulista
Orra, meu... Isso é um assalto, meu... Alevanta os braços e passa a grana logo, meu... Mais rápido,
meu, que eu ainda preciso pegar a bilheteria aberta pra comprar o ingresso do jogo, meu... Pô, se
manda, meu...
A análise da linguagem e da concordância nas cenas permite afirmar
a) Em Assaltante nordestino, o uso adequado de verbos no imperativo caracteriza a linguagem padrão,
assim como bichim, num, tô e pra marcam registro oral.
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b) Em Assaltante mineiro, o uso das expressões os braço e os trocado está de acordo com a norma
padrão; os vocábulos sô, trem e uai exemplificam a linguagem do mineiro.
c) Em Assaltante baiano, a sintaxe utilizada com períodos longos é recurso para delinear o ritmo
acelerado da vida baiana.
d) Em Assaltante paulista, a repetição do pronome meu pretende mostrar o apego do paulista ao
dinheiro e ao futebol.
e)Em assaltante mineiro, Isso é um assarto, uai indica que a pessoa que escreveu possui um
preconceito linguístico em relação ao falante desta variação.
QUESTÃO 15
Animais no espaço
Vários animais viajaram pelo espaço como astronautas.
Os russos já usaram cachorros em suas experiências. Eles têm o sistema cardíaco parecido com
o dos seres humanos. Estudando o que acontece em eles, os cientistas descobrem quais problemas
podem acontecer com as pessoas.
A cadela Laika, tripulante da Sputnik-2, foi o primeiro ser vivo a ir ao espaço, em novembro de
1957, quatro anos antes do primeiro homem, o astronauta Gagarin.
Os norte-americanos gostam de fazer experiências científicas espaciais com macacos, pois o
corpo deles se parece com o humano. O chimpanzé é o preferido porque é inteligente e convive melhor
com o homem do que as outras espécies de macacos. Ele aprende a comer alimentos sintéticos e não
se incomoda com a roupa espacial.
Além disso, os macacos são treinados e podem fazer tarefas a bordo, como acionar os
comandos das naves, quando as luzes coloridas acendem no painel, por exemplo.
Enos foi o mais famoso macaco a viajar para o espaço, em novembro de 1961, a bordo da nave
Mercury/Atlas 5. A nave de Enos teve problemas, mas ele voltou são e salvo, depois de ter trabalhado
direitinho. Seu único erro dói ter comido muito depressa as pastinhas de banana durante as refeições.
(Folha de São Paulo,26 de Janeiro de 1996)
Entre as informações do texto acima, uma das principais é que
a) o chimpanzé mais famoso viajou para o espaço a bordo da Mercury-Atlas 5.
b) os cientistas descorem problemas que podem acontecer com as pessoas.
c) a cadela Laika viajou ao espaço quatro anos depois de Gagarin.
d) a viagem do mais famoso macaco para o espaço aconteceu em 1961.
e) na nave espacial serviam pastilhas de banana durante as refeições.
QUESTÃO 16
Leia a entrevista abaixo e responda.
Entrevista
‘Existem crimes piores’, diz pai de jovem agressor
Sergio Torres
Da sucursal do Rio
O microempresário Ludovico Ramalho Bruno, 46, disse acreditar que o filho Rubens Arruda, 19, estava
alcoolizado ou drogado quando participou do espancamento da empregada doméstica Sirlei Pinto. “Uma
pessoa normal vai fazer uma agressão dessa?”, perguntou ele após ter sido vítima de um tiroteio na
delegacia.
Dono de uma firma de passeios turísticos, Bruno afirmou que o filho não deveria ser preso, para não
conviver com criminosos na cadeia. ”Foi uma coisa feia que eles fizeram?” Foi. Não justifica o que
fizeram. Mas prender, botar preso, juntar eles com outros bandidos... Essas pessoas que têm estudo,
que têm caráter, junto com um cara desses “Existem crimes piores.” Se forem indiciados, os acusados
vão responder por tentativa de latrocínio (pena de 7 a 15 anos de prisão em caso de detenção) e lesão
corporal dolosa (de 1 a 8 anos de prisão).
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Folha: O sr. acredita na acusação contra o seu filho?
Ludovico Ramalho Bruno: Eles não são bandidos. Tem que criar outras instâncias para puni-los.
Queria dizer à sociedade que nós, pais, não temos culpa nisso. Eles cometeram erro? Cometeram. Mas
não vai ser justo manter crianças que estão na faculdade, estão estudando, trabalham, presos. È
desnecessário, vai marginalizar lá dentro. Foi uma coisa feia o que eles fizeram? Foi. Não justifica o que
fizeram. Mas prender, botar preso, juntar eles com outros bandidos... Essas pessoas que têm estudo,
têm caráter, junto com uns caras desses? Existem crimes piores.
Folha: O sr. já falou com ele?
Bruno: Não. É um deslize na vida dele. E vai pagar caro. Está detido, chorando, desesperado. Daqui vai
ser transferido. Peço ao juiz que dê a chance para cuidarmos dos nossos filhos. Peguei a senhora que
foi agredida, abracei, chorei com ela e pedi perdão. Foi a primeira coisa que fiz quando vi a moça, foi o
mínimo que pude fazer. Não é justo prender cinco jovens que estudam, que trabalham, que têm pai e
mãe, e juntar bandidos que a gente não sabe de onde vieram. Imagina o sofrimento desses garotos.
Folha: O sr. acha que eles tinham bebido ou usado droga?
Bruno: Estamos com epidemia de droga. A droga tomou conta do Brasil. O inimigo do brasileiro é a
droga. Tem que legalizar isso. Botar nas farmácias, nos hospitais. Com esse dinheiro que vai ser
arrecadado, pagar clínicas, botar os viciados lá, controlar a droga.
Folha: Mas o sr. acha que eles poderiam estar embriagados ou drogados?
Bruno: Mas é lógico. Uma pessoa normal vai fazer uma agressão dessa? Lógico que não. Lógico que
estavam embriagados, lógico que poderiam estar drogados. Eu nunca vi [o filho usar droga]. Mas como
posso falar de um jovem de 19 anos que está na rua com uma epidemia de droga, com essas festas
rave, essas loucuras todas.
Folha: Como é seu filho em casa?
Bruno: Fica no computador, vai à praia, estuda, trabalha comigo. Uma pessoa normal, um garoto
normal.
(Folha de S.Paulo, 26/06/2007 p. C4)
Assinale a opção que indica o principal argumento usado pelo pai para rejeitar o encarceramento do
filho junto com bandidos
a) O filho trabalha, estuda, tem família.
b) O filho cometeu apenas um deslize.
c) O filho tem hábitos de uma pessoa normal.
d)O filho sofre com a epidemia das drogas.
e) O filho está desesperado, chorando muito.
QUESTÃO 17
Leia os textos abaixo e responda.
TEXTO I
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SUPERINTENDENCIA REGIONAL DE ENSINO DE ITAJUBÁ
DIRETORIA EDUCACIONAL – [email protected]
Rua Tabelião Tiago Carneiro Santiago, 364 – BPS – Itajubá – MG
TEXTO II
Se Vasco cair, Eurico ameaça “implodir” Dinamite.
O ex-presidente do Vasco, Eurico Miranda, mandou um recado ameaçador ao atual mandatário, Roberto
Dinamite, em entrevista à Rádio Bandeirantes.
“Pense muito no que está fazendo com o Vasco, porque você não vai sair impune disso. Garanto que, nem
que seja a última coisa que eu venha a fazer na minha vida, se o Vasco cair para a Segunda Divisão, eu vou
acabar com você, com as suas vidas política e particular. Você só merece isso. Estou dizendo isso com todas
as letras. Faça o diabo para impedir que o Vasco seja rebaixado. Pode continuar fazendo as suas lambanças,
a sua auditoria, mas não deixe o Vasco cair. Se o Vasco for para a segunda divisão, eu vou acabar com
você”, disparou.
Fonte: http://blog.miltonneves.ig.com.br/2008/10/21/se-vasco-cair-eurico-ameaca-implodir-com-dinamite/
(acessado em 08/12/2008).
Tendo em vista os textos I e II, assinale a alternativa COERENTE acerca dos dois textos.
a) Fazendo referência a um filme, o site de humor não faz uma pilhéria, aludindo à remota possibilidade de o
time em questão se manter na primeira divisão.
b) O fato de o patrocinador se chamar champs – “campeão” em inglês – não se configura como uma ironia
em relação à situação do clube.
c) Para o leitor que não está familiarizado com o futebol, o título do texto II pode contribuir na construção do
significado do I.
d) Ambos os textos, fazendo menção ao rebaixamento da equipe carioca, mostram-se como expressões de
contrariedade ao rebaixamento.
e) A força semântica de “milagre” não pode se referir, com proporção de eventos bíblicos, à dificuldade em
solucionar a situação do time.
QUESTÃO 18
Eu
Eu não era novo nem velho. Tinha a capa colorida, um pouco amassada, é uma das páginas
rasgadas na parte de baixo, naquele lugar que chamam de pé de página.
Vivia jogando no canto de um quarto, junto de velhos brinquedos. Todos os dias o menino entrava no
quarto para brincar. O que eu mais queria era que ele me desse atenção, me segurasse, passasse
minhas páginas, lesse o que tenho para contar.
Mas, que nada! Brincava naquele quarto e nem me olhava. Ficava horas e horas com os
toquinhos de madeira, carrinhos, quebra-cabeças e outros brinquedos. Eu me sentia um grande inútil.
Um dia não aguentei mais: chorei tanto, mas tanto, que minhas lágrimas molharam todas as
minhas páginas e o chão. Parecia que eu tinha feito xixi no quarto. Levei um tempão para secar.
Veio a noite, as páginas continuavam úmidas. Comecei a bater queixo de frio e espirrar. Só não fiquei
gripado porque fui dormir debaixo do ursinho de pelúcia.
No dia seguinte, quando os raios de sol entraram pela janela, me senti melhor, e minhas páginas
secaram todas.
A minha sorte é que as letras não deslizaram pelas páginas e foram embora.
PONTES NETO, Hildebrando. Eu. Ilustrações de Mariângela Haddad – Belo Horizonte: Dimensão, 2002
O ponto de exclamação no final da frase “Mas, que nada!” (l 6.) indica que o personagem do texto está
a) Curioso.
b) Decepcionado.
c) Assustado.
d) Pensativo.
e) Admirado.
QUESTÃO 19
Leia cuidadosamente o Pop Card abaixo e responda.
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DE MINAS GERAIS
SUPERINTENDENCIA REGIONAL DE ENSINO DE ITAJUBÁ
DIRETORIA EDUCACIONAL – [email protected]
Rua Tabelião Tiago Carneiro Santiago, 364 – BPS – Itajubá – MG
Assinale a alternativa que apresenta uma leitura ADEQUADA sobre o texto acima.
a)A expressão facial do senhor não representa o estado de espírito de quem padece de diabetes.
b)O semblante do homem não pode significar que ele possui o plano de saúde em questão.
c)O fato de o ator escolhido ser um idoso pode não prestar à associação entre a idade dele e a doença
como sendo típica dessa faixa etária.
d)Fotografado numa piscina, o personagem se afasta de um modelo de homem ativo e saudável, fim do
plano de saúde divulgado.
e)O uso do advérbio “sempre” e do adjetivo “cheio” pode se relacionar ao fato de o homem ter uma
idade avançada.
QUESTÃO 20
Leia o texto abaixo e responda.
Texto I
Tio Pádua
Tio Pádua e tia Marina moravam em Brasília. Foram um dos primeiros. Mudaram-se para lá no final dos
anos 50. Quando Dirani, a filha mais velha, fez dezoito anos, ele saiu pelo Brasil afora atrás de um primo
pra casar com ela. Encontrou Jairo, que morava em Marília. Estão juntos e felizes até hoje. Jairo e
Dirani casaram-se em 1961. Fico pensando se os casamentos arranjados não têm mais chances de dar
certo do que os desarranjados.
Ivana Arruda Leite. Tio Pádua. Internet: http://www.doidivana.zip.net. Acesso em 07/01/2007
Texto II
O casamento e o amor na Idade Média
(fragmento)
Nos séculos IX e X, as uniões matrimoniais eram constantemente combinadas sem o consentimento da
mulher, que, na maioria das vezes, era muito jovem. Sua pouca idade era um dos motivos da falta de
importância que os pais davam a sua opinião. Diziam que estavam conseguindo o melhor para ela. Essa
total falta de importância dada à opinião da mulher resultava muitas vezes em raptos. Como o
consentimento da mulher não era exigido, o raptor garantia o casamento e ela deveria permanecer
ligada a ele, o que era bastante difícil, pois os homens não davam importância à fidelidade. Isso
acontecia talvez principalmente pelo fato de a mulher não poder exigir nada do homem e de não haver
uma conduta moral que proibisse tal ato.
Ingo
Muniz
Sabage.
O
casamento
e
o
amor
na
Idade
Média.
http://www.milenio.com.br/ingo/ideias/hist/casamento.htm>. Acesso em 07/01/2007 (com adaptações).
Sobre o “casamento arranjado”, o texto I e o texto II apresentam opiniões
a) Complementares.
b) Duvidosos.
c) Opostas.
d) Preconceituosas.
e) Semelhantes.
Internet:
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QUESTÃO 21
Leia o texto abaixo e responda.
Que gênero de texto é esse
a) uma notícia
b) uma carta
c) uma reportagem
d) um editorial
e) uma propaganda
QUESTÃO 22
Sermão do Mandato
O primeiro remédio que dizíamos, é o tempo. Tudo cura o tempo, tudo faz esquecer, tudo gasta,
tudo digere, tudo acaba. Atreve-se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a corações de cera?
São as afeiçoes como as vidas, que não há mais certo de haverem de durar pouco, que terem durado
muito. São como as linhas, que partem do centro para a circunferência, que tanto mais continuadas,
tanto menos unidas. Por isso os Antigos sabiamente pintaram o amor menino; porque não há amor tão
robusto que chegue a ser velho. De todos os instrumentos com que o armou a natureza, o desarma o
tempo. Afrouxa-lhe o arco, com que já não atira; embota-lhe as setas, com que já não fere; abre-lhe os
olhos, com que vê o que não via; e faz-lhe crescer as asas, com que voa e foge. A razão natural de toda
esta diferença, é porque o tempo tira a novidade às cousas, descobre-lhe defeitos, enfastia-lhe o gosto,
e basta que sejam usadas para não serem as mesmas. Gasta-se o ferro com o uso, quanto mais amor?
O mesmo amor é a causa de não amar, e o de ter amado muito, de amar menos.
VIEIRA, Antônio. Sermão do Mandato. In: Sermões. 8. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1980
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O tempo é a principal solução para os problemas. A frase que reproduz essa ideia é
a) “O primeiro remédio que dizíamos, é o tempo.” (l . 1)
b) “Antigos sabiamente pintaram o amor menino...” (l . 5)
c) “Atreve-se o tempo a colunas de mármore...” (l . 2)
d) “(...) o tempo tira a novidade às cousas...” (l . 8-9)
e) “(...) partem do centro para a circunferência...” (l . 4)
QUESTÃO 23
Leia o texto abaixo.
A campanha publicitária acima apresenta o seguinte slogan “Com Skol, tudo fica redondo”.
Relacionando-o com os recursos visuais e demais textos presentes na propaganda, pode-se considerar
uma interpretação razoável da mesma, a alternativa
a)se o inventor do sutiã bebesse a cerveja Skol, ele seria melhor inventor.
b)Se o inventor do sutiã bebesse a cerveja Skol, pensaria redondo e criaria um sutiã melhor.
c)Se o inventor do sutiã bebesse a cerveja, o vestuário teria um fecho mais fácil de ser aberto.
d)O sutiã seria mais moderno se seu criador bebesse Skol.
e)O sutiã seria mais atraente se seu criador bebesse Skol.
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avaliação diagnóstica de língua portuguesa 3º ano do