UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN
ACEITABILIDADE DE PRODUTOS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL
PRODUZIDOS A BASE DE FIBRA DE COCO NA VISÃO DE
ESPECIALISTAS DO SETOR: Um estudo de caso para a cidade de
Natal.
Natal/RN
Fevereiro/2003
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE – UFRN
PROGRAMA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
MESTRADO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
ACEITABILIDADE DE PRODUTOS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL
PRODUZIDOS A BASE DE FIBRA DE COCO NA VISÃO DE
ESPECIALISTAS DO SETOR: Um estudo de caso para a cidade de
Natal.
Artigo apresentado em grupo como prérequisito para a disciplina Oficina de
Metodologia da Pesquisa do Mestrado
de Engenharia de Produção da UFRN.
Grupo
Orildo Sávio de Oliveira Silva
Raimundo Moisés Leite e Silva
Francisco Magno Albuquerque Vianna
Wellington Marinho da Costa
Carlos Guedes
Liznando
Natal/RN
Fevereiro/2003
ACEITABILIDADE DE PRODUTOS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL PRODUZIDOS
A BASE DE FIBRA DE COCO NA VISÃO DE ESPECIALISTAS DO SETOR: Um
estudo de caso para a cidade de Natal.
Autores:
Orildo Sávio de Oliveira Silva
Raimundo Moisés Leite e Silva
Francisco Magno Albuquerque Vianna
Wellington Marinho da Costa
Carlos Guedes
E-Mails:
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RESUMO
Este trabalho inicialmente apresenta conceitos utilizados no tratamento do lixo
urbano, em seguida mostra resultados de uma pesquisa que aponta o coco como um dos
principais componentes do lixo urbano na cidade do Natal. Identifica as várias formas
como o resto do coco (após o turista beber a sua água), pode ser aproveitado de forma
racional. Por último apresenta o resultado de uma pesquisa realizada junto aos especialistas
da construção civil e acadêmicos pesquisadores, sobre a utilização de produtos a base de
fibra de coco na construção civil na cidade do Natal, por ser um segmento econômico com
um crescimento bastante acelerado na Capital Potiguar, para se verificar a aceitabilidade
desses produtos nesse segmento. Para se efetuar a pesquisa usou-se a metodologia
DELPHI, por não se possuir um histórico da utilização desses materiais para a finalidade
descrita, assim verifica-se que seria um modo novo de utilização dessa fibra vegetal para
a construção civil, sendo contudo aceito a utilização de forma experimental, por alguns
pesquisadores de algumas universidades brasileiras.
INTRODUÇÃO
Natal é uma cidade eminentemente turística, onde a água de coco é altamente
apreciada para consumo, porém o resto do coco é considerado resíduo sólido e na maioria
das vezes destinado ao aterro controlado da cidade do Natal. A quantidade desse resíduo é
muito alta (cerca de 9 a 10% de todo o resíduo sólido da cidade), como em outros estados
do país já se utiliza a casca de coco com fins industriais, essa utilização apresenta-se como
uma das alternativas para se diminuir o quantitativo de resíduos sólidos destinados ao
citado aterro. O setor da construção civil é uma atividade econômica sempre presente no
crescimento da cidade de Natal. Faz-se necessário um estudo que comprove a
aceitabilidade de produtos elaborados a base de fibra de coco no segmento da construção
civil no estado. Como se trata de um novo produto nada melhor do que fazer um estudo de
aceitabilidade na visão de especialista desse citado setor econômico, utilizando-se para tal
a metodologia DELPHI.
DESENVOLVIMENTO
As informações sobre a produção de lixo no Brasil, divulgadas pelos órgãos
oficiais dão conta que o país produz cerca de 100 mil toneladas de lixo por dia, mas recicla
menos de cinco por cento do lixo urbano, contra 40% reciclados nos Estados Unidos e na
Europa. De tudo que é jogado todo dia no lixo, cerca de 35% poderia ser reciclado ou
reutilizado e outros 35%, serem transformados em adubo orgânico. O destino que se dá ao
lixo é o grande problema, pois se grande parte desses resíduos fossem reaproveitados ou
reciclados diminuiria a degradação do meio ambiente.
Segundo dados constantes da Net Almanaque, cada brasileiro produz em toda a
sua vida, cerca de 25 toneladas de lixo, o que nos aproxima de um quilo de lixo por dia. Se
multiplicarmos esse quantitativo pelos 709.000 mil habitantes da cidade do Natal, teremos
a quantia de 17.370.500 toneladas de lixo produzidas em 67 anos de vida média do
natalense.
Segundo ainda a mesma fonte, o lixo é um indicador curioso de desenvolvimento
de uma nação, quanto mais pujante for uma economia, mais sujeira o país produzirá, sendo
um sinal de que as pessoas estão consumindo mais e o país está crescendo.
O economista Calderoni em seu livro Os bilhões Perdidos no Lixo, mostrou que
o país (Brasil) fatura hoje 1,2 bilhão de dólares por ano com a atividade de reciclagem do
lixo, mas poderia faturar 5,8 bilhões de dólares por ano.
Segundo o trabalho “Avaliação de áreas para Instalação de Aterro Sanitário,
Através de Análises em SIG com Classificação Contínua de Dados”, desenvolvido pelos
professores pesquisadores da Universidade Luterana do Brasil, Elizeu Weber e Heinrich
Hasenack, logo na sua introdução diz que:
O lixo gerado pela atividade cotidiana dos cidadãos, pelos seus
hábitos de consumo e pela produção industrial é um dos principais
problemas vividos pelos centros urbanos, principalmente os de
maior porte. O problema tende a se agravar à medida que a
população urbana e a quantidade de resíduos per-capita gerada
diariamente ainda aumenta a taxas significativas, enquanto
diminuem as alternativas de áreas para disposição dos
resíduos.....Cerca de 88% do lixo coletado no país ainda é
despejado em áreas a céu aberto, nos chamados lixões,
aproximadamente 10% do lixo coletado é conduzido para aterros e
apenas 2% do total do lixo é tratado em usinas.
A cidade do Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte, segundo o Censo
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, elaborado no ano de 2000, possui
uma população de aproximadamente 709.000 habitantes, e essa população produz 51% de
todo o lixo produzido no Estado. Como a cidade não possui aterro sanitário e sim, um
aterro controlado, todo o lixo produzido nessa cidade se destina a esse aterro, localizado no
bairro de Cidade Nova.
De acordo com o trabalho desenvolvido pelo pessoal técnico do Pólo Costa das
Dunas – “Plataforma de Resíduos Sólidos do Pólo de Turismo Costa das Dunas” – sob a
coordenação do Sr. José Yvan Pereira Leite, a cidade do Natal possui um aterro controlado
para onde são destinados, em média,
diariamente, 1.427 toneladas de lixo urbano,
produzidos pelos seus 709.422 habitantes. Na introdução do mesmo trabalho está escrito:
As soluções para os problemas oriundos da geração de resíduos
sólidos urbanos vêm tornando-se mais complexas a cada dia, pois
há necessidade de se buscar alternativas tecnológicas para o
manejo adequado desses resíduos, levando-se em consideração as
mudanças sociais, econômicas e culturais da sociedade.
Observando-se a tabela 12 do trabalho da citada equipe do pólo das dunas,
que trata da composição média do lixo de Natal, verifica-se que os materiais com maiores
percentuais de participação no lixo de Natal são: Matéria orgânica com 43,44%, rejeitos
(sobra de materiais) com 15,37% e o resto do coco com 10,55%.
Para um melhor entendimento faz-se necessário introduzir-se alguns conceitos
relacionados ao tema, que os dicionários definem como:
Aterro Controlado - É um aterro para lixo residencial urbano, onde os resíduos são
depositados recebendo depois uma camada de terra por cima.
Aterro Sanitário
–
É uma “instalação utilizada para a deposição controlada dos resíduos acima ou abaixo
da superfície natural” em que os resíduos são lançados ordenadamente e cobertos com
terra ou material similar. Existe controle sistemático das águas lixiviantes e dos gases
produzidos, bem como a monitoração do impacto ambiental durante e após o seu
encerramento.
-
Aterro para lixo residencial urbano com pré-requisitos de ordem sanitária e ambiental.
Deve ser construído com técnicas definidas como: impermeabilização do solo para
que o chorume não atinja os lençóis freáticos; sistema de drenagem para o chorume,
que deve ser retirado do aterro sanitário e depositado em lagoa próxima que tenha
essa finalidade específica, vedada ao público; sistema de drenagem de tubos para os
gases, principalmente o gás carbônico, o gás metano e o gás sulfídrico, para evitar
explosões e deslizamentos.
Cabe aqui por uma definição de Chorume que segundo especialistas: “É um
líquido escuro contendo alta carga poluidora, o que pode ocasionar diversos efeitos sobre o
meio ambiente. O potencial de impacto deste efluente está relacionado com a alta
concentração de matéria orgânica, reduzida biodegradabilidade, presença de metais
pesados e de substâncias recalcitrantes.
Segundo dados da Companhia de Serviços Urbanos de Natal – Urbana, os
resíduos sólidos possuem tempos diferentes de absorção pelo solo, tais como: Filtro de
cigarro – 05 anos; Papel – 3 a 6 meses; Plástico – mais de cem anos; caixa de leite longa
vida – mais de cem anos; lata de cerveja – mais de cem anos; Coco – 8 anos; Latas de
alumínio – 500 anos; vidro – indeterminado, etc.
Para se falar do coco é necessário se conhecer um pouco sobre a árvore que
produz esse fruto, segundo a revista Ecologia e Desenvolvimento (ed. 89-2001) o coqueiro
é planta típica dos países tropicais, que fornece ao homem, alimento, bebida, abrigo e
matéria prima variada para a indústria, além de ser uma excelente cultura para o
reflorestamento de áreas degradadas. Define ainda o coqueiro como uma palmeira de
grande beleza ornamental, que possui mais de duzentos gêneros com mais de 200 espécies,
atinge 30 metros de altura e produz até 50 frutos por trimestre. Todas as partes da planta
tem utilidade para o homem: a casca do fruto é empregada na confecção de cordas, sacos,
capachos, isolantes térmicos etc., o palmito, na alimentação humana; as folhas, em
coberturas de habitações simples; e a polpa e água do fruto consumida ao natural ou
industrializadas. Esse fruto leva cerca de doze meses para amadurecer e é produzido o ano
inteiro. A cocoicultura é de fundamental importância nos estados nordestinos do Ceará,
Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Mais de cem
produtos são obtidos a partir do coco.
Segundo o Sr. Otomar Lopes
Cardoso Júnior coordenador de promoção à
exportação da secretaria estadual da indústria, comércio, ciência e tecnologia, o estado do
Rio Grande do Norte conta com 14 mil hectares de área colhida. Segundo Censo
Agropecuário do IBGE, de 1996, o Estado participa com 8,2% da produção total do coco.
Examinando-se dados sobre a utilização racional do coco, pode-se observar a
existência de várias empresas nacionais e internacionais que já aproveitam a casca do coco
para funções que vão desde a simples queima como combustível, em substituição a lenha,
até a concretagem, passando pelo carvão ativado, xaxim, acústica, fertilização do solo,
isolamento térmico, estofamento de bancos e poltronas para veículos automotores e até
artesanatos de fibra da casca de coco.
CARVÃO ATIVADO – A quenga de coco pode ser utilizada como carvão ativado para a
produção de filtros, contribuindo com a preservação do meio ambiente, como exemplo
desta utilização temos o caso da empresa Bahiacarbon.
Segundo a pesquisadora Régia Lopes do CEFET/RN em seu projeto de pesquisa a
respeito da utilização da quenga do coco como carvão ativado, esta apresenta as seguintes
alternativas de utilização: filtração de impurezas em laboratório de farmácias de
manipulação, em fábricas de água mineral, em fábricas de refrigerantes, e em filtros
domésticos.
Segundo a Revista 4 rodas de Fevereiro de 2003 citando o Sr. José Alcides
Santoro Martins do Centro Tecnológico do Gás - CTGás em Natal o tanque de GNV, que
chega a pesar 70 quilos em carros como o Gol, é instalado no porta-malas inviabilizando
sua principal função, que é carregar bagagem, porém engenheiros do Rio Grande do Norte,
estão desenvolvendo reservatórios capazes de se adaptar a cada modelo e, na prática,
desaparecer. O tanque invisível ganhará um protótipo em tamanho natural em fevereiro DE
2003 e, pelas
contas dos técnicos do Centro de Tecnologia do Gás (CTGás, uma
cooperação entre Petrobrás, Senai e Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
chegará ao mercado em dois anos e meio. O grande feito dos técnicos do CT Gás foi
diminuir a pressão no cilindro sem reduzir a quantidade de gás. Eles conseguiram isso
acrescentando pó de carvão ativado no tanque - fibra de coco queimada, tratada com vapor
j de água para ficar mais porosa. A função do carvão ativado é organizar o gás dentro do
cilindro. "Em vez de ficarem afastadas umas das outras, as moléculas aderem à superfície
do carvão, ficando juntas como se o GNV estivesse em estado líquido", diz, coordenador
da unidade de negócios do CTGás. Em tecniquês, o processo é conhecido como absorção e
faz com que a pressão caia de 200 para 40 bar. Essa mágica oferece duas alternativas:
encher mais o cilindro até chegar de volta aos 200 bar, multiplicando a autonomia do carro
por cinco, ou aproveitar a pressão baixa para fazer reservatórios mais leves e versáteis. O
CT Gás projetou um tanque de gasolina menor, de 15 litros, e reservatório de gás
escondido embaixo do banco traseiro. Os engenheiros do Rio Grande do Norte pretendem
fazer o mesmo num Santana e, mais tarde, num Vectra. Se o pó de carvão não precisar de
troca com o tempo, o novo kit gás custará de 10 a 20% mais caro que o atual.
ENERGIA TÉRMICA – Hoje a maior parte das cerâmicas do Estado utilizam a madeira
como energia para os seus fornos, contribuindo para o desmatamento dos arbustos da
região, uma boa alternativa seria a utilização da casca de coco existente na região para
servir de combustível para esses fornos, pois são jogadas no lixo cerca de 142 toneladas de
casca de coco por dia, somente na cidade de Natal, correspondendo a 10% das 1427
toneladas/dia de resíduo jogados no aterro controlado da cidade, conforme descrito no
Trabalho do Pólo Costa das Dunas, citado anteriormente.
Na indústria convencional do coco maduro, a casca de coco é largamente
utilizada como combustível para as caldeiras. Já no caso do fruto imaturo, o alto teor de
umidade presente na casca (85%) dificulta seu aproveitamento direto, exigindo uma etapa
prévia de secagem que somente é considerada economicamente viável para produtos de
alto valor agregado.
A empresa Vyncke Energietechniek NV, localizada em Gravataí, com sede na
Bélgica é especializada na produção de energia térmica a partir da queima de biomassa e
resíduos de madeira, casca de arroz, casca de castanha, bagaço de cana, casca de coco e
semente de girassol, estão oferecendo ao Brasil e à América do Sul geração de energia a
partir do aproveitamento de resíduos industriais. É a chamada energia limpa, segundo o
diretor Carlos Becker.
Pesquisando-se no Banco de Teses da Capes pode-se encontrar apenas uma tese
relacionada a casca de coco, produzida por Pedro Luiz Ferreira da Silva, mestre em
química pela UFSC, que trata sobre a “Hidrólise de amido catalisada por enzimas
aminolíticas, imobilizadas em carvão ativo da casca de coco” . de .01/03/2001.
SUBSTRATO AGRÍCOLA - A casca de coco, segundo a Empresa Brasileira de
Pesquisas Agropecuária – EMBRAPA, é constituída por:
Uma fração de fibras e outra fração denominada pó, que se
apresenta agregada às outras fibras. O pó da casca de coco é o
material residual do processamento da casca de coco maduro para
obtenção da fibra longa. Atualmente, o resíduo ou pó da casca de
coco maduro tem sido indicado como substrato agrícola,
principalmente por apresentar uma estrutura física vantajosa,
proporcionando alta porosidade, alto potencial de retenção de
umidade e por ser biodegradável. Segundo informações de
industriais do setor, a fibra de coco verde não apresenta as mesmas
características desejadas, por esse motivo suas fibras não são
beneficiadas e a casca geralmente descartada.
Porém estudos da própria Embrapa mostram que o pó da casca de coco verde
pode ser obtido através de uma seqüência de operações, compreendendo as etapas de
dilaceração, moagem, classificação, lavagem e secagem. Sendo o rendimento médio do
produto obtido, após moagem e secagem, em relação ao peso inicial da casca é de 11 a
13% de pó, com umidade entre 17 e 20%.
O substrato de pó de casca de coco, tem elevada porosidade e capacidade de
retenção de água e é considerado um dos melhores meios de crescimento para plantas.
Um estudo realizado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE,
resultando inclusive em uma dissertação de mestrado da professora Rossanna Pragana, no
ano de 1999, avalia que o substrato de pó da casca de coco aumenta as qualidades de
mudas produzidas. Seu orientador Dr. José Júlio Rodrigues disse que o pó de coco é
totalmente biodegradável e não poluente. Nos estados Unidos da América e na Europa,
devido às pressões de ambientalistas, o pó de coco já é largamente empregado na
agricultura.
XAXIM - Como o xaxim é um produto ameaçado de extinção, já existem empresas, como
a KOKOLLOCO/BA, que produzem produto semelhante derivado da casca de coco, pois
esses produtos são ecologicamente corretos, e porque são produzidos com material
renovável.
Segundo a empresa citada, esses produtos apresentam as seguintes características:
a) contribuir para o enraizamento e crescimento das plantas;
b) absorver umidade;
c) perspirante;
d) alta durabilidade;
e) fungicida natural;
f) maleável;
g) leve;
h) em combustão não exala gases tóxicos.
ISOLAMENTO ACÚSTICO - O isolamento acústico é uma das utilidades mais nobre da
casca de coco, existindo empresas de renome nacional, como a Amorim Isolamentos que já
tem produtos com essa finalidade. Segundo essa empresa a fibra de coco associada ao
aglomerado de cortiça expandido (denominada de Corkoco) torna-se um produto de topo
de linha, em se tratando de isolamento acústico, devido a absorção das baixas freqüências.
O bom comportamento da cortiça em termos de estabilidade dimensional e elasticidade faz
com essa fibra híbrida (Corkoco) seja a melhor solução para isolamentos térmicos e
acústicos.
A fibra de coco pertence a família das fibras duras e tem como principais
componentes a celulose e o lenho que fazem com que ela tenha índices elevados de dureza
e rigidez, transformando-a em um material quase perfeito para o isolamento acústico e
térmico, que contribui para uma redução substancial dos níveis sonoros, quer de impacto,
quer aéreos, sendo a solução ideal para muitos dos problemas na área acústica.
ESTOFAMENTO DE VEÍCULOS - Outra utilização nobre para a fibra de casca de coco
é o uso em estofamento na indústria automotiva. Segundo o Sr. Silvio Marroquim vicepresidente da Associação Brasileira da Agroindústria do Coco (Abracoco) a fibra de coco é
resistente e não libera gases tóxicos, em caso de queima , além de ser biodegradável e
reciclável, o único problema é a aspereza que está sendo resolvida com o uso de um
revestimento em fibra natural de rami, uma planta têxtil , macia que fornece um material
fibroso cujo tecido é usado na forração de móveis e estofados.
Uma iniciativa ligada a pobreza e o meio ambiente na Amazônia (Poema), está
unindo pequenos produtores de coco no Interior do Pará à multinacional
Alemã
DailerCrysler, na utilização de fibras naturais, extraídos da casca de coco, na fabricação de
encostos de cabeça, pára-sol interno, assento e encosto de bancos, que equipam veículos
Mercedes-Benz produzidos no Brasil.
No XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental a
Bióloga da UNESP, a Mestre Vera Lúcia Pimentel Salazar apresentou trabalho sobre o
Aproveitamento da Fibra de Coco com Látex para Aplicação em Assentos Atomobilísticos.
CONCRETAGEM - Pesquisando-se os trabalhos publicados pela Escola Politécnica da
Universidade de São Paulo – Departamento de Engenharia de Construção Civil, encontrase o trabalho intitulado “Concreto com Fibras de Aço” do Dr. Antônio Domingues de
Figueiredo que logo na introdução diz:
Compósitos são materiais de construção civil cuja utilização já
ocorria no antigo Egito, hoje a utilização de compósitos cresceu em
diversidade, podendo ser encontrado em várias aplicações na
construção civil como telhas, painéis de vedação vertical e estruturas
de concreto como túneis e pavimentos, onde o concreto reforçado
com fibras vem progressivamente ampliando sua aplicação. ... Além
dessa fibras também são aplicadas as de base orgânica que podem
ser sintéticas e de origem vegetal, como fibras de sisal, casca de
coco, celulose etc.
Pesquisando ainda algumas teses, pode-se encontrar a tese de doutorado do
professor Holmer Salvastano Júnior, que trata da “Zona de Transição entre Fibras e Pasta
de Cimento Portland: Caracterização e Inter-Relação com as Propriedades Mecânicas do
Compósito.” , já no ano de 1992, na página 31, o autor relata: “....Podem ser citados os
seguintes experimentos com materiais compostos q base de cimento, usando corpos-deprova em forma de “I”; ( i ) de Das Gupta et all. (1978), com fibras de coco:....
Analisando-se ainda outra tese sobre assunto encontra-se a dissertação do MSc.
Luiz Claudio Ferreira da Silva que trata da “Análise das propriedades mecânicas e térmicas
de tijolos solo-cimento com e sem adição do pó da fibra de coco”. Nela o autor demonstra
experiências feitas com a utilização da fibra de coco e conclui que é viável a fabricação de
tijolos solo-cimento utilizando-se da mesma.
Segundo dados do Instituto Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente IDEMA o setor da construção civil na cidade de Natal participou no ano de 1999 com
14,66 %, de todo o PIB produzido no estado.
Para elaboração da pesquisa pretendida os autores, por sugestão de sua
orientadora, utilização a metodologia Delphi que é uma técnica
usada na Europa
Ocidental, Europa Oriental e Ásia, sendo encontrado nas áreas governamentais, industriais
e acadêmicas e visa estruturar o conhecimento, a experiência e a criatividade de um painel
de especialistas, no pressuposto de que o julgamento coletivo, quando organizado
adequadamente, é superior à opinião de um só indivíduo. A metodologia Delphi:
•
é considerada uma técnica qualitativa de pesquisa prospectiva, que é recomendada
quando são escassos os dados históricos disponíveis.
•
O homem, mais do que modelos matemáticos, é o principal processador de fatos,
conhecimentos e informações.
•
mais apropriado quando o problema não é preciso o suficiente para ser estudado
através de técnicas analíticas, mas pode se beneficiar de julgamentos subjetivos em
uma base coletiva.
•
Permite um uso mais adequado da informação ou opinião de especialistas na
prospecção tecnológica,;
•
proporciona a construção de um conhecimento coletivo entre um grupo de
especialistas;
•
minimiza as desvantagens normalmente associadas com a interação do grupo,
através do isolamento dos seus membros.
•
combina a prospecção normativa ou orientada, com a inclinação do indivíduo para
extrapolar a sua experiência pessoal no futuro.
•
mais aplicável quando se tratar de temas incertos em uma área de conhecimento
imperfeito
•
diferenciam a Técnica Delphi de outros métodos, por não ter de produzir uma única
resposta como resultado. Ao invés de buscar um consenso, a abordagem Delphi
pode levar a uma divisão de opiniões, uma vez que não há a intenção de se obter
unanimidade.
O grupo de respondentes participantes, caracteriza-se pela maturidade profissional
e pessoal, associada a uma formação educacional especializada e de alto nível, o que
corresponde integralmente aos requisitos que se buscava no planejamento da pesquisa.
Como não existe ainda o uso da fibra de coco em nenhum material usado na
construção civil na cidade do Natal foi feita uma pesquisa junto à especialistas do setor,
utilizando-se o método Delphi, para se averiguar qual seria a aceitabilidade desses
produtos se fossem utilizados nesse segmento produtivo para se aferir sobre a existência de
mercado para tal produção.
A PESQUISA
Inicialmente foram escolhidos 10 especialistas que atuam tanto na área da
construção civil, quanto na área acadêmica, sendo sete especialistas da construção civil e
três da área acadêmica, sendo aplicado com cada um deles um formulário com dez
perguntas entre abertas e fechadas, cujos resultados, sem citar os nomes, foram permutados
entre eles para uma nova rodada de respostas, desta vez com a opinião de outra pessoa que
cada um sabe apenas tratar-se de um especialista. Deve-se salientar que para um tipo de
especialista (acadêmico, ou técnico) foram aplicados questionários diferentes:
O questionário 1 destinado aos especialistas da Construção Civil continha as
seguintes questões:
1 - Qual o seu nome?
2 - Qual a empresa que atua?
3 - Qual a sua função na empresa?
4 - A filosofia da empresa onde você atua privilegia estratégias de gestão na área
ambiental?
5 - Qual a sua opinião sobre as inovações na construção civil no mercado atual,
na sua área de atuação?
6 - Quantos novos produtos são lançados no mercado de construção civil em
Natal por ano?
7 - Sempre que é lançado um novo produto em sua área de atuação, você costuma
utiliza-lo de imediato?
8 - Você tem conhecimento do uso na construção civil, de produtos que tem em
sua composição a fibra de coco? Sim
Não
9 - Você utilizaria , ou recomendaria o uso de produtos que tivessem em sua
composição a fibra de coco? Justifique?
10 - Sendo possível a utilização da fibra de coco no concreto, qual a sua opinião
sobre esse uso?
O questionário 2 destinado aos especialistas acadêmicos pesquisadores, continha
as seguintes questões:
Questionário 2 – Especialistas acadêmicos.
1 – Qual o seu nome?
2 – Qual entidade em que atua?
3 – Qual a sua área de pesquisa? ____________________Tempo de Pesquisa _________
4 – Você tem conhecimento dos produtos para a construção civil que tem em sua
composição a fibra de coco?
5 – Você tem conhecimento de alguma localidade que já se utiliza desses produtos para a
construção civil que levam a fibra de coco em sua composição? Onde?
6 - Quais, em sua opinião, são as vantagens do uso de produtos na construção civil que
levam em sua composição a fibra de coco?
7 - Quais, em sua opinião, são as desvantagens do uso de produtos na construção civil que
levam em sua composição a fibra de coco?
8 – Que garantias as empresas poderiam ter que os produtos que utilizam a fibra de coco,
são seguros?
9 – Que conselhos você daria para as empresas que queiram utilizar a produtos que levam
em sua composição a fibra de coco?
10 – Ecologicamente esse uso é correto, porém é economicamente correto?
Analisando inicialmente os questionários respondidos pelos especialistas da
construção civil, escolhidos dentre as empresas construtoras na cidade do Natal, pode-se
destacar :
Em resposta a pergunta 1.
1. Francisco Canindé Fernandes;
2. Flávio César da Costa Pereira
3. Wellington Ferrário Costa
4. Alcides Fernandes da Silva Filho
5. Edilberto Vitorino de Borja
6. Raimundo Moisés Leite E Silva
7. José Eurico de Queiroz
Em resposta a pergunta 2, com relação às empresas onde esses pesquisadores
atuam são:
1. Secretaria Especial do Governo do Estado – SEGOV
2. ENGECAL LTDA
3. Empresa ARCOL – Artefatos de Concreto Ltda
4. Empresa Construtora Esperança Ltda
5. CEFET – Engenheiro Professor
6. GR. Construção e Comércio Ltda
7. CONSUTEC Engenharia Ltda
Em resposta a pergunta 3, com relação ao cargo que ocupam são:
1. Engenheiro
2. Diretor Técnico
3. Coordenador Técnico
4. Responsável Técnico
5. Engenheiro Professor
6. Diretor Técnico
7. Diretor Técnico
Em Resposta a Questão 4, quanto a filosofia da empresa quanto a área ambientar
as respostas foram: 2 (duas) empresas não possuem nenhuma preocupação com políticas
ambientais e 5 (Cinco) possuem essa preocupação.
Em resposta a questão 5, quanto as inovações na construção civil, as respostas
foram: Todas foram unânimes quanto a existência de inúmeras inovações na área de
construção civil, sendo portanto todos favoráveis.
Em resposta a questão 6, quanto a quantidade de novos produtos lançados no
mercado da construção civil em Natal a cada ano, as respostas levam a: Nenhum
respondente soube precisar a quantidade de produtos, porém todos responderam que vários
novos produtos são lançados a cada ano em Natal.
Em relação a questão 7, quanto a utilização imediata de novos produtos, as
respostas mostram que: Apenas 1 (Hum) respondeu que não e os demais utilizam de
imediato o novo produto lançado no mercado.
Em relação a questão 8, sobre o conhecimento na construção civil de produtos a
base de fibra de coco, as respostas mostram: Nenhum conhecia a existência desses
produtos.
Em relação a questão 9, sobre se eles utilizariam ou recomendariam produtos que
tivessem em sua composição a fibra de coco, eles responderam que:01 respondeu que sim
desde que tivesse qualidade e preço e os demais responderam que sim desde que
atendessem as necessidades de mercado.
Em relação a questão 10, quanto a ser possível a utilização da fibra de coco no
concreto, as respostas foram: 01 não soube responder, 02 responderam que deveria ser
testada primeiro a resistência do material, e 04 responderam que aguardariam um parecer
técnico para a sua utilização, já que se encontra em fase de estudos ainda.
Quando ao questionário 2, o mesmo foi aplicado com três especialistas
acadêmicos que fazem pesquisa nessa área na própria cidade de Natal.
Com relação a 1ª pergunta os nomes foram: Flávio Gutemberg de Oliveira
Luis Calado Araújo
George Santos Marinho
Com relação a 2ª pergunta, “Qual a entidade em que atua”, dois pertencem ao
Centro Federal de Tecnologia - CEFET e um da Universidade Federal do Rio Grande do
Norte – UFRN.
Com relação a 3ª pergunta, “Qual a sua área de pesquisa e o tempo de pesquisa”,
um respondeu que era a de Resíduos Sólidos com um tempo de pesquisa de 1,5 ano; outro
respondeu que era Tratamento de Afluentes com um tempo de pesquisa de 12 anos e o
terceiro respondeu ser na área de Termociência com 12 anos de pesquisa.
Com relação a 4ª pergunta sobre “você tem conhecimento dos produtos para a
construção civil que tem em sua composição a fibra de coco”, um respondeu que ouviu
falar sobre a utilização de fibra vegetal, não necessariamente da fibra de coco; outro disse
que tinha conhecimento do uso da fibra de coco na indústria automobilística e no
tratamento de afluentes; o terceiro respondeu que sim em
tijolo solo cimento com
agregado de pó de fibra de coco e compósito isolante térmico biodegradável.
Com relação a 5ª pergunta “Você tem conhecimento de alguma localidade que já
se utiliza desses produtos na construção civil” todos simplesmente responderam que não.
Com relação a 6ª pergunta “Quais em sua opinião são as vantagens do uso desses
materiais na construção civil” um respondeu ser extremamente vantajosa do ponto de vista
de solucionar o problema ambiental causado pelo resíduo do coco e vai ao encontro das
mais modernas políticas de produtos empregadas em países mais avançados
tecnologicamente e com preocupação ambiental estabelecidas através de políticas
adequadas de uso sustentável de recursos naturais, porém do ponto de vista tecnológico,
sua empregabilidade deve ser melhor estudada para uma aplicação mais adequada.; outro
respondeu que acreditava que uma das principais vantagens era a utilização de resíduos
destinados a poluir o meio ambiente; o terceiro respondeu que seria o aumento da
resistência térmica; aproveitamento da matéria prima regional; emprego da mão-de-obra
não especializada para aproveitamento e conseqüente desenvolvimento de comunidades
carentes.
Com relação a 7ª pergunta “Na sua opinião quais são as desvantagens do uso de
produtos que usam em sua composição a fibra de coco na constrição civil”, um respondeu
não ter conhecimento para responder; outro respondeu que de antemão não via nenhuma
desvantagem que pudesse apontar, porém o seu emprego deve ser melhor estudado; o
terceiro respondeu que a alcalinidade do cimento Portland, responsável pelo ataque
químico às fibras naturais; o comprometimento da resistência mecânica em benefício do
aumento da resistência térmica, quando a quantidade de agregado ultrapassa o valor limite
específico.
Com relação a 8ª pergunta “Que garantias as empresas poderiam ter de que os
produtos que utilizam a fibra de coco, são seguros” , um respondeu que há estudos
(Pesquisas) que atestam o emprego de fibras vegetais em produtos na construção civil. Mas
qualquer garantia deve ser obtida a partir do conhecimento do desempenho do produto em
condições de uso similares às desejadas e esperadas para o seu emprego ; outro respondeu
que tais garantias só podem ser verificadas através de ensaios comparando-se produtos; o
terceiro respondeu que a partir da realização de testes em laboratórios (resistência
mecânica, desempenho térmico e de propriedades termofísicas) é possível assegurar a
proporção ideal para o sistema construtivo (blocos ou painéis) em função da aplicação
(fechamento ou estrutural).
Com relação a 9ª pergunta “Que conselhos você daria para as empresas que
queiram utilizar produtos que levem em sua composição a fibra de coco”, um respondeu
que deveriam investir em pesquisa tecnológica sobre o produto; outro respondeu que
deveriam desenvolver e pesquisar produtos que possam ter aceitação no mercado, adotando
uma política de marketing ressaltando as qualidades do produto em relação aos produtos
concorrentes e as vantagens ambientais de sua utilização; o terceiro respondeu que antes de
explorar o potencial da fibra de coco como agregado na fabricação de elementos
construtivos, ou isolante térmico deve-se inteirar-se de suas propriedades através de
análises experimentais, realizadas em laboratórios com instrumentação adequada e
conhecimento das normas que regem os ensaios
Com relação a 10ª pergunta “Ecologicamente esse uso é correto, porém é
economicamente correto?”, um respondeu que é difícil analisar sob o ponto de vista
econômico a utilização de materiais alternativos, particularmente quando a matéria prima é
de grande disponibilidade, no entanto, quando consideramos também os benefícios
ambientais, geralmente torna viável o uso de materiais alternativos que geralmente são
considerados rejeitos, depende muito da consciência ambiental e se quem utiliza; outro
respondeu que a viabilidade econômica de emprego de um material alternativo na
elaboração de um produto não pode ser assegurada de antemão, é necessário definir que
produtos serão fabricados, estudar os processos de produção e obtenção de matéria prima
e, a partir de então, compara-los com os custos de produção concorrentes disponíveis no
mercado; o terceiro respondeu que sim, na medida em que o aumento da resistência
térmica tem como conseqüência a minimização, pequena mas não desprezível, dos efeitos
térmicos da radiação solar sobre os fechamentos verticais (paredes) e, principalmente,
horizontais (teto)
CONCLUSÃO
Foi visto que o resíduo do coco pode ser utilizado de várias formas e para várias
atividades nobres como a adubação, o isolamento térmico, o carvão ativado, o estofamento
de bancos para veículos automotores, xaxim e até energia térmica, sem contar com o
artesanato, e que na cidade de Natal esse resíduo contribui com aproximadamente 10 % do
resíduo total destinado ao aterro controlado da cidade.
Foi visto também que a construção civil é uma atividade crescente em Natal e
demanda por novos produtos a cada dia, sendo realizada então uma pesquisa junto aos
especialistas da construção civil e pesquisadores acadêmicos sobre a aceitação pelo
mercado de produtos que levam em sua composição a fibra de coco, cujo resultado nos
mostra:
Que os especialista na construção civil são claramente acessíveis ao uso de novos
produtos na construção civil e como todos eles são técnicos responsáveis pelas empresas
em que atuam, necessitam apenas de confirmação de um parecer técnico para utilização da
fibra de coco na própria concretagem, não havendo contudo restrições ao tijolo e a telha
que em sua composição se utilizam dessa fibra.
Que os especialistas acadêmicos admitem a existência de pesquisas sobre a
utilização de fibras vegetais na construção civil, porém, apesar de todos serem favoráveis à
utilização de produtos com essa fibra em sua composição, eles se mostram cautelosos
recomendando mais pesquisas e testes com esses produtos, que consideram
ecologicamente correto.
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